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Cartaz da Revolução Constitucionalista.

Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 29 jun. 2012.

 

Elaborado pelos partidários da Revolução Constitucionalista de 1932, o cartaz apresentado pretendia mobilizar a população paulista contra o governo federal. Essa mobilização utilizou-se de uma referência histórica, associando o processo revolucionário

Resposta:

A alternativa correta é letra D) ao bandeirantismo, símbolo paulista apresentado em primeiro plano.

 

GabaritoLetra D 

 

 

A Revolução Constitucionalista de 1932 mobilizou intelectuais e setores ligados ao café, à indústria e às classes médias do Estado de São Paulo contrários ao governo provisório de Getúlio Vargas. 

 

Caracterizou-se como uma reação paulista ao fato de Vargas excluí-los do governo, especialmente os ligados ao Partido Democrático (PD), que nas eleições de 1930 tinham apoiado a sua candidatura. Tal atitude de Vargas foi motivada pelo interesse de tenentes e grupos civis que o apoiavam em aprofundar o programa nacionalista e reformista e o empecilho que parte das oligarquias paulistas representavam para a execução dessas reformas.

 

O movimento foi ainda uma reação à nomeação de um interventor militar pernambucano identificado com o tenentismo para administrar o Estado. Frente ao descontentamento dos paulistas com a política Varguista, lançaram-se numa campanha pela constitucionalidade do país e as elites paulistas se uniram pela volta do regime constitucional e a autonomia dos estados.

 

O movimento constitucionalista ganhou as ruas de São Paulo. Utilizando-se de cartazes para mobilizar a população paulista contra o governo federal, conseguiram a adesão dos soldados da polícia estadual (Força Pública) e de um grande número de voluntários.

 

A questão apresenta um dos cartazes produzidos nessa época para que seja interpretado. A imagem traz em primeiro plano a figura de um enorme bandeirante segurando em suas mãos um pequeno, indefeso e rendido Getúlio Vargas e a seu lado um soldado hasteia a bandeira paulista. Conhecendo a importância da figura do bandeirante na história paulista, visto que os bandeirantes paulistas foram considerados os responsáveis pelo desbravamento de terras e riquezas no território brasileiro durante o séc. XVII, podemos compreender o uso dessa imagem no cartaz como fator mobilizador da população paulista instada, através do cartaz, a defender seu estado, sua história e sua importância para país.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: à experiência francesa, expressa no chamado à luta contra a ditadura.

 

A experiência francesa representou uma luta contra a monarquia absolutista e não contra uma ditadura, assim o chamado à luta contra a ditadura não está relacionada à experiência francesa e nem a experiência francesa está relacionada diretamente à história paulista.

 

Letra B: aos ideais republicanos, indicados no destaque à bandeira paulista.

 

Apesar da bandeira paulista poder estar ligada aos ideais republicanos (se pensarmos aqui na busca dos paulistas pela autonomia do estado e relacionarmos esta ao federalismo), não é a bandeira paulista que aparecem em destaque no cartaz e sim o bandeirante. Dessa forma, a bandeira paulista aparece como coadjuvante para enaltecer a força e capacidade para a luta dos paulistas.

 

Letra C: ao protagonismo das Forças Armadas, representadas pelo militar que empunha a bandeira.

 

Novamente, apesar da bandeira paulista sendo segurada por um militar poder referir-se as Forças Armadas do Estado de maneira elogiosa, não é o militar que empunha a bandeira que ganha protagonismo na imagem e sim o bandeirante e o seu significado histórico para São Paulo.

 

Letra E: ao papel figurativo de Vargas na política, enfatizado pela pequenez de sua figura no cartaz.

 

Durante o período que esteve no poder, Vargas teve papel de destaque na política brasileira, e não apenas figurativo como assinala a alternativa, assim, o recurso de utilizar um Vargas pequeno e rendido nas mãos de um bandeirante serve muito mais ao propósito de elevar a força do Estado em comparação com a da Federação, do que a de referir-se a um Vargas figurativo.

 

Referências:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

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