Desde a implantação do governo provisório ( 1930-1934), o relacionamento politico entre Getúlio Vargas e os paulistas foi tenso devido, sobretudo, à Revolução de 1930 que impediu a posse do candidato eleito por São Paulo.
A oposição de São Paulo chegou ao ápice com a ” Revolução de 1932″, cujos objetivos foram os seguintes:
- A) o fim do Governo Provisório e a imediata reconstitucionalização do país.
- B) o fim do Governo Provisório e a nomeação de um militar para o governo de São Paulo.
- C) a permanência do Governo Provisório e a legitimação da legenda do PRP (Partido Republicano Paulista).
- D) a redemocratização do país e o cancelamento das dívidas do governo de São Paulo contraídas durante a Primeira Guerra Mundial.
- E) o fim do federalismo e o fim do movimento cívico denominado MMDC (iniciais dos nomes de quatro jovens que participaram das manifestações contra o governo de Vargas).
Resposta:
A alternativa correta é letra A) o fim do Governo Provisório e a imediata reconstitucionalização do país.
Gabarito: Letra A
O fim do Governo Provisório e a imediata reconstitucionalização do país.
A Revolução Constitucionalista de 1932 mobilizou intelectuais e setores ligados ao café, à indústria e às classes médias do Estado de São Paulo contrários ao governo provisório de Getúlio Vargas.
Caracterizou-se como uma reação paulista ao fato de Vargas excluí-los do governo, especialmente os ligados ao Partido Democrático (PD), que nas eleições de 1930 tinham apoiado a sua candidatura. Tal atitude de Vargas foi motivada pelo interesse de tenentes e grupos civis que o apoiavam em aprofundar o programa nacionalista e reformista e o empecilho que parte das oligarquias paulistas representavam para a execução dessas reformas.
O movimento foi ainda uma reação à nomeação de um interventor militar pernambucano identificado com o tenentismo para administrar o Estado.
Frente ao descontentamento dos paulistas com a política Varguista, lançaram-se numa campanha pelo fim do governo provisório e pela constitucionalidade do país, assim, as elites paulistas se uniram pela volta do regime constitucional e a autonomia dos estados.
Por que as demais estão incorretas?
Letra B: o fim do Governo Provisório e a nomeação de um militar para o governo de São Paulo.
O fim do Governo Provisório era um dos objetivos da Revolução Constitucionalista de 1932, mas não a nomeação de um militar para o governo de São Paulo. A Revolução Constitucionalista buscava justamente o contrário. Queria a nomeação de um interventor civil e paulista para o Estado de São Paulo, se contrapondo à nomeação de um interventor militar realizada por Vargas.
Letra C: a permanência do Governo Provisório e a legitimação da legenda do PRP (Partido Republicano Paulista).
A Revolução Constitucionalista de 1932 queria o fim (e não a permanência) do Governo Provisório.
Letra D: a redemocratização do país e o cancelamento das dívidas do governo de São Paulo contraídas durante a Primeira Guerra Mundial.
A Revolução Constitucionalista de 1932 não objetivava o cancelamento de dívidas do governo de São Paulo, mas sim a volta de um governo constitucional e da autonomia dos estados.
Letra E: o fim do federalismo e o fim do movimento cívico denominado MMDC (iniciais dos nomes de quatro jovens que participaram das manifestações contra o governo de Vargas).
A Revolução Constitucionalista de 1932 não objetivava nem o fim do federalismo nem o fim do movimento cívico denominado MMDC (sigla que se tornou o símbolo do movimento constitucionalista do estado paulista), mas sim a volta de um governo constitucional e da autonomia dos estados.
Referências:
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.
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