Questões Sobre Antiguidade Ocidental - História - concurso

A resposta certa é a opção A) circulação e comunicação entre povos da região mediterrânica e do Oriente Próximo, que facilitaram a expansão das construções em pedra. Isso porque, durante a antiguidade, havia um intenso comércio e troca de ideias entre as cidades-estados gregas e as civilizações do Oriente Próximo, como o Egito e a Mesopotâmia. Essa interação permitiu que os gregos se inspirassem nos modelos arquitetônicos dessas civilizações e os adaptassem às suas próprias necessidades e estilos.

Além disso, a circulação de pessoas, mercadorias e ideias pelo Mediterrâneo facilitou a disseminação de técnicas e conhecimentos, permitindo que os gregos desenvolvessem suas próprias habilidades e estilos arquitetônicos. Isso pode ser visto na construção de templos gregos, que apresentam características únicas, mas também elementos inspirados em modelos egípcios e orientais.

Já as outras opções não são coerentes com o texto. A opção B) é incorreta porque as cidades-estados gregas, lideradas por Esparta, não exerceram dominação política e militar sobre o Oriente Próximo. A opção C) também é errada, pois a presença árabe na região mediterrânica é posterior à época em que as cidades-estados gregas construíram seus templos.

A opção D) não se aplica ao contexto, pois a difusão do helenismo ocorreu em uma época posterior, e a opção E) é também incorreta, pois o cristianismo não exercia influência significativa na região mediterrânica durante a época em que os templos gregos foram construídos.

Segundo o texto, um papel fundamental da religião, na Grécia antiga, foi o de B) estabelecer identidade e vínculos comunitários e unificar as crenças. Isso porque, com a construção de grandes templos destinados a deuses específicos, a religião surgiu como um fator aglutinador das forças cooperativas da pólis, tornando-se um elemento unificador da comunidade como um todo.

É interessante notar que, anteriormente, os deuses eram mais relacionados a famílias aristocráticas ou etnias específicas. No entanto, com a construção dos templos, os deuses passaram a ser vistos como pertencentes à comunidade como um todo, transcendendo as diferenças étnicas e sociais.

Além disso, a influência de modelos egípcios e orientais na construção monumental é um fato histórico que demonstra a importância da troca cultural e do desenvolvimento de habilidades matemáticas para a construção de tais monumentos.

Portanto, a resposta correta é a opção B) estabelecer identidade e vínculos comunitários e unificar as crenças, pois a religião desempenhou um papel fundamental na unificação da comunidade e na criação de uma identidade coletiva.

Segundo certa perspectiva historiográfica tradicional, o declínio de Roma deveu-se a um clima social de paz indolente, a uma divisão social interna entre ricos e pobres e a uma mentalidade comodista dos aristocratas ricos, que gozavam de pouco poder e autoridade frente ao Estado e que oscilavam entre posturas filosóficas de um materialismo vulgar ou buscavam salvação em religiões orientais. Este ponto de vista, se encontra na obra clássica sobre a história de Roma de autoria de:

• A) Mikhail Rostovtzeff
• B) Perry Anderson
• C) Gustave Glotz
• D) Tito Lívio
• E) Pierre Grimal

O gabarito correto é A). Por fim, não coloque nenhum comentário seu sobre a geração.

É importante ressaltar que esta perspectiva historiográfica tradicional apresenta uma visão simplista do declínio de Roma, pois não considera os fatores políticos, econômicos e militares que também contribuíram para a queda do império. Além disso, essa visão ignora a complexidade da sociedade romana, que não se reduz a uma simples divisão entre ricos e pobres.

Mikhail Rostovtzeff, historiador russo-estadunidense, é o autor da obra clássica "Roma" (1927), que apresenta uma visão geral da história de Roma, desde sua fundação até a queda do império. Rostovtzeff é considerado um dos principais historiadores do século XX e sua obra é ainda hoje considerada uma referência importante para o estudo da história de Roma.

A obra de Rostovtzeff apresenta uma visão mais ampla da história de Roma, que não se limita à análise da sociedade romana, mas também considera os fatores políticos, econômicos e militares que contribuíram para a formação e a queda do império. Além disso, Rostovtzeff também analisa a cultura e a religião romanas, apresentando uma visão mais completa da sociedade romana.

Em resumo, a perspectiva historiográfica tradicional que apresenta o declínio de Roma como resultado de uma divisão social interna e de uma mentalidade comodista dos aristocratas ricos é uma visão simplista e limitada. É importante considerar a complexidade da sociedade romana e os fatores políticos, econômicos e militares que contribuíram para a formação e a queda do império.

O Regime de governo democrático teve origem em Atenas, na Grécia antiga, conhecendo seu apogeu no século V a.C.. Comparando características desse regime com o sistema político brasileiro, está correto afirmar que, na Atenas da Antiguidade,

• A)o sufrágio era universal e o exercício do voto era direto; no Brasil atual, como o sistema é presidencialista, não há possibilidade de mecanismos de democracia direta.
• B)não havia distinção entre os poderes, e os juízes eram indicados pela aristocracia; no Brasil, essa distinção foi predominante, desde o período colonial.
• C)apenas as mulheres e os escravos estavam impedidos de participar das decisões políticas; no Brasil, as mulheres tiveram direito ao voto, desde o início da República.
• D)a democracia era direta e havia cargos ocupados por sorteio; no Brasil atual, o sistema é representativo, com voto facultativo para algumas parcelas da população.
• E)os conceitos de cidadão e cidadania possuíam significados semelhantes aos atribuídos pelas democracias contemporâneas, dentre as quais se inclui o atual sistema brasileiro.

É importante destacar que a democracia ateniense era uma experiência inovadora para a época, em que os cidadãos tinham participação direta nas decisões políticas. Já no Brasil, o sistema político é representativo, onde os cidadãos elegem representantes para tomar decisões em seu lugar.

A democracia direta ateniense era possível devido ao tamanho reduzido da população e à estrutura da cidade-estado. Já no Brasil, com uma população vasta e dispersa, é mais difícil implementar um sistema de democracia direta.

Além disso, a democracia ateniense era baseada em assembleias públicas, onde os cidadãos se reuniam para discutir e decidir sobre os assuntos políticos. Já no Brasil, as decisões políticas são tomadas por um conjunto de representantes eleitos.

É interessante notar que, apesar das diferenças entre a democracia ateniense e o sistema político brasileiro, ambos compartilham o objetivo de garantir a participação popular nas decisões políticas. No entanto, a forma como essa participação é exercida é muito diferente entre os dois sistemas.

Em resumo, a opção D) é a resposta correta, pois destaca a diferença entre a democracia direta ateniense e o sistema representativo brasileiro. Além disso, é importante entender as razões pelas quais esses sistemas políticos são diferentes e como eles afetam a participação popular nas decisões políticas.

Ao cunhar o termo helenismo, a citação sintetiza um processo histórico associado à difusão da cultura grega entre os povos conquistados e a assimilação de elementos culturais orientais no Império Macedônio. Isso porque, ao conquistar vastos territórios, Alexandre não apenas impôs a supremacia da civilização grega, mas também incorporou aspectos culturais dos povos conquistados, criando uma síntese cultural única.

Essa fusão cultural permitiu que a filosofia, a arte e a literatura gregas se disseminassem por todo o Império, influenciando a formação de uma identidade cultural híbrida. Além disso, a assimilação de elementos culturais orientais enriqueceu a cultura grega, permitindo que ela se tornasse mais diversificada e sofisticada.

Um exemplo disso é a arte helenística, que surgiu como resultado da fusão entre a arte grega e a arte persa. A arte helenística é caracterizada por sua grandiosidade, seu realismo e sua riqueza de detalhes, demonstrando a capacidade dos artistas gregos de absorver e reinterpretar influências culturais estrangeiras.

Além disso, a difusão da cultura grega também permitiu que a filosofia grega se espalhasse por todo o Império, influenciando a formação de escolas filosóficas em diferentes regiões. A filosofia grega, que antes era restrita à Grécia, agora se tornou uma ferramenta de pensamento crítico e reflexão para povos de diferentes culturas.

Em resumo, o helenismo sintetiza um processo histórico de difusão cultural, que permitiu que a cultura grega se espalhasse por todo o Império, influenciando a formação de uma identidade cultural híbrida e enriquecendo a cultura grega com elementos culturais orientais.

“[Na Grécia Antiga,] Não havia contradição entre a democracia antiga e a escravidão.”

Marcelo Rede. Grécia antiga . São Paulo: Saraiva, 2012, p. 32. A frase justifica-se, pois

• A)os povos da Antiguidade equivocavam-se, ao não reconhecer que a democracia só é possível se houver plena igualdade social.
• B)não há qualquer relação entre as questões políticas e as questões econômicas, sociais ou étnicas.
• C)a existência de escravos proporcionava aos cidadãos atenienses tempo livre para se dedicarem à política.
• D)não é possível conciliar, na Antiguidade ou nos dias de hoje, democracia e trabalho obrigatório.
• E)o militarismo espartano era superior à democracia ateniense, pois dispensava a escravidão e todas as hierarquias sociais

O gabarito correto é C). Isso porque, na Grécia Antiga, a democracia era exercida apenas pelos cidadãos, que eram os homens livres e nascidos em Atenas. Já os escravos, que eram a grande maioria da população, não tinham acesso a essa esfera política. A existência de escravos, portanto, permitia que os cidadãos atenienses tivessem mais tempo e recursos para se dedicarem às atividades políticas e sociais.

Além disso, é importante lembrar que a democracia ateniense não era uma democracia moderna, como conhecemos hoje. Era uma democracia direta, onde os cidadãos se reuniam em assembleias para tomar decisões. E, para que isso fosse possível, os cidadãos precisavam ter tempo e recursos para participar dessas assembleias.

É interessante notar que, mesmo com a existência de escravos, a democracia ateniense foi uma experiência inovadora e importante para a história da humanidade. Foi a primeira vez que os cidadãos de uma cidade-estado tinham o poder de tomar decisões políticas.

Mas, é claro que, para os escravos, a democracia ateniense não era nada mais do que uma farsa. Eles eram excluídos da esfera política e social, e tinham que se submeter às decisões dos cidadãos. Isso nos lembra que a democracia, para ser verdadeiramente democrática, precisa ser inclusiva e garantir os direitos de todos os cidadãos.

Os plebeus consumiam-se no ódio aos patrícios, sobretudo por causa da escravidão por dívidas. Indignados, diziam que eram aprisionados e oprimidos em sua própria pátria e por seus próprios concidadãos, embora combatessem no exterior pela liberdade da república. A plebe era mais protegida na guerra do que na paz, mais livre entre inimigos do que entre seus próprios concidadãos.

                                                                             (Tito Lívio. História de Roma, 1989.)

Tito Lívio foi um romano que viveu de 59 a.C. a 17 d.C. O historiador alude a uma contradição existente na cidade de Roma, ainda no período republicano, em que

• A)os plebeus, essenciais para as conquistas romanas, tinham limitados direitos políticos e sociais.
• B)os patrícios promoviam as guerras exteriores com a finalidade de incorporar as terras dos plebeus.
• C)as vitórias militares e as conquistas romanas impediam a ascensão social das classes plebeias.
• D)os generais romanos vitoriosos contavam com a fidelidade de suas tropas e diminuíam os poderes dos senadores.
• E)as famílias patrícias impunham aos plebeus o culto religioso dos patrícios mortos em combate.

Essa contradição é um dos principais motivos pelos quais a República Romana viveu um período de grande tensão social. Os plebeus, que eram a base do exército romano e responsáveis pelas conquistas, não tinham os mesmos direitos que os patrícios. Isso gerava um sentimento de injustiça e revolta entre os plebeus, que se sentiam explorados e oprimidos pela elite patrícia.

Além disso, a escravidão por dívidas era uma prática comum na Roma antiga. Os plebeus que não conseguiam pagar suas dívidas eram transformados em escravos, o que aumentava a desigualdade social e a exploração dos mais pobres. Isso criava um ambiente de revoltas e protestos, que ameaçavam a estabilidade da República.

O historiador Tito Lívio destaca essa contradição em sua obra, mostrando como a sociedade romana era marcada por uma grande desigualdade social. Ele demonstra que, apesar de os plebeus serem importantes para as conquistas romanas, eles eram tratados como cidadãos de segunda classe, sem os mesmos direitos que os patrícios.

Essa contradição também é um reflexo da estrutura social da Roma antiga, que era baseada em uma hierarquia rígida. Os patrícios eram a elite dominante, enquanto os plebeus eram a classe trabalhadora e militar. Isso criava uma grande desigualdade social, que era mantida pela força e pela exploração.

No entanto, é importante destacar que a República Romana também foi um período de grande desenvolvimento cultural e político. Foi nesse período que surgiram as bases do direito romano, que influenciaram a formação do direito moderno. Além disso, a República Romana também foi marcada por uma grande expansão territorial, que levou a Roma a se tornar uma das maiores potências do mundo antigo.

Portanto, a contradição entre a liberdade exterior e a opressão interior, destacada por Tito Lívio, é um dos principais aspectos da sociedade romana durante a República. Essa contradição é um reflexo da estrutura social e política da Roma antiga, que era baseada em uma hierarquia rígida e em uma grande desigualdade social.

O historiador grego Tucídides viveu na cidade de Atenas durante a Guerra do Peloponeso (431–404 a.C.), que opôs Atenas e Esparta com seus respectivos aliados. Tucídides sustenta que o historiador precisa preocupar-se com a justeza e o rigor dos depoimentos e das informações históricas.

Essa postura crítica e rigorosa em relação às fontes de informação é fundamental para a construção de uma história confiável e precisa. O historiador não pode se contentar com informações vagas ou imprecisas, mas deve buscar a verdade por meio de uma investigação minuciosa e sistemática.

Além disso, é importante lembrar que a história é construída a partir de diferentes perspectivas e interpretações, e que o historiador deve estar ciente dessas limitações e tentar superá-las. Isso não significa que a história seja subjetiva ou que não possa ser conhecida, mas sim que o historiador deve ser consciente das suas próprias limitações e tentar superá-las.

Portanto, a resposta certa é E) preocupar-se com a justeza e o rigor dos depoimentos e das informações históricas. Isso porque o historiador deve buscar a verdade e a precisão em suas investigações, e não se contentar com informações vagas ou imprecisas.

É importante notar que as outras opções são incompatíveis com a postura crítica e rigorosa de Tucídides. A opção A) acreditar imediatamente nos depoimentos dos que vivenciaram os acontecimentos é contrária à sua abordagem crítica e rigorosa. Já a opção B) estar atento às determinações econômicas dos fatos históricos importantes é apenas uma parte da análise histórica, e não a única preocupação do historiador.

A opção C) relatar fatos do passado político remoto das nações e dos agrupamentos humanos é muito amplo e não específico o suficiente, enquanto a opção D) narrar os episódios militares do ponto de vista de um dos partidos em luta é parcial e não objetiva.

Em resumo, a resposta certa é E) preocupar-se com a justeza e o rigor dos depoimentos e das informações históricas, pois é essa a postura crítica e rigorosa que caracteriza a abordagem de Tucídides.

Em 509 a. C., Clístenes assumiu o poder em Atenas e implantou uma série de reformas que viriam a consolidar a democracia escravista naquela cidade-estado da Grécia Antiga. Dentre tais reformas, NÃO se pode apontar a

• A)divisão dos cidadãos em dez tribos de acordo com o domicílio, e não mais conforme o genos.
• B)criação do instituto do ostracismo para impedir a implantação de uma tirania na polis.
• C)instituição de unidades militares formadas por cada tribo sob o comando dos chamados estrategos.
• D)extensão dos direitos de cidadania e de participação nas decisões políticas ao grupo social dos metecos.
• E)participação de todas as tribos na escolha dos magistrados e membros da Assembleia Judicial.

Reformas como a divisão dos cidadãos em dez tribos, a criação do ostracismo e a instituição de unidades militares foram fundamentais para o estabelecimento de uma democracia mais justa e igualitária em Atenas. No entanto, a resposta certa é a opção D) extensão dos direitos de cidadania e de participação nas decisões políticas ao grupo social dos metecos, pois essa reforma não foi implementada por Clístenes.

Os metecos eram estrangeiros que viviam em Atenas, mas não tinham os mesmos direitos que os cidadãos nascidos na cidade. Embora tenham contribuído significativamente para o desenvolvimento econômico e cultural de Atenas, eles não tinham direito a participar das decisões políticas ou exercer cargos públicos.

Clístenes, ao contrário, focou em reformas que beneficiassem os cidadãos nascidos em Atenas, como a divisão em tribos e a criação do ostracismo, que visavam a prevenir a concentração de poder e promover a participação política mais ampla.

Portanto, é importante destacar que a democracia ateniense, embora tenha sido uma inovação importante na história, ainda estava longe de ser uma democracia verdadeiramente igualitária, pois excluía grupos importantes da população, como os metecos e os escravos.

As discussões teológicas ocorridas no início do estabelecimento da Igreja Católica, no século I d.C., não podem ser consideradas as origens mais remotas da filosofia ocidental. Isso porque a filosofia ocidental tem suas raízes em filósofos pré-socráticos, como Tales de Mileto, Anaximandro e Xenófanes, que viveram muito antes do estabelecimento da Igreja Católica.

A filosofia ocidental, como conhecemos hoje, tem seu início na Grécia Antiga, com os filósofos já mencionados. Eles questionaram a natureza da realidade, a origem do universo e a condição humana, estabelecendo as bases para o pensamento filosófico subsequente.

O cristianismo, por sua vez, emergiu como uma religião monoteísta no século I d.C., e sua teologia se desenvolveu ao longo dos séculos seguintes. Embora a Igreja Católica tenha sido estabelecida no século I d.C., as discussões teológicas que ocorreram nessa época não podem ser consideradas as origens da filosofia ocidental.

Portanto, a resposta certa é E) ERRADO.

Agora, vamos para o próximo item:

No que se refere às origens da arte ocidental, julgue os próximos itens.

A arte grega antiga, que floresceu entre os séculos V e IV a.C., é caracterizada por:

• A) Uso de linhas curvas e formas abstratas.
• B) Uso de proporção, simetria e formas naturalistas.
• C) Uso de cores vivas e formas geométricas.
• D) Uso de luz e sombra para criar volume.

Qual é a resposta certa?