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Assim, tal como me parece, foi a crise geral do século XVII. Foi uma crise não da constituição nem do sistema de produção, mas do Estado, ou melhor, da relação do Estado com a sociedade. Diferentes países descobriram como sair dessa crise de diferentes modos. Na Espanha, o antigo regime sobreviveu; mas sobreviveu apenas como uma carga desastrosa, imóvel sobre um país empobrecido. Em outras partes, na Holanda, na França e na Inglaterra, a crise marcou o fim de uma era — o descarte de uma superestrutura do topo da sociedade, o retorno à política mercantilista, responsável. Pois no século XVII, as cortes da Renascença tinham crescido tanto, tinham consumido tanto em desperdício e tinham introduzido seus crescentes sugadores tão fundo no corpo da sociedade, que só podiam florescer por um tempo limitado e, em uma época, também de prosperidade geral em expansão. Quando essa prosperidade fracassou, o parasita monstruoso estava trôpego. TREVOR-ROPER, Hugh. A crise do século XVII. Rio de Janeiro: Topbooks, 2007, pp.141-142. (Adaptado). Considerando a leitura do texto acima, conclui-se que a crise geral do século XVII foi:

Assim, tal como me parece, foi a crise geral do século XVII. Foi uma crise não da constituição nem do sistema de produção, mas do Estado, ou melhor, da relação do Estado com a sociedade. Diferentes países descobriram como sair dessa crise de diferentes modos. Na Espanha, o antigo regime sobreviveu; mas sobreviveu apenas como uma carga desastrosa, imóvel sobre um país empobrecido. Em outras partes, na Holanda, na França e na Inglaterra, a crise marcou o fim de uma era — o descarte de uma superestrutura do topo da sociedade, o retorno à política mercantilista, responsável. Pois no século XVII, as cortes da Renascença tinham crescido tanto, tinham consumido tanto em desperdício e tinham introduzido seus crescentes sugadores tão fundo no corpo da sociedade, que só podiam florescer por um tempo limitado e, em uma época, também de prosperidade geral em expansão. Quando essa prosperidade fracassou, o parasita monstruoso estava trôpego.
TREVOR-ROPER, Hugh. A crise do século XVII. Rio de Janeiro: Topbooks, 2007, pp.141-142. (Adaptado).

Considerando a leitura do texto acima, conclui-se que a crise geral do século XVII foi:

Resposta:

A alternativa correta é A)

O texto apresentado, extraído da obra A crise do século XVII de Hugh Trevor-Roper, aborda a natureza da crise geral que marcou o período, destacando sua dimensão política e a relação entre o Estado e a sociedade. A análise do autor aponta para uma crise não constitucional ou produtiva, mas sim uma ruptura na estrutura estatal e em sua interação com o tecido social.

Conforme o texto, a crise do século XVII foi gerada pelo crescimento desordenado das cortes renascentistas, que se tornaram um peso insustentável para as sociedades da época. Essas cortes, caracterizadas pelo desperdício e pela extração excessiva de recursos, prosperaram apenas em um contexto de expansão econômica. Quando essa prosperidade declinou, o sistema entrou em colapso, evidenciando a desconexão entre os interesses do Estado absolutista e os da sociedade.

O autor contrasta as diferentes respostas à crise em países como Espanha, Holanda, França e Inglaterra. Enquanto a Espanha manteve seu antigo regime como um fardo paralisante, outras nações superaram a crise ao abandonar estruturas obsoletas e adotar políticas mais responsáveis, como o mercantilismo. Isso reforça a ideia de que o cerne da crise estava na esfera política e na relação disfuncional entre Estado e sociedade.

Portanto, a alternativa correta é a letra A, pois o texto sustenta que a crise foi essencialmente política, decorrente do crescimento descontrolado da corte absolutista e do distanciamento entre seus objetivos e os anseios da população. As demais alternativas não correspondem à análise apresentada, seja por atribuir a crise a eventos específicos (como a Revolução Gloriosa), a fatores econômicos isolados ou a uma suposta incompetência exclusiva da corte espanhola.

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