No mundo contemporâneo não basta produzir. É indispensável pôr a produção em movimento, pois agora é a circulação que preside à produção. No caso do espaço nacional, é INCORRETO afirmar que, nas últimas décadas, os fluxos
No mundo contemporâneo não basta produzir. É indispensável pôr a produção em movimento, pois agora é a circulação que preside à produção.
No caso do espaço nacional, é INCORRETO afirmar que, nas últimas décadas, os fluxos
- A)aéreos registraram adensamento, tendo sido acompanhados de uma rehierarquização dos nós do sistema aéreo.
- B)aquaviários refletiram o ingresso do país no mundo globalizado, uma vez que cresceu o volume de carga embarcada para exportação em portos marítimos.
- C)ferroviários de cargas acusaram redução de volume; ao passo que a natureza da carga transportada se manteve inalterada no tempo e no espaço.
- D)rodoviários se impuseram como principal sistema de circulação, graças à integração do território pelas estradas e pela expansão quantitativa da frota veicular.
Resposta:
A alternativa correta é C)
No mundo contemporâneo, a circulação tornou-se um elemento central para o desenvolvimento econômico e social. A produção, por si só, não é suficiente se não estiver inserida em um sistema dinâmico de fluxos que permita sua distribuição e consumo. Nesse contexto, o espaço nacional brasileiro passou por transformações significativas nas últimas décadas, especialmente no que diz respeito aos meios de transporte e sua relação com a economia globalizada.
A análise dos fluxos de circulação no Brasil revela padrões distintos conforme o modal de transporte. No caso dos fluxos ferroviários de carga, a alternativa C) aponta corretamente que houve uma redução de volume, além da manutenção inalterada da natureza da carga transportada. Essa afirmação está em desacordo com a dinâmica esperada em um cenário de integração produtiva e logística, já que a estagnação e a diminuição do volume indicam deficiências na modernização e expansão da malha ferroviária nacional.
Em contraste, os outros modais apresentaram evoluções mais condizentes com as demandas do período. Os fluxos aéreos (alternativa A) consolidaram-se com o adensamento de rotas e a rehierarquização dos nós do sistema, refletindo a maior conectividade entre regiões. Os fluxos aquaviários (alternativa B) acompanharam a inserção do Brasil no comércio global, com o aumento expressivo do volume de cargas exportadas via portos marítimos. Por fim, os fluxos rodoviários (alternativa D) mantiveram sua hegemonia como principal meio de circulação, fruto da histórica dependência do país em relação às estradas e da expansão da frota veicular.
Portanto, a alternativa C) destaca-se como a incorreta, pois os fluxos ferroviários, apesar de sua importância estratégica, não acompanharam o crescimento observado em outros modais, evidenciando uma lacuna na política de transportes do país.
Deixe um comentário