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Mais de 70 líderes mundiais celebraram, neste domingo (11), em Paris, o centenário do armistício que selou o fim da Primeira Guerra Mundial. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o russo, Vladimir Putin, o turco Recep Tayyip Erdogan e a chanceler alemã, Angela Merkel, participaram de um ato solene presidido pelo francês Emmanuel Macron. Em seu discurso como mestre de cerimônias, o líder da França criticou o crescente nacionalismo na América e na Europa. “O nacionalismo é uma traição ao patriotismo”, disse ele. O presidente pediu aos colegas que rejeitassem “o fascínio pela retirada, pela violência e pela dominação”. (LÍDERES… 2018).O nacionalismo se manifestou de diversas maneiras e através de várias facetas, no decorrer do desenvolvimento da história das civilizações, como se pode inferir

Mais de 70 líderes mundiais celebraram, neste
domingo (11), em Paris, o centenário do
armistício que selou o fim da Primeira Guerra
Mundial. O presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, o russo, Vladimir Putin, o turco
Recep Tayyip Erdogan e a chanceler alemã,
Angela Merkel, participaram de um ato solene
presidido pelo francês Emmanuel Macron.
Em seu discurso como mestre de cerimônias,
o líder da França criticou o crescente
nacionalismo na América e na Europa. “O
nacionalismo é uma traição ao patriotismo”,
disse ele. O presidente pediu aos colegas que
rejeitassem “o fascínio pela retirada, pela
violência e pela dominação”. (LÍDERES…
2018).

O nacionalismo se manifestou de diversas maneiras e através
de várias facetas, no decorrer do desenvolvimento da história
das civilizações, como se pode inferir

Resposta:

A alternativa correta é D)

O discurso do presidente francês Emmanuel Macron durante as comemorações do centenário do armistício da Primeira Guerra Mundial trouxe à tona um debate crucial sobre o nacionalismo e suas implicações históricas. Ao afirmar que "o nacionalismo é uma traição ao patriotismo", Macron posicionou-se contra as tendências isolacionistas e conflituosas que marcaram diferentes períodos da história. Sua crítica encontra eco em momentos nos quais o nacionalismo assumiu formas que desafiaram a ordem estabelecida, especialmente durante os movimentos liberais do século XIX.

A alternativa correta (D) destaca justamente esse contexto, em que o nacionalismo se manifestou como força de resistência contra a restauração conservadora pós-Napoleão. O Congresso de Viena (1815) e a Santa Aliança buscaram reafirmar os princípios do Antigo Regime, ignorando as demandas por liberdade e autodeterminação que surgiram com a Revolução Francesa. Em oposição, os movimentos liberais e a Primavera dos Povos (1848) representaram a luta por direitos políticos e sociais, muitas vezes com forte participação popular e influência das ideias socialistas emergentes.

Esses eventos históricos ilustram como o nacionalismo pode servir tanto como instrumento de opressão quanto de libertação. Enquanto no século XIX ele foi associado à defesa das soberanias nacionais contra o absolutismo, no século XX – especialmente após as duas guerras mundiais – o excesso de nacionalismo mostrou seu potencial destrutivo. A fala de Macron reflete essa dualidade: um alerta contra o nacionalismo exacerbado que ameaça a cooperação internacional, sem negar o valor do patriotismo como expressão legítima de identidade cultural e histórica.

Assim, a crítica contemporânea ao nacionalismo deve considerar suas múltiplas faces ao longo da história. O exemplo da Primavera dos Povos demonstra que, quando vinculado a ideais de liberdade e justiça social, o sentimento nacional pode ser um fator de progresso – distante da visão belicista e excludente que marcou o período entre guerras e que hoje ressurge em discursos políticos pelo mundo.

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