Getúlio Vargas destacou-se no cenário político nacional, marcando intensas transformações na sociedade brasileira. Para o historiador Alexandre Fortes: “Entre 1930 e 1937, passou de um governo provisório a uma presidência constitucional, ambas expressões da sua capacidade de manipular as fissuras e contradições internas do sistema oligárquico… Posteriormente, tornou-se ditador sob a égide de uma constituição que institucionalizava o autoritarismo para, por fim, converter-se as vésperas de sua deposição, em liderança suprema de um movimento de massa…”
FORTES, Alexandre. O Estado Novo e os trabalhadores:
A construção de um corporativismo latino-americano. Locus (Juiz de Fora), v. 13, p. 61-86, 2007.
Em análise da ideologia do trabalhismo desencadeada pelo Estado Novo, podemos destacar:
- A) No governo provisório, Vargas implantou políticas para estimular a diversificação da produção manufatureira e o consumo interno, expressando mais investimentos e leis favoráveis ao sistema oligárquico anterior.
- B) A mudança das relações entre o poder estatal e a classe operária, são características fundamentais do populismo varguista, pois possibilitou a perda do poder político da burguesia cafeeira para a burguesia industrial.
- C) Possibilitou ao longo prazo, o desenvolvimento industrial latifundiário e o seu modo de trabalho, com a criação do Ministério do Trabalho e da Agricultura.
- D) Estado Novo formatou autoritariamente estruturas de reconhecimento dos direitos e das formas de representação dos trabalhadores.
Resposta:
Resposta
A alternativa correta é letra D) Estado Novo formatou autoritariamente estruturas de reconhecimento dos direitos e das formas de representação dos trabalhadores.
Explicação
A citação do historiador Alexandre Fortes destaca a capacidade de Getúlio Vargas em manipular as fissuras e contradições internas do sistema oligárquico, passando de um governo provisório a uma presidência constitucional e, posteriormente, tornando-se ditador.
No contexto do Estado Novo, a ideologia do trabalhismo foi desencadeada, caracterizando-se pela formação autoritária de estruturas de reconhecimento dos direitos e das formas de representação dos trabalhadores.
Essa característica é fundamental para entender a política trabalhista de Vargas, que buscou controlar e regulamentar as relações entre o Estado e a classe operária, criando estruturas que reconheciam os direitos dos trabalhadores, mas também os subordinavam ao controle estatal.
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