Questões Sobre Regionalização Brasileira - Geografia - concurso

O conceito de regiões de articulação urbana, conforme definido pelo IBGE, está intrinsecamente ligado às transformações socioespaciais que moldam o território brasileiro. Essas regiões representam uma nova abordagem para compreender a dinâmica urbana e regional, indo além das divisões tradicionais.

A alternativa correta, conforme o gabarito, é a letra C, que afirma que essas regiões "correspondem aos centros de gestão do território e envolvem diversos tipos de fluxos organizados em rede". Esta definição capta a essência do conceito, que enfatiza:

• A centralidade da gestão territorial
• A importância dos fluxos (materiais e imateriais)
• A organização em rede como característica fundamental

As demais alternativas apresentam equívocos conceituais:

A) Reduz o conceito a um processo de expansão urbana sobre áreas rurais, quando na verdade trata-se de uma rede complexa de relações.

B) Limita a análise à escala intraurbana, enquanto o conceito opera em escala regional.

D) Restringe a aplicação do conceito a aspectos econômicos, ignorando suas dimensões sociais e espaciais.

E) Contradiz a própria natureza do conceito, que pressupõe articulação entre múltiplos municípios.

Portanto, a compreensão correta das regiões de articulação urbana deve considerar sua natureza como nós de gestão territorial conectados por diversos fluxos em arranjos reticulares, refletindo a complexidade das relações espaciais contemporâneas no Brasil.

O estudo da regionalização do Brasil é fundamental para compreender as dinâmicas territoriais e socioeconômicas do país. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o órgão responsável por essa divisão, que atualmente categoriza o território nacional em cinco grandes regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Essa organização não é aleatória, mas baseada em critérios geográficos, históricos e culturais.

Analisando as alternativas apresentadas, a opção correta é a letra C, que afirma que a região Centro-Oeste é a única sem litoral. De fato, enquanto as demais regiões possuem acesso ao mar, a Centro-Oeste é completamente continental, característica que influencia sua economia e desenvolvimento. As outras alternativas apresentam equívocos: as regiões não coincidem com os biomas (A), a divisão regional considera múltiplos critérios além da proximidade (B), o Sudeste é atualmente a região mais populosa (D), e o Tocantins foi incorporado à região Norte, não à Centro-Oeste (E).

Essa divisão regional serve como importante ferramenta para o planejamento de políticas públicas e estudos geográficos, permitindo uma análise mais precisa das particularidades de cada área do país. Vale ressaltar que, embora útil, essa categorização não deve ser entendida como absoluta, pois as fronteiras entre regiões são frequentemente permeáveis a intercâmbios culturais e econômicos.

O gabarito correto para a questão apresentada é a alternativa A) I, III e IV, pois essas afirmações estão incorretas de acordo com a análise do mapa e dos dados demográficos do Brasil.

A afirmação I está incorreta porque a região Centro-Oeste não possui a maior densidade demográfica do país. Na verdade, essa região é uma das menos densamente povoadas, com vastas áreas de cerrado e expansão agrícola, mas com população relativamente baixa em comparação ao Sudeste, por exemplo.

A afirmação III também está errada, pois Rondônia não é o estado da região Norte com a menor densidade demográfica. Estados como Amazonas e Pará possuem densidades ainda menores devido às grandes áreas de floresta e baixa concentração populacional.

Por fim, a afirmação IV está incorreta porque Tocantins não pertence à região Nordeste, mas sim à região Norte. Portanto, não pode ser considerado o estado com menor densidade demográfica do Nordeste.

A única afirmação correta é a II, que destaca a maior densidade demográfica no litoral brasileiro em comparação ao interior do país, um padrão histórico e geográfico bem estabelecido no Brasil.

A Região Sul do Brasil apresenta características climáticas e vegetacionais distintas em comparação ao restante do país, conforme destacado nas afirmativas apresentadas. A primeira afirmação está correta, pois o Sul possui clima subtropical, com estações bem definidas e temperaturas mais baixas no inverno, contrastando com os climas tropicais predominantes em outras regiões. Além disso, sua vegetação inclui formações como a Mata de Araucárias e os campos sulinos, que não são encontrados com a mesma expressão em outras partes do Brasil.

A segunda afirmativa também está correta, já que a maior parte do território brasileiro está situada na zona intertropical, onde predominam climas quentes, como o equatorial, o tropical e o semiárido. Essa característica geográfica explica a predominância de biomas como a Amazônia, o Cerrado e a Caatinga em grande parte do país.

A terceira afirmação é verdadeira, pois a Mata Atlântica, que originalmente cobria extensas áreas do litoral sul, foi intensamente devastada devido à expansão agrícola e urbana. Esse bioma, que já ocupou boa parte da região, hoje se encontra bastante fragmentado.

Por fim, a quarta afirmativa também está correta, uma vez que a Mata dos Pinhais, ou Mata de Araucárias, foi amplamente reduzida devido à exploração madeireira e à ocupação humana. Originalmente dominante no planalto sulino, essa formação vegetal foi drasticamente reduzida ao longo do tempo.

Portanto, todas as afirmativas estão corretas, sendo a alternativa E) a resposta adequada. A análise demonstra que o Sul do Brasil possui particularidades climáticas e vegetacionais que o diferenciam das demais regiões, além de compartilhar processos históricos de degradação ambiental comuns em outras partes do país.

A Nova Divisão Regional de 1969 foi um marco na organização territorial do Brasil, estabelecendo regiões homogêneas com base em características físicas, demográficas e econômicas. Entre as alterações ocorridas a partir dessa divisão, algumas se destacam, como a transformação de territórios em estados e a fusão ou criação de novas unidades federativas. No entanto, a alternativa A apresenta informações incorretas, sendo, portanto, a exceção entre as opções listadas.

A afirmação de que em 1969 o Centro-Oeste teria sido dividido nos estados de Araguaia, Mato Grosso do Norte e Planalto Central não corresponde à realidade histórica. Na verdade, Mato Grosso do Sul foi criado em 1977, separando-se de Mato Grosso, e não houve a criação dos estados mencionados na alternativa. Além disso, o território de Araguaia nunca existiu como estado, e a integração mencionada em 1985 também é fictícia.

As demais alternativas apresentam fatos corretos: o Acre tornou-se estado em 1962 (não em 1970, pequeno erro na data), a fusão da Guanabara com o Rio de Janeiro ocorreu em 1975, Rondônia foi elevado a estado em 1981, e em 1988, com a Constituição, foram criados Tocantins (a partir de Goiás), além da elevação de Roraima e Amapá a estados e a reintegração de Fernando de Noronha a Pernambuco.

Portanto, a alternativa A é a incorreta, pois mistura informações inexistentes ou distorcidas sobre a divisão territorial brasileira, diferindo dos eventos reais que moldaram a organização regional do país.

O estado menos populoso do Brasil, localizado na Região Norte, é Roraima. Com uma densidade demográfica baixa e vastas áreas preservadas, Roraima se destaca não apenas por sua pequena população, mas também por sua riqueza natural, que inclui parte da Amazônia e o famoso Monte Roraima, um dos pontos turísticos mais impressionantes do país.

Embora outras opções como Amapá, Acre e Tocantins também sejam estados da Região Norte com populações relativamente pequenas, Roraima ocupa a posição de menor população entre todos os estados brasileiros. Sua capital, Boa Vista, concentra a maior parte dos habitantes, enquanto o restante do território é marcado por comunidades indígenas e áreas de proteção ambiental.

Portanto, a alternativa correta é a letra A) Roraima, confirmando sua condição como o estado menos populoso do Brasil.

A divisão regional do Brasil conhecida como "quatro Brasis", proposta em 1999, representa uma abordagem inovadora ao considerar o meio-técnico-informacional como critério central. Essa classificação reflete as profundas transformações socioeconômicas ocorridas no país no final do século XX, marcadas pela crescente importância da tecnologia e da informação no desenvolvimento regional.

A alternativa correta (A) indica que essa divisão foi baseada na quantidade de tecnologia e atividades econômicas desenvolvidas em cada região. Essa abordagem revela como o avanço tecnológico passou a determinar novas dinâmicas territoriais, criando assimetrias regionais baseadas no acesso e domínio de tecnologias da informação e comunicação.

Ao contrário de divisões tradicionais que consideravam apenas aspectos físicos ou econômicos convencionais, os "quatro Brasis" captam a emergência de uma nova geografia brasileira, onde o desenvolvimento tecnológico e a capacidade de processamento de informação se tornaram fatores decisivos para o progresso regional. Essa perspectiva ajuda a compreender as desigualdades contemporâneas do país sob uma ótica mais atual.

As outras alternativas apresentam critérios inadequados para essa divisão específica: o processo industrial (B) refere-se a uma fase anterior, as capitanias hereditárias (C) são um critério histórico ultrapassado, e a origem étnica (D) nunca foi base para divisões regionais oficiais no Brasil. Portanto, apenas a alternativa A corresponde corretamente ao fundamento teórico da proposta dos "quatro Brasis".

A divisão regional do Brasil conhecida como "quatro Brasis", proposta em 1999, representa uma abordagem inovadora ao considerar o meio-técnico-informacional como critério central. Essa classificação reflete as profundas transformações socioeconômicas e tecnológicas ocorridas no país no final do século XX, marcadas pela crescente importância da informação e da tecnologia nos processos produtivos e na organização do espaço geográfico.

A alternativa correta (A) indica que essa divisão foi baseada na quantidade de tecnologia e atividades econômicas desenvolvidas em cada região, o que demonstra como o desenvolvimento desigual do país criou realidades distintas. Enquanto algumas regiões se integraram plenamente à economia globalizada e à sociedade da informação, outras permaneceram em estágios menos avançados de desenvolvimento tecnológico e econômico.

Essa abordagem contrasta com divisões regionais tradicionais, que privilegiavam critérios físicos ou históricos. Ao focar no meio-técnico-informacional, a proposta dos "quatro Brasis" captura a essência das desigualdades regionais contemporâneas, onde o acesso à tecnologia e a capacidade de gerar conhecimento se tornaram fatores determinantes do desenvolvimento. Essa perspectiva revela como a globalização e a revolução tecnológica acentuaram as diferenças regionais no Brasil, criando múltiplas realidades dentro de um mesmo país.

O texto apresenta quatro características que permitem identificar um estado brasileiro específico. Vamos analisar cada uma delas para chegar à resposta correta.

A primeira característica menciona que a capital do estado tem 300 anos. Entre as opções apresentadas, a capital que mais se aproxima dessa marca é Cuiabá, no Mato Grosso, fundada em 1719 - o que significa que em 2019 completou exatamente 300 anos.

A segunda característica cita a farofa de banana-da-terra como prato típico. Esse prato é tradicional na culinária mato-grossense, sendo uma das preparações mais representativas da gastronomia local, que combina influências indígenas, portuguesas e africanas.

A terceira característica menciona que o estado abriga o maior parque indígena do país. O Mato Grosso é de fato o estado que possui o Parque Indígena do Xingu, a maior terra indígena demarcada no Brasil, criada em 1961.

Por fim, a quarta característica destaca que o estado é um imponente centro de agronegócio. O Mato Grosso é reconhecido nacionalmente como o maior produtor de grãos do país, especialmente soja, milho e algodão, sendo um dos principais motores do agronegócio brasileiro.

Analisando todas as alternativas:

• Pará (A) - Não se encaixa, pois sua capital Belém tem mais de 400 anos e sua culinária é diferente
• Goiás (B) - Embora tenha forte agronegócio, sua capital Goiânia é muito mais nova
• Mato Grosso do Sul (C) - Tem características semelhantes, mas o Parque do Xingu fica no MT
• Tocantins (D) - Estado mais novo, criado em 1988, não atende às características
• Mato Grosso (E) - Único que atende plenamente todas as características mencionadas

Portanto, a resposta correta é E) Mato Grosso, estado que reúne todas as características descritas no enunciado.

O Nordeste seco é uma das regiões mais fascinantes e peculiares do Brasil, apresentando características geográficas e climáticas únicas. A questão apresentada aborda aspectos importantes dessa região, destacando elementos como ocupação histórica, padrões pluviométricos e processos geológicos. A alternativa C) está incorreta porque o semiárido nordestino não se caracteriza por alta decomposição de rochas, mas sim por um processo de intemperismo físico mais acentuado devido ao clima seco, com menor ação química na decomposição das rochas.

As demais alternativas apresentam informações corretas sobre a região: a ocupação histórica baseada no pastoreio extensivo (A), a irregularidade das chuvas (B) e a invalidação da opção "nenhuma das alternativas" (D), já que há sim uma resposta incorreta. Essa questão reforça a importância de compreender as dinâmicas naturais e humanas do Nordeste brasileiro, região que desempenha papel fundamental na formação cultural e econômica do país.