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Questões Sobre Era Vargas (1930-1945) - História - concurso

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21) Em discurso a bordo do porta-aviões Minas Gerais, no dia 11 de junho de 1940, Vargas referiu-se às “decadentes democracias” e enalteceu os regimes de força. Em 22 de agosto de 1942, o Brasil rompeu com o Eixo e cedeu bases militares aos EUA. À luz desses antecedentes, assinale a opção que, segundo os estudiosos desse período crítico, é mais condizente com a política externa do Governo Vargas.

  • A) diplomacia omissa e pendular
  • B) protagonismo regional
  • C) pragmatismo equidistante
  • D) dependência mediadora
  • E) terceira via

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A alternativa correta é letra C) pragmatismo equidistante

Gabarito: ALTERNATIVA C

 
  • Em discurso a bordo do porta-aviões Minas Gerais, no dia 11 de junho de 1940, Vargas referiu-se às “decadentes democracias” e enalteceu os regimes de força. Em 22 de agosto de 1942, o Brasil rompeu com o Eixo e cedeu bases militares aos EUA. À luz desses antecedentes, assinale a opção que, segundo os estudiosos desse período crítico, é mais condizente com a política externa do Governo Vargas.

Em primeiro lugar, precisa sempre o estudante ter claro que a adesão brasileira às democracias liberais não foi um percurso óbvio, mas sim um processo acidentado da política externa brasileira. No plano doméstico, Vargas não economizava nas críticas contra a democracia liberal, denunciando-a como um regime fraco e propenso a crises, além de alardear que regimes desse tipo são as vítimas preferidas tanto das grandes crises econômicas quanto da expansão internacional do comunismo. Internacionalmente, Vargas afirmava seu compromisso irrestrito com o desenvolvimento (industrial) brasileiro, o que implicava numa posição neutra ao extremo em relação aos conflitos e às rivalidades internacionais. Na segunda metade da década de 1930, configurar-se-ia a chamada "equidistância pragmática" entre Alemanha e Estados Unidos, segundo a qual o Brasil celebrou tratados de comércio com as duas potências e manteve relações político-comerciais muito dinâmicas com ambas. Percebia-se na disputa internacional entre as grandes potências uma chance de ampliar as margens de manobra do Brasil, explorando suas rivalidades e contradições para viabilizar o projeto desenvolvimentista. Isto é, domesticamente, a forma de governar guardava muitas semelhanças e flertes com a via nazifascista, incluindo o caráter totalitário da Constituição de 1937; e, internacionalmente, o Brasil agia sem assumir compromissos claros e definitivos com nenhum dos dois campos, mas sim buscando meios para viabilizar sua industrialização. E é importante que se perceba que as tensões internacionais e as dificuldades da guerra faziam com que a tolerância internacional frente a esse comportamento fosse ampliada de maneira generosa, permitindo com que o Brasil estendesse ao máximo as contradições de sua neutralidade. Apenas com a entrada dos EUA na guerra (dezembro de 1941), a equidistância pragmática vai sendo estrangulada e o Brasil vai se aproximando da tomada crítica de decisão. Mesmo assim, o governo brasileiro ainda levaria cerca de oito meses para fixar os termos de seu engajamento e de seu apoio ao lado dos aliados na guerra, desenvolvendo antes uma longa negociação com os EUA procurando conseguir recursos para o desenvolvimentismo brasileiro em troca do apoio contra o Eixo. Assim, observemos as alternativas propostas.

 

a) diplomacia omissa e pendular
b) protagonismo regional
c) pragmatismo equidistante
d) 
dependência mediadora
e) terceira via

 

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

22) Acerca da política externa adotada pelo governo brasileiro no período entre 1930 e 1945, assinale a opção correta.

  • A) A demonstração de simpatia do presidente Getúlio Vargas pelos regimes totalitários europeus e o incremento do comércio entre Brasil e Alemanha justificavam a intensa campanha governista de nacionalização dos imigrantes residentes na Região Sul e a proibição de propaganda e organização de partidos políticos.
  • B) Em que pesem as pressões dos Estados Unidos da América (EUA), o Brasil aceitou manter relações comerciais com a Alemanha baseadas em moeda não conversível, denominada marco de compensação.
  • C) A nomeação de Osvaldo Aranha para o Ministério das Relações Exteriores em 1938 introduziu rupturas fundamentais no encaminhamento da ação internacional do Brasil, que passou a desenvolver estratégia de barganha com os EUA e a Alemanha.
  • D) Na fase inicial desse período, a política externa adquiriu um tom francamente belicoso e expansionista, como demonstram as ações de intervenção do Brasil em assuntos internos dos países vizinhos, ao tomar partido nos conflitos, como na Guerra do Chaco, entre a Bolívia e o Paraguai, e na Questão de Letícia, entre o Peru e a Colômbia.
  • E) O Itamaraty, na VII Conferência Internacional Americana, realizada em Montevidéu, em 1933, reiterou a repulsa do governo brasileiro a alianças como a do Pacto Briand-Kellog.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) Em que pesem as pressões dos Estados Unidos da América (EUA), o Brasil aceitou manter relações comerciais com a Alemanha baseadas em moeda não conversível, denominada marco de compensação.

Gabarito: ALTERNATIVA B

  

Acerca da política externa adotada pelo governo brasileiro no período entre 1930 e 1945, assinale a opção correta.

  • a) A demonstração de simpatia do presidente Getúlio Vargas pelos regimes totalitários europeus e o incremento do comércio entre Brasil e Alemanha justificavam a intensa campanha governista de nacionalização dos imigrantes residentes na Região Sul e a proibição de propaganda e organização de partidos políticos.

A alternativa mistura momentos diferentes da política brasileira no período. A nacionalização de imigrantes residentes na região sul se deu após a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial em 1942. De fato, o Estado Novo, no seu enquadramento nacionalista, vinha impondo alterações importantes na vida desses imigrantes como a nacionalização do ensino (com a obrigatoriedade do ensino de português) e a proibição de idiomas estrangeiros em público; no entanto o esforço de nacionalização só seria empreendido a partir de 1942. Havia especial repressão contra imigrantes originários dos países do Eixo, inclusive impondo severas restrições de circulação a essas pessoas e o confisco de patrimônio. Até o rompimento brasileiro com as nações do Eixo, de fato, a política externa primou pelo incremento do comércio e por buscar possibilidades para a industrialização brasileira - acenando ao mesmo tempo para os Estados Unidos na chamada "equidistância pragmática". Internamente, há de se observar, havia uma aproximação com o modelo fascista, instituindo um regime de partido único, usando massivamente a propaganda oficial e hierarquizando a sociedade de maneira rígida. Alternativa errada.

 
  • b) Em que pesem as pressões dos Estados Unidos da América (EUA), o Brasil aceitou manter relações comerciais com a Alemanha baseadas em moeda não conversível, denominada marco de compensação.

A alternativa faz referência ao chamado comércio compensado entre Brasil e Alemanha no final da década de 1930 e até o rompimento com a Alemanha nazista em 1942. País densamente industrializado, a Alemanha, além das simpatias de Vargas com o totalitarismo, simbolizava um importante parceiro no esforço industrialista brasileiro. A importação de maquinário e de tecnologia era possível com vantagens ao Brasil num entendimento de alto nível entre as partes. Com a economia alemã ainda sofrendo importantes transformações e já se preparando para o esforço de guerra, propôs-se a instituição do comércio compensado, no qual as exportações brasileiras eram remuneradas com moeda não conversível (marco de compensação), ou seja, que servia apenas para liquidar compromissos com importações junto à Alemanha. O modelo permitia acesso brasileiro a um mercado importante ao mesmo tempo em que se acelerava o esforço de industrialização nacional, estabelecendo um vínculo especial que enquadrava tanto a modernização brasileira quanto o fornecimento de produtos primários estratégicos para a Alemanha, o que perdurou mesmo após iniciada a guerra. Advogando o liberalismo internacional e temendo uma excessiva aproximação brasileira com o totalitarismo, os Estados Unidos fizeram importante pressão contra a prática ao mesmo tempo em que ampliou os esforços de cooperação e de financiamento junto ao Brasil. Defendia o governo americano que a prática introduzia distorções graves no comércio internacional, reduzindo a liberdade dos agentes dentro do mercado de livre concorrência em favor de relações excludentes. ALTERNATIVA CORRETA.

 
  • c) A nomeação de Osvaldo Aranha para o Ministério das Relações Exteriores em 1938 introduziu rupturas fundamentais no encaminhamento da ação internacional do Brasil, que passou a desenvolver estratégia de barganha com os EUA e a Alemanha.

De fato, Osvaldo Aranha assumiu a chancelaria em 1938, marcando um importante passo dos americanistas no controle da política externa brasileira. Naquele momento, havia importante grupo dentro do Ministério defendendo uma via de maior aproximação com a Alemanha nazista em detrimento das históricas relações com os Estados Unidos. O movimento pendular da política externa brasileira entre EUA e Alemanha era anterior ao período em tela, uma vez que a ascensão econômica da Alemanha em meados da década de 1930 e as simpatias de Vargas com o totalitarismo favoreciam uma aproximação com a Alemanha. Tanto o esforço de influência cultural alemã quanto o aprofundamento das relações comerciais já estavam em pleno andamento em 1938, tanto que o comércio compensado seria instituído em 1937. Ou seja, o período Aranha foi antes o lento dissolver dessa estratégia, cujos limites começariam a ficar mais claros logo em 1939 com o início da guerra na Europa. Alternativa errada.

 
  • d) Na fase inicial desse período, a política externa adquiriu um tom francamente belicoso e expansionista, como demonstram as ações de intervenção do Brasil em assuntos internos dos países vizinhos, ao tomar partido nos conflitos, como na Guerra do Chaco, entre a Bolívia e o Paraguai, e na Questão de Letícia, entre o Peru e a Colômbia.

O Brasil manteve a posição de neutralidade frente à Guerra do Chaco entre Bolívia e Paraguai e ainda se colocaria na posição de mediação para encerrar o conflito, ampliando seu capital político regional e se afirmando como fator de estabilidade sul-americana. A Questão de Letícia, por sua vez, era um ponto de disputa muito delicado entre Peru e Colômbia com travamentos sérios e com possibilidade de escalada para a guerra. O Brasil, no entanto, apresentou-se como mediador e foi aclamado pelas partes como eixo para o estabelecimento das negociações. As partes se reuniriam no Rio de Janeiro sob a ação de Afrânio de Melo Franco para estabelecer as negociações, que, apesar de difíceis, chegariam a bom termo. Portanto, não faz sentido colocar o país como belicoso e expansionista na região, preferindo a estabilidade e o prestígio voltados para a questão do desenvolvimento nacional. Alternativa errada.

 
  • e) O Itamaraty, na VII Conferência Internacional Americana, realizada em Montevidéu, em 1933, reiterou a repulsa do governo brasileiro a alianças como a do Pacto Briand-Kellog.

Durante o período Vargas, o Brasil reviu sua postura quanto ao Pacto Briand-Kellog, que tinha por objeto fundamental a renúncia voluntária dos seus signatários à guerra como um possível instrumento político. Defendendo seu tradicional (e constitucional) compromisso com a paz, o Brasil considerava sua adesão ao pacto desnecessária e redundante. Apenas em 1934, portanto dentro do período em tela, a posição seria revista e, como gesto de boa vontade internacional, o Brasil aderiu ao pacto. Alternativa errada.

  

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA B.

 

23) A revolução de 1930 introduziu mudanças políticas, econômicas, sociais e na política externa. A respeito dessas mudanças, julgue (C ou E) o item a seguir.Sem ruptura com a política que vinha sendo implementada, a política externa do governo revolucionário caracterizou-se pelo protagonismo no plano regional e pela centralidade do relacionamento com os EUA.

  • A) Certo
  • B) Errado
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A alternativa correta é letra A) Certo

Gabarito: Certo

 

Ao ler rapidamente a afirmativa tendemos a achar que a mesma está errada, afinal sabemos que de um lado o governo provisório instalado após a revolução (ou golpe) de 1930 suspendeu o pagamento da dívida externa e que Vargas manteve uma política exterior chamada de equidistância pragmática, que caracterizou-se por manter relações simultaneamente com os Estados Unidos e com a Alemanha.

 

Contudo, é preciso analisar a afirmativa mais detidamente. Apesar do constrangimento inicial devido ao apoio norte-americano ao governo brasileiro deposto pela revolução (golpe) de 1930 e da decisão de suspensão do pagamento da dívida externa num primeiro momento, Vargas buscou, em seguida, a continuidade da política externa praticada anteriormente, que tornava os Estados Unidos o principal parceiro internacional do Brasil. Assim, podemos falar sim de continuidade da política que vinha sendo implementada e centralidade do relacionamento entre Brasil e Estados Unidos.

 

Como um país dependente das exportações de itens primários, especialmente o café, o Brasil de início dos anos 1930 precisou manter a ênfase no comércio exterior e na busca por novos mercados, assim, a diplomacia econômica foi revigorada regularizando-se relações comerciais a partir da assinatura de acordos ou tratados comerciais. Entre eles, o acordo de comércio compensado, assinado em 1936 com a Alemanha.

 

Conforme aponta Carlos Eduardo Vidigal:

 

“As exportações de café para o mercado norte-americano continuaram a dominar a pauta de exportações do país, mas um novo elemento foi agregado à área: o comércio compensado com a Alemanha, que também dependia do setor cafeeiro”. Dessa forma, é preciso assinalar que a centralidade do relacionamento internacional com os Estados Unidos não impediu a formulação de um acordo comercial com a Alemanha.

 
 

A afirmativa também destaca o protagonismo do Brasil no plano regional, possivelmente fazendo referência à atuação do Brasil na questão de Letícia, disputa entre Colômbia e Peru por esse território, na Guerra do Chaco, disputada entre Bolívia e Paraguai, e à participação na Conferência de Buenos Aires (1936). Podemos acrescentar também nos termos dessa atuação, o alinhamento às decisões das I, II, e III Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores Americanos em relação a Segunda Guerra Mundial, que levaram o Brasil da neutralidade à declaração de Guerra ao Eixo.

 

Resposta baseada nas fontes:

 

Dossiê A Era Vargas: dos ano 20 a 1945. FGV CPDOC. Disponível em: https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos30-37/RelacoesInternacionais Acesso em 24 de fev. de 2021.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VIDIGAL, Carlos Eduardo. História das relações internacionais do Brasil/Carlos Eduardo Vidigal, Francisco Fernando Monteoliva Doratioto; coordenado por Antonio Carlos Lessa, Henrique Altemani. – São Paulo: Saraiva, 2014.

24)   Texto associado

  • A) Juscelino Kubitschek, com a utilização de capital nacional.
  • B) Juscelino Kubitschek, com a utilização de capital estrangeiro.
  • C) Getulio Vargas, no seu segundo mandato (1950-1954), com a utilização de capital nacional.
  • D) Eurico Gaspar Dutra, financiada com recursos nacionais e estrangeiros.
  • E) Getulio Vargas, no seu primeiro mandato (1930-1945), financiada por empréstimos dos EUA.

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A alternativa correta é letra E) Getulio Vargas, no seu primeiro mandato (1930-1945), financiada por empréstimos dos EUA.

Gabarito: ALTERNATIVA E

 
  • Na sétima estrofe do poema Canto do Pracinha Só. de Oswald Andrade, há uma referência à criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSK) instalada em Volta Redonda, durante a 2 ª Guerra Mundial, por questões técnicas e políticas. Outras indústrias de base também foram criadas nessa época pelo governo federal com a finalidade de impulsionar a industrialização brasileira. A CSN, que marca um importante momento para o crescimento da grande siderurgia brasileira, foi implantada durante o governo de

O caso da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) derivou de uma longa negociação com os Estados Unidos. Com a entrada americana na Segunda Guerra Mundial em 1941, aumentou-se decisivamente a pressão sobre a posição do governo Vargas dentro do conflito. Naquele momento, era importante garantir o alinhamento brasileiro para estrangular o fornecimento de matérias primas estratégicas para o esforços de guerra alemão e, por outro lado, garantir posições preciosas para a campanha aliada sobre o Norte da África. O Nordeste brasileiro era o melhor ponto para sediar as bases aéreas americanas para lançar campanhas de bombardeio contra as posições nazistas na África, apoio importante para as ações de infantaria na libertação da região. Essas duas componentes foram usadas como moedas de troca pelo Brasil para conseguir programas amplos de cooperação em favor do desenvolvimento brasileiro. A urgência da guerra pesava em favor dos pedidos brasileiros e os EUA aceitaram estabelecer um convênio de cooperação técnica e financeira para a instalação da Companhia Siderúrgica Nacional, passo fundamental no esforço desenvolvimentista brasileiro. A CSN começou a ser construída em 1941 em Volta Redonda, e entraria em operação em 1946. Assim, observemos as alternativas propostas.

 

a) Juscelino Kubitschek, com a utilização de capital nacional.
b) Juscelino Kubitschek, com a utilização de capital estrangeiro.
c) Getulio Vargas, no seu segundo mandato (1950-1954), com a utilização de capital nacional.
d) Eurico Gaspar Dutra, financiada com recursos nacionais e estrangeiros.
e) Getulio Vargas, no seu primeiro mandato (1930-1945), financiada por empréstimos dos EUA.

 

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA E.

25) Considerando a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), assinale a afirmativa correta.

  • A) Ficou restrita ao monitoramento do espaço marítimo do Atlântico Sul pela FAB.
  • B) Foi provocada pela retaliação ao alinhamento brasileiro aos países do Eixo.
  • C) Foi o resultado da reavaliação político-ideológica do governo brasileiro, previamente alinhado às potências do Eixo.
  • D) Foi motivada por uma represália ao rompimento de relações diplomáticas do Brasil com os países da Aliança Ocidental.
  • E) Foi fundamental para a obtenção do assento permanente na Organização das Nações Unidas (ONU), no pós-Guerra.

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A alternativa correta é letra C) Foi o resultado da reavaliação político-ideológica do governo brasileiro, previamente alinhado às potências do Eixo.

Gabarito: Letra C
 
Segundo Lilia Schwarcz, a Segunda Guerra Mundial foi o divisor de águas nos rumos do Estado Novo: garantiu o protagonismo do projeto de modernização proposto pelo regime, ao mesmo tempo que revelou o esgotamento da sua natureza autoritária.
 
O governo de Vargas tinha simpatias ao fascismo e ao hitlerismo. Mas não se declarou aliado do Eixo. Tinha relações abertas com Aliados e com os nazi-fascistas.
 
A política externa brasileira manteve-se neutra nos anos que antecederam o conflito internacional. Essa neutralidade durou até 1941, quando houve os ataques japoneses a Pearl Harbor, momento em que o presidente foi pressionado a tomar uma posição.
 
O apoio aos Aliados gerou retaliação por parte dos alemães que bombardearam navios de comércio brasileiros no Atlântico. A pressão popular e da opinião pública fez com que Vargas declarasse guerra ao Eixo.
 
Assim, a entrada na guerra foi devido a uma reavaliação sobre a situação internacional. Como a guerra já assinalava vitória para o lado dos Aliados, Vargas enviou tropas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) para lutar na Itália em 1944.
 
Por que as demais estão incorretas?
 
Letra A: Os brasileiros lutaram na Europa com a FEB. Eram os chamados “pracinhas”.
 
Letra B e C: A entrada do Brasil no conflito foi uma retaliação aos bombardeios de submarinos alemães a navios de comércio. O Brasil não rompeu relações com os aliados. Pelo contrário, ingressou na guerra desse lado.
 
Letra E: O Brasil não faz parte do conselho permanente de Segurança da ONU. Esse conselho reúne: EUA, China, Inglaterra, França e Rússia.
 
 
Resposta baseada nas seguintes fontes:
 
SCHWARCZ, Lilia M; STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
 
VICENTINO, Cláudio et alli. Teláris. História, 9º ano. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2018.

 

26)

  • A) buscavam estabelecer a política de boa vizinhança a partir de acordos econômicos e culturais em troca de apoio político para o combate à expansão alemã no continente.
  • B) reforçavam a dependência brasileira, nos âmbitos cultural e educacional, firmada na imposição dos acordos educacionais conhecidos como MEC / USAID.
  • C) estabeleceram o acordo bilateral contra os movimentos pelos direitos civis dos negros, reforçando, naquele País, política de segregação racial, tolerada também no Brasil.
  • D) impuseram ao Brasil submissão aos princípios do pan-americanismo formulados após a I Grande Guerra pelo presidente Franklin Delano Roosevelt.
  • E) restabeleceram acordos de alinhamento ideológico firmados desde o reconhecimento da Independência do Brasil em 1822.

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A alternativa correta é letra A) buscavam estabelecer a política de boa vizinhança a partir de acordos econômicos e culturais em troca de apoio político para o combate à expansão alemã no continente.

Gabarito: Letra A

 

Buscavam estabelecer a política de boa vizinhança a partir de acordos econômicos e culturais em troca de apoio político para o combate à expansão alemã no continente.

 

A criação do personagem Zé Carioca pelo Walt Disney, nos anos 40 do século XX, fez parte dos esforços estadunidenses para estabelecer relações de cooperação econômica e cultural na América Latina, enfrentando a partir dessa política, que recebeu o nome de política da boa vizinhança, a presença alemã.

Interessados em atrair o Brasil para o lado das forças democráticas, representadas pelos Aliados, a política da boa vizinhança estabeleceu-se de diversas maneiras: empréstimos, vantagens comerciais, envio de técnicos, produção de programas de rádios, suspensão de filmes com imagens negativas da América Latina, contratação de uma cantora brasileira (Carmen Miranda) para Hollywood e produção de filmes como o “Alô, amigos”.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra B: reforçavam a dependência brasileira, nos âmbitos cultural e educacional, firmada na imposição dos acordos educacionais conhecidos como MEC / USAID.

 

O personagem Zé Carioca foi criado no início de 1940, já os acordos MEC/USAID assinados pelo Brasil e os EUA para a assessoria de planejamento do sistema de ensino brasileiro, especialmente ensino superior, são de meados dos anos 60.

Letra C: estabeleceram o acordo bilateral contra os movimentos pelos direitos civis dos negros, reforçando, naquele País, política de segregação racial, tolerada também no Brasil.

 

Não houve o estabelecimento de um acordo bilateral entre Brasil e EUA contra os movimentos por direitos civis dos negros, nem uma tolerância do Brasil a uma política de segregação racial. Diferente dos Estados Unidos onde havia uma clara segregação racial, no Brasil imperou a ideia de “democracia racial” que afirmava a não exclusão do negro e a sua importância para formação do Brasil, ainda que na prática o racismo e a desigualdade entre negros e brancos existisse.

Letra D: impuseram ao Brasil submissão aos princípios do pan-americanismo formulados após a I Grande Guerra pelo presidente Franklin Delano Roosevelt.

 

Não houve a imposição ao Brasil de uma submissão aos princípios do pan-americanismo, (re)formulado por Roosevelt após a Primeira Guerra. O pan-americanismo foi inclusive utilizado pelo Brasil na obtenção de vantagens no período de governo JK (1956-1961).

                                                         Letra E: restabeleceram acordos de alinhamento ideológico firmados desde o reconhecimento da Independência do Brasil em 1822.

 

Não houve nenhum acordo de alinhamento ideológico firmado entre o Brasil e os Estados Unidos durante (ou desde) a Independência do Brasil em 1822. Na Independência do Brasil, os Estados Unidos foi o primeiro país a reconhecer a emancipação por seus líderes serem contrários ao colonialismo europeu e pretenderem estender sua influência sobre o continente americano.

   

Referências:

 

AZEVEDO, Gislane Campos e SERIACOPI, Reinaldo. História: volume único. São Paulo: Ática, 2005.

 

CAMPOS, Flavio de. A escrita da história: ensino médio: volume único. 1ª ed. São Paulo: Escala Educacional, 2005.

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 2. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VERBETE: Acordo MEC-USAID. CPDOC/FGV. Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/acordo-mec-usaid Acesso em 07 de jun. de 2022.

27) Embora o argumento do pêndulo possa ter servido como elemento secundário de convencimento no processo decisório junto a funcionários em Washington, o mais plausível é, uma vez mais, a explicação pelo cálculo estratégico: tendo em vista a alta possiblidade de envolvimento dos Estados Unidos na guerra, seria útil atrair o Brasil como principal ponto de sustentação político-diplomática no hemisfério sul.

  • A) favoreceu o projeto do Estado brasileiro de proteger o preço dos produtos manufaturados exportados.
  • B) aboliu a tradição brasileira de oposição à hegemonia norte-americana na América.
  • C) pressupôs formalmente a democratização da política brasileira.
  • D) decorreu da condenação pública do regime nazista pelo governo brasileiro.
  • E) implicou o financiamento norte-americano da indústria de base no Brasil.

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A alternativa correta é letra E) implicou o financiamento norte-americano da indústria de base no Brasil.

Gabarito: ALTERNATIVA E

   

  
  • No final, a aliança com os Estados Unidos

Em primeiro lugar, precisa sempre o estudante ter claro que a adesão brasileira às democracias liberais não foi um percurso óbvio, mas sim um processo acidentado da política externa brasileira. No plano doméstico, Vargas não economizava nas críticas contra a democracia liberal, denunciando-a como um regime fraco e propenso a crises, além de alardear que regimes desse tipo são as vítimas preferidas tanto das grandes crises econômicas quanto da expansão internacional do comunismo. Internacionalmente, Vargas afirmava seu compromisso irrestrito com o desenvolvimento (industrial) brasileiro, o que implicava numa posição neutra ao extremo em relação aos conflitos e às rivalidades internacionais. Na segunda metade da década de 1930, configurar-se-ia a chamada "equidistância pragmática" entre Alemanha e Estados Unidos, segundo a qual o Brasil celebrou tratados de comércio com as duas potências e manteve relações político-comerciais muito dinâmicas com ambas. Percebia-se na disputa internacional entre as grandes potências uma chance de ampliar as margens de manobra do Brasil, explorando suas rivalidades e contradições para viabilizar o projeto desenvolvimentista. Isto é, domesticamente, a forma de governar guardava muitas semelhanças e flertes com a via nazifascista, incluindo o caráter totalitário da Constituição de 1937; e, internacionalmente, o Brasil agia sem assumir compromissos claros e definitivos com nenhum dos dois campos, mas sim buscando meios para viabilizar sua industrialização. E é importante que se perceba que as tensões internacionais e as dificuldades da guerra faziam com que a tolerância internacional frente a esse comportamento fosse ampliada de maneira generosa, permitindo com que o Brasil estendesse ao máximo as contradições de sua neutralidade. Apenas com a entrada dos EUA na guerra (dezembro de 1941), a equidistância pragmática vai sendo estrangulada e o Brasil vai se aproximando da tomada crítica de decisão. Mesmo assim, o governo brasileiro ainda levaria cerca de oito meses para fixar os termos de seu engajamento e de seu apoio ao lado dos aliados na guerra, desenvolvendo antes uma longa negociação com os EUA procurando conseguir recursos para o desenvolvimentismo brasileiro em troca do apoio contra o Eixo. Assim, observemos as alternativas propostas.

 
  • a)  favoreceu o projeto do Estado brasileiro de proteger o preço dos produtos manufaturados exportados.

Como explicado acima, o Brasil tinha como ponto central da sua estratégia de desenvolvimento a industrialização. Ou seja, o país não era um exportador de produtos manufaturados; pelo contrário, buscava incentivar a sua industrialização por meio da substituição de importações, com a demanda doméstica garantindo a viabilidade da instalação de indústrias no país. Na pauta de exportação brasileira, figuravam sobretudo os produtos primários, que, inclusive, eram estratégicos para a economia de guerra dos Estados Unidos. Comercialmente, a opção pela via americana assegurou uma demanda muito elevada aos produtos primários brasileiros. Alternativa errada.

 
  • b)  aboliu a tradição brasileira de oposição à hegemonia norte-americana na América.

O Brasil nunca teve uma tradição de oposição à hegemonia dos Estados Unidos no continente. As relações bilaterais entre os países sempre foram marcadas por um importante grau de proximidade e com o Brasil se colocando como o principal interlocutor da grande potência na América do Sul. Ou seja, não se trata de oposição à hegemonia, mas sim de inserção baseada na lógica do sócio preferencial e de sub-liderança sul-americana. Alternativa errada.

 
  • c)  pressupôs formalmente a democratização da política brasileira.

Ora, os eventos em tela se desenrolaram durante o Estado Novo (1937-1945), período ditatorial por excelência da Era Vargas. Os Estados Unidos, dados os interesses maiores com a estratégia global para a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) não tinham tempo hábil para o purismo liberal de exigir a redemocratização do Brasil durante as negociações. Pelo contrário, o Brasil viveu a contradição de ser um regime de extrema-direta combatendo na Europa o nazifascismo ao lado dos Aliados. O país só se redemocratizaria entre o final de 1945 e o início de 1946; ou seja, num momento posterior à vitória dos Aliados na guerra. Alternativa errada.

 
  • d)  decorreu da condenação pública do regime nazista pelo governo brasileiro.

A alternativa inverte a correlação dos fatos. Foi a aliança preferencial com os Estados Unidos que levaram o Brasil à condenação pública do regime nazista em 1942. No final de 1941, os Estados Unidos entrariam na guerra após o ataque japonês à base de Pearl Harbor e, imediatamente, passavam a pressionar para a consolidação das Américas como uma região comprometida no enfrentamento ao Eixo. No início de 1942, em reunião de chanceleres, o governo americano pressionaria para uma condenação coletiva ao nazifascismo, o que, no caso brasileiro, culminaria com o rompimento de relações diplomáticas com o Eixo em fevereiro de 1942. Alternativa errada,

 
  • e)  implicou o financiamento norte-americano da indústria de base no Brasil.

Com a entrada americana na Segunda Guerra Mundial em 1941, aumentou-se decisivamente a pressão sobre a posição do governo Vargas dentro do conflito. Naquele momento, era importante garantir o alinhamento brasileiro para estrangular o fornecimento de matérias primas estratégicas para o esforços de guerra alemão e, por outro lado, garantir posições preciosas para a campanha aliada sobre o Norte da África. O Nordeste brasileiro era o melhor ponto para sediar as bases aéreas americanas para lançar campanhas de bombardeio contra as posições nazistas na África, apoio importante para as ações de infantaria na libertação da região. Essas duas componentes foram usadas como moedas de troca pelo Brasil para conseguir programas amplos de cooperação em favor do desenvolvimento brasileiro. A urgência da guerra pesava em favor dos pedidos brasileiros e os EUA aceitaram estabelecer um convênio de cooperação técnica e financeira para a instalação da Companhia Siderúrgica Nacional, passo fundamental no esforço desenvolvimentista brasileiro. A CSN começou a ser construída em 1941 em Volta Redonda, e entraria em operação em 1946. ALTERNATIVA CORRETA.

   

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA E.

28) A política externa brasileira pós-30, mantinha os EUA como o principal parceiro do país, mas se aproximava da Alemanha por questões econômicas. Para esses países o Brasil representava “um importante mercado fornecedor de matériasprimas e consumidor de produtos manufaturados”. Vargas negociava com os dois lados, buscando maiores vantagens para o Brasil. Devido aos conflitos europeus, os Estados Unidos lideraram, ao longo da década de 1930, diversos encontros interamericanos visando estabelecer acordos de cooperação entre os países vizinhos. Em 1933 foi anunciada pelo presidente Roosevelt a Política da Boa Vizinhança. […] Essa pressão, no entanto, é convertida em benefícios para o desenvolvimento industrial do Brasil.

  • A) a concessão do monopólio do petróleo e gás natural à Petrobrás.
  • B) o surgimento de empresas energéticas como Eletrobrás e Petrobrás.
  • C) o monopólio do látex brasileiro nos insumos das indústrias americanas.
  • D) a construção da Usina Siderúrgica Nacional em Volta Redonda-RJ.
  • E) o apoio à entrada na Organização de Cooperação e Desenvolvimento (OCDE).

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A alternativa correta é letra D) a construção da Usina Siderúrgica Nacional em Volta Redonda-RJ.

Gabarito: ALTERNATIVA D

   

A política externa brasileira pós-30, mantinha os EUA como o principal parceiro do país, mas se aproximava da Alemanha por questões econômicas. Para esses países o Brasil representava “um importante mercado fornecedor de matérias primas e consumidor de produtos manufaturados”. Vargas negociava com os dois lados, buscando maiores vantagens para o Brasil. Devido aos conflitos europeus, os Estados Unidos lideraram, ao longo da década de 1930, diversos encontros interamericanos visando estabelecer acordos de cooperação entre os países vizinhos. Em 1933 foi anunciada pelo presidente Roosevelt a Política da Boa Vizinhança. [...] Essa pressão, no entanto, é convertida em benefícios para o desenvolvimento industrial do Brasil.

BONET, F. S. . O discurso oficial brasileiro durante a II Guerra Mundial: o Brasil se une para a guerra. 2008.

 
  • O benefício apontado no texto foi

Em primeiro lugar, precisa sempre o estudante ter claro que a adesão brasileira às democracias liberais não foi um percurso óbvio, mas sim um processo acidentado da política externa brasileira. No plano doméstico, Vargas não economizava nas críticas contra a democracia liberal, denunciando-a como um regime fraco e propenso a crises, além de alardear que regimes desse tipo são as vítimas preferidas tanto das grandes crises econômicas quanto da expansão internacional do comunismo. Internacionalmente, Vargas afirmava seu compromisso irrestrito com o desenvolvimento (industrial) brasileiro, o que implicava numa posição neutra ao extremo em relação aos conflitos e às rivalidades internacionais. Na segunda metade da década de 1930, configurar-se-ia a chamada "equidistância pragmática" entre Alemanha e Estados Unidos, segundo a qual o Brasil celebrou tratados de comércio com as duas potências e manteve relações político-comerciais muito dinâmicas com ambas. Percebia-se na disputa internacional entre as grandes potências uma chance de ampliar as margens de manobra do Brasil, explorando suas rivalidades e contradições para viabilizar o projeto desenvolvimentista. Isto é, domesticamente, a forma de governar guardava muitas semelhanças e flertes com a via nazifascista, incluindo o caráter totalitário da Constituição de 1937; e, internacionalmente, o Brasil agia sem assumir compromissos claros e definitivos com nenhum dos dois campos, mas sim buscando meios para viabilizar sua industrialização. E é importante que se perceba que as tensões internacionais e as dificuldades da guerra faziam com que a tolerância internacional frente a esse comportamento fosse ampliada de maneira generosa, permitindo com que o Brasil estendesse ao máximo as contradições de sua neutralidade.

 

Apenas com a entrada dos EUA na guerra (dezembro de 1941), a equidistância pragmática seria estrangulada e o Brasil se aproximaria da tomada crítica de decisão. Mesmo assim, o governo brasileiro ainda levaria cerca de oito meses para fixar os termos de seu engajamento e de seu apoio ao lado dos aliados na guerra, desenvolvendo antes uma longa negociação com os EUA procurando conseguir recursos para o desenvolvimentismo brasileiro em troca do apoio contra o Eixo. Naquele momento, era importante garantir o alinhamento brasileiro para estrangular o fornecimento de matérias primas estratégicas para o esforços de guerra alemão e, por outro lado, garantir posições preciosas para a campanha aliada sobre o Norte da África. O Nordeste brasileiro era o melhor ponto para sediar as bases aéreas americanas para lançar campanhas de bombardeio contra as posições nazistas na África, apoio importante para as ações de infantaria na libertação da região. Essas duas componentes foram usadas como moedas de troca pelo Brasil para conseguir programas amplos de cooperação em favor do desenvolvimento brasileiro. A urgência da guerra pesava em favor dos pedidos brasileiros e os EUA aceitaram estabelecer um convênio de cooperação técnica e financeira para a instalação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), passo fundamental no esforço desenvolvimentista brasileiro. A CSN começou a ser construída em 1941 em Volta Redonda, e entraria em operação em 1946. Assim, observemos as alternativas propostas.

 

a)  a concessão do monopólio do petróleo e gás natural à Petrobrás.
b)  o surgimento de empresas energéticas como Eletrobrás e Petrobrás.
c)  o monopólio do látex brasileiro nos insumos das indústrias americanas.
d)  a construção da Usina Siderúrgica Nacional em Volta Redonda-RJ.
e) 
 o apoio à entrada na Organização de Cooperação e Desenvolvimento (OCDE).

 

Por fim, cumpre esclarecer que a Petrobrás e a Eletrobrás só seriam criadas em 1953 e em 1962, respectivamente; compondo um novo momento de esforço desenvolvimentista brasileiro, já bastante posterior ao contexto da Segunda Guerra Mundial. A OCDE, por sua vez, só seria lançada em 1961 e o Brasil se recusaria sistematicamente a qualquer aproximação com a organização, o que só seria revisto a partir da década de 2010, quando o país passou a articular sua adesão. Assim sendo, está correta a ALTERNATIVA D.

29) O ano de 1945 corresponde, em termos mundiais, ao fim da Segunda Guerra e, no que concerne ao Brasil, ao colapso da ditadura getulista – o Estado Novo. Tinha início o processo de redemocratização brasileira que, com seus limites e inúmeras crises, foi interrompido com o golpe de 1964.

  • A) V, V, V
  • B) V, V, F
  • C) F, F, V
  • D) F, F, F
  • E) V, F, F

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Resposta

A alternativa correta é letra A) V, V, V

Explicação

Todas as assertivas são verdadeiras.

A primeira assertiva é verdadeira porque o Partido Social Democrático (PSD) foi criado por inspiração de Vargas e foi a maior agremiação partidária da época, apoiando-se nas áreas interioranas do país.

A segunda assertiva é verdadeira porque a União Democrática Nacional (UDN) notabilizou-se pela oposição ao trabalhismo que personalidades como Vargas, Goulart e Brizola representavam, e defendia o liberalismo político e econômico.

A terceira assertiva é verdadeira porque entre 1945 e 1962, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) cresceu eleitoralmente, e sua gradativa ascensão contribuiu para a ampliação da crise político-institucional que deságua no golpe militar de 1964.

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30) Os anos 20 foram tensos. No cenário mundial, os efeitos da Primeira Guerra se somaram à crise do liberalismo político e econômico. A quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929, desarticulou a economia mundial e ampliou os problemas já existentes. Em meio a esse quadro, a ascensão de regimes políticos profundamente autoritários, como o nazifascismo, selou a falência dos governos parlamentares e liberais. No Brasil, a seqüência de movimentos armados e o panorama de instabilidade política desaguaram na Revolução de 1930. Tinha início a Era Vargas (1930-45), que introduziu no país a concepção de direitos sociais e foi marcada pela crescente centralização do poder, culminando no autoritarismo explícito do Estado Novo. O Brasil participou diretamente da Segunda Guerra Mundial (1939-45), ao lado dos Aliados. O fim do conflito, com a derrota do Eixo, contribuiu para a queda da ditadura getulista. De 1946 a 1964, o país conviveu com a democracia, em meio a sucessivas crises que culminaram no golpe militar que derrubou o governo João Goulart.

  • A) caráter centralizador do poder, com viés crescentemente autoritário.

  • B) promulgação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

  • C) decisão estratégica de afastar o país de conflitos mundiais.

  • D) modernização econômica do país, a começar pela indústria de base.

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A alternativa correta é letra C) decisão estratégica de afastar o país de conflitos mundiais.

Na Era Vargas, o Brasil adotou uma postura de afastamento dos conflitos mundiais, em especial da Segunda Guerra Mundial. Vargas buscava manter o país distante das disputas internacionais, evitando assim prejuízos econômicos e sociais que poderiam surgir com a participação direta do Brasil no conflito. Portanto, a decisão estratégica de afastar o país de conflitos mundiais foi um aspecto marcante desse período.

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