Apesar de suas inúmeras diferenças, é possível identificar alguns pontos comuns entre a concepção da natureza do conhecimento histórico predominante na primeira fase da chamada Escola dos Annales (1929-1969) e o marxismo. Um desses pontos é a

A relação entre a primeira fase da Escola dos Annales (1929-1969) e o marxismo apresenta convergências significativas, apesar de suas diferenças teóricas e metodológicas. Um dos principais pontos em comum é a vinculação da pesquisa histórica com preocupações do presente, alternativa que corresponde à opção B do questionamento apresentado.

Tanto os historiadores dos Annales quanto os marxistas rejeitavam uma história puramente factual ou narrativa, voltada apenas para eventos políticos e individuais. Em vez disso, ambos os enfoques buscavam compreender as estruturas sociais e econômicas que moldavam a realidade histórica, sempre com um olhar crítico sobre o presente. Essa perspectiva permitia que a história fosse um instrumento de análise e transformação social, e não apenas um registro do passado.

Enquanto os Annales enfatizavam a interdisciplinaridade e a longa duração, o marxismo destacava a luta de classes e a determinação econômica como fatores centrais da dinâmica histórica. No entanto, ambos compartilhavam a ideia de que o conhecimento histórico deveria ser relevante para os problemas contemporâneos, afastando-se de uma visão neutra ou desengajada. Essa característica os diferenciava radicalmente da historiografia tradicional, marcada pelo positivismo e pelo culto aos documentos.

Portanto, a alternativa B é a correta, pois reflete essa preocupação comum em conectar a investigação histórica com questões do presente, seja para entender as raízes das desigualdades (no caso do marxismo), seja para analisar as mentalidades e estruturas sociais (no caso dos Annales). As demais opções não correspondem a pontos de convergência entre essas duas correntes historiográficas.