A causa revolucionária viveu outro duro revés em 30 de maio [de 1930], quando Luís Carlos Prestes surpreendeu todo o país ao lançar um manifesto em que proclamava seu novo credo político. Segundo o documento, apenas uma revolução radical, agrária e anti-imperialista, apoiada pelas massas trabalhadoras das cidades e dos sertões, seria capaz de libertar o Brasil dos coronéis, dos donos de terra, dos “politiqueiros” e dos banqueiros anglo-americanos, promovendo a “verdadeira independência nacional”, por meio do confisco de latifúndios e do controle de empresas estrangeiras.
“A revolução brasileira não pode ser feita com o programa anódino da Aliança Liberal”, dizia Prestes no célebre manifesto (…)
[Lira Neto, Getúlio: dos anos de formação à conquista do poder (1882-1930)]
O trecho apresenta
- A) os argumentos dos tenentistas dissidentes para exigir que a plataforma eleitoral da Aliança Liberal fosse modificada, com a defesa do federalismo.
- B) parte do processo do rompimento político de Luís Carlos Prestes com o movimento tenentista e a sua adesão aos princípios marxista-leninistas.
- C) a guinada conservadora de Luís Carlos Prestes, mostrando-se próximo aos princípios do integralismo, caso da defesa do civismo.
- D) a moderada posição de Luís Carlos Prestes em relação aos resultados eleitorais de 1930, que apontaram a expressiva vitória de Getúlio Vargas.
- E) a polêmica decisão do ex-líder tenentista Luís Carlos Prestes em apoiar a candidatura de Júlio Prestes à presidência da República.
Resposta:
Resposta
A alternativa correta é B) parte do processo do rompimento político de Luís Carlos Prestes com o movimento tenentista e a sua adesão aos princípios marxista-leninistas.
Essa alternativa é correta porque o trecho apresentado descreve o manifesto de Luís Carlos Prestes, em que ele proclama seu novo credo político, rompendo com o movimento tenentista e aderindo aos princípios marxista-leninistas. Nesse manifesto, Prestes defende uma revolução radical, agrária e anti-imperialista, que seja capaz de libertar o Brasil dos coronéis, dos donos de terra, dos "politiqueiros" e dos banqueiros anglo-americanos.
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