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Pode-se afirmar que o processo de “globalização” ou “mundialização” é uma característica do processo de desenvolvimento e expansão do modo de produção capitalista. Consiste na integração / articulação do espaço geográfico, em escala global, por meio de processos econômicos, políticos, sociais e culturais, estando intimamente ligada ao desenvolvimento técnico, especialmente nos setores de transporte, comunicação e informação.

 

Suas raízes remontam à expansão capitalista ocorrida na expansão colonial, se intensificando com o desenvolvimento industrial e o avanço das práticas imperialistas. Após a II Guerra Mundial, o processo de globalização se intensificou, com a expansão global das grandes corporações (multinacionais), a ampliação do comércio internacional, a formação dos blocos econômicos e, em especial, com a constituição de novos padrões de governança, em escala global, com a criação da ONU, do Banco Mundial, FMI, OMC etc. Nas últimas décadas do Século XX, o desenvolvimento e a expansão de um novo sistema técnico, sustentado nas tecnologias de informação, nos sistemas de comunicação por satélites, na utilização maciça dos recursos da informática, na modernização dos sistemas de transportes e telefonia proporcionaram o aparato técnico e estrutural para a intensificação das relações socioeconômicas em âmbito mundial.

 

No entanto, nos últimos anos, alguns cientistas sociais e analistas políticos têm chamado a atenção para um suposto esfacelamento dos ideais e das características da globalização econômica, social e cultural, como reação aos efeitos perversos produzidos pela mesma. Analisando alguns desses indicativos, tais cientistas passaram a utilizar o termo “desglobalização”, para caracterizar essa nova tendência, marcada por um conjunto de fatos, dentre os quais se destacou a vitória do movimento Brexit no Reino Unido, que decidiu pela retirada do Reino Unido da União Europeia. Além desse fato, os estudiosos indicam vários outros, que apontariam na mesma direção.

 

Dentre os aspectos apresentados abaixo, NÃO possui relação com a suposta tendência indicada no texto:

Resposta:

A alternativa correta é letra D) O surgimento de novas potências econômicas globais, que fragilizam o sistema tradicional de forças econômicas e políticas do mundo, criando um cenário de desequilíbrio e incertezas.

Resolução

GABARITO LETRA D

 

Pode-se afirmar que o processo de “globalização” ou “mundialização” é uma característica do processo de desenvolvimento e expansão do modo de produção capitalista. Consiste na integração / articulação do espaço geográfico, em escala global, por meio de processos econômicos, políticos, sociais e culturais, estando intimamente ligada ao desenvolvimento técnico, especialmente nos setores de transporte, comunicação e informação.

Suas raízes remontam à expansão capitalista ocorrida na expansão colonial, se intensificando com o desenvolvimento industrial e o avanço das práticas imperialistas. Após a II Guerra Mundial, o processo de globalização se intensificou, com a expansão global das grandes corporações (multinacionais), a ampliação do comércio internacional, a formação dos blocos econômicos e, em especial, com a constituição de novos padrões de governança, em escala global, com a criação da ONU, do Banco Mundial, FMI, OMC etc. Nas últimas décadas do Século XX, o desenvolvimento e a expansão de um novo sistema técnico, sustentado nas tecnologias de informação, nos sistemas de comunicação por satélites, na utilização maciça dos recursos da informática, na modernização dos sistemas de transportes e telefonia proporcionaram o aparato técnico e estrutural para a intensificação das relações socioeconômicas em âmbito mundial.

No entanto, nos últimos anos, alguns cientistas sociais e analistas políticos têm chamado a atenção para um suposto esfacelamento dos ideais e das características da globalização econômica, social e cultural, como reação aos efeitos perversos produzidos pela mesma. Analisando alguns desses indicativos, tais cientistas passaram a utilizar o termo “desglobalização”, para caracterizar essa nova tendência, marcada por um conjunto de fatos, dentre os quais se destacou a vitória do movimento Brexit no Reino Unido, que decidiu pela retirada do Reino Unido da União Europeia. Além desse fato, os estudiosos indicam vários outros, que apontariam na mesma direção.

 

Dentre os aspectos apresentados abaixo, NÃO possui relação com a suposta tendência indicada no texto:

a)  As inúmeras dificuldades enfrentadas no processo de negociações para o avanço dos processos de integração ou de intensificação de relações econômicas entre blocos econômicos.

CORRETA. Os EUA, com sua política de ataque aos blocos econômicos, e de identificação de inimigos a quem lhes ameaçassem em sua hegemonia, definiu seus objetivos centrados nos interesses internos. A crise financeira mundial de 2008, que teve início nos Estados Unidos e se espalhou pelos quatro cantos do mundo, levou recessão, desemprego e desconfiança. Esta crise é associada, por muitos economistas, a deficiências na globalização financeira.

Como consequência temos dificuldade de estabelecimento de relações econômicas entre blocos econômicos. As relações entre Mercosul e União Europeia, por exemplo, vem sendo discutidas a um bom tempo, sem chegar a resultados efetivos. Também podemos observar o enfraquecimento do Mercosul (Mercado Comum do Sul).

b)  O enfraquecimento do Sistema Internacional de Estados, em especial da ONU, com decisões unilaterais tomadas por parte dos Estados Membros.

CORRETA. As instituições internacionais tão consolidadas como a Organização das Nações Unidas (ONU), estão sendo questionadas por lideranças de países, como os Estados Unidos e a Inglaterra. Nos últimos anos o órgão não conseguiu exercer satisfatoriamente seu papel na coordenação internacional (direitos humanos, proteção ambiental, gestão conjunta). Um dos motivos da atual fragilidade institucional da ONU foi a descrença do presidente americano, Donald Trump, no multilateralismo. Desde que assumiu o governo de seu país com o lema “América em primeiro lugar”, Trump vem criticando sistematicamente tratados e organismos multilaterais.

c)  O fortalecimento dos discursos políticos ultraconservadores, contrários à integração econômica e política e voltados para o fortalecimento dos Estados Nacionais.

CORRETA. Os contextos nacional e internacional vêm sendo caracterizados pelo crescimento da força política de grupos ultraconservadores. O crescimento de um sentimento mundial (principalmente em países que valorizam as tradições culturais) de que a globalização prejudica a manutenção da identidade cultural de cada país.

Apesar do impulso vindo de crises econômicas, o ultraconservadorismo consegue florescer mesmo em sociedades cuja economia vai bem. Isso porque o repúdio à imigração em si às vezes supera a motivação resumida na frase “o estrangeiro está tomando meu emprego”. A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, por exemplo, ilustra bem essa conjectura. As ideias do atual presidente norte-americano demonstram um posicionamento ultranacionalista, belicista, nativista que só corroboram para a sustentação de grupos de ódio.

d)  O surgimento de novas potências econômicas globais, que fragilizam o sistema tradicional de forças econômicas e políticas do mundo, criando um cenário de desequilíbrio e incertezas.

ERRADA. As maiores potências econômicas globais (Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, Reino Unido, França) já estão estabelecidas. Podemos observar que o capitalismo impôs ao mundo uma desesperada competição, principalmente entre os países, notadamente os mais ricos, basta ver a forte disputa entre as duas maiores potências mundiais: EUA e China. No entanto, existem alguns mecanismos e regras estabelecidas para manter um equilíbrio na maioria dos estados-nações, como por exemplo o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), Organização Mundial do Comércio - OMC (regulação do comércio internacional), FMI – Fundo Monetário Internacional (uma organização financeira responsável por garantir a estabilidade monetária no mundo).

e)  Ressurgimento dos nacionalismos em várias regiões do mundo, trazendo de volta a perspectiva da fragmentação territorial.

CORRETA. Em muitas partes da Europa, você está vendo a ressurgência dos nacionalismos. Isso é fruto de fatores como a alta do desemprego, ressentimento em relação aos imigrantes, irritação com as regulações (da União Europeia) que parecem comprometer a soberania nacional e um intenso sentimento antiglobalização. Como consequência temos inúmeros movimentos nacionalistas que tendem a causar a redefinição de suas fronteiras políticas. Casos como Catalunha (na Espanha), Escócia (no Reino Unido), Flandres (na Bélgica) são alguns dos exemplos que denotam o resgate das fronteiras para o surgimento de possíveis novos Estados no velho continente.

Outro exemplo é o caso do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se elegeu prometendo construir um muro entre os EUA e o México, a fim de impedir que imigrantes mexicanos adentrassem suas fronteiras. Não só prometeu, como proibiu nas primeiras semanas de governo, a entrada de diversas pessoas, imigrantes ou não, de variadas nacionalidades: Síria, Irã, Sudão, Líbia, Iraque, Iêmen e Somália.

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