Na verdade, mesmo os orgulhosos EUA, longe de serem um porto seguro das convulsões de continentes menos afortunados, se tornaram epicentro deste que foi o maior terremoto global medido na escala Richter dos historiadores econômicos – a Grande Depressão do entreguerras. Em suma: entre as guerras, a economia mundial capitalista pareceu desmoronar. Ninguém sabia exatamente como se poderia recuperá-la. […] (HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos – O breve século XX 1914-1991. 2.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2002). O fragmento do livro de Eric Hobsbawm menciona a Grande Depressão que levou o presidente norteamericano Franklin Delano Roosevelt a aplicar um plano econômico, com o objetivo de resgatar o crescimento do país e, simultaneamente,
continentes menos afortunados, se tornaram epicentro deste que foi o maior terremoto global
medido na escala Richter dos historiadores econômicos – a Grande Depressão do entreguerras.
Em suma: entre as guerras, a economia mundial capitalista pareceu desmoronar. Ninguém sabia
exatamente como se poderia recuperá-la. […]
crescimento do país e, simultaneamente,
- A)fortalecendo a política monetária, com a redução da emissão de moeda, baseada na tese de que o controle das reservas levaria a um encolhimento da inflação no país.
- B)promovendo a intervenção estatal na economia, direcionando o capital privado nacional para os setores secundário e terciário, resultando na geração de empregos.
- C)tendo como princípio básico a diminuição dos riscos para redução das incertezas econômicas, plano elaborado pelo americano Frank Knight, da Escola de Chicago.
- D)defendendo a intervenção do governo na economia, através de uma orientação dos gastos públicos para programas de obras públicas, com efeitos positivos sobre as taxas de desemprego.
- E)adotando medidas de combate a monopólios e oligopólios, bem como a imposição de uma lei antitruste aos sindicatos patronais, garantiriam a superação da crise e o início de um novo ciclo de crescimento.
Resposta:
A alternativa correta é D)
O trecho de Eric Hobsbawm sobre a Grande Depressão destaca um momento crucial da história econômica global, no qual os Estados Unidos, tradicionalmente vistos como uma potência inabalável, tornaram-se o epicentro de uma crise sem precedentes. A resposta do presidente Franklin Delano Roosevelt a essa crise foi o New Deal, um conjunto de políticas que redefiniu o papel do Estado na economia. Entre as alternativas apresentadas, a opção D) é a que melhor descreve a essência desse plano: a intervenção governamental por meio de gastos públicos em obras e programas sociais, visando reduzir o desemprego e reaquecer a economia.
As demais alternativas apresentam elementos que, embora relacionados a debates econômicos da época, não representam o cerne do New Deal. A alternativa A) aborda uma política monetária restritiva, contrária à expansão fiscal adotada por Roosevelt. A B) menciona a intervenção estatal, mas com um enfoque equivocado nos setores secundário e terciário, quando o New Deal priorizou infraestrutura e assistência social. A C) cita Frank Knight e a Escola de Chicago, cujas ideias liberais eram opostas ao keynesianismo que inspirou Roosevelt. Por fim, a E) fala de medidas antitruste, que, apesar de importantes, não foram o principal mecanismo de combate à depressão.
Portanto, a alternativa D) é a correta por sintetizar o princípio fundamental do New Deal: a ação estatal como indutora do crescimento, com investimentos públicos gerando emprego e demandando a retomada da atividade econômica. Essa abordagem não apenas aliviou os efeitos imediatos da crise, mas também estabeleceu um novo paradigma para as políticas econômicas no século XX.
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