Questões Sobre Crise de 1929 - História - concurso

A política do Big Stick, associada ao presidente Theodore Roosevelt, refletia uma abordagem intervencionista dos Estados Unidos em relação aos países da América Latina. Essa doutrina, que pregava "falar suavemente e carregar um grande porrete", justificava ações militares e políticas para garantir os interesses norte-americanos na região. Diferentemente de uma postura de respeito à autonomia ou de auxílio econômico, como sugerem as alternativas A e B, o Big Stick se manifestou por meio de intervenções diretas e indiretas, como o apoio a golpes de Estado, ocupações militares e pressão diplomática. A alternativa C, portanto, é a correta, pois capta a essência dessa política expansionista e hegemônica.

As demais opções não correspondem ao contexto histórico da política do Big Stick. A elevação de tarifas alfandegárias (D) está mais ligada à crise de 1929 e ao protecionismo posterior, enquanto a repressão aos movimentos civis (E) refere-se a um período muito posterior. Assim, a intervenção ativa nos assuntos internos de nações latino-americanas permanece como a marca distintiva dessa estratégia geopolítica.

A relação entre a primeira fase da Escola dos Annales (1929-1969) e o marxismo apresenta convergências significativas, apesar de suas diferenças teóricas e metodológicas. Um dos principais pontos em comum é a vinculação da pesquisa histórica com preocupações do presente, alternativa que corresponde à opção B do questionamento apresentado.

Tanto os historiadores dos Annales quanto os marxistas rejeitavam uma história puramente factual ou narrativa, voltada apenas para eventos políticos e individuais. Em vez disso, ambos os enfoques buscavam compreender as estruturas sociais e econômicas que moldavam a realidade histórica, sempre com um olhar crítico sobre o presente. Essa perspectiva permitia que a história fosse um instrumento de análise e transformação social, e não apenas um registro do passado.

Enquanto os Annales enfatizavam a interdisciplinaridade e a longa duração, o marxismo destacava a luta de classes e a determinação econômica como fatores centrais da dinâmica histórica. No entanto, ambos compartilhavam a ideia de que o conhecimento histórico deveria ser relevante para os problemas contemporâneos, afastando-se de uma visão neutra ou desengajada. Essa característica os diferenciava radicalmente da historiografia tradicional, marcada pelo positivismo e pelo culto aos documentos.

Portanto, a alternativa B é a correta, pois reflete essa preocupação comum em conectar a investigação histórica com questões do presente, seja para entender as raízes das desigualdades (no caso do marxismo), seja para analisar as mentalidades e estruturas sociais (no caso dos Annales). As demais opções não correspondem a pontos de convergência entre essas duas correntes historiográficas.

A crise de 1929, conhecida como a Grande Depressão, foi um marco na história econômica mundial, desencadeada pelo colapso da Bolsa de Valores de Nova Iorque. Esse evento não apenas abalou as estruturas do capitalismo global, mas também teve profundas repercussões políticas e sociais, contribuindo indiretamente para o surgimento da Segunda Guerra Mundial. Diante desse cenário, diferentes nações adotaram estratégias variadas para enfrentar os desafios impostos pela crise.

No caso dos Estados Unidos, a resposta mais emblemática foi o New Deal, implementado pelo presidente Franklin D. Roosevelt. Essa política representou uma mudança significativa no papel do Estado, que passou a intervir ativamente na economia para estimular a recuperação. Por meio de programas de obras públicas, regulação financeira e apoio aos trabalhadores, o governo americano buscou reaquecer a economia e reduzir o desemprego, que atingia níveis alarmantes. A alternativa C) está correta ao destacar essa abordagem intervencionista como a resposta adequada à maior depressão da história.

As demais alternativas apresentam equívocos históricos. No Brasil, a crise afetou fortemente as exportações de café, principal produto da época, e contribuiu para a instabilidade política que culminou no fim da República Velha com a Revolução de 1930. Na Alemanha, a depressão acelerou a ascensão do nazismo, e Hitler adotou uma política externa agressiva e militarizada. Quanto às democracias europeias, como França e Inglaterra, elas não entraram em colapso, embora tenham enfrentado desafios internos. Por fim, o Japão respondeu à crise com expansionismo militar e fortalecimento do autoritarismo, e não com a consolidação da democracia.

Portanto, a análise histórica confirma que a alternativa C) é a única correta, pois reflete com precisão a resposta dos Estados Unidos à crise por meio do New Deal e do intervencionismo estatal.

O final dos anos 1920 e o início dos anos 1930 representaram um período de profunda instabilidade econômica no cenário global, com reflexos significativos no Brasil. A crise financeira desencadeada pela quebra da Bolsa de Nova York em 1929 atingiu em cheio a economia brasileira, que na época dependia fortemente da exportação de commodities. Entre as opções apresentadas, a economia cafeeira foi a mais afetada, pois o café era o principal produto de exportação do país e sua queda brusca nos preços internacionais gerou graves consequências para os produtores e para o equilíbrio financeiro nacional.

As demais alternativas, como a produção algodoeira, a manufatura açucareira e a indústria automobilística, não foram impactadas da mesma forma. O algodão e o açúcar, embora relevantes, não tinham o mesmo peso que o café na balança comercial. Já a indústria automobilística ainda era incipiente no Brasil daquela época, o que torna a alternativa D) claramente anacrônica. Portanto, a resposta correta é, de fato, A) economia cafeeira, confirmando o gabarito oficial.

A economia dos Estados Unidos, favorecida pelas condições internacionais do pós-Primeira Guerra, experimentou um período de intenso crescimento e euforia durante a década de 1920. No entanto, esse cenário de prosperidade foi abruptamente interrompido no final da década, quando o país se tornou um dos epicentros da crise de 1929 e da subsequente Grande Depressão dos anos 1930.

Entre os fatores que contribuíram para essa drástica reversão de expectativas, destaca-se o impacto do protecionismo europeu sobre a produção agrícola norte-americana. As políticas comerciais restritivas adotadas pelas potências europeias dificultaram a exportação de grãos dos EUA, gerando um excedente produtivo que pressionou os preços internamente. Essa saturação do mercado agrícola foi um dos elementos que desencadearam o colapso econômico.

As demais alternativas apresentam equívocos históricos: o New Deal só foi implementado após a crise (A), a Sociedade das Nações não possuía poder antitruste (B), a descolonização afro-asiática foi posterior (C), e os EUA eram credores, não devedores, das potências europeias (E). Portanto, a resposta correta é de fato a alternativa D.

O New Deal, implementado pelo governo dos Estados Unidos durante a década de 1930, foi uma resposta à Grande Depressão, uma das piores crises econômicas da história. Essa série de medidas tinha como objetivo recuperar a economia americana, que enfrentava desemprego em massa, falências generalizadas e uma profunda recessão. O programa, liderado pelo presidente Franklin D. Roosevelt, representou uma mudança significativa na relação entre o Estado e a economia.

Diferentemente das políticas liberais que predominavam antes da crise, o New Deal ampliou a participação do governo na regulação e no estímulo à atividade econômica. Entre suas principais ações estavam a criação de empregos por meio de obras públicas, o estabelecimento de programas de assistência social e a regulação do sistema financeiro para evitar futuras crises. Essas medidas contrariaram a ideia de um Estado mínimo, consolidando uma abordagem mais intervencionista.

Portanto, a alternativa correta é a B), pois o New Deal aumentou significativamente a intervenção estatal na economia, marcando um novo paradigma nas políticas econômicas dos Estados Unidos e influenciando outras nações a adotarem medidas semelhantes durante períodos de crise.

No período entre as duas Grandes Guerras, a Quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929 marcou um dos eventos mais impactantes da história econômica mundial. Essa crise, que se originou nos Estados Unidos, teve consequências globais e expôs as fragilidades do sistema capitalista da época.

Entre as causas da crise, a alternativa D) é a correta, pois destaca os principais fatores que levaram ao colapso: a superprodução agrícola e industrial, a diminuição das exportações e a queda nos preços no mercado interno. Esses elementos criaram um cenário de desequilíbrio econômico, onde a oferta superou em muito a demanda, levando à desvalorização de produtos e ao acúmulo de estoques.

A superprodução foi incentivada pelo otimismo excessivo do mercado durante os "Loucos Anos 20", quando a economia norte-americana parecia infalível. No entanto, com a recuperação da Europa após a Primeira Guerra, as exportações dos EUA diminuíram, agravando o excesso de produtos no mercado interno. Além disso, a especulação financeira desenfreada e a concessão de crédito fácil ampliaram a bolha econômica, que inevitavelmente estourou em outubro de 1929.

Assim, a crise de 1929 não foi apenas um fenômeno financeiro, mas um reflexo de desajustes estruturais na economia, que acabaram por desencadear a Grande Depressão, afetando milhões de pessoas em todo o mundo.

O crash da Bolsa de Valores de Nova York em 1929 marcou o início de uma das maiores crises econômicas da história, conhecida como a Grande Depressão. Esse período foi caracterizado por falências em massa, desemprego elevado e um cenário social extremamente desolador. A eleição de Franklin D. Roosevelt em 1932 representou uma mudança de rumo para os Estados Unidos, com a implementação do New Deal, um conjunto de políticas econômicas e sociais destinadas a combater os efeitos da crise.

No início de seu governo, Roosevelt priorizou medidas emergenciais para conter a deflação e aliviar o sofrimento da população, especialmente das camadas mais pobres. Programas como o Federal Emergency Relief Administration (FERA) e o Civilian Conservation Corps (CCC) foram criados para gerar empregos e fornecer auxílio imediato. Além disso, políticas monetárias e regulatórias foram adotadas para estabilizar o sistema financeiro e reaquecer a economia.

Portanto, a afirmação de que, no início de sua administração, Roosevelt priorizou a criação de instrumentos para combater a deflação e ajudar a população mais vulnerável está correta (C). Essas medidas foram fundamentais para restaurar a confiança e iniciar a recuperação econômica dos EUA.

O crash da Bolsa de Valores de Nova York, em outubro de 1929, marcou o início de uma das maiores crises econômicas da história, conhecida como a Grande Depressão. Esse período foi caracterizado por falências em massa, desemprego generalizado e um profundo desespero social. Diante desse cenário, a eleição de Franklin D. Roosevelt em 1932 representou uma virada, com a implementação do New Deal, um conjunto de políticas destinadas a recuperar a economia e aliviar o sofrimento da população.

Uma das medidas mais emblemáticas do New Deal foi a criação do Civilian Conservation Corps (CCC), em 1933. Esse programa visava combater o desemprego, especialmente entre os jovens, ao empregá-los em projetos de conservação ambiental e infraestrutura. Os trabalhadores do CCC atuaram na recuperação de parques nacionais, no reflorestamento, na construção de estradas e em outras obras públicas, contribuindo não apenas para a geração de empregos, mas também para a modernização do país.

Portanto, a afirmação de que o CCC foi criado para aliviar o desemprego, empregando trabalhadores em projetos de recuperação de parques e infraestrutura, está correta. Essa iniciativa foi um dos pilares do New Deal e demonstrou a eficácia de políticas públicas direcionadas para a geração de empregos e o desenvolvimento nacional em momentos de crise.

O crash da Bolsa de Valores de Nova York em 1929 marcou o início de uma das maiores crises econômicas da história, levando a uma onda de falências, desemprego em massa e instabilidade social. Diante desse cenário, Franklin D. Roosevelt assumiu a presidência dos Estados Unidos em 1933, implementando o New Deal, um conjunto de políticas econômicas e sociais para combater os efeitos da Grande Depressão.

Entre as medidas adotadas, Roosevelt priorizou a regulação do sistema financeiro, investimentos em obras públicas e programas de assistência social. No entanto, a afirmação de que foram criados subsídios à indústria com o objetivo de reduzir a pressão inflacionária e garantir empregos nas linhas de produção está incorreta. O foco do New Deal não foi direcionado a subsídios industriais nesse sentido, mas sim em estimular a economia por meio de gastos governamentais e reformas estruturais.

Portanto, a alternativa correta é E) ERRADO, pois a política de Roosevelt não se baseou em subsídios industriais com essa finalidade específica, mas em outras estratégias para reativar a economia e proteger a população dos efeitos da crise.