A respeito das fases do governo de Getúlio Vargas, incluindo a Era Vargas (1930- 45) e o período de 1951-1954, assinale a alternativa que apresenta corretamente a linha do tempo sobre esses momentos políticos.
- A) Provisório – Estado Novo – Democrático – Constitucional.
- B) Provisório – Constitucional – Estado Novo – Democrático.
- C) Constitucional – Estado Novo – Democrático – Provisório.
- D) Estado Novo – Constitucional – Provisório – Democrático.
- E) Constitucional – Democrático – Provisório – Estado Novo.
Resposta:
A alternativa correta é letra B) Provisório – Constitucional – Estado Novo – Democrático.
Gabarito: LETRA B.
A questão aborda as distintas fases dos governos de Getúlio Vargas (1930-45; 1951-1954). Diante disso, vamos recuperar o contexto histórico e as formas de regime implementadas ao longo desse período para identificar a resposta correta.
Até 1930, o Brasil dispunha de um sistema político oligárquico caracterizado como "República Velha", o qual era mantido por meio da alternância entre as elites econômicas paulistas e mineiras em prol da "política do café com leite" e da manutenção do status quo. Dentre outros fatores, a instabilidade gerada pela Crise de 1929 somada à nomeação de Júlio Prestes como sucessor de governo (rompendo a política de alternância até então estabelecida) serviu de fator culminante para a formação de uma Aliança Liberal (AL) entre os estados do RS, MG e PB, a qual foi liderada por Getúlio Vargas e João Pessoa.
Nas eleições, Júlio Prestes foi eleito, contudo, a AL alegou fraude. Ademais, João Pessoa foi assassinado e, assim, a movimentação em prol da Revolução de 30 foi aprofundada. Com apoio militar, Washington Luís foi deposto e um governo provisório com chefia de Getúlio Vargas foi instaurado. Nesse momento, o presidente implementou medidas centralizadoras, incluindo a criação de órgãos governamentais centralizados e a nomeação de interventores estaduais, por exemplo.
Além disso, uma Assembleia Constituinte foi convocada para regulamentar os direitos e deveres dos cidadãos e, também, dos governantes. Com a nova Constituição e com a reabertura do Congresso Nacional, em 1934, Vargas foi eleito presidente da república através de eleições indiretas, o que deu início à era constitucional de seu governo.
Com as novas eleições à chefia do Poder Executivo se aproximando, o clima de instabilidade política no país foi aprofundado. Diante disso, em 1937, Getúlio Vargas instaurou o Estado Novo a partir de um golpe de Estado visando sua manutenção no poder e a repressão das forças opositoras. Nesse contexto de autoritarismo, o presidente desenvolveu políticas de desenvolvimento nacional de forma centralizada, com controle do Estado e promoção da defesa dos interesses nacionais, o que atribuiu à imagem de Vargas um caráter carismático (aproximação aos setores populares e fomento dos direitos individuais).
Assim, mesmo com as ações autoritaristas e a incapacidade de manutenção de seu regime no pós Segunda Guerra Mundial (sobretudo perante ameaças de novos golpes), Vargas conseguiu edificar uma base de apoio sobretudo popular. Dessa forma, em 1951, foi reeleito democraticamente para o cargo de presidência do Brasil. Nesse mandato, políticas nacionalistas de modernização e de consolidação das leis trabalhistas (CLT) sintetizaram as ações efetuadas até que, em 1954, Vargas renunciou ao cargo e cometeu suicídio perante as instabilidades conjunturais em que se encontrava - tais como o atentado contra o jornalista de oposição Carlos Lacerda, a pressão militar e o desgaste político.
Portanto, a linha do tempo que melhor caracteriza as fases de presidência de Vargas é: Provisório – Constitucional – Estado Novo – Democrático, LETRA B.
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