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A partir de 1930, início da era Vargas, há a necessidade de se pensar numa identidade nacional que nos representasse em todos os lugares. Assim, com a criação do Ministério da Educação e a Reforma Francisco Campos, nos programas e livros didáticos, a História ensinada declarou a ausência de preconceitos raciais e étnicos. Nessa perspectiva, o povo brasileiro era formado por brancos descendentes de portugueses, índios e negros, portanto mestiço, compondo conjuntos harmônicos de convivência dentro de uma sociedade multirracial e sem conflitos, cada qual colaborando com seu trabalho para a grandeza e riqueza do País.

 

Essa tese ficou conhecida como:

Resposta:

A alternativa correta é letra D) a democracia racial.

Gabarito: ALTERNATIVA D

  

A partir de 1930, início da era Vargas, há a necessidade de se pensar numa identidade nacional que nos representasse em todos os lugares. Assim, com a criação do Ministério da Educação e a Reforma Francisco Campos, nos programas e livros didáticos, a História ensinada declarou a ausência de preconceitos raciais e étnicos. Nessa perspectiva, o povo brasileiro era formado por brancos descendentes de portugueses, índios e negros, portanto mestiço, compondo conjuntos harmônicos de convivência dentro de uma sociedade multirracial e sem conflitos, cada qual colaborando com seu trabalho para a grandeza e riqueza do País.

 

Essa tese ficou conhecida como:

  • a)  o branqueamento racial.

As políticas de branqueamento racial de fato existiram, mas estavam voltadas para o incentivo à imigração europeia para, por meio da mestiçagem aqui no Brasil, ampliar os traços brancos na formação da nossa sociedade. Pretendia-se, portanto, branquear a população, apagando os traços negros e indígenas. Não se tratava de uma formação de um conjunto harmonioso, mas sim da sobreposição de uma etnia sobre as demais. Alternativa errada.

 
  • b)  a harmonia racial.

O termo harmonia racial não é propriamente utilizado para pensar o processo de mestiçagem brasileira. Uma ideia de harmonia seria mais associada a compartimentos estanques com as diferentes raças vivendo harmonicamente, mas sem propriamente o processo de formação de um novo povo. Alternativa errada.

 
  • c)  o multiculturalismo.

Note bem o estudante que o multiculturalismo pressupõe a coexistência de diferentes culturas num ambiente de tolerância e de amplo respeito às diferenças. O que o enunciado aponta - e era essa a percepção que a Era Vargas tentava encampar - é uma construção de uma sociedade completamente nova, com uma cultura centralizada capaz de representar todo o processo civilizacional brasileiro. No universo das reformas da Era Vargas, isso significava pensar que a centralização de uma definição de um tipo elementar de brasileiro daria conta de todo o processo social vivido nas mais diferentes regiões do país: criava-se um povo brasileiro que resultaria do processo das três raças, mas isso não significava dizer um amplo processo de respeito multicultural destas. Alternativa errada.

 
  • d)  a democracia racial.

O mito da democracia racial brasileira foi fundamentalmente gestado na década de 1930 num processo que teve ampla colaboração da obra de Gilberto Freyre. A formação de uma sociedade completamente singular, miscigenada e harmônica nos trópicos dava todo o excepcionalismo para a vida brasileira, que, segundo esse pensamento, passava ao largo das questões racistas para se afirmar como um povo com amplo respeito com suas origens. A democracia racial, de fato, exaltava enormemente as noções de miscigenação e de formação de um povo brasileiro, mas retirava do debate as características racistas e violentas desse processo de formação privilegiando uma narrativa de convergências mais harmônicas resultando num tipo único. Para o projeto centralizador de Vargas, essa versão sobre as bases da sociedade brasileira era bastante potente, esvaziando os regionalismo e as tensões sociais ao mesmo tempo em que oferecia uma versão unificada do povo brasileiro. ALTERNATIVA CORRETA.

  

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA D.

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