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Questões Sobre Antiguidade Ocidental - História - concurso

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Questão 21

A Ilíada, de Homero, data do século VIII a.C. e narra o último
ano da Guerra de Troia, que teria oposto gregos e troianos alguns
séculos antes. Não se sabe, no entanto, se esta guerra de fato
ocorreu ou mesmo se Homero existiu. Diante disso, o procedimento
usual dos estudiosos tem sido:

  • A)desconsiderar os relatos atribuídos a Homero, pois não temos certeza de sua procedência, nem se eles nos contam a verdade sobre o passado grego.
  • B)identificar na obra, apesar das dúvidas, características da sociedade grega antiga, como a valorização das guerras e a crença na interferência dos deuses na vida dos homens.
  • C)desconfiar de Homero, pois ele era grego e assumiu a defesa de seu povo, abrindo mão da completa neutralidade que todo relato histórico deve ter.
  • D)acreditar que a Guerra de Troia realmente aconteceu, pois Homero não poderia ter imaginado tantos detalhes e personagens tão complexos como os que aparecem no poema.
  • E)descartar o uso da obra como fonte histórica, pois, mesmo que a guerra tenha ocorrido, a Ilíada é um relato literário e não foi escrita com rigor e precisão científica.
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A alternativa correta é B)

Isso porque, ao analisar a obra de Homero, é possível identificar características da sociedade grega antiga, como a valorização das guerras e a crença na interferência dos deuses na vida dos homens. Essas características são apresentadas de forma clara e objetiva, sem qualquer intenção de distorcer a realidade. Além disso, a obra de Homero não tem como objetivo principal apresentar um relato histórico preciso, mas sim contar uma história emocionante e cheia de suspense.

É importante lembrar que a história é escrita pelos vencedores, e é natural que os gregos tenham querido apresentar sua versão dos fatos. No entanto, isso não significa que a obra de Homero deva ser desconsiderada como fonte histórica. Pelo contrário, ela pode fornecer valiosas informações sobre a sociedade grega antiga, desde que seja analisada com cuidado e criticamente.

Outro ponto importante é que a obra de Homero não é um relato histórico no sentido moderno. Ela é um poema épico, escrito em um estilo literário que era comum na época. Portanto, não é justo esperar que ela apresente a mesma precisão e objetividade que um relato histórico moderno.

Em resumo, a obra de Homero é uma fonte histórica valiosa, desde que seja analisada com cuidado e criticamente. Ela pode fornecer informações importantes sobre a sociedade grega antiga e sobre a cultura e os valores da época. No entanto, é importante lembrar que ela é um relato literário e não um relato histórico no sentido moderno.

Além disso, é importante lembrar que a história é uma construção social e que as fontes históricas devem ser analisadas levando em conta o contexto em que foram escritas. Isso significa que a obra de Homero deve ser analisada levando em conta a sociedade grega antiga e as características literárias da época.

Em conclusão, a opção B) é a mais correta, pois ela identifica na obra de Homero características da sociedade grega antiga, como a valorização das guerras e a crença na interferência dos deuses na vida dos homens. Além disso, essa opção não desconsidera a obra de Homero como fonte histórica, mas sim a analisa de forma crítica e cuidadosa.

Questão 22

Leia o texto para responder à  questão.

     Roma provou ser capaz de ampliar o seu próprio sistema político para incluir as cidades italianas durante sua expansão penisular. Desde o começo ela havia – diferentemente de Atenas – exigido de seus aliados tropas para seus exércitos, e não dinheiro para seu tesouro; desta maneira, diminuindo a carga de sua dominação na paz e unindo-os solidamente em tempo de guerra. Neste ponto, seguia o exemplo de Esparta, embora seu controle militar central das tropas aliadas fosse sempre muito maior.

                                            (Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 1987. Adaptado.)

A comparação que o texto estabelece entre Roma e Esparta é pertinente, uma vez que foi comum às duas cidades

  • A)valorizar a formação e a disciplina da soldadesca e constituir amplo aparato militar.
  • B)instalar e manter importantes áreas coloniais no Norte da África e no Oriente Próximo.
  • C)estabelecer amplo domínio militar e comercial sobre o Mar Mediterrâneo e o Leste europeu.
  • D)erradicar a influência política e militar de Atenas e combater os exércitos cartagineses e persas.
  • E)viver sob regimes democráticos, após terem atravessado períodos de oligarquia e de tirania.
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A alternativa correta é A)

Leia o texto para responder à questão.


Roma provou ser capaz de ampliar o seu próprio sistema político para incluir as cidades italianas durante sua expansão peninsular. Desde o começo ela havia – diferentemente de Atenas – exigido de seus aliados tropas para seus exércitos, e não dinheiro para seu tesouro; desta maneira, diminuindo a carga de sua dominação na paz e unindo-os solidamente em tempo de guerra. Neste ponto, seguia o exemplo de Esparta, embora seu controle militar central das tropas aliadas fosse sempre muito maior.

(Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 1987. Adaptado.)


A comparação que o texto estabelece entre Roma e Esparta é pertinente, uma vez que foi comum às duas cidades

  • A) valorizar a formação e a disciplina da soldadesca e constituir amplo aparato militar.
  • B) instalar e manter importantes áreas coloniais no Norte da África e no Oriente Próximo.
  • C) estabelecer amplo domínio militar e comercial sobre o Mar Mediterrâneo e o Leste europeu.
  • D) erradicar a influência política e militar de Atenas e combater os exércitos cartagineses e persas.
  • E) viver sob regimes democráticos, após terem atravessado períodos de oligarquia e de tirania.

É interessante notar que Roma e Esparta, embora tenham tido sistemas políticos e sociais diferentes, compartilhavam algumas características em comum. Além de valorizar a formação e a disciplina da soldadesca e constituir amplo aparato militar, ambas as cidades-estado também deram grande importância à expansão territorial e ao controle de seus domínios.

No caso de Roma, como mencionado no texto, a expansão peninsular foi um processo gradual que incluiu a incorporação de cidades italianas ao seu sistema político. Já Esparta, por sua vez, expandiu seu território mediante a conquista de cidades e regiões vizinhas, estabelecendo um amplo domínio sobre a região do Peloponeso.

Além disso, ambas as cidades-estado também se destacaram pela sua habilidade em organizar e liderar exércitos eficazes. Roma, em particular, foi capaz de criar um sistema de alianças que lhe permitia contar com tropas fornecidas por seus aliados, o que lhe dava uma vantagem significativa em termos de recursos humanos e militares.

Em resumo, a comparação entre Roma e Esparta é pertinente porque ambas as cidades-estado compartilhavam uma série de características comuns, incluindo a valorização da formação e da disciplina militar, a expansão territorial e o controle de seus domínios. Essas semelhanças permitem uma análise mais aprofundada das estratégias e tácticas utilizadas por essas cidades-estado para alcançar o sucesso em sua época.

Questão 23

Leia o texto para responder à  questão.

     Roma provou ser capaz de ampliar o seu próprio sistema político para incluir as cidades italianas durante sua expansão penisular. Desde o começo ela havia – diferentemente de Atenas – exigido de seus aliados tropas para seus exércitos, e não dinheiro para seu tesouro; desta maneira, diminuindo a carga de sua dominação na paz e unindo-os solidamente em tempo de guerra. Neste ponto, seguia o exemplo de Esparta, embora seu controle militar central das tropas aliadas fosse sempre muito maior.

                                       ( Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 1987. Adaptado.)

O texto caracteriza uma das principais estratégias romanas de domínio sobre outros povos e outras cidades:

  • A)o estabelecimento de protetorados e de aquartelamentos militares.
  • B)a escravização e a exploração dos recursos naturais.
  • C)a libertação de todos os escravos e a democratização política.
  • D)o recrutamento e a composição de alianças bélicas.
  • E)a tributação abusiva e o confisco de propriedades rurais.
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A alternativa correta é D)

A resposta correta é D) o recrutamento e a composição de alianças bélicas. Isso porque, segundo o texto, Roma exigia de seus aliados tropas para seus exércitos, e não dinheiro para seu tesouro. Essa estratégia permitia que Roma diminuísse a carga de sua dominação na paz e unisse seus aliados solidamente em tempo de guerra.

Essa abordagem romana contrasta com a de Atenas, que preferia receber dinheiro de seus aliados em vez de tropas. Além disso, a estratégia romana também diferia da de Esparta, que, embora também recrutasse tropas aliadas, não exercia o mesmo grau de controle militar centralizado.

A opção A) estabelecimento de protetorados e de aquartelamentos militares não é a resposta certa, pois o texto não menciona explicitamente a criação de protetorados ou aquartelamentos militares como uma estratégia romana de domínio.

Já a opção B) escravização e exploração dos recursos naturais não é caracterizada no texto como uma estratégia romana de domínio. Embora os romanos tenham praticado a escravização e a exploração de recursos naturais, isso não é o foco do trecho em questão.

A opção C) libertação de todos os escravos e a democratização política é completamente oposta à realidade histórica de Roma, que foi uma sociedade escravagista e não democraticamente organizada.

Por fim, a opção E) tributação abusiva e o confisco de propriedades rurais não é mencionada no texto como uma estratégia romana de domínio.

Portanto, a resposta certa é D) o recrutamento e a composição de alianças bélicas, que é a estratégia romana de domínio descrita no texto.

Questão 24

“O fato indiscutível é que, em Roma, no decorrer do século II a.C. se
assiste ao fenômeno do despovoamento do campo e à consequente
imigração para as cidades de um grande número de cidadãos que foram
engrossar a miserável clientela da plebe urbana.”

                                           Antonio da Silveira Mendonça. “Introdução”, in Caio Júlio César. A guerra civil.
                                                                                   São
Paulo: Estação Liberdade, 1999, p. 18. Adaptado. 

O grupo social mencionado no texto 

  • A)participou das sublevações e revoltas que puseram fim à monarquia e proclamaram a república.
  • B)opôs-se à consolidação do poder de Júlio César e participou do golpe que o depôs e o assassinou.
  • C)associou-se aos políticos conservadores do Senado na rejeição da monarquia e defesa da república.
  • D)engajou-se maciçamente nas tropas de Júlio César que participaram da expansão romana da Gália.
  • E)defendeu a reforma agrária e o direito de veto a medidas que afetassem os interesses populares.
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A alternativa correta é E)

“O fato indiscutível é que, em Roma, no decorrer do século II a.C. se assiste ao fenômeno do despovoamento do campo e à consequente imigração para as cidades de um grande número de cidadãos que foram engrossar a miserável clientela da plebe urbana."

Antonio da Silveira Mendonça. “Introdução", in Caio Júlio César. A guerra civil.
São Paulo: Estação Liberdade, 1999, p. 18. Adaptado.

O grupo social mencionado no texto

  • A)participou das sublevações e revoltas que puseram fim à monarquia e proclamaram a república.
  • B)opôs-se à consolidação do poder de Júlio César e participou do golpe que o depôs e o assassinou.
  • C)associou-se aos políticos conservadores do Senado na rejeição da monarquia e defesa da república.
  • D)engajou-se maciçamente nas tropas de Júlio César que participaram da expansão romana da Gália.
  • E)defendeu a reforma agrária e o direito de veto a medidas que afetassem os interesses populares.

O grupo social mencionado no texto é a plebe urbana, que era conhecida por sua pobreza e miséria. Era composta por cidadãos que haviam deixado o campo em busca de uma vida melhor nas cidades, mas acabavam se encontrando em uma situação de pobreza e exclusão social. Essa classe social era muito numerosa e exercia grande influência na política romana, pois era capaz de influenciar as decisões dos políticos e senadores.

A plebe urbana defendia a reforma agrária, que visava a distribuição de terras aos pequenos proprietários e à redução da concentração de terras nas mãos dos latifundiários. Além disso, eles também defendiam o direito de veto a medidas que afetassem os interesses populares, ou seja, eles queriam ter o poder de vetar as decisões que iam contra os interesses da população.

Essa classe social desempenhou um papel importante na história de Roma, pois foi uma das principais forças motrizes por trás das mudanças políticas e sociais que ocorreram na época. Eles foram fundamentais para a formação da República Romana e para a consolidação do poder de Júlio César.

Portanto, a resposta certa é a letra E)defendeu a reforma agrária e o direito de veto a medidas que afetassem os interesses populares. É importante notar que a plebe urbana não participou das sublevações e revoltas que puseram fim à monarquia e proclamaram a república, pois essa classe social surgiu posteriormente. Além disso, a plebe urbana não se opôs à consolidação do poder de Júlio César, pois eles o apoiaram em sua ascensão ao poder.

Questão 25

No tempo de Péricles, a população de Atenas era de, aproximadamente,
400 mil habitantes. Mas os cidadãos com direitos
plenos não passavam de 40 mil.
(…)

(Luiz Koshiba. História: origens, estruturas e processos, 2000.)

Na época tratada no fragmento, eram considerados cidadãos em
Atenas apenas os

  • A)homens e as mulheres religiosos, que tivessem propriedade rural.
  • B)homens, filhos de pais atenienses.
  • C)homens guerreiros, com origem nobre.
  • D)aristocratas e os comerciantes, atenienses ou estrangeiros.
  • E)homens e as mulheres, que possuíssem renda advinda de atividade urbana.
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A alternativa correta é B)

Na época tratada no fragmento, eram considerados cidadãos em Atenas apenas os homens, filhos de pais atenienses. Isso significa que a cidade-estado grega era governada por uma pequena elite, composta por homens que tinham nascido em Atenas e eram filhos de pais atenienses. Essa restrição aos direitos de cidadania era comum em muitas cidades-estados gregas, mas Atenas era um caso especial, pois era uma das mais poderosas e influentes do período.

Ao limitar a cidadania a apenas 40 mil pessoas, Atenas criava uma estrutura social hierárquica, onde os cidadãos tinham direitos e privilégios que não estavam disponíveis para a maioria da população. Isso gerava uma grande desigualdade social, pois os cidadãos tinham acesso a benefícios como a participação na assembleia, o direito de votar e de ocupar cargos públicos, enquanto os demais habitantes de Atenas não tinham esses direitos.

Além disso, a restrição à cidadania também afetava a economia da cidade. Os cidadãos tinham mais oportunidades de trabalho e de negócios, pois tinham acesso a terras, recursos e contratos públicos. Já os não-cidadãos tinham que se contentar com trabalhos mais humildes e menos remunerados.

No entanto, é importante notar que Atenas era uma cidade-estado em constante evolução, e suas leis e instituições estavam sempre sendo adaptadas às necessidades e desafios do momento. Por isso, é provável que a cidadania tenha sido ampliada ou modificada ao longo do tempo, para atender às necessidades da cidade e de seus habitantes.

Em resumo, a limitação da cidadania em Atenas durante o tempo de Péricles era uma característica fundamental da estrutura social e política da cidade. Embora tenha gerado desigualdades e injustiças, também permitiu que Atenas se tornasse uma das mais poderosas e influentes cidades-estados do período.

Para saber mais sobre a história de Atenas e a evolução de sua estrutura social e política, é recomendável consultar obras de historiadores como Luiz Koshiba, que oferecem uma visão mais detalhada e profunda sobre o assunto.

Além disso, é importante lembrar que a história é um processo contínuo, e que as instituições e leis de uma cidade-estado como Atenas foram influenciadas por uma série de fatores, incluindo a política, a economia, a sociedade e a cultura.

Portanto, é fundamental analisar a história de Atenas em seu contexto, considerando as condições específicas da época e as forças que moldaram a cidade-estado.

Dessa forma, é possível entender melhor como Atenas se tornou uma das mais importantes cidades-estados do mundo antigo, e como sua estrutura social e política influenciou a história posterior.

Questão 26

O povo, em muitas coisas, julga melhor do que o indivíduo,
seja quem for. Além disso, a multidão é mais incorruptível
(…) e, se um indivíduo se deixa dominar pela ira ou por outra
paixão semelhante, necessariamente corrompe o seu juízo;
em compensação, é difícil que todos juntos se inflamem de
cólera ou pequem.

(Aristóteles, 384-322 a.C. Política.)


As considerações do filósofo grego permitem afirmar que

  • A)o pensamento antigo era de natureza mítica, porque se apoiava em explicações de caráter sobrenatural.
  • B)o despotismo esclarecido surgiu no período greco-romano e foi retomado pelos soberanos da época moderna.
  • C)a doutrina demagógica, criada por Aristóteles, forneceu os fundamentos para a política de pão e circo.
  • D)o poder político, em vez de ser exercido por um tirano ou uma oligarquia, deveria caber a uma assembleia.
  • E)as disputas entre as cidades gregas foram causadas por indivíduos que não seguiram os conselhos dos filósofos.
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A alternativa correta é D)

O povo, em muitas coisas, julga melhor do que o indivíduo, seja quem for. Além disso, a multidão é mais incorruptível (...) e, se um indivíduo se deixa dominar pela ira ou por outra paixão semelhante, necessariamente corrompe o seu juízo; em compensação, é difícil que todos juntos se inflamem de cólera ou pequem.


(Aristóteles, 384-322 a.C. Política.)


As considerações do filósofo grego permitem afirmar que

  • A)o pensamento antigo era de natureza mítica, porque se apoiava em explicações de caráter sobrenatural.
  • B)o despotismo esclarecido surgiu no período greco-romano e foi retomado pelos soberanos da época moderna.
  • C)a doutrina demagógica, criada por Aristóteles, forneceu os fundamentos para a política de pão e circo.
  • D)o poder político, em vez de ser exercido por um tirano ou uma oligarquia, deveria caber a uma assembleia.
  • E)as disputas entre as cidades gregas foram causadas por indivíduos que não seguiram os conselhos dos filósofos.

Essa afirmação de Aristóteles destaca a importância da participação popular no processo de tomada de decisões políticas. Além disso, a visão do filósofo sobre a multidão como mais incorruptível do que o indivíduo suscita questionamentos sobre a natureza do poder político e como ele deve ser exercido.

É interessante notar que, ao longo da história, houve vários exemplos de como o poder político foi exercido de maneira autoritária, seja por meio de monarquias, oligarquias ou ditaduras. No entanto, a ideia de que o poder político deve caber a uma assembleia, como defendida por Aristóteles, é uma visão mais democrática e participativa.

Além disso, é importante lembrar que a participação popular não se resume apenas à eleição de representantes, mas também à participação ativa dos cidadãos na formulação de políticas públicas e na fiscalização do poder político.

Portanto, a afirmação de Aristóteles sobre a importância do poder político ser exercido por uma assembleia é uma visão que ancora a democracia participativa e que destaca a importância da participação popular no processo de tomada de decisões políticas.

É essa visão que permite que a sociedade seja mais justa e igualitária, pois a participação popular permite que os interesses de todos sejam considerados, e não apenas os interesses de uma elite.

Além disso, a participação popular também permite que a sociedade seja mais estável e pacífica, pois a participação ativa dos cidadãos na política pública pode evitar conflitos e desentendimentos.

Em resumo, a afirmação de Aristóteles sobre a importância do poder político ser exercido por uma assembleia é uma visão que ancorou a democracia participativa e que destaca a importância da participação popular no processo de tomada de decisões políticas.

Questão 27

A cidadania nos Estados nacionais contemporâneos é um fenômeno único na História. Não podemos falar de continuidade do mundo antigo, de repetição de uma experiência passada e nem mesmo de um desenvolvimento progressivo que unisse o mundo contemporâneo ao antigo. São mundos diferentes, com sociedades distintas, nas quais pertencimento, participação e direitos têm sentidos diversos.

                                  (Norberto Luiz Guarinello, Cidades-Estado na Antiguidade Clássica. In PINSKY, Jaime; PINSKY,

                                                      Carla  Bassanezi (orgs.). História da Cidadania. São Paulo: Contexto, 2008, p. 29.)


Entre as diferenças que separam o Estado nacional contemporâneo da cidade-estado da Antiguidade, é possível destacar

  • A)o aspecto militar, que no passado era considerado parte das responsabilidades particulares de cada cidadão e hoje é um dever do Estado.
  • B)a concepção de cidadania, muito mais restrita à época do que hoje, de tal forma que mulheres, estrangeiros e escravos não eram considerados cidadãos.
  • C)a política educacional, de caráter público e direcionada a toda a população no mundo antigo, enquanto hoje coexistem instituições públicas e privadas.
  • D)a política de reforma agrária, desnecessária no mundo antigo devido à igualdade econômica existente, enquanto hoje é parte importante das políticas sociais.
  • E)a questão econômica, àquela época comandada pelo poder público e hoje sob a responsabilidade dos agentes privados, que gozam de grande autonomia.
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A alternativa correta é B)

Entre as diferenças que separam o Estado nacional contemporâneo da cidade-estado da Antiguidade, é possível destacar a concepção de cidadania, que era muito mais restrita à época do que hoje. Isso porque, naquele tempo, mulheres, estrangeiros e escravos não eram considerados cidadãos, ao contrário do que ocorre nos dias atuais, em que a cidadania é mais ampla e inclusiva.

Além disso, a noção de pertencimento e participação política também era diferente. Na Antiguidade, a participação política era um privilégio reservado a uma elite, enquanto nos Estados nacionais contemporâneos, a participação política é um direito garantido a todos os cidadãos.

Essas diferenças são fundamentais para compreender como a cidadania se desenvolveu ao longo da História. Enquanto na Antiguidade a cidadania era uma questão de pertencimento a uma elite, nos Estados nacionais contemporâneos, a cidadania é um direito universal que busca garantir a igualdade e a justiça social.

Portanto, é importante destacar que a cidadania nos Estados nacionais contemporâneos é um fenômeno único na História, que não pode ser comparado às experiências passadas. É preciso entender as particularidades do presente para compreender como a cidadania se desenvolveu e como pode ser fortalecida nos dias atuais.

Em resumo, a cidadania nos Estados nacionais contemporâneos é um conceito que se desenvolveu ao longo da História, com características próprias que a distinguem das experiências passadas. É fundamental entender essas diferenças para compreender como a cidadania pode ser fortalecida e garantida nos dias atuais.

Questão 28

O longo período de desagregação do Império Romano caracterizou-se pelo esvaziamento das cidades, pelo declínio do comércio
e da manufatura, provocando a ruralização da sociedade e da economia. Simultaneamente, com o término das guerras de
expansão, diminuiu a mão de obra escrava. As grandes propriedades escravistas passaram a dar lugar às vilas, que, mais tarde,
contribuíram para a formação dos domínios senhoriais. Os proprietários rurais tenderam a substituir o escravo pelo colono, um
tipo de trabalhador que entregava parte de sua produção em troca do uso da terra. O colono, por sua vez, se constituiu no embrião
do servo medieval. 
                                              (Adaptado de: Divalte Garcia Figueira. História. São Paulo: Ática, 2003. p. 71)
O texto permite afirmar que,

  • A)uma das origens da servidão feudal no Ocidente medieval localiza-se na crise que afetou o Império Romano, a partir do  século III.
  • B)a condição do servo na Europa feudal, a partir do século IV, era um pouco melhor que a dos escravos, durante o Império  Romano.
  • C)o servo na sociedade feudal, diferente do escravo romano, era sujeito à crueldade de seu senhor, pois, era preso à terra  que cultivava.
  • D)um dos fatores do declínio do comércio e das atividades urbanas encontra-se na consolidação do trabalho servil no Império  Romano.
  • E)as relações comunitárias existentes entre os servos e os senhores feudais resultaram do fortalecimento do escravismo no século V.
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A alternativa correta é A)

O texto permite afirmar que, de fato, a crise do Império Romano teve um impacto significativo na formação da sociedade feudal. A substituição do escravo pelo colono, que posteriormente se tornou o servo medieval, foi um processo gradual que ocorreu em decorrência do esvaziamento das cidades, do declínio do comércio e da manufatura, e da ruralização da sociedade e da economia.

É importante notar que a condição do servo na Europa feudal não era necessariamente melhor que a dos escravos durante o Império Romano. Embora o servo tivesse mais liberdade que o escravo, pois não era considerado propriedade de seu senhor, estava preso à terra que cultivava e era obrigado a entregar parte de sua produção em troca do uso da terra.

Além disso, o declínio do comércio e das atividades urbanas não foi causado pelo trabalho servil no Império Romano, mas sim pelo esvaziamento das cidades e pela ruralização da sociedade e da economia. O trabalho servil foi mais uma consequência desse processo do que uma causa.

Por fim, não há evidências de que as relações comunitárias existentes entre os servos e os senhores feudais tenham resultado do fortalecimento do escravismo no século V. Pelo contrário, o texto sugere que a formação dos domínios senhoriais e a substituição do escravo pelo colono foram processos que ocorreram em resposta à crise do Império Romano.

Portanto, a afirmação correta é que uma das origens da servidão feudal no Ocidente medieval localiza-se na crise que afetou o Império Romano, a partir do século III.

Questão 29

Na Roma antiga, os plebeus, explorados pela aristocracia patrícia detentora do poder, graças aos mecanismos republicanos, se revoltaram em 494 a.C. e obtiveram sua primeira vitória, que foi concretizada na:

  • A)criação de uma assembleia representativa da plebe.
  • B)permissão dos casamentos entre plebeus e patrícios.
  • C)conquista do direito de eleger o primeiro cônsul plebeu.
  • D)proibição dos patrícios escravizar os plebeus por dívidas.
  • E)figura de um representante político: o tribuno da plebe.
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A alternativa correta é E)

figura de um representante político: o tribuno da plebe.

Essa conquista foi de grande importância, pois os tribunos da plebe tinham o poder de vetar as decisões do Senado e proteger os interesses dos plebeus. Além disso, eles também tinham a autoridade de convocar assembleias e apresentar projetos de lei.

A criação do tribuno da plebe foi um marco importante na luta dos plebeus pela igualdade e justiça social. Isso porque, pela primeira vez, os plebeus tinham um representante que os defendia e lutava por seus direitos.

Antes da criação do tribuno da plebe, os plebeus estavam à mercê dos patrícios, que detinham todo o poder e riqueza. Eles eram explorados e oprimidos, sem terem voz ou representação.

Mas, com a criação do tribuno da plebe, os plebeus começaram a ter uma voz mais forte e a lutar por seus direitos. Eles começaram a se organizar e a se unir em torno de seus líderes, que lutavam por uma sociedade mais justa e igualitária.

A luta dos plebeus não foi fácil, pois eles enfrentaram forte resistência dos patrícios, que não queriam perder seu poder e privilégios. Mas, com a criação do tribuno da plebe, os plebeus começaram a ter uma ferramenta importante para lutar por seus direitos.

O tribuno da plebe se tornou um símbolo da luta dos plebeus pela igualdade e justiça social. Ele representava a voz dos oprimidos e a luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

A criação do tribuno da plebe também teve um impacto significativo na política romana. Ela marcou o início de uma nova era, em que os plebeus começaram a ter uma participação mais ativa na política.

Os patrícios, que antes detinham todo o poder, começaram a perder sua influência e controle. Eles começaram a ter que compartilhar o poder com os plebeus, que agora tinham uma voz mais forte e uma representação mais efetiva.

A criação do tribuno da plebe foi um passo importante na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Ela marcou o início de uma nova era, em que os plebeus começaram a ter uma participação mais ativa na política e a lutar por seus direitos.

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Questão 30

Sobre a República Romana podemos afirmar que

  • A)o chefe do governo era o Presidente da República, não podendo ser mulher, que tinha seus poderes limitados por um Congresso formado por deputados escolhidos pelo voto indireto.
  • B)os cônsules eram os magistrados mais importantes da República, porém, seus mandatos eram de apenas um ano.
  • C)a eleição para SenatorumMaximum, o chefe do governo na república, era realizada no Senado, colegiado de senadores com mandato vitalício.
  • D)sendo uma República parlamentarista, o Primeiro Ministro era responsável pela formação do governo, ou seja, pela escolha dos magistrados.
  • E)foi a primeira experiência democrática, quando a população passou a escolher seus representante pelo voto secreto.
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A alternativa correta é B)

Sobre a República Romana podemos afirmar que

  • B)os cônsules eram os magistrados mais importantes da República, porém, seus mandatos eram de apenas um ano.

Essa afirmação é verdadeira, pois os cônsules romanos eram os principais magistrados da República Romana, eleitos pelo Senado e pelo povo romano. Eles exerciam o poder executivo e seu mandato era de apenas um ano, o que garantia que o poder não fosse concentrado em uma pessoa ou grupo por muito tempo.

Já as outras opções não são verdadeiras. A opção A) é errada porque a República Romana não teve um Presidente da República, e sim cônsules e senadores. Além disso, o voto indireto não era utilizado para eleger os deputados.

A opção C) também está errada, pois o Senado não era responsável pela eleição do chefe do governo. O Senado era um colegiado de senadores que aconselhavam os cônsules e os ajudavam a tomar decisões importantes.

A opção D) é outra afirmação falsa, pois a República Romana não era uma república parlamentarista, e o Primeiro Ministro não era um cargo existente naquela época.

Por fim, a opção E) também não é verdadeira, pois a República Romana não foi a primeira experiência democrática, e o voto secreto não era utilizado. A democracia surgiu na Grécia, e o voto secreto foi uma inovação introduzida mais tarde.

Em resumo, a República Romana foi um sistema político complexo, com seus próprios costumes e tradições. Os cônsules eram os magistrados mais importantes, e seu mandato era de apenas um ano. É importante conhecer a história para entender como os sistemas políticos evoluíram ao longo do tempo.

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