Quando as colônias europeias da Costa do Ouro e do Sudão Francês, após as independências, escolheram os nomes de República de Gana e de República do Mali, respectivamente, procuravam
Francês, após as independências, escolheram os nomes de
República de Gana e de República do Mali, respectivamente,
procuravam
- A)recuperar a independência política dos Estados sahelianos conquistados pelos europeus no século XVI.
- B)homenagear as regiões de onde vieram os ancestrais de seus líderes Kwame Nkrumah e Jomo Kenyatta.
- C)restabelecer a independência política dos estados bambara e bacongo conquistados pelos europeus no século XIX.
- D)mostrar que a África possuía uma longa e rica história que o colonialismo europeu procurara negar e esquecer.
Resposta:
A alternativa correta é D)
O processo de escolha dos nomes "República de Gana" e "República do Mali" após as independências das antigas colônias europeias da Costa do Ouro e do Sudão Francês reflete uma estratégia simbólica de resgate histórico. Essas denominações não foram selecionadas aleatoriamente, mas sim com a intenção de reconectar as novas nações a um passado pré-colonial glorioso, reafirmando a identidade africana diante do legado opressor do colonialismo.
A opção correta, indicada pelo gabarito como D), revela que a motivação principal era demonstrar que a África possuía uma história rica e complexa antes da intervenção europeia. Ao adotar nomes de impérios medievais africanos (Gana e Mali), esses países emergentes buscavam desconstruir a narrativa colonial que apresentava o continente como um espaço sem história ou civilização.
Esta escolha onomástica representava:
- Uma afirmação de continuidade histórica
- Uma rejeição à visão eurocêntrica da África
- Um projeto de construção nacional baseado em referências autóctones
As demais alternativas apresentam equívocos históricos: os estados sahelianos não foram conquistados no século XVI (A), os líderes mencionados não tinham ancestralidade vinculada a essas regiões (B), e os estados bambara e bacongo não correspondem ao contexto (C). A resposta D) capta corretamente o significado profundo dessa estratégia de nomeação pós-colonial.
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