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Questões Sobre Descolonização Afro-asiática - História - concurso

Questão 11

“Em termos econômicos, o
apartheid era um gigantesco sistema de
controle da mão-de-obra utilizada nas minas e
indústrias sul-africanas, assim como nos
serviços urbanos pouco especializados e mal- remunerados. Sua base operacional repousava
na ideia de administração indireta, uma forma
criada pelos britânicos de controlar as
populações colonizadas através das próprias
estruturas políticas pré-coloniais, que havia
instituído uma separação na aplicação da lei: o
“direito costumeiro” era aplicado aos africanos, enquanto os colonos usufruíam os tribunais
europeus e os direitos de representação política
disponíveis no âmbito da colônia”.
(Figueiredo, Fábio Baqueiro. História da África /. – Brasília:
Ministério da Educação. Secretária de Educação
Continuada, Alfabetização e Diversidade; Salvador:
Centro de Estudos Afro Orientais, 2011. Pag. 102).
No que diz respeito ao Apartheid quais eram as
suas bases filosóficas?

  • A)Racialismo e evolucionismo.
  • B)Evolucionismo e materialismo.
  • C)Materialismo e racialismo.
  • D)Colonialismo e evolucionismo.
  • E)Imperialismo e modernismo.
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A alternativa correta é A)

O apartheid, sistema de segregação racial institucionalizado na África do Sul, possuía bases filosóficas profundamente enraizadas em ideologias que justificavam a dominação de um grupo racial sobre outro. Entre essas bases, destacam-se o racialismo e o evolucionismo, que forneceram o arcabouço teórico para a hierarquização racial e a manutenção do controle social e econômico sobre a população negra.

O racialismo sustentava a crença na existência de raças humanas biologicamente distintas e desiguais, atribuindo características superiores aos brancos e inferiores aos negros. Essa visão pseudocientífica serviu para legitimar a segregação e a exploração, apresentando-a como uma ordem natural. Já o evolucionismo, em sua interpretação distorcida, reforçava a noção de que as sociedades humanas evoluíam em estágios, colocando os europeus no topo da civilização e os africanos em posições consideradas "primitivas". Essa justificativa era usada para negar direitos políticos e sociais aos não brancos, mantendo-os subjugados em um sistema de trabalho barato e controlado.

Embora outras correntes filosóficas e políticas, como o colonialismo e o imperialismo, tenham influenciado o contexto sul-africano, as bases ideológicas centrais do apartheid eram o racialismo e o evolucionismo. Essas ideias permitiram a criação de um regime que não apenas segregava, mas também naturalizava a desigualdade, perpetuando um sistema de opressão que durou décadas. Portanto, a alternativa correta é A) Racialismo e evolucionismo, pois essas doutrinas foram essenciais para a estruturação e manutenção do apartheid.

Questão 12

Quando as colônias europeias da Costa do Ouro e do Sudão
Francês, após as independências, escolheram os nomes de
República de Gana e de República do Mali, respectivamente,
procuravam

  • A)recuperar a independência política dos Estados sahelianos conquistados pelos europeus no século XVI.
  • B)homenagear as regiões de onde vieram os ancestrais de seus líderes Kwame Nkrumah e Jomo Kenyatta.
  • C)restabelecer a independência política dos estados bambara e bacongo conquistados pelos europeus no século XIX.
  • D)mostrar que a África possuía uma longa e rica história que o colonialismo europeu procurara negar e esquecer.
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A alternativa correta é D)

O processo de escolha dos nomes "República de Gana" e "República do Mali" após as independências das antigas colônias europeias da Costa do Ouro e do Sudão Francês reflete uma estratégia simbólica de resgate histórico. Essas denominações não foram selecionadas aleatoriamente, mas sim com a intenção de reconectar as novas nações a um passado pré-colonial glorioso, reafirmando a identidade africana diante do legado opressor do colonialismo.

A opção correta, indicada pelo gabarito como D), revela que a motivação principal era demonstrar que a África possuía uma história rica e complexa antes da intervenção europeia. Ao adotar nomes de impérios medievais africanos (Gana e Mali), esses países emergentes buscavam desconstruir a narrativa colonial que apresentava o continente como um espaço sem história ou civilização.

Esta escolha onomástica representava:

  • Uma afirmação de continuidade histórica
  • Uma rejeição à visão eurocêntrica da África
  • Um projeto de construção nacional baseado em referências autóctones

As demais alternativas apresentam equívocos históricos: os estados sahelianos não foram conquistados no século XVI (A), os líderes mencionados não tinham ancestralidade vinculada a essas regiões (B), e os estados bambara e bacongo não correspondem ao contexto (C). A resposta D) capta corretamente o significado profundo dessa estratégia de nomeação pós-colonial.

Questão 13

Uganda passou por um processo complexo de negociaç es de independência e teve uma
história independente bastante turbulenta até 1962. Vivenciou um sistema parlamentarista e outro
presidencialista, ambos sob a liderança de Milton bote, deposto em um golpe liderado por Idi Amin.
Uma invasão tanzaniana derrubou esse regime e instaurou um governo de transição, cuja função
principal foi a realização de eleiç es gerais.
KANTER, Marcelo de Mello. Política Externa e Integração na África Oriental: um estudo sobre Uganda, Tanzânia e Quênia.
Dissertação de Mestrado em Relações Internacionais: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2015. Adaptado.
Um dos períodos mais conturbados na história de Uganda foi a segunda metade do século XX,
especialmente o governo Idi Amin. As principais características sociopolíticas desse governo foram

  • A)a nacionalização de empresas e terras e o uso excessivo da violência.
  • B)a abertura política e a implementação da democracia liberal no país.
  • C)o rechaço à ideia de africanização e a privatização das empresas nacionais.
  • D)os acordos bilaterais com a América do Sul e os tratados militares com a China.
  • E)o apoio militar nos Estados Unidos e o combate às milícias da oposição.
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A alternativa correta é A)

Uganda enfrentou um período extremamente turbulento durante o governo de Idi Amin na segunda metade do século XX. Sua administração ficou marcada por políticas autoritárias e repressivas, que incluíram a nacionalização de empresas e terras, além de um uso sistemático da violência contra opositores e minorias étnicas. Essas medidas resultaram em instabilidade social, econômica e política, contribuindo para o isolamento internacional do país.

Ao contrário de uma abertura política ou democratização, o regime de Amin consolidou-se por meio da supressão de direitos e do controle absoluto do Estado. A africanização foi uma retórica presente, mas não impediu a adoção de medidas econômicas desastrosas, como expropriações em massa. Além disso, seu governo não priorizou acordos com a América do Sul ou alianças militares específicas com a China, tampouco manteve apoio consistente dos Estados Unidos.

Portanto, a alternativa correta é A), pois reflete as principais características sociopolíticas do governo de Idi Amin: a nacionalização de recursos e a violência estatal como instrumentos de dominação.

Questão 14

Após a Segunda Guerra Mundial, tem fim o período em que as principais potências econômicas do mundo
promoveram a exploração das regiões africanas e asiáticas a fim de assegurar seus interesses econômicos. De
modo geral, o enfraquecimento dos países europeus, principais atores no processo de colonização de tais áreas, não
permitia a continuidade do uso dessa política. Entre as décadas de 1950 e 1960, mais de quarenta novos países
surgiam no território afro-asiático. As duas novas potências do período, EUA e URSS, participaram direta ou
indiretamente dos conflitos surgidos no bojo da formação desses países. Nesse novo cenário, vários chefes de
Estado, representantes desse novo grupo, decidiram se reunir na chamada Conferência de Bandung, em 1955.
Entre as disposições ou princípios emersos desse encontro, é INCORRETO elencar o(a)

  • A)intervenção de um país afro-asiático em outro, em caso de ameaças das ex-metrópoles.
  • B)programa de cooperação econômica e cultural de perfil afro-asiático.
  • C)postura diplomática geopolítica de equidistância das duas superpotências.
  • D)posição política de defesa da igualdade de todas as nações, grandes ou pequenas.
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A alternativa correta é A)

A Conferência de Bandung, realizada em 1955, marcou um momento crucial no cenário geopolítico pós-Segunda Guerra Mundial, quando nações recém-independentes da África e da Ásia buscaram estabelecer uma posição comum diante do novo mundo bipolarizado. O evento reuniu líderes de países que, após séculos de dominação colonial, desejavam afirmar sua soberania e evitar a submissão às duas superpotências da época: Estados Unidos e União Soviética. Entre os princípios defendidos, destacavam-se a cooperação econômica e cultural, a neutralidade frente à Guerra Fria e o respeito à igualdade entre as nações, independentemente de seu tamanho ou poder.

No entanto, a ideia de intervenção militar de um país afro-asiático em outro, mesmo que para conter ameaças das antigas metrópoles colonizadoras, não estava alinhada com os princípios de Bandung. A conferência enfatizava a não-interferência nos assuntos internos de outras nações e a resolução pacífica de conflitos, rejeitando ações unilaterais que pudessem violar a soberania dos Estados. Portanto, a alternativa A) é incorreta, pois contraria o espírito de autodeterminação e cooperação que fundamentou o movimento dos Não-Alinhados, originado a partir desse encontro histórico.

Questão 15

Na segunda metade do século XX, o cenário político internacional favoreceu a
independência das colônias africanas. Enfraquecidas após a II Guerra Mundial (1939-
1945), as potências europeias tinham dificuldade para fazer valer seu domínio na
África. Após a independência, os países africanos herdaram as fronteiras impostas
pelas potências coloniais, o que trouxe como consequência a:
Fonte: Guia do Estudante. Atualidades. Dossiê África, o continente redescoberto. 1º semestre de 2010. Editora
Abril. Adaptado

  • A)ampliação dos conflitos étnicos.
  • B)globalização do continente.
  • C)autonomia financeira.
  • D)divisão territorial equilibrada.
  • E)submissão aos colonizadores.
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A alternativa correta é A)

A descolonização africana e suas consequências

O processo de independência das colônias africanas na segunda metade do século XX representou um marco histórico, porém trouxe consigo desafios profundos. Como mencionado no texto, as potências europeias, enfraquecidas após a Segunda Guerra Mundial, não conseguiram manter seu domínio sobre o continente, levando à formação de novos Estados nacionais.

Um dos maiores problemas herdados desse período foi a manutenção das fronteiras coloniais arbitrárias, que ignoravam as realidades étnicas, culturais e históricas locais. Como corretamente apontado no gabarito, a alternativa A) "ampliação dos conflitos étnicos" reflete a principal consequência dessa divisão territorial imposta.

Essas fronteiras artificiais agruparam povos diversos e dividiram grupos étnicos homogêneos, criando tensões que perduram até hoje. A imposição de estruturas políticas europeias sobre sociedades tradicionais africanas gerou instabilidade crônica em muitos países recém-independentes.

Embora a independência política tenha sido alcançada, os novos Estados africanos enfrentaram desafios econômicos e de governança, tornando incorretas as alternativas que mencionam autonomia financeira (C) ou submissão contínua (E). A globalização (B) e divisão equilibrada (D) também não correspondem às reais consequências do processo descrito.

Portanto, a análise histórica confirma que a herança colonial mais problemática para a África pós-independência foi efetivamente a ampliação dos conflitos étnicos, resultado direto das fronteiras artificiais estabelecidas pelas potências europeias durante o período colonial.

Questão 16

A seguinte passagem foi extraída do texto “O último carnaval da vitória”, que
integra o livro Os da minha rua, do escritor angolano Ondjaki:
“Ficamos todos a ver o desfile e era um mês de março. O locutor deu alguma
informação errada sobre o carnaval, e um dos primos disse que não era assim, que aquele
era o Carnaval da Vitória porque a 27 de março se comemorava o dia em que as forças
armadas tinham expulsado o último sul-africano de solo angolano”.
O trecho aborda a infância do personagem Ndalu, em Luanda, Angola, na década
de 1980. No texto, o personagem principal lembra-se da festa que ganhou o nome
de Carnaval da Vitória, após a independência do país, em 1975. Sobre a dominação
portuguesa na África, é correto afirmar que:

  • A)Os movimentos de libertação de Angola e Moçambique, na década de 1970, contaram com o apoio militar de outras potências europeias, especialmente a Inglaterra e a França, interessadas em comercializar diretamente com esses países.
  • B)As guerras de independência das colônias portuguesas na África contribuíram para a crise econômica e política em Portugal, que culminou, em abril de 1974, na Revolução dos Cravos, que derrubou o regime salazarista e democratizou o país.
  • C)As colônias portuguesas na África, durante os séculos XIX e XX, tiveram como principais atividades econômicas a extração de minérios, o comércio de produtos agrícolas e o tráfico de escravos para a América.
  • D)As fronteiras das colônias portuguesas na África foram determinadas por meio de acordo político com outras potências imperialistas europeias, após a Primeira Guerra Mundial, que ficou conhecido como “Partilha da África”.
  • E)O acirramento das guerras de independência, em meados da década de 1970, deveu-se à intervenção militar da África do Sul que, aproveitando-se do conflito, tentou anexar a seu território a parte sul da colônia de Angola.
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A alternativa correta é B)

A passagem de "O último carnaval da vitória", do escritor angolano Ondjaki, retrata um momento significativo da história recente de Angola, marcado pela celebração da independência após séculos de dominação colonial portuguesa. O trecho em questão evoca a memória do Carnaval da Vitória, uma festividade que simbolizava a expulsão das forças sul-africanas e a consolidação da soberania angolana. Esse contexto histórico nos remete ao processo de descolonização da África portuguesa e suas consequências tanto para as ex-colônias quanto para a metrópole.

A alternativa correta (B) aponta para uma relação fundamental entre as guerras de independência africanas e a crise do regime salazarista em Portugal. De fato, o esforço militar prolongado para manter as colônias - especialmente Angola, Moçambique e Guiné-Bissau - contribuiu decisivamente para o desgaste do Estado Novo português. A Revolução dos Cravos, em abril de 1974, não apenas derrubou a ditadura de Marcelo Caetano (sucessor de Salazar) como também acelerou o processo de descolonização, reconhecendo a independência das antigas possessões africanas.

As demais alternativas apresentam imprecisões históricas significativas. A Inglaterra e França não apoiaram diretamente os movimentos de libertação (A); o tráfico de escravos havia sido abolido muito antes do século XX (C); a Partilha da África ocorreu no final do século XIX, não após a Primeira Guerra (D); e a África do Sul atuou em Angola como potência intervencionista, não com objetivos anexionistas (E). A opção B, portanto, é a única que estabelece corretamente a relação entre a luta anticolonial africana e a transformação política em Portugal.

Questão 17

As fronteiras da África, delimitadas pelo
colonizador e preservadas após a
independência dos países, constituem um dos
elementos que acirram os conflitos políticos no
interior do continente.
Nesse contexto, é correto afirmar que, no
continente africano, a demarcação das
fronteiras

  • A)ampliou a mobilidade das populações no interior do continente, intensificando as tensões entre as tribos.
  • B)considerou a organização territorial das tribos africanas, contribuindo para eliminar as rivalidades entre países vizinhos.
  • C)reuniu tribos rivais em um mesmo país, contribuindo para a acentuação dos conflitos étnicos.
  • D)consolidou a democracia nos países africanos, ampliando as disputas entre as tribos pelo controle do Estado.
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A alternativa correta é C)

A demarcação das fronteiras africanas, estabelecida durante o período colonial e mantida após as independências, é um fator central para a compreensão dos conflitos políticos no continente. Ao traçar limites arbitrários, sem considerar as dinâmicas étnicas, culturais e históricas das populações locais, as potências coloniais agruparam tribos rivais dentro de um mesmo território nacional, enquanto separaram grupos aliados. Essa artificialidade geopolítica criou tensões duradouras, pois as identidades tribais muitas vezes se sobrepõem às lealdades nacionais.

A alternativa correta (C) aponta justamente para esse fenômeno: a reunião forçada de grupos étnicos rivais sob uma mesma bandeira nacional. Essa situação tem contribuído para conflitos internos persistentes, onde disputas históricas são exacerbadas pela competição por recursos e poder político dentro das estruturas estatais pós-coloniais. Ao contrário de promover a unidade nacional, essas fronteiras herdadas frequentemente servem como fonte de instabilidade.

As demais alternativas não correspondem à realidade histórica: as fronteiras coloniais não ampliaram a mobilidade (A), não consideraram a organização tribal (B) e muito menos consolidaram democracias (D). Pelo contrário, criaram Estados frágeis onde identidades étnicas rivais disputam o controle de aparelhos estatais frequentemente autoritários. A herança colonial das fronteiras permanece assim como um dos grandes desafios para a estabilidade política africana.

Questão 18

Mahatma Gandhi (1869 – 1948) lutou contra o
colonialismo britânico na África do Sul e na Índia,
influenciou multidões, propondo

  • A)a revolução através da guerrilhas e a produção própria de tecidos.
  • B)a desobediência civil e as manifestações pacíficas.
  • C)a não violência e passividade.
  • D)o respeito às leis e ordens governamentais.
  • E)a desobediência e rebeldia armada.
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A alternativa correta é B)

Mahatma Gandhi, uma das figuras mais emblemáticas do século XX, dedicou sua vida à luta contra o colonialismo britânico, tanto na África do Sul quanto na Índia. Sua abordagem única e revolucionária baseava-se em princípios que desafiavam a opressão sem recorrer à violência, tornando-o um símbolo global de resistência pacífica.

Entre as alternativas apresentadas, a opção correta é a B) a desobediência civil e as manifestações pacíficas. Gandhi acreditava que a resistência não violenta e a desobediência civil eram as ferramentas mais poderosas para confrontar injustiças. Seus métodos incluíam boicotes, marchas e protestos organizados, sempre priorizando o diálogo e a paz, mesmo diante da repressão.

Embora outras alternativas mencionem aspectos tangenciais de sua filosofia, como a produção própria de tecidos (ligada ao movimento Swadeshi) ou a não violência, a resposta mais abrangente e precisa é a que destaca a desobediência civil e as manifestações pacíficas. Gandhi rejeitava veementemente a violência, seja em forma de guerrilhas ou rebeldia armada, e defendia o respeito à humanidade do opressor, nunca a submissão passiva ou a obediência cega a leis injustas.

Assim, o legado de Gandhi transcende seu tempo, inspirando movimentos pelos direitos civis e libertação em todo o mundo, sempre pautado pela coragem de enfrentar a opressão com firmeza e serenidade.

Questão 19

Assinale o que for correto sobre os principais problemas
econômicos, políticos e sociais dos países africanos na
atualidade.

O fim do apartheid, na África do Sul, eliminou
completamente qualquer forma de desigualdade
social e de discriminação racial nesse país.

  • C) CERTO
  • E) ERRADO
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A alternativa correta é E)

O texto apresentado aborda questões relevantes sobre os desafios enfrentados pelos países africanos na atualidade, com destaque para a persistência de desigualdades mesmo após o fim do apartheid na África do Sul. A afirmação de que o fim do regime eliminou completamente as desigualdades sociais e a discriminação racial é incorreta, como indicado pelo gabarito E) ERRADO.

Os problemas econômicos, políticos e sociais na África são complexos e multifacetados. Apesar do fim do apartheid, a África do Sul ainda enfrenta graves disparidades socioeconômicas, herança de décadas de segregação racial institucionalizada. A desigualdade de renda, o acesso desigual a educação e saúde, e a marginalização de grupos historicamente oprimidos continuam sendo desafios significativos.

Além disso, muitos países africanos lidam com instabilidade política, corrupção, conflitos armados e dependência econômica de commodities. Esses fatores contribuem para ciclos de pobreza e subdesenvolvimento que afetam milhões de pessoas no continente. Portanto, embora o fim do apartheid tenha sido um marco importante, não representou a solução definitiva para todos os problemas sociais e econômicos da região.

Em resumo, a afirmação contida no texto é equivocada ao sugerir que o fim do apartheid eliminou completamente as desigualdades na África do Sul. A realidade mostra que, apesar dos avanços, muitos desafios persistem, justificando a marcação da alternativa E) ERRADO como correta.

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Questão 20

Sobre a geografia da África, continente sede da Copa do
Mundo de 2010, assinale o que for correto

A divisão política da África, em países, é herança do
período do colonialismo europeu. A demarcação de
fronteiras dos países não corresponde às divisões
naturais ou humanas e sim às antigas zonas de
ocupação realizadas pelos colonizadores.

  • C) CERTO
  • E) ERRADO
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A alternativa correta é C)

Sobre a geografia da África, continente sede da Copa do Mundo de 2010, é importante destacar um aspecto crucial de sua configuração política atual. A divisão territorial em países, como conhecemos hoje, é profundamente marcada pelo legado do colonialismo europeu. Durante o período de dominação, as potências coloniais estabeleceram fronteiras que atendiam principalmente a seus interesses econômicos e estratégicos, sem considerar as realidades étnicas, culturais ou geográficas das populações locais.

Essa demarcação arbitrária criou nações com limites que frequentemente ignoram divisões naturais, como bacias hidrográficas ou cadeias montanhosas, e desconsideram a distribuição histórica dos grupos humanos. Como consequência, muitos países africanos herdaram estruturas territoriais artificiais, que contribuíram para conflitos étnicos e disputas fronteiriças após a independência.

Portanto, a afirmação de que a divisão política da África é herança do colonialismo europeu, com fronteiras que não correspondem às divisões naturais ou humanas, mas sim às antigas zonas de ocupação coloniais, está correta. Esse fato histórico explica em parte os desafios geopolíticos que muitos países africanos enfrentam até hoje.

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