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O regresso ao Rio de Janeiro do 1º Escalão da Força Expedicionária Brasileira em 18 de julho de 1945 estava sendo esperado e interpretado como um marco na campanha das forças oposicionistas. O desfile das tropas pelas ruas da cidade seria como uma grande festa da UDN e de seu candidato.


(Angela de Castro Gomes, A invenção do trabalhismo. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005. P. 284-285. Adaptado)


O trecho revela um momento importante da crise do Estado Novo associada ao retorno da FEB, que

Resposta:

A alternativa correta é letra C) consagraria a vitória da luta pela democracia e a repulsa à ditadura e a seu presidente, evidenciando a contradição entre uma política externa alinhada com os valores democráticos e uma política interna autoritária.

Gabarito: Letra C

 

As manifestações estudantis e populares lideradas pela União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1942, a favor da participação das Forças Armadas brasileiras na guerra contra o nazifascismo deram início a um lento processo de distensão no clima sufocante do Estado Novo.

 

Em 1943, durante um congresso da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB – um grupo de políticos e intelectuais de Minas Gerais lançou o Manifesto dos Mineiros, no qual defendia o fim do Estado Novo e a volta da democracia. A mesma posição a favor da redemocratização do país adotaram os participantes do Primeiro Congresso Brasileiro de Escritores, no início de 1945.

 

Assim, quando a Força Expedicionária Brasileira (FEB), enviada em julho de 1944 para lutar na Itália ao lado das forças Aliadas, retornou ao Brasil em 18 de julho de 1945, demarcando o fim da Segunda Guerra Mundial, com a derrota da Alemanha Nazista, decretava de vez o fim do Estado Novo e o retorno à democracia.

 

Com o final da guerra, a democracia liberal recuperou o seu prestígio. Os principais comandantes militares, que até então tinham apoiado o governo ditatorial de Getúlio, passaram a exigir a implantação de um regime democrático.

 

Durante o ano de 1945, a sociedade brasileira viveu a transição da ditadura para a democracia. Em fevereiro, acabou a censura à imprensa. Em abril, foi decretada a anistia do governo a todos os presos políticos. As eleições, para presidente, deputados federais e senadores, foram marcadas para o dia 02 de dezembro.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: Não houve saída negociada e renúncia, na verdade, a mobilização popular estimulada pelo queremismo, que defendia a permanência de Getúlio Vargas na Presidência da República, assustou os liberais da UDN e setores importantes do Exército pelo receio de que fosse uma manobra política de Vargas para continuar no poder. Assim, em 29 de outubro, um golpe liderado pela alta cúpula do Exército o retirou da Presidência da República, que foi assumida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro José Linhares.

 

Letra B: Vargas foi favorável à entrada na guerra ao lado dos Aliados e não do Eixo.

 

Letra D: O governo Vargas não era um governo economicamente fraco e a Força Expedicionária Brasileira retornou da guerra porque ela havia terminado, com a vitória dos Aliados, e não porque carecesse de recursos.

 

Letra E:  A UDN era antigetulista, anticomunista, defensora do moralismo e opositora da intervenção do Estado na economia, ou seja, não era economicamente intervencionista e sim liberal. Além disso, os militares recém-saídos da guerra, passaram a exigir a implantação de um regime democrático, ou seja, não eram autoritários e com forte inspiração fascista.

 

Resposta baseada nas fontes:

 

AZEVEDO, Gislane Campos e SERIACOPI, Reinaldo. História: volume único. São Paulo: Ática, 2005.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

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