Questões Sobre Crise de 1929 - História - concurso

O crash da Bolsa de Valores de Nova York em 1929 marcou o início de uma das maiores crises econômicas da história, conhecida como a Grande Depressão. Esse período foi caracterizado por falências em massa, desemprego elevado e um cenário social extremamente desolador. A resposta do governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Franklin D. Roosevelt, foi o oposto da redução do papel do Estado.

A política econômica de Roosevelt, conhecida como New Deal, ampliou significativamente a intervenção estatal na economia. O governo implementou uma série de programas e reformas para estimular a demanda, criar empregos e recuperar a confiança no sistema financeiro. Ao contrário do que sugere o item em questão, o Estado aumentou seus gastos públicos, investindo em infraestrutura, assistência social e regulamentação do mercado, justamente para reativar a economia.

Portanto, a afirmação de que o governo reduziu suas funções para incentivar a poupança privada está incorreta. A estratégia adotada foi baseada na expansão do papel do Estado, e não na sua retração. Dessa forma, o gabarito correto para o item é E) ERRADO.

A crise econômica que assolou os Estados Unidos a partir de 1929, conhecida como a Grande Depressão, teve sua origem em uma combinação de fatores estruturais e conjunturais. O colapso da Bolsa de Valores de Nova York em outubro daquele ano foi apenas o estopim de um problema mais profundo, relacionado ao modelo econômico vigente no país.

A alternativa correta, conforme indicado no gabarito, é a letra B, que aponta para a superprodução agrícola e industrial aliada à especulação no mercado de ações como causas centrais da crise. Durante os anos 1920, os Estados Unidos viveram um período de intenso crescimento econômico, impulsionado pela expansão industrial e pelo aumento da produção agrícola. No entanto, essa prosperidade não foi acompanhada por uma distribuição de renda adequada, o que limitou o poder de compra da população.

Enquanto as fábricas e lavouras produziam em ritmo acelerado, o mercado consumidor não conseguia absorver toda essa produção. Ao mesmo tempo, a especulação financeira desenfreada criou uma bolha no mercado de ações, com investidores comprando papéis sem lastro real na economia. Quando a bolha estourou, milhões de pessoas perderam suas economias, empresas faliram e o desemprego atingiu níveis catastróficos.

As demais alternativas apresentam explicações incorretas ou incompletas para a crise. A Europa, por exemplo, ainda se recuperava da Primeira Guerra Mundial e não representava concorrência para os EUA (alternativa A). Da mesma forma, não houve concentração de lucros devido ao desemprego em outros países (alternativa C), nem a crise pode ser atribuída ao modelo industrial norte-americano ou aos resquícios da Guerra de Secessão (alternativa D). A alternativa E também está equivocada, pois o problema não foi a falta de modernização técnica, mas sim o desequilíbrio entre produção e consumo.

Portanto, a explicação mais adequada para a crise de 1929 está na combinação entre superprodução e especulação financeira, que criaram as condições para o maior colapso econômico do século XX.

O trecho de J. K. Galbraith, presente em Dias de boom e de desastre, analisa os anos pós-guerra, destacando que a prosperidade experimentada nesse período carregava em si as contradições que levariam ao seu próprio declínio. Essa perspectiva é fundamental para compreender a crise de 1929, que, conforme a alternativa correta (D), foi resultado do funcionamento intrínseco do capitalismo norte-americano na década de 1920.

Galbraith argumenta que a euforia econômica da época foi marcada pelo aumento da produção industrial e agrícola, pela especulação desenfreada na bolsa de valores e pela expansão do crédito fácil. Esses fatores, somados à concentração de renda e à ausência de regulação estatal, criaram um cenário insustentável. Apesar do aparente crescimento, as desigualdades sociais se aprofundaram, e o desemprego aumentou, evidenciando as fragilidades do sistema.

A alternativa D corretamente sintetiza essa análise, ao afirmar que a crise de 1929 foi gerada pelo próprio capitalismo norte-americano, sem intervenção estatal significativa para conter os excessos. Enquanto outras alternativas distorcem o contexto histórico ou atribuem a crise a fatores externos, a opção D reconhece que os problemas eram estruturais, decorrentes da dinâmica interna da economia dos EUA naquele período.

Assim, a visão de Galbraith reforça que a crise não foi um acidente, mas sim uma consequência inevitável das contradições inerentes ao modelo econômico vigente, marcado pela superprodução, pela especulação e pela falta de equilíbrio social.

O nacional-socialismo, ideologia central do Partido Nazista na Alemanha durante as décadas de 1930 e 1940, baseava-se em princípios autoritários, expansionistas e racistas. Analisando as afirmativas apresentadas, é possível identificar quais estão corretas de acordo com os fundamentos históricos desse regime.

Afirmativa I: Correta. O anticomunismo era um dos pilares da propaganda nazista, que via no projeto soviético uma ameaça direta aos seus ideais nacionalistas. A rejeição ao comunismo foi amplamente explorada para consolidar o apoio de setores conservadores e industriais da Alemanha.

Afirmativa II: Incorreta. O sucesso econômico inicial do regime nazista não se deveu ao livre comércio ou à liberdade cambial, mas sim a políticas de controle estatal, obras públicas, rearmamento e intervenção direta na economia, muitas vezes ignorando princípios de mercado livre.

Afirmativa III: Incorreta. Embora o Partido Nazista tenha obtido expressiva votação em 1932, sua ascensão ao poder não representou uma vitória da democracia. Pelo contrário, Hitler rapidamente desmontou as instituições democráticas, instaurando um regime totalitário.

Afirmativa IV: Correta. A noção de "pureza racial" era central no ideário nazista, resultando em leis discriminatórias desde o início do governo, como as Leis de Nuremberg (1935), que segregavam judeus e outros grupos considerados "indesejáveis".

Portanto, as afirmativas corretas são I e IV, correspondendo à alternativa D).

A Crise de 1929 teve um impacto profundo no Brasil, especialmente no setor cafeeiro, que era a base da economia durante a República Velha. Esse período de instabilidade econômica contribuiu para o descontentamento social e político, culminando no movimento de 1930 e no início da Era Vargas. Analisando as opções apresentadas, a alternativa correta é a letra E, que destaca as revoltas tenentistas como expressão da insatisfação popular com as estruturas políticas arcaicas e excludentes da época.

As revoltas tenentistas, como a dos 18 do Forte de Copacabana, simbolizavam a crescente oposição de setores da sociedade brasileira ao regime vigente. Esses movimentos refletiam não apenas a crise econômica, mas também a demanda por mudanças políticas e sociais mais profundas. A alternativa E capta essa dinâmica histórica de forma precisa, ao contrário das outras opções, que apresentam interpretações equivocadas ou parciais sobre o período.

Portanto, a resposta correta é E, pois ela sintetiza de maneira adequada o contexto de insatisfação e as tensões que levaram ao fim da República Velha e ao surgimento de um novo projeto político durante a Era Vargas.

O texto apresenta uma questão sobre a comparação entre o Plano New Deal, implementado nos Estados Unidos durante a década de 1930, e o Plano Real, criado no Brasil em 1994 durante o governo do presidente Itamar Franco. O objetivo é identificar qual alternativa estabelece uma relação correta entre os dois planos econômicos.

De acordo com o gabarito fornecido, a alternativa A) é a correta, pois estabelece uma distinção clara entre os objetivos dos dois planos. Enquanto o Plano Real buscou criar uma moeda forte para combater a inflação no Brasil, o New Deal visava estimular a produção nos EUA por meio do aumento dos preços, em um contexto de deflação e crise econômica profunda após a quebra da bolsa em 1929.

As demais alternativas apresentam informações incorretas ou imprecisas. A alternativa B) erra ao afirmar que o New Deal aumentou os juros, quando na realidade a política de Roosevelt foi de estímulo ao crédito e à demanda. A alternativa C) é equivocada ao sugerir que as crises eram parecidas, já que o Brasil enfrentava hiperinflação nos anos 1990, enquanto os EUA lidavam com deflação e desemprego maciço nos anos 1930. A alternativa D) comete um erro ao afirmar que o Plano Real seguiu a mesma estratégia de obras públicas do New Deal, o que não ocorreu. Por fim, a alternativa E) mistura informações incorretas, como associar o Plano Real à produção do Fusca, um carro que já não era fabricado no Brasil naquela época.

Portanto, a alternativa A) é a única que apresenta uma comparação precisa entre os dois planos, destacando suas diferenças fundamentais em termos de objetivos e contextos econômicos.

O texto apresentado, extraído da História do século XX, retrata um cenário de crise econômica e social vivido nos Estados Unidos durante a Grande Depressão, período marcado por escassez, desperdício de alimentos e miséria generalizada. A situação descrita por Oscar Ameringer evidencia as contradições de um sistema que, apesar de sua abundância, falhava em distribuir recursos básicos à população, deixando milhões em situação de vulnerabilidade.

Essa crise, que se espalhou globalmente após o crash da Bolsa de Nova York em 1929, teve profundas repercussões políticas, especialmente em países com instituições democráticas frágeis. Como aponta o gabarito correto (alternativa B), regimes autoritários e ditatoriais encontraram terreno fértil para se consolidar nesse contexto, explorando o descontentamento popular e a instabilidade econômica. No Brasil, por exemplo, a crise acelerou a ascensão de Getúlio Vargas, que em 1937 instaurou o Estado Novo, um governo centralizado e repressivo.

Enquanto algumas nações optaram por soluções radicais à esquerda (como a Rússia) ou à direita, países com democracias consolidadas, como os EUA, buscaram reformas dentro do sistema. O texto serve, portanto, como um alerta sobre como crises econômicas podem minar a ordem democrática quando combinadas com fragilidades institucionais e desigualdades profundas.

O texto apresentado descreve um cenário de crise econômica que assolou os Estados Unidos durante um período de recessão, evidenciando contradições gritantes: enquanto alimentos como trigo e maçãs eram desperdiçados devido à falta de rentabilidade, milhões de crianças passavam fome. Essa situação reflete um dos momentos mais críticos do capitalismo no século XX, que reverberou globalmente, inclusive no Brasil.

No contexto brasileiro, a crise teve impactos profundos, especialmente na economia baseada na exportação de café. A recessão internacional reduziu drasticamente a demanda por produtos primários, afetando diretamente a cafeicultura, principal atividade econômica do país na época. Com a queda nos preços e no volume de exportações, as elites agrárias se viram obrigadas a buscar alternativas para preservar seus capitais.

Foi nesse cenário que ocorreu um redirecionamento dos investimentos. A opção correta, D), indica que a cafeicultura foi comprometida e os recursos da elite foram direcionados para a indústria nacional e a produção de bens de consumo. Esse movimento marcou um passo importante na diversificação da economia brasileira, reduzindo a dependência do café e estimulando o crescimento industrial, ainda que de forma limitada.

As outras alternativas apresentam informações incorretas ou contraditórias em relação ao período. A economia brasileira não estava em expansão na década de 1930, mas sim enfrentando os efeitos da crise. A cafeicultura, longe de ser estável, sofreu um duro golpe, e a industrialização ainda não havia atingido um nível de saturação ou pressão inflacionária significativa. Portanto, a alternativa D) é a que melhor descreve as consequências da crise no Brasil.

O texto apresentado ilustra uma das facetas mais marcantes da Crise de 1929 nos Estados Unidos: a contradição entre a superprodução e a miséria generalizada. A descrição de Oscar Ameringer revela um cenário em que alimentos como trigo e maçãs eram desperdiçados devido à falta de demanda, enquanto milhões de pessoas passavam fome. Essa situação está diretamente relacionada à opção B), que aponta a superprodução no campo e nas fábricas como resultado da modernização e mecanização dos anos 1920, sem que houvesse políticas para estimular o consumo ou a distribuição de renda.

A Crise de 1929, também conhecida como a Grande Depressão, foi desencadeada por um desequilíbrio entre produção e consumo. O avanço tecnológico e a expansão da produção agrícola e industrial não foram acompanhados por um aumento proporcional no poder de compra da população. Enquanto as fábricas e fazendas produziam em larga escala, os salários permaneciam estagnados, e o crédito fácil criou uma bolha especulativa que, quando estourou, levou ao colapso econômico. O relato de Ameringer exemplifica esse paradoxo: a abundância de alimentos não significava acesso para todos, pois a desigualdade e a falta de políticas redistributivas impediam que a produção atendesse às necessidades básicas da população.

As demais alternativas, embora contenham elementos relacionados a crises econômicas ou transformações do período, não capturam a essência do problema descrito no texto. A industrialização acelerada de emergentes (A) e a desestabilização europeia (C) são fatores mais ligados a contextos específicos, enquanto a internacionalização da economia (D) não explica diretamente a superprodução e o desperdício retratados. Portanto, a alternativa B) é a que melhor sintetiza as causas da crise conforme evidenciado no relato, destacando a desconexão entre produção moderna e consumo insuficiente.

O impacto da crise de 1929 foi, sem dúvida, muito grande. Abalou todo o modelo liberal, tanto em termos econômicos quanto em termos políticos. Foi um dos episódios mais dolorosos da história norte-americana, talvez só comparável à Guerra de Secessão ou ao ataque às Torres Gêmeas de Nova Iorque. Um conjunto de medidas, denominadas New Deal, foram adotadas para buscar reerguer a economia norte-americana. O New Deal foi implementado sob a liderança do seguinte presidente norte-americano:

• A) Franklin Delano Roosevelt
• B) Theodore Roosevelt
• C) John F. Kennedy
• D) Richard Nixon
• E) Woodrow Wilson

O gabarito correto é A) Franklin Delano Roosevelt.