A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) vitimou milhões de pessoas e alastrou-se por terras, mares, oceanos e ares de quase todo o planeta.
A postura brasileira durante o conflito, foi a de
- A) neutralidade durante todo o tempo, em virtude da posição pró-Eixo do governo brasileiro.
- B) aliar-se ao Eixo, sem, no entanto, participar diretamente do conflito com o envio de tropas.
- C) após declarar guerra ao Eixo, enviar a Força Expedicionária Brasileira (FEB), que combateu em terras italianas.
- D) manter neutralidade durante todo o conflito, pois o continente americano e os mares que o cercam não foram ameaçados nesta Guerra.
- E) declarar guerra ao Eixo, sem, no entanto, enviar tropas para os campos de batalhas europeus, em respeito à tradicional postura não-belicista do País.
Resposta:
A alternativa correta é letra C) após declarar guerra ao Eixo, enviar a Força Expedicionária Brasileira (FEB), que combateu em terras italianas.
Gabarito: ALTERNATIVA C
A postura brasileira durante o conflito, foi a de
- a) neutralidade durante todo o tempo, em virtude da posição pró-Eixo do governo brasileiro.
O Brasil manteve sua neutralidade no conflito de 1939 a 1942. Até então, vivia a chamada "equidistância pragmática" entre Alemanha e Estados Unidos. A proximidade com o Eixo se dava tanto pelos traços fascistas do Estado Novo varguista (1937-1945) quanto pelo interesse brasileiro na industrialização, o que era facilitado por uma proximidade com a Alemanha. No entanto, com ataques alemães a navios mercantes brasileiros e com a entrada dos Estados Unidos na guerra, a situação ficou insustentável e a neutralidade foi rompida. Alternativa errada.
- b) aliar-se ao Eixo, sem, no entanto, participar diretamente do conflito com o envio de tropas.
Como explicado acima, o Brasil, apesar das graves simpatias, jamais estabeleceu uma aliança com as potências do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Em 1942, romperia com essas potências e entraria na guerra ao lado dos Aliados, inclusive com o envio de tropas. Alternativa errada.
- c) após declarar guerra ao Eixo, enviar a Força Expedicionária Brasileira (FEB), que combateu em terras italianas.
Ainda que vivesse sob a ditadura do Estado Novo (1937-1945) e tenha guardado proximidades com a Alemanha nazista por alguns anos em nome da industrialização, o Brasil romperia relações com o Eixo (Alemanha, Itália e Japão) em 1942. Naquele momento, os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) em resposta ao ataque japonês em Pearl Harbor e fazia grande pressão para a coesão hemisférica em favor dos Aliados. Sob pressão e intensa propaganda americana, o governo Vargas romperia relações com o Eixo, o que nos levava a interromper também as relações comerciais com a Alemanha nazista. Uma das preocupações americanas era impedir que o esforço de guerra alemão continuasse sendo alimentado com matérias primas estratégicas, sendo que várias delas eram exportadas pelo Brasil. Como reação, submarinos alemães torpedearam navios mercantes brasileiros para evitar que essas matérias primas chegassem aos Aliados. Como consequência, em agosto de 1942, Vargas declarou estado de beligerância contra as potências do Eixo e passou a tratar da organização da Força Expedicionária Brasileira (FEB). A FEB chegaria ao teatro de operações em 1944, sendo integrada ao esforço americano na Campanha da Itália ao lado das tropas americanas. ALTERNATIVA CORRETA.
- d) manter neutralidade durante todo o conflito, pois o continente americano e os mares que o cercam não foram ameaçados nesta Guerra.
Como explicado acima, o Brasil entraria na guerra ao lado dos Aliados. Os torpedeamentos contra os navios mercantes brasileiros com destino a portos aliados começaram no final de dezembro de 1941, quando o país mantinha uma posição de neutralidade frente ao conflito internacional. Isto é, àquela altura, nenhuma tropa brasileira havia estado em combate tampouco qualquer um dos lados havia tido qualquer atitude agressiva contra o Brasil. Foram os episódios de afundamento dos navios mercantes brasileiros que levaram o país a declarar guerra à Alemanha e à Itália, enviando tropas para a Europa ao lado dos Aliados. Cumpre destacar que, naquele momento, o Brasil comerciava livremente também com a Alemanha; sem qualquer tipo de engajamento no conflito, apesar da crescente pressão dos Estados Unidos. Lembremos, ainda, que os alvos dos submarinos alemães eram os navios mercantes brasileiros, fato que estava inserido numa estratégia militar mais ampla. Alternativa errada.
- e) declarar guerra ao Eixo, sem, no entanto, enviar tropas para os campos de batalhas europeus, em respeito à tradicional postura não-belicista do País.
O engajamento na Segunda Guerra Mundial foi percebido pelo Brasil como uma oportunidade de inserção mais vantajosa na ordem do pós-guerra por ter um lugar privilegiado ao lado dos vencedores. Além disso, havia uma necessidade de reequipar as Forças brasileiras e a entrada na guerra seria um excelente pretexto para se estabelecer programas de rearmamento e de cooperação militar, principalmente junto aos Estados Unidos. Por fim, cumpre esclarecer que o Brasil havia, sim, mandado um esforço naval (a DNOG) em auxílio à Entente durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Alternativa errada.
Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.
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