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Questões Sobre Crise de 1929 - História - concurso

Questão 21

Já observamos que, de 1929 ao ponto mais baixo da
depressão, a renda monetária no Brasil se reduziu entre 25 e 30 por cento. Nesse mesmo período, o índice
de preços dos produtos importados subiu 33 por cento.
Compreende-se, assim, que a redução no quantum das
importações tenha sido superior a 60 por cento.

Depreende-se facilmente a importância crescente que,
como elemento dinâmico, irá logrando a procura interna
nessa etapa de depressão. Ao manter-se a procura interna com maior firmeza que a externa, o setor que produzia
para o mercado interno passa a oferecer melhores oportunidades de inversão que o setor exportador. Cria-se,
em consequência, uma situação praticamente nova na
economia brasileira.

(Celso Furtado. Formação econômica do Brasil.
São Paulo: Companhia das Letras, 2007. Adaptado)

A “situação praticamente nova na economia brasileira”,
segundo Furtado, refere-se

  • A)ao estabelecimento de mecanismos de transferência de capitais do setor agrário para o financeiro.
  • B)ao abandono dos mecanismos públicos de proteção à agricultura de exportação, especialmente do algodão.
  • C)à elaboração de uma política econômica voltada a ampliar as disparidades regionais do país.
  • D)à passagem da hegemonia econômica dos cafeicultores paulistas para os industriais nordestinos.
  • E)à preponderância do setor ligado ao mercado interno no processo de formação de capital.
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A alternativa correta é E)

A "situação praticamente nova na economia brasileira", conforme analisada por Celso Furtado, emerge no contexto da Grande Depressão (1929) e seus impactos no Brasil. O texto demonstra que, diante da queda da renda monetária e do aumento dos preços dos produtos importados, ocorreu uma redução drástica nas importações. Esse cenário forçou uma reorientação econômica, na qual o mercado interno ganhou relevância como principal motor da economia, superando o setor exportador tradicional.

A alternativa correta (E) aponta para a preponderância do setor voltado ao mercado interno no processo de formação de capital, o que representa uma ruptura com o modelo primário-exportador até então dominante. Furtado destaca que, com a crise externa, as oportunidades de investimento migraram para atividades vinculadas à demanda doméstica, criando uma dinâmica econômica inédita no país. Essa transição histórica não implicou, contudo, mudanças imediatas na estrutura de poder (como sugere a opção D) ou políticas regionais (opção C), mas sim uma reconfiguração dos fluxos de capital em favor da produção interna.

As demais alternativas não correspondem à análise do autor: não há menção a transferências para o setor financeiro (A), abandono da proteção à agricultura (B) – que seguiu sendo prioritária – ou medidas para ampliar disparidades regionais (C). O cerne da mudança reside, portanto, na ascensão do mercado interno como eixo dinamizador da economia brasileira durante a depressão.

Questão 22

Já observamos que, de 1929 ao ponto mais baixo da
depressão, a renda monetária no Brasil se reduziu entre 25 e 30 por cento. Nesse mesmo período, o índice
de preços dos produtos importados subiu 33 por cento.
Compreende-se, assim, que a redução no quantum das
importações tenha sido superior a 60 por cento.
Depreende-se facilmente a importância crescente que,
como elemento dinâmico, irá logrando a procura interna
nessa etapa de depressão. Ao manter-se a procura interna com maior firmeza que a externa, o setor que produzia
para o mercado interno passa a oferecer melhores oportunidades de inversão que o setor exportador. Cria-se,
em consequência, uma situação praticamente nova na
economia brasileira.
(Celso Furtado. Formação econômica do Brasil.
São Paulo: Companhia das Letras, 2007. Adaptado)
A “situação praticamente nova na economia brasileira”,
segundo Furtado, refere-se

  • A)à elaboração de uma política econômica voltada a ampliar as disparidades regionais do país.
  • B)ao abandono dos mecanismos públicos de proteção à agricultura de exportação, especialmente do algodão.
  • C)ao estabelecimento de mecanismos de transferência de capitais do setor agrário para o financeiro.
  • D)à passagem da hegemonia econômica dos cafeicultores paulistas para os industriais nordestinos.
  • E)à preponderância do setor ligado ao mercado interno no processo de formação de capital.
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A alternativa correta é E)

O trecho de Celso Furtado em Formação econômica do Brasil analisa as transformações na economia brasileira durante o período da Grande Depressão (1929-1933). A queda drástica da renda monetária e o aumento dos preços de produtos importados levaram a uma redução superior a 60% no volume de importações, deslocando o eixo dinâmico da economia para o mercado interno.

A "situação praticamente nova" mencionada por Furtado refere-se especificamente à alternativa E) "à preponderância do setor ligado ao mercado interno no processo de formação de capital". Isso ocorreu porque, enquanto a demanda externa entrava em colapso, a demanda interna manteve relativa estabilidade, tornando os investimentos no setor voltado para o consumo doméstico mais atraentes que os do setor exportador.

Essa mudança marcou um ponto de inflexão na história econômica do Brasil, onde pela primeira vez o setor interno passou a liderar o processo de acumulação de capital, em contraste com o modelo anterior centrado nas exportações agrícolas. Furtado destaca esse fenômeno como fundamental para compreender a posterior industrialização substitutiva de importações no país.

Questão 23

Já observamos que, de 1929 ao ponto mais baixo da
depressão, a renda monetária no Brasil se reduziu entre 25 e 30 por cento. Nesse mesmo período, o índice
de preços dos produtos importados subiu 33 por cento.
Compreende-se, assim, que a redução no quantum das
importações tenha sido superior a 60 por cento.
Depreende-se facilmente a importância crescente que,
como elemento dinâmico, irá logrando a procura interna
nessa etapa de depressão. Ao manter-se a procura interna com maior firmeza que a externa, o setor que produzia
para o mercado interno passa a oferecer melhores oportunidades de inversão que o setor exportador. Cria-se,
em consequência, uma situação praticamente nova na
economia brasileira.
(Celso Furtado. Formação econômica do Brasil.
São Paulo: Companhia das Letras, 2007. Adaptado)
A “situação praticamente nova na economia brasileira”,
segundo Furtado, refere-se
  • A)ao estabelecimento de mecanismos de transferência de capitais do setor agrário para o financeiro.
  • B)ao abandono dos mecanismos públicos de proteção à agricultura de exportação, especialmente do algodão.
  • C)à elaboração de uma política econômica voltada a ampliar as disparidades regionais do país.
  • D)à passagem da hegemonia econômica dos cafeicultores paulistas para os industriais nordestinos.
  • E)à preponderância do setor ligado ao mercado interno no processo de formação de capital.
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A alternativa correta é E)

A análise de Celso Furtado sobre a economia brasileira durante a depressão pós-1929 revela uma transformação estrutural significativa. Conforme o texto, a queda drástica na renda monetária e o aumento dos preços de importações levaram a uma redução superior a 60% no volume de importações. Esse cenário forçou uma reorientação da economia, destacando o papel crescente da demanda interna como motor do desenvolvimento.

Furtado aponta que, nesse contexto, o setor voltado para o mercado interno passou a oferecer melhores oportunidades de investimento do que o setor exportador, tradicionalmente dominante. Essa mudança representou uma ruptura com o padrão histórico da economia brasileira, que até então dependia fortemente das exportações agrícolas, especialmente o café.

A "situação praticamente nova" mencionada pelo autor refere-se precisamente ao surgimento de um dinamismo econômico centrado no mercado interno, que passou a predominar sobre o setor exportador no processo de formação de capital. Essa transição marcou o início de um processo de industrialização e diversificação econômica no país, ainda que incipiente naquele momento.

Portanto, a alternativa correta é a E) "à preponderância do setor ligado ao mercado interno no processo de formação de capital", pois capta essencialmente a mudança estrutural descrita por Furtado, onde a atividade econômica voltada para atender a demanda doméstica ganhou importância relativa frente ao setor exportador tradicional.

Questão 24

Leia.
O principal fator que contribuiu para a Crise de 1929 foi a
expansão de crédito, emitido pelo Federal Reserve
System – Sistema de Reserva Federal – (uma espécie de
Banco Central Americano) desde 1924, ainda sob o
governo do presidente Calvin Coolidge. Para se entender
o porquê de a expansão de crédito ter gerado a crise, é
necessário compreender um pouco do contexto
econômico da década de 1920.
(Fonte: http://historiadomundo.uol.com.br/. Acesso em dezembro de 2017)
As consequências da crise de 1929 para os trabalhadores
foram sentidas da seguinte forma:

  • A)diminuição dos financiamentos em bancos.
  • B)aumento do desemprego e o atraso dos salários.
  • C)aumento dos preços das mensalidades escolares dos filhos.
  • D)falta de alimentos e diminuição dos postos de trabalho somente no campo na atividade agrícola.
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A alternativa correta é B)

A Crise de 1929, também conhecida como a Grande Depressão, foi um dos eventos econômicos mais impactantes do século XX, com repercussões globais que afetaram profundamente a vida dos trabalhadores. Conforme destacado no texto, a expansão descontrolada de crédito pelo Federal Reserve System foi um dos principais fatores que levaram ao colapso econômico. No entanto, as consequências para a população trabalhadora foram devastadoras, marcadas por desemprego em massa e precarização das condições de trabalho.

A alternativa correta, conforme o gabarito, é a letra B, que aponta para o aumento do desemprego e o atraso nos salários como os efeitos mais diretos da crise sobre os trabalhadores. Esse cenário refletia a queda abrupta da produção industrial e a falência de empresas, que demitiam em larga escala para reduzir custos. Com o mercado em colapso, muitos trabalhadores viram seus rendimentos diminuírem ou simplesmente desaparecerem, mergulhando famílias inteiras em situações de extrema pobreza.

Embora outras alternativas apresentem elementos plausíveis, como a diminuição de financiamentos (A) ou a falta de alimentos (D), nenhuma delas captura de forma tão abrangente o impacto generalizado da crise. A alternativa B, por sua vez, sintetiza o cerne do problema: a desestruturação do mercado de trabalho e a perda do poder aquisitivo, que se tornaram marcas registradas da década de 1930 em diversos países, especialmente nos Estados Unidos.

Assim, a Crise de 1929 não foi apenas um desastre financeiro, mas também uma crise social de proporções históricas, cujos efeitos se estenderam por anos e serviram como lição para a regulação econômica no futuro.

Questão 25

Entre 1918 e 1939, vivemos um cenário global com muitas crises e instabilidades. As afirmativas abaixo tratam
desse período.
I – A situação internacional pode ser medida pela eclosão de confl itos em diversos continentes como, por
exemplo: a Guerra Sino-Japonesa, a invasão da Etiópia pela Itália e a Guerra Civil espanhola.
II – A economia dos países capitalistas se deteriorou, a
partir de 1929, com a crise econômica iniciada pela
quebra da bolsa de valores de Nova Iorque.
III – O socialismo venceu, como projeto, em diversos
países, reconfi gurando a ordem internacional e estabelecendo uma polarização política que levou a uma
competição militar muito agressiva.
IV – As independências coloniais transformaram os continentes africano e asiático em um palco de confl itos
decenais entre os governos dos grandes impérios
coloniais e os movimentos de libertação nacionais.
Estão corretas APENAS as afirmações

  • A)I e III
  • B)II e IV
  • C)I e IV
  • D)III e IV
  • E)I e II
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A alternativa correta é E)

O período entre 1918 e 1939 foi marcado por profundas transformações e crises que abalaram a ordem global. As afirmações apresentadas buscam sintetizar alguns dos principais eventos desse contexto turbulento. A análise cuidadosa dessas proposições revela que apenas as alternativas I e II estão corretas, conforme o gabarito indicado.

A primeira afirmação (I) está correta, pois destaca conflitos emblemáticos do período, como a Guerra Sino-Japonesa (1937), a invasão da Etiópia pela Itália (1935-1936) e a Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Esses eventos demonstram a escalada de tensões que antecederam a Segunda Guerra Mundial.

A segunda afirmação (II) também está correta ao mencionar a crise econômica de 1929, conhecida como a Grande Depressão. A quebra da Bolsa de Nova York em outubro daquele ano desencadeou uma crise global que afetou profundamente as economias capitalistas, com efeitos sociais e políticos duradouros.

Já a terceira afirmação (III) está incorreta porque, embora a Revolução Russa de 1917 tenha estabelecido o primeiro Estado socialista, o projeto não se expandiu significativamente para outros países nesse período. A polarização política e militar mais acentuada ocorreria apenas após a Segunda Guerra Mundial, durante a Guerra Fria.

A quarta afirmação (IV) também está incorreta porque o processo de descolonização na África e Ásia ganhou força principalmente após 1945. Nas décadas de 1920 e 1930, os impérios coloniais ainda mantinham forte controle sobre seus territórios, embora movimentos nacionalistas já começassem a se organizar.

Portanto, apenas as afirmações I e II correspondem adequadamente ao contexto histórico do período entre guerras, confirmando que a alternativa E) é a correta.

Questão 26

Em 1929, a economia americana entrou em colapso com a chamada “quebra” da Bolsa de Novas York.
Sobre essa crise, considere as afirmativas abaixo:

I. A integração das economias nacionais no núcleo do capitalismo desenvolvido fez da crise um evento
internacional.

II. O fechamento de indústrias e empresas produziu uma situação persistente de desemprego em muitos
países.

III. As práticas do liberalismo foram questionadas permitindo, em muitos países, a afirmação das ideias
econômicas do socialismo.

IV. O aumento dos preços das matérias-primas transformou os países exportadores desses insumos em
economias desenvolvidas.

ASSINALE:

  • A)Se todas as afirmativas estiverem corretas.
  • B)Se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
  • C)Se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas.
  • D)Se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
  • E)Se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas.
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A alternativa correta é D)

A crise de 1929, conhecida como a "Grande Depressão", foi um marco na história econômica mundial, iniciada com o colapso da Bolsa de Nova York. Esse evento não se limitou aos Estados Unidos, mas se espalhou globalmente devido à interdependência das economias capitalistas, conforme destacado na afirmativa I. A integração financeira e comercial fez com que os efeitos da crise fossem sentidos em diversos países, especialmente naqueles mais vinculados ao núcleo do capitalismo desenvolvido.

A afirmativa II também está correta, pois o fechamento em massa de indústrias e empresas levou a um desemprego prolongado em várias nações. Milhões de trabalhadores perderam seus empregos, e a recuperação econômica foi lenta, agravando a miséria e a instabilidade social. Esse cenário contribuiu para questionamentos profundos sobre as bases do liberalismo econômico, como mencionado na afirmativa III, embora essa questão não tenha, por si só, garantido a ascensão do socialismo em todos os lugares.

Por outro lado, a afirmativa IV está incorreta, pois a crise levou à queda drástica dos preços das matérias-primas, prejudicando os países exportadores, que dependiam desses recursos. Longe de se tornarem economias desenvolvidas, muitas dessas nações enfrentaram graves dificuldades devido à redução da demanda internacional.

Portanto, apenas as afirmativas I e II estão corretas, tornando a alternativa D) a resposta adequada. A crise de 1929 evidenciou as fragilidades do sistema capitalista e acelerou transformações políticas e econômicas, mas seu impacto variou conforme as condições estruturais de cada país.

Questão 27

Durante os anos 30, a perspectiva de uma invasão nazista com o apoio das coletividades alemãs instaladas no
Brasil, Argentina, Chile e outros países preocupou enormemente círculos políticos e militares desses países e
também nos Estados Unidos. Raramente, porém, essa possibilidade foi levantada com relação aos italianos.
(Bertonha, J. F. Um império italiano na América Latina, s/d.)
Essa confiança em relação à Itália derivava da

  • A)incapacidade da Itália em competir com os EUA na hegemonia econômica na América Latina.
  • B)crença na assimilação da coletividade italiana, numerosa, porém desorganizada.
  • C)incapacidade italiana em promover uma invasão armada em qualquer país da região.
  • D)convicção dos governos latino-americanos na rejeição ao fascismo pelos imigrantes.
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A alternativa correta é D)

O texto apresentado aborda a preocupação de países da América Latina e dos Estados Unidos durante a década de 1930 em relação a uma possível invasão nazista apoiada por comunidades alemãs na região. No entanto, essa preocupação não se estendia aos italianos, conforme destacado no trecho. A questão central é identificar a razão pela qual essa confiança em relação à Itália existia, sendo a alternativa correta a letra D: "convicção dos governos latino-americanos na rejeição ao fascismo pelos imigrantes".

Essa resposta se justifica pelo contexto histórico da época. Enquanto as comunidades alemãs eram vistas como potencialmente alinhadas ao regime nazista, os imigrantes italianos, apesar de numerosos, não eram considerados uma ameaça similar. Os governos latino-americanos acreditavam que os italianos, mesmo com a ascensão do fascismo na Itália, não adeririam a um projeto expansionista ou de invasão na região. Essa percepção estava ligada à ideia de que os imigrantes italianos estavam mais integrados às sociedades locais e menos propensos a seguir uma agenda política externa.

As outras alternativas apresentam argumentos menos consistentes. A incapacidade da Itália em competir economicamente com os EUA (A) ou em promover uma invasão armada (C) não eram os fatores determinantes para essa confiança. Da mesma forma, a desorganização da coletividade italiana (B) não era o principal motivo, já que o foco estava na rejeição ao fascismo, e não na falta de coesão da comunidade.

Portanto, a resposta correta é a alternativa D, que reflete a convicção dos governos latino-americanos de que os imigrantes italianos não representavam uma ameaça fascista, diferentemente do que se temia em relação aos alemães.

Questão 28

Em Arquitetura da destruição, o diretor Peter Cohen documenta o investimento
de Hitler para banir da Alemanha a cultura identificada como judaico-bolchevique,
bandeira esta relacionada a fatores sócioeconômicos determinantes para a ascensão
do nazismo. Assinale a opção que enuncia tais fatores:

  • A)A desvalorização do marco alemão, que reduziu o poder aquisitivo da população; a implantação do estado de bem-estar social na Inglaterra e na França, que demonstrou a ineficiência do Partido Social Democrata, no poder durante a República de Weimar.
  • B)A divulgação do Protocolo dos Sábios de Sião, que tornou pública uma suposta conspiração judaica internacionalmente organizada; o sucesso mundial das chamadas “arte de vanguarda” e “arte moderna”.
  • C)O amplo desemprego e a pauperização da população norte-americana, que provocam um ambiente de desconfiança com relação ao governo democrático na Europa; o aumento do controle da comunidade judaica sobre o capital bancário.
  • D)A crise de 1929, que reduziu a credibilidade da República de Weimar e da democracia; a ameaça de revolução socialista representada pela forte presença de partidos de esquerda na Alemanha e pela consolidação da URSS.
  • E)A adesão massiva aos partidos comunista, socialista e social-democrata alemães; o desenvolvimento científico da eugenia; a guerra civil espanhola, que demonstrou o grande poder militar do fascismo.
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A alternativa correta é D)

O documentário Arquitetura da Destruição, dirigido por Peter Cohen, explora a estratégia de Adolf Hitler para eliminar a influência cultural judaico-bolchevique na Alemanha, associando-a aos fatores socioeconômicos que impulsionaram a ascensão do nazismo. Entre as opções apresentadas, a alternativa D) corretamente identifica esses fatores: a crise de 1929, que minou a confiança na República de Weimar e no sistema democrático, e a percepção de ameaça socialista devido à força dos partidos de esquerda na Alemanha e ao fortalecimento da União Soviética.

A crise econômica global gerou desemprego em massa e instabilidade, criando um terreno fértil para discursos extremistas. Simultaneamente, o medo de uma revolução comunista, alimentado pela presença de partidos de esquerda e pelo exemplo da URSS, foi instrumentalizado pelos nazistas para justificar sua retórica antissemita e anticomunista. Esses elementos foram essenciais para consolidar o apoio popular ao regime nazista, que se apresentava como a única solução para os problemas da Alemanha.

Questão 29

A respeito do período entre as duas grandes Guerras Mundiais, 1919-1938, é correto afirmar
que o mundo europeu ficou marcado pela(o):

  • A)coexistência pacífica entre os blocos americano e soviético e surgimento do capitalismo monopolista.
  • B)sucesso do capitalismo, do liberalismo e da democracia, e coexistência fraterna entre fascismo e comunismo.
  • C)crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia, e polarização ideológica entre fascismo e comunismo.
  • D)estagnação das economias socialistas e capitalistas e aliança entre os Estados Unidos e a União Soviética para deter o avanço fascista da Europa.
  • E)prosperidade das economias capitalistas e socialistas, e início da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética.
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A alternativa correta é C)

O período entre as duas Grandes Guerras Mundiais (1919-1938) foi marcado por profundas transformações políticas, econômicas e sociais na Europa. Após a Primeira Guerra Mundial, o continente enfrentou uma série de crises que abalaram as estruturas do capitalismo liberal e das democracias ocidentais. A alternativa correta, portanto, é a C), que destaca a crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia, além da polarização ideológica entre fascismo e comunismo.

Após o Tratado de Versalhes (1919), muitas nações europeias enfrentaram dificuldades econômicas, como hiperinflação, desemprego e instabilidade política. A Grande Depressão de 1929 agravou ainda mais esse cenário, minando a confiança no sistema capitalista liberal. Paralelamente, regimes autoritários, como o fascismo na Itália e o nazismo na Alemanha, ganharam força, apresentando-se como alternativas ao comunismo soviético, que também atraía apoio em meio às crises sociais.

Diferentemente do que sugerem as outras alternativas, não houve coexistência pacífica entre os blocos americano e soviético (A), nem sucesso do liberalismo e fraternidade entre fascismo e comunismo (B). Também não ocorreu estagnação generalizada ou aliança entre EUA e URSS contra o fascismo (D), nem prosperidade econômica e início da Guerra Fria (E), que só se consolidaria após a Segunda Guerra Mundial. Portanto, a resposta correta é C), por refletir com precisão o contexto turbulento e polarizado do entreguerras.

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Questão 30

“Fotojornalismo é uma modalidade iconográfica que narra, por meio da imagem,
uma situação ou fato. A foto a seguir
mostra o contexto de Florence Thompson, uma agricultora, durante a Grande
Depressão nos Estados Unidos. A foto foi
tirada por Dorothea Lang, em 1936.”
(Blog
foto na historia).
A interpretação da imagem de Florence
leva-nos a concluir que

  • A)ela oculta o rosto das crianças em razão da legislação que protege a infância.
  • B)a crise de 1929 teve como consequência o empobrecimento de parte da população americana.
  • C)os EUA viviam, no período em que a foto foi feita, uma euforia desenvolvimentista.
  • D)uma das medidas para conter a crise econômica foi o amparo à infância e à juventude.
  • E)a superprodução ocorrida nos EUA levou as famílias dos centros urbanos ao enriquecimento, como expressa a imagem.
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A alternativa correta é B)

A imagem icônica de Florence Thompson, capturada por Dorothea Lange em 1936, é um marco do fotojornalismo e um testemunho visual dos impactos devastadores da Grande Depressão nos Estados Unidos. A fotografia, que retrata uma mãe migrant worker com seus filhos, revela não apenas a miséria material, mas também a angústia e a resistência humana diante de uma crise econômica sem precedentes.

A interpretação correta da imagem, conforme indicado pelo gabarito, é a alternativa B): a crise de 1929 teve como consequência o empobrecimento de parte da população americana. A expressão cansada de Florence, as roupas gastas e a postura das crianças refletem a realidade de milhões de pessoas afetadas pelo colapso da bolsa de valores, pelo desemprego em massa e pela falência de pequenos agricultores. A foto sintetiza a falência do "American Dream" para aqueles que, como Florence, representavam a classe trabalhadora rural.

As demais alternativas não correspondem ao contexto histórico retratado. Não havia legislação específica para ocultar rostos de crianças (A), tampouco os EUA viviam uma euforia desenvolvimentista (C) – pelo contrário, o país enfrentava recessão profunda. O amparo governamental à infância (D) só ganharia força posteriormente com políticas do New Deal, e a superprodução (E) foi justamente uma das causas da crise, levando ao empobrecimento, não ao enriquecimento como sugerido.

Esta fotografia transcende seu momento histórico: tornou-se símbolo universal da vulnerabilidade humana diante de crises sistêmicas, comprovando o poder do fotojornalismo como documento social e forma de narrativa histórica.

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