Questões Sobre População brasileira - Geografia - concurso

A análise das proposições sobre população revela que apenas as afirmativas II e IV estão corretas, conforme o gabarito indicado (alternativa E). A proposição I é incorreta, pois Joinville, e não Florianópolis, é o município mais populoso de Santa Catarina. A II está correta, já que as estimativas populacionais são fundamentais para políticas públicas e repasses governamentais. A III inverte os conceitos de "povoado" e "populoso", tornando-se falsa. Por fim, a IV está correta, pois Santa Catarina é de fato o menor estado em área e população na Região Sul.

A respeito do peso demográfico do Brasil no contexto latino-americano e mundial, o item em análise afirma, corretamente, que o país mantém uma relevância expressiva, mesmo diante das tendências recentes de estabilização e diminuição populacional. Essa afirmação é classificada como C) CERTO, conforme o gabarito indicado.

O Brasil, de fato, ocupa uma posição de destaque no cenário demográfico global. Com uma população estimada em mais de 213 milhões de habitantes (dados de 2023), o país figura entre as nações mais populosas do mundo, sendo o sexto colocado nesse ranking. Na América Latina, o Brasil responde por aproximadamente um terço da população total da região, reforçando sua influência econômica, política e cultural.

Embora estudos apontem para uma desaceleração no crescimento populacional brasileiro – reflexo da queda nas taxas de fecundidade e do aumento da expectativa de vida –, o tamanho absoluto da população ainda confere ao país um papel estratégico em discussões internacionais, como migração, mercado consumidor e força de trabalho. Portanto, mesmo com a transição demográfica em curso, o Brasil segue como um ator de peso nos contextos regional e global.

O alto índice de gravidez na adolescência no Brasil não é suficiente para determinar que a idade média de fecundidade das mulheres brasileiras esteja entre 18 e 21 anos. Embora o país registre taxas preocupantes de gestação precoce, a média de idade em que as mulheres têm filhos é influenciada por diversos fatores demográficos, socioeconômicos e regionais.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a idade média de fecundidade no Brasil tem aumentado nas últimas décadas, aproximando-se dos 27 anos. Esse fenômeno está associado a mudanças sociais, como maior acesso à educação, inserção da mulher no mercado de trabalho e uso de métodos contraceptivos, que levam muitas mulheres a postergar a maternidade.

Além disso, a gravidez na adolescência concentra-se em determinados grupos populacionais e regiões, não refletindo o comportamento reprodutivo de toda a população feminina. Portanto, a afirmação de que a idade média de fecundidade no Brasil está entre 18 e 21 anos está incorreta, justificando a alternativa E) ERRADO como gabarito correto.

A respeito do perfil demográfico da população brasileira, é correto afirmar que o país vem passando por transformações significativas em sua estrutura etária. Nas últimas décadas, observa-se uma tendência clara de diminuição das taxas de natalidade, acompanhada por um aumento progressivo das populações adulta e idosa.

Essa mudança no cenário demográfico brasileiro está alinhada com o fenômeno conhecido como transição demográfica, que ocorre quando uma sociedade evolui de altas para baixas taxas de natalidade e mortalidade. O Brasil, que já foi um país com população predominantemente jovem, vem experimentando um envelhecimento populacional acelerado.

Entre os fatores que contribuem para essa tendência estão:

• A urbanização crescente
• O maior acesso a métodos contraceptivos
• A inserção da mulher no mercado de trabalho
• O aumento da expectativa de vida

Projeções do IBGE indicam que essa tendência se manterá nas próximas décadas, com a população idosa (acima de 60 anos) representando uma parcela cada vez maior da população total. Portanto, a afirmação apresentada está correta.

O envelhecimento populacional no Brasil é um fenômeno marcante na atual dinâmica demográfica do país, conforme evidenciado pelo TEXTO 19. A alternativa correta, B), aponta que a queda da natalidade nas últimas décadas, combinada com o aumento da expectativa de vida, reduziu o ritmo de crescimento populacional. Essa tendência está em consonância com os dados apresentados, que mostram um crescimento acelerado da população idosa (18% em cinco anos), enquanto a taxa de natalidade segue em declínio.

A opção B) destaca corretamente a transição demográfica brasileira, caracterizada pela diminuição de nascimentos e pelo envelhecimento da população. Esse cenário difere de uma "explosão demográfica" (opção A), já que o crescimento populacional está desacelerando. Também não há indícios de que políticas de controle de natalidade estejam causando escassez de mão de obra (opção C), nem que o setor materno-infantil seja o principal afetado (opção D), uma vez que o texto enfatiza os desafios na assistência aos idosos. Por fim, a opção E) incorre ao associar envelhecimento com aumento populacional e desemprego, quando na realidade o crescimento demográfico está diminuindo.

Portanto, a alternativa B) é a única que reflete adequadamente as tendências demográficas contemporâneas do Brasil, alinhando-se com os dados oficiais e com as transformações sociais em curso no país.

Em agosto de 2017, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou dados que apontavam uma população brasileira de 207,7 milhões de habitantes. Ao analisar as características demográficas do país, é possível observar diversas tendências e transformações que refletem as condições sociais, econômicas e de saúde da população.

Entre as alternativas apresentadas, a única correta é a letra E), que afirma que a taxa de mortalidade infantil está em declínio. Esse indicador é um dos mais importantes para avaliar as condições de vida, especialmente no que diz respeito à saúde pública, acesso a serviços médicos e qualidade de saneamento básico. A redução da mortalidade infantil no Brasil é resultado de políticas públicas implementadas nas últimas décadas, como a ampliação da vacinação, programas de pré-natal e melhorias na assistência materno-infantil.

As demais alternativas apresentam informações incorretas sobre a realidade demográfica brasileira. A taxa de fecundidade, por exemplo, vem apresentando queda constante, e não uma "fraca expansão" como mencionado na alternativa A. Já a taxa de urbanização, apesar de elevada, não tem se expandido de forma homogênea entre as regiões, invalidando a alternativa B. A esperança de vida, por sua vez, tem aumentado no Brasil, mesmo com os desafios econômicos, contrariando a afirmação da alternativa C. Por fim, a migração interna ainda ocorre, especialmente em direção a regiões com melhores oportunidades econômicas, o que torna a alternativa D incorreta.

Portanto, a análise dos dados demográficos brasileiros revela avanços significativos em indicadores como a mortalidade infantil, mas também desafios persistentes em áreas como distribuição de renda, acesso a serviços básicos e desigualdades regionais.

O estado de Alagoas possui uma dinâmica populacional e econômica que não se restringe apenas aos quinze municípios mais populosos. Embora esses municípios possam apresentar certa concentração de atividades econômicas e fluxos migratórios, a afirmação de que todos estão inseridos em arranjos produtivos locais (APLs) fortemente vinculados ao turismo é incorreta.

Primeiramente, é importante destacar que Alagoas tem uma economia diversificada, com setores como agricultura (especialmente cana-de-açúcar), indústria e serviços desempenhando papéis significativos. Enquanto o turismo é relevante em cidades como Maceió, Marechal Deodoro e Penedo, outros municípios populosos, como Arapiraca e Palmeira dos Índios, têm economias mais voltadas para o agronegócio, comércio e indústria, sem necessariamente estarem integrados a APLs turísticos.

Além disso, os fluxos migratórios em Alagoas são influenciados por fatores como oportunidades de emprego, acesso a serviços básicos e condições de vida, e não apenas pelo turismo. Muitos municípios populosos enfrentam desafios socioeconômicos que os tornam mais receptores de migrantes em busca de melhores condições do que polos turísticos consolidados.

Portanto, a afirmação de que todos os quinze municípios mais populosos de Alagoas estão inseridos em arranjos produtivos locais com forte presença de turismo é equivocada, tornando a alternativa E) ERRADO a correta.

O texto apresentado aborda a teoria neomalthusiana, que relaciona o crescimento populacional em países subdesenvolvidos com obstáculos ao desenvolvimento econômico. Essa perspectiva argumenta que o aumento populacional, especialmente em regiões como Ásia, África e América Latina, gera demandas por investimentos sociais não produtivos (como saúde e educação) em detrimento de investimentos diretamente produtivos (como indústrias), além de ampliar a oferta de mão de obra e reduzir salários.

Ao analisar o item proposto, que destaca os contrastes econômicos regionais do Brasil e sua parcela populacional abaixo da linha de pobreza, é possível estabelecer uma conexão com a lógica neomalthusiana. O Brasil, de fato, possui disparidades socioeconômicas marcantes, com regiões mais desenvolvidas e outras em condições precárias, refletindo desigualdades na distribuição de recursos e oportunidades. A persistência da pobreza em certas áreas pode ser interpretada, sob essa teoria, como um fator que limita o desenvolvimento nacional, já que parte da população demanda assistência básica em vez de contribuir para a produção econômica.

Portanto, a afirmação está correta (C). O Brasil, apesar de sua riqueza natural e cultural, enfrenta desafios estruturais decorrentes da desigualdade regional e da pobreza, aspectos que, segundo a visão neomalthusiana, comprometem seu potencial de crescimento. Essa realidade reforça a complexidade da dinâmica populacional e a necessidade de políticas que equilibrem investimentos sociais e produtivos para superar tais contrastes.

O item em análise aborda a dinâmica da estrutura etária da população brasileira, sugerindo uma tendência ao equilíbrio entre as faixas etárias, com o crescimento proporcional de idosos e jovens. No entanto, essa afirmação está incorreta, conforme indicado pelo gabarito (E).

A realidade demográfica do Brasil no século XX e início do XXI mostra uma transição marcante, com a diminuição das taxas de natalidade e o aumento da expectativa de vida. Esse fenômeno, conhecido como transição demográfica, resultou em um envelhecimento populacional acelerado, onde o crescimento da população idosa supera significativamente o da população infantil e jovem.

Portanto, a afirmação de que há um equilíbrio entre essas faixas etárias não corresponde à realidade. O envelhecimento da população é um processo contínuo e desigual, com impactos profundos na sociedade e na economia brasileira.

O Maranhão, estado localizado na região Nordeste do Brasil, apresenta características peculiares em sua dinâmica e distribuição populacional. Analisando as opções apresentadas, a alternativa correta é a letra D, que afirma que fatores de ordem social e econômica influenciam a existência de fluxos migratórios da população maranhense para outros estados brasileiros.

Essa afirmação está correta, pois o Maranhão historicamente enfrenta desafios socioeconômicos, como baixos índices de desenvolvimento humano, falta de oportunidades de emprego e renda, além de deficiências na educação e saúde. Esses fatores contribuem para que muitos maranhenses migrem para outros estados em busca de melhores condições de vida, principalmente para regiões como o Sudeste e o Centro-Oeste.

As demais alternativas apresentam informações incorretas sobre a realidade maranhense:

• A) A cidade mais populosa do estado é São Luís, a capital, e não Imperatriz.
• B) Apesar da importância do setor primário, a população maranhense já é majoritariamente urbana, seguindo a tendência nacional.
• C) Não há evidências de que o setor de serviços esteja liberando mão de obra para o campo no estado.
• E) A concentração populacional ocorre principalmente no norte do estado, onde está localizada a capital, e não no sul.

Portanto, a alternativa D é a única que reflete corretamente um aspecto importante da dinâmica populacional do Maranhão, destacando os fluxos migratórios como consequência das condições socioeconômicas do estado.