A emergência teórica e a relevância da questão urbana no mundo contemporâneo são amplamente discutidas teoricamente. Expressam a inevitabilidade da centralidade do fato urbano, quando as redes de informação e de articulação da economia capitalista ganham dimensão global têm nas cidades seu principal espaço de comando. Ao mesmo tempo expressa a escala local, da cidade e das referências sócio-espaciais, presentes e fortalecidas em qualquer escala de vida ampliada e sempre localizada, sobre a temática da urbanização. Em relação a essa temática, leia as afirmativas a seguir:I. Entre os pioneiros da articulação do tempo/espaço, em relação à urbanização, temos Henri Lefebvre, para quem o espaço se resumiria a um reflexo das relações sociais de produção, e a urbanização enquanto processo de disseminação do urbano, que se ampliava e generalizava-se em escala mundial, e deveria ser entendida enquanto expressão das relações sociais ao mesmo tempo em que incidiria sobre elas (LEFEBVRE, 1972). O significado dos termos urbano e urbanização para Lefebvre, contudo, restringia-se aos limites das cidades. Em seu entender a urbanização seria uma condensação dos processos sociais e espaciais, que decorriam das relações essenciais de produção do capitalismo, e estaria baseada na criação de um espaço social crescentemente abrangente, instrumental e mistificado (LEFEBVRE, 1991).II. A produção teórica a partir da década de 70, sobre o espaço e a urbanização, tanto a estruturalista quanto a de reação ao positivismo estruturalista, corporificou- se em uma economia política da urbanização e do desenvolvimento. A interdisciplinaridade epistemológica levou a diferentes conceituações e definições do espaço e do urbano e à percepção das mudanças da urbanização conforme o capitalismo se ampliava e avançava, num constante processo de reestruturação e globalização. III. Após analisar a produção teórica relativa à urbanização Castells define-a enquanto uma noção ideológica (CASTELLS, 1978); por partir da proposição que esta se refere tanto a formas espaciais quanto a um sistema cultural específico, de onde consequentemente não haveria uma problemática especificamente urbana. Descarta-a, assim, enquanto objeto de estudo e propõe que mais que falar de urbanização, trataremos do tema da produção social de formas espaciais (CASTELLS, 1978), e reduz o urbano ao espaço funcional onde se concentra uma população.Estão corretas as afirmativas:
A emergência teórica e a relevância da questão urbana no mundo contemporâneo são amplamente discutidas teoricamente. Expressam a inevitabilidade da centralidade do fato urbano, quando as redes de informação e de articulação da economia capitalista ganham dimensão global têm nas cidades seu principal espaço de comando. Ao mesmo tempo expressa a escala local, da cidade e das referências sócio-espaciais, presentes e fortalecidas em qualquer escala de vida ampliada e sempre localizada, sobre a temática da urbanização. Em relação a essa temática, leia as afirmativas a seguir:
I. Entre os pioneiros da articulação do tempo/espaço, em relação à urbanização, temos Henri Lefebvre, para quem o espaço se resumiria a um reflexo das relações sociais de produção, e a urbanização enquanto processo de disseminação do urbano, que se ampliava e generalizava-se em escala mundial, e deveria ser entendida enquanto expressão das relações sociais ao mesmo tempo em que incidiria sobre elas (LEFEBVRE, 1972). O significado dos termos urbano e urbanização para Lefebvre, contudo, restringia-se aos limites das cidades. Em seu entender a urbanização seria uma condensação dos processos sociais e espaciais, que decorriam das relações essenciais de produção do capitalismo, e estaria baseada na criação de um espaço social crescentemente abrangente, instrumental e mistificado (LEFEBVRE, 1991).
II. A produção teórica a partir da década de 70, sobre o espaço e a urbanização, tanto a estruturalista quanto a de reação ao positivismo estruturalista, corporificou- se em uma economia política da urbanização e do desenvolvimento. A interdisciplinaridade epistemológica levou a diferentes conceituações e definições do espaço e do urbano e à percepção das mudanças da urbanização conforme o capitalismo se ampliava e avançava, num constante processo de reestruturação e globalização.
III. Após analisar a produção teórica relativa à urbanização Castells define-a enquanto uma noção ideológica (CASTELLS, 1978); por partir da proposição que esta se refere tanto a formas espaciais quanto a um sistema cultural específico, de onde consequentemente não haveria uma problemática especificamente urbana. Descarta-a, assim, enquanto objeto de estudo e propõe que mais que falar de urbanização, trataremos do tema da produção social de formas espaciais (CASTELLS, 1978), e reduz o urbano ao espaço funcional onde se concentra uma população.
Estão corretas as afirmativas:
- A)I, II e III
- B)I e II, apenas.
- C)II e III, apenas.
- D)I e III, apenas.
Resposta:
A alternativa correta é C)
O debate sobre a questão urbana no mundo contemporâneo revela a centralidade das cidades como espaços de comando das redes globais de informação e da economia capitalista. Ao mesmo tempo, destaca-se a dimensão local, onde as referências sócio-espaciais se fortalecem, independentemente da escala de análise. Diante dessa temática, as afirmativas apresentadas abordam diferentes perspectivas teóricas sobre urbanização, espaço e relações sociais.
A afirmativa I, que trata da visão de Henri Lefebvre, apresenta uma interpretação parcial de sua teoria. Embora Lefebvre de fato associe o espaço às relações sociais de produção e compreenda a urbanização como um processo de disseminação do urbano em escala mundial, sua concepção não se restringe apenas aos limites físicos das cidades. Para ele, o urbano transcende a materialidade urbana, representando uma lógica social expansiva. Portanto, a afirmativa I está incorreta ao simplificar sua abordagem.
Já a afirmativa II está correta ao destacar a produção teórica a partir dos anos 1970, que consolidou uma economia política da urbanização. Essa perspectiva interdisciplinar permitiu diferentes conceituações do espaço e do urbano, acompanhando as transformações do capitalismo em sua fase de reestruturação e globalização. As correntes estruturalistas e as críticas ao positivismo enriqueceram o debate, ampliando a compreensão das dinâmicas urbanas.
A afirmativa III também está correta ao abordar a crítica de Manuel Castells à urbanização como noção ideológica. Castells argumenta que não existe uma problemática especificamente urbana, propondo, em vez disso, a análise da produção social das formas espaciais. Sua abordagem reduz o urbano a um espaço funcional de concentração populacional, deslocando o foco da urbanização como categoria analítica central.
Portanto, apenas as afirmativas II e III estão corretas, refletindo contribuições teóricas relevantes para o estudo da urbanização e suas relações com o capitalismo globalizado. A alternativa C) é a resposta adequada.
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