Era Vargas é o nome, que se dá ao período, em que Getúlio Vargas governou o Brasil por 15 anos, de forma contínua (de 1930 a 1945). Esse período foi um marco na história brasileira, em razão das inúmeras alterações que Getúlio Vargas fez no país, tanto sociais quanto econômicas. In: http://www.sohistoria.com.br/ef2/eravargas/

A alternativa correta é letra B) A indicação do candidato paulista Júlio Prestes para a presidência da República e a formação da Aliança Liberal, encabeçada por Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, puseram fim à “política do Café com Leite”.

Nosso gabarito: ANULADO.

Gabarito oficial: Letra B.

Era Vargas é o nome, que se dá ao período, em que Getúlio Vargas governou o Brasil por 15 anos, de forma contínua (de 1930 a 1945). Esse período foi um marco na história brasileira, em razão das inúmeras alterações que Getúlio Vargas fez no país, tanto sociais quanto econômicas. In: http://www.sohistoria.com.br/ef2/eravargas/

Sobre esse período, assinale a alternativa CORRETA.

• a) Foi um momento de consolidação dos direitos democráticos e de avanço econômico. Com o slogan “O petróleo é nosso”, Vargas garantiu a nacionalização da extração de petróleo para a Petrobras.

Note bem o candidato que a banca cometeu um erro insanável nessa questão, porque, apesar de esta alternativa ter sido apontada como correta, é completamente incompatível com o comando da questão. Getúlio Vargas, de fato, fundou a Petrobras no ápice da campanha "O petróleo é nosso", que nacionalizaria o petróleo brasileiro e toda sua cadeia extrativista; no entanto, isto ocorreu em 1953, já fora dos quinze anos da Era Vargas (1930-1945). O segundo período presidencial de Vargas (1951-1954) se insere na chamada República Liberal (1945-1964), quando, de fato, houve um importante momento de consolidação de direitos democráticos, de aprimoramento de instituições e de importantes impulsos econômicos. No entanto, o comando da questão é claríssimo ao pedir fatos relacionados com a Era Vargas, quando o país atravessou uma ditadura forte, com importantes violações aos direitos humanos e políticos e uma conduta autocrática de Vargas, ainda que tenham ocorrido importantes conquistas sociais e transformações econômicas. Ainda que a alternativa não apresente informações falsas, cronologicamente não há alinhamento com aquilo que é solicitado no enunciado, tornando a alternativa errada.

• b) A indicação do candidato paulista Júlio Prestes para a presidência da República e a formação da Aliança Liberal, encabeçada por Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, puseram fim à “política do Café com Leite”.

Os acontecimentos elencados na alternativa concernem ao final da República Velha; mais especificamente, às eleições de 1930. Naquela oportunidade, São Paulo insistiu em lançar um candidato próprio em desacordo com a elite mineira, rompendo com a "política do café com leite", acordo segundo o qual mineiros e paulistas se sucediam e se apoiavam mutuamente na Presidência da República. Com Júlio Prestes como candidato paulista, a Aliança Liberal - formada por Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba - se organizou em torno do nome de Getúlio Vargas- o qual se apresentava com uma agenda reformista - e, pela primeira vez, as elites se enfrentavam eleitoralmente desde a Proclamação da República (1889). Numa eleição cercada por denúncias de fraudes e de abusos, Júlio Prestes acabaria sendo o vencedor, mas daria início a um profundo processo de insatisfações e de contestações que culminaria no Golpe de 1930, marco inicial da Era Vargas. Mais uma vez, portanto, a alternativa não é compatível com o comando da questão. Assim, alternativa errada.

• c) Diferente do que ocorrera em anos anteriores, as eleições de 1930 não foram marcadas por fraudes eleitorais e violência. Exemplo disso é que Getúlio Vargas, candidato gaúcho, só obteve metade dos votos do seu opositor no Rio Grande do Sul.

Todas as eleições da República Velha (1889-1930) foram marcadas por graves acusações de fraudes e de violência, mas as eleições de 1930 representaram o momento mais dramático da fragilíssima democracia brasileira. Como apontado no comentário anterior, era a primeira vez que as elites regionais brasileiras se enfrentavam de fato na arena eleitoral desde a Proclamação da República e o controle paulista sobre a Presidência da República naquele momento redundou em graves intervenções contra a dinâmica eleitoral. A chapa de Getúlio Vargas e João Pessoa seria alvo de vários obstáculos impostos pela elite paulista e o resultado final das eleições denotava distorções gravíssimas, claros indícios de fraudes eleitorais. A tensão política, no entanto, não se dissiparia com o fim do período eleitoral; em meio a várias contestações pelo país, João Pessoa seria assassinado em Pernambuco no mesmo ano, deflagrando um processo de comoção popular que exporia de maneira definitiva as mazelas da República Velha. Portanto, alternativa errada.

• d) O “queremismo” foi um movimento popular que defendia a possibilidade de Vargas de se tornar o terceiro imperador do Brasil.

O "queremismo" foi um movimento popular de 1945, ano final da Era Vargas. Com o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), pressionava-se para que o Brasil retornasse para sua normalidade democrática, com uma nova Constituição e eleições gerais para aquele mesmo ano. Parcelas importantes da sociedade e das Forças Armadas, pressionavam pela deposição de Vargas da Presidência por considerá-lo um risco eminente à redemocratização brasileira, sendo necessário neutralizá-lo politicamente. Como o presidente tentasse se manter no poder pelo adiamento das eleições para poder influenciar diretamente nos trabalhos da Assembleia Constituinte, havia relevantes forças políticas em movimento tanto para sua deposição quanto pela sua manutenção no poder. O queremismo foi a expressão popular dos setores que apoiavam o adiamento das eleições e a permanência de Vargas no poder enquanto uma nova Constituição não fosse promulgada, além de defender o direito de Getúlio Vargas de concorrer à presidência. O nome do movimento decorria do seu slogan: "queremos Getúlio". Portanto, não se guardava relação nenhuma com a restauração da monarquia; assim, alternativa errada.

• e) O governo ditatorial de Getúlio Vargas (1937-1945) caracterizou-se pela abertura da economia nacional ao capital externo, permitindo uma série de privatizações de empresas estatais, sob o argumento do crescimento econômico e ineficiência do Estado.

Entre 1937 e 1945, vigorou o Estado Novo, que foi o período ditatorial de Vargas por excelência. Com uma nova Constituição que lhe dava amplos e centralizados poderes, Vargas se lançou definitivamente no esforço de modernização do Estado e da economia brasileiros. No entanto, a premissa fundamental do período era o desenvolvimento orientado pela ação direta do Estado sobre a economia num modelo de substituição de importações. Isto é, ainda que o capital privado tivesse sua relevância e seus espaços de investimento, a lógica nacionalista e estatista prevaleciam na condução dos rumos da economia brasileira para o desenvolvimento. Portanto, o protecionismo econômico frente a agentes estrangeiros e a confiança na capacidade de ação eficiente do Estado eram premissas essenciais para esta fase do governo Vargas, que definiu as bases fundamentais para o desenvolvimentismo brasileiro. Deste modo, a alternativa está errada.

Repare o estudante que o comando da questão não guarda qualquer relação com nenhuma das duas alternativas (A e B), as únicas que não apresentam nenhum erro factual. Enquanto o enunciado pede fatos relacionados com a Era Vargas (1930-1945), a alternativa A versa sobre o segundo governo Vargas (1951-1954) e a alternativa B, sobre a República Velha (1889-1930). Estando as demais alternativas erradas, não restava nenhuma alternativa correta. Portanto, deveria ter a banca anulado a questão.

Nosso gabarito: ANULADO.

Gabarito oficial: Letra B.

Nosso gabarito: ANULADO.

Gabarito oficial: Letra B.