Questões Sobre Era Vargas (1930-1945) - História - concurso
391) Segundo a historiadora Graça Ataíde, no seu livro A construção da Verdade Autoritária, a “…vigilância e o controle sobre a imprensa em Pernambuco garantiam ao Estado a propaganda e o doutrinamento político… utilizando-se da persuasão e do doutrinamento diário, a Folha da Manhã, veiculava, por meio de suas mensagens, valores que compunham a ideologia estadonovista”.
- A) Igualdade, Liberdade Política, Xenofobismo, Anticomunismo.
- B) Liberdade Política, Igualdade, Estado Mínimo, Descentralização Política.
- C) Anticomunismo, Educação Libertária, Xenofilismo, Nacionalismo.
- D) Estado Mínimo, Educação Libertária, Xenofilismo, Antissemitismo.
- E) Nacionalismo, Xenofobismo, Anticomunismo, Antissemitismo.
A alternativa correta é letra E) Nacionalismo, Xenofobismo, Anticomunismo, Antissemitismo.
Gabarito: Letra E.
Em relação aos valores e à ideologia defendidos pelo Estado Novo, do qual Agamenon Magalhães, em nível estadual, era um de seus maiores representantes, assinale a alternativa CORRETA.
a) Igualdade, Liberdade Política, Xenofobismo, Anticomunismo.
b) Liberdade Política, Igualdade, Estado Mínimo, Descentralização Política.
c) Anticomunismo, Educação Libertária, Xenofilismo, Nacionalismo.
d) Estado Mínimo, Educação Libertária, Xenofilismo, Antissemitismo.
e) Nacionalismo, Xenofobismo, Anticomunismo, Antissemitismo.
O Estado Novo (1937-1945) foi o período ditatorial por excelência da Era Vargas (1930-1945), tendo seu início no golpe de Estado de 1937, quando Vargas assumiu poderes extraordinários para enfrentar uma suposta conspiração comunista contra o Brasil. Em 1935, Vargas e as Forças Armadas já haviam conseguido debelar a Intentona Comunista de Luís Carlos Prestes sob influência direta da Internacional Comunista. Na ocasião, os órgão de inteligência e de repressão, em franca colaboração com o nazi-fascismo europeu, já haviam conseguido se infiltrar nas células comunistas do Rio de Janeiro e sabotar a organização do levante, que, uma vez deflagrado, foi debelado em algumas horas. Os comunistas presos pelo governo foram submetidos a tortura e desenvolveu-se um longo período de perseguição que encarceraria (ou mataria) praticamente todos os comunistas ativos da capital brasileira. Em 1937, Vargas divulgaria o Plano Cohen, um documento falso atribuído ao Partido Comunista Brasileiro no qual se descrevia uma suposta conspiração revolucionária. Uma vez divulgado o "plano", Vargas conseguiu galvanizar forças políticas suficientes para promulgar uma nova Constituição que lhe desse capacidades ditatoriais para enfrentar os desafios brasileiros.
Com o Estado Novo, Vargas deu um novo salto em direção ao recrudescimento autoritário com relevantes colorações fascistas. Ampliando o discurso ultra-nacionalista, o governo tanto intensificava os esforços desenvolvimentistas quanto ampliava os mecanismos de controle e de disciplina da população. Com uma perspectiva centralizadora e modernizante, Vargas fez reformas no sistema educacional e usou a radiodifusão como potente meio de mobilização das massas em franco diálogo com a cultura popular. Numa perspectiva mais ampla, ensaiava-se um nacionalismo reinterpretado, com a exaltação da nação sob uma ótica reorientada para o desenvolvimento e a industrialização. Ainda que Vargas jamais tenha dado um passo definitivo em direção ao nazi-fascismo, os anos iniciais do Estado Novo conviveram com claros traços de antissemitismo e de xenofobia dentro deste contexto nacionalista, com claras violações de liberdades individuais e de abuso de violência contra os opositores.
Portanto, devem ser excluídas todas as alternativas que relacionaram ao Estado Novo os seguintes valores: igualdade, liberdade política, Estado mínimo, descentralização política, educação libertária e xenofilismo. Desta sorte, só resta como correta a ALTERNATIVA E.
392) Em 1945 chega ao fim o Estado Novo implantado pelo presidente Getúlio Vargas. Entre as causas tivemos a(s)
- A) Revolução de 1945 realizada pelos sindicatos e apoiado pelo Partido Trabalhista Brasileiro daquela época.
- B) Atuação do movimento estudantil , liderado pela UNE, que assumiu o poder apoiando o partido da União Democrática Nacional.
- C) Pressões norte-americanas obrigando Getúlio Vargas a extinguir o Estado Novo e tornar o país uma democracia.
- D) Adesão de Getúlio ao Fascismo, propiciando que ele implante no Brasil um regime semelhante após 1945.
- E) Participação do Brasil na 2º Guerra Mundial ao lado das democracias, criando uma situação interna contraditória, pois o país vivia, até aquele ano, uma ditadura.
Resposta:
A alternativa correta é letra E) Participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial ao lado das democracias, criando uma situação interna contraditória, pois o país vivia, até aquele ano, uma ditadura.
Explicação:
- O fim do Estado Novo em 1945 foi influenciado por vários fatores, entre os quais se destaca a participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial ao lado dos Aliados, que eram majoritariamente democracias.
- Essa aliança gerou uma contradição interna no Brasil, já que o país estava vivendo sob um regime ditatorial enquanto lutava ao lado das nações democráticas contra regimes totalitários.
- A pressão para que o Brasil se alinhasse mais com os princípios democráticos que defendia na guerra, juntamente com a mobilização de setores internos da sociedade que desejavam a redemocratização, contribuiu para o enfraquecimento e eventual queda do governo de Getúlio Vargas.
393) “Em setembro de 1937 a ideia de uma ameaça comunista tornou-se cada vez mais forte entre os membros do governo. O oficial integralista Olímpio Mourão Filho redigiu um plano comunista detalhado para a tomada do governo no Brasil, tal plano era fictício e simulava uma insurreição comunista para tomada do poder.” Esse plano foi:
- A) Plano Verão.
- B) Plano Cohen.
- C) Plano Bresser.
- D) Plano Marshall.
A alternativa correta é letra B) Plano Cohen.
Gabarito: alternativa B)
“Em setembro de 1937 a ideia de uma ameaça comunista tornou-se cada vez mais forte entre os membros do governo. O oficial integralista Olímpio Mourão Filho redigiu um plano comunista detalhado para a tomada do governo no Brasil, tal plano era fictício e simulava uma insurreição comunista para tomada do poder.” Esse plano foi:
a) Plano Verão.
Incorreta. O Plano Verão foi um conjunto de medidas econômicas que possuíam o objetivo de controlar a inflação no Brasil, que era exorbitante na década de 1980. Tais medidas entraram em vigor sob a presidência de José Sarney (1985-1990).
b) Plano Cohen.
Correta! O Plano Cohen foi uma farsa tramada pelo governo de Getúlio Vargas com a ajuda dos integralistas. No final de 1937, o serviço secreto do Exército falsamente noticiou a descoberta de um plano comunista, o chamado Plano Cohen.
Em nome do combate à "ameaça comunista", foi decretado estado de guerra e opositores do governo sofreram repressão. Dessa forma, tal mentira abriu espaço para um golpe que resultou na instauração do Estado Novo, um regime ditatorial sob a liderança de Getúlio Vargas.
c) Plano Bresser.
Incorreta. Assim como o Plano Verão, o Plano Bresser também foi implementado nos final da década de 1980 para conter os altíssimos índices de inflação, no governo de José Sarney. Esse conjunto de medidas econômicas leva esse nome por causa do ministro da economia responsável pela sua implementação, Luís Carlos Bresser.
d) Plano Marshall.,
Incorreta. O Plano Marshall foi lançado logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1947, e destinou enormes quantidades de recursos financeiros para que os países capitalistas da Europa Ocidental se recuperassem da destruição causada pela guerra.
Esse plano fazia parte da ampliação da influência dos Estados Unidos da América frente ao socialismo da União Soviética, ou seja, está envolvido na lógica da Guerra Fria. França, Inglaterra, Itália, Alemanha Ocidental, Holanda e Bélgica foram os países mais beneficiados pelo Plano Marshall.
Referências:
COTRIM, Gilberto. História Global 3. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
394) A regulação das relações de trabalho compõe uma estrutura complexa, em que cada elemento se ajusta aos demais. A justiça do Trabalho é apenas um das peças dessa vasta engrenagem. A presença de representantes classistas na composição dos órgãos da Justiça do Trabalho é também resultante da montagem dessa regulação. O poder normativo também reflete essa característica. Instituída pela Constituição de 1934, a Justiça do Trabalho só vicejou no ambiente político do Estado Novo instaurado em 1937.
- A) legitimar os protestos fabris.
- B) ordenar os conflitos laborais.
- C) oficializar os sindicatos plurais.
- D) assegurar os princípios liberais.
- E) unificar os salários profissionais.
A alternativa correta é letra B) ordenar os conflitos laborais.
Gabarito: Letra B
A Justiça do Trabalho foi criada, durante o Estado Novo (1937-1945), para mediar as relações entre patrões e empregados e garantir que os patrões cumprissem a legislação trabalhista, instituída, em boa parte, durante o Governo Provisório (1930-1934).
Assim que foi instaurado, em 1930, o Governo Provisório passou a interferir nas relações entre patrão e trabalhadores, o que se deu com a criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
Com isso, entre 1931 e 1934, foi promulgada a maior parte da legislação trabalhista que conhecemos hoje: limitação da jornada de trabalho, regulamentação do trabalho feminino e infantil, pagamento de horas extras, férias, pensões e aposentadorias, entre diversas outras.
Em pouco tempo, os trabalhadores brasileiros começaram a usufruir de direitos sociais, que foram ampliados alguns anos depois, durante o Estado Novo, com o estabelecimento do salário mínimo (1940).
Contudo, não era suficiente criar leis trabalhistas, era preciso também garantir que os empresários cumpririam as mesmas. Para isso foram instituídas as Juntas de Conciliação e Julgamento, que resultaram na Justiça do Trabalho (1939) – um tribunal para assegurar que os patrões acatassem a legislação.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: legitimar os protestos fabris.
O Estado criado a partir da Revolução de 1930 procurava passar a imagem de um Estado racional e racionalizado, composto por um corpo técnico especializado, competente, objetivo, neutro e capaz de intervir com firmeza em todas as esferas da sociedade de forma a evitar conflitos. Sua formulação tinha como ponto de partida a teoria corporativista, que demarcava como função do Estado a resolução, ou mesmo a eliminação, de conflitos. Logo, não havia interesse do Estado em legitimar os protestos fabris, muito menos, de usar a Justiça do Trabalho para tal fim. Ao contrário, a Justiça do Trabalho servia aos interesses de resolução de conflitos.
Letra C: oficializar os sindicatos plurais.
Com a Lei de Sindicalização, de março de 1931, estabeleceu-se o princípio do sindicato único de base territorial, ou seja, a existência de apenas um sindicato de cada categoria profissional em cada município. Não havia interesse do Estado nesse momento em criar sindicatos plurais. Pelo contrário, a busca por sindicatos únicos e vinculados ao governo foi uma das formas utilizadas pelo governo para controlar os sindicatos e evitar conflitos gerados pelas lutas por direitos dos trabalhadores. Logo, não era o objetivo da Justiça do Trabalho oficializar sindicatos plurais.
Letra D: assegurar os princípios liberais.
O governo de Getúlio Vargas não era liberal e nem buscou assegurar princípios liberais. Pelo contrário, era intervencionista e buscava criar um Estado forte. Logo, não era objetivo da Justiça do Trabalho assegurar princípios liberais.
Letra E: unificar os salários profissionais.
O governo de Getúlio Vargas não tinha a interesse em unificar salários profissionais. O que foi realizado durante o seu governo foi sim a institucionalização do salário mínimo. Logo, não era objetivo da Justiça do Trabalho unificar os salários profissionais.
Referências:
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
MUNAKATA, Kazumi. A legislação trabalhista no Brasil. São Paulo, Brasiliense 1985.
ROMITA, A.S. Justiça do Trabalho: produto do Estado Novo. In: PANDOLFI, D. (Org.). Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1999.
VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.
395) Em 1935, o governo brasileiro começou a negar vistos a judeus. Posteriormente, durante o Estado Novo, uma circular secreta proibiu a concessão de vistos a “pessoas de origem semita”, inclusive turistas e negociantes, o que causou uma queda de 75% da imigração judaica ao longo daquele ano. Entretanto, mesmo com as imposições da lei, muitos judeus continuaram entrando ilegalmente no país durante a guerra e as ameaças de deportação em massa nunca foram concretizadas, apesar da extradição de alguns indivíduos por sua militância política.
- A) receio do controle sionista sobre a economia nacional.
- B) reserva de postos de trabalho para a mão de obra local.
- C) oposição do clero católico à expansão de novas religiões.
- D) apoio da diplomacia varguista às opiniões dos líderes árabes.
- E) simpatia de membros da burocracia pelo projeto totalitário alemão.
A alternativa correta é letra E) simpatia de membros da burocracia pelo projeto totalitário alemão.
Gabarito: Letra E (simpatia de membros da burocracia pelo projeto totalitário alemão.)
Durante a década de 1930 muito se discutiu sobre a entrada de judeus no Brasil. Os chamados nacionalistas entendiam como aceitável apenas a imigração de grupos que oferecessem alguma contribuição, seja para o cultivo da terra, seja com capitais destinados a aplicação no Brasil. Assim, entendiam que os judeus, por não se encaixarem em nenhum dos dois grupos, deveriam ser impedidos de entrar no país.
Em 1935, vistos a judeus começaram a ser negados. Entre os motivos para o impedimento imposto aos judeus estavam a preocupação com a definição de uma identidade nacional e a tomada do poder por nazistas na Alemanha, que contava com a simpatia de alguns membros da burocracia do governo varguista. Nesse sentido, é importante observar que as recusas de vistos a judeus eram ordenadas pelo alto escalão do governo.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: receio do controle sionista sobre a economia nacional.
O movimento sionista defendia a criação de um "lar judaico" que reuniria o judeus. O lugar escolhido para tal fim foi a Palestina, não o Brasil. Assim, não havia um receio de que a economia brasileira fosse controlada pelos sionistas.
Letra B: reserva de postos de trabalho para a mão de obra local.
A justificativa dada pelo Ministério das Relações Exteriores para a imposição de barreira a entrada de judeus no país era a de impedir a concorrência ao comércio local e ao trabalhador nacional, contudo essa justificativa não é legítima, visto que o mesmo impedimento não se verificava para europeus brancos e cristãos, pelo contrário, a vinda destes era estimulada.
Letra C: oposição do clero católico à expansão de novas religiões.
Não foi a influência de uma oposição católica que levou ao impedimento da entrada de judeus no Brasil. Isso porque existe relatos até da busca do Vaticano em auxiliar judeus a entrarem no Brasil, essa história é descrita no livro Os judeus do Vaticano, do historiador Avraham Milgram.
Letra D: apoio da diplomacia varguista às opiniões dos líderes árabes.
Como vimos, o sionismo pretendia criar um lar judeu na região da Palestina, na época sob domínio da Grã-Bretanha (formada por Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales), isso não agradou os árabes que pretendiam criar um Estado árabe unificado no Oriente Médio, contudo nessa época da Segunda Guerra Mundial nem podemos falar em líderes árabes, visto que o Oriente Médio ainda estava sujeito a influência europeia, e nem havia no Brasil uma política externa voltada para os interesses na região.
Resposta baseada nas fontes:
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
CYTRYNOWICZ, Roney. Além do Estado e da ideologia: imigração judaica, Estado-Novo e Segunda Guerra Mundial. Rev. Bras. Hist. São Paulo, v. 22, n. 44, p. 393-423, 2002. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882002000200007 Acesso: 11 de nov. de 2020.
Seção Brasil 500 anos. IBGE. Disponível em: https://brasil500anos.ibge.gov.br/territorio-brasileiro-e-povoamento/judeus/a-politica-imigratoria-do-estado-novo.html#:~:text=a%20política%20imigratória%20do%20Estado%20Novo,-A%20partir%20de&text=Como%20os%20judeus%20não%20faziam,a%20sua%20entrada%20no%20país.&text=uma%20circular%20secreta%20proibiu%20a,judaica%20ao%20longo%20daquele%20ano Acesso: 11 de nov. de 2020.
FELLET, João. A época em que o Brasil barrou milhares de judeus que fugiam do nazismo. BBC NEWS Brasil. São Paulo, 20 de janeiro de 2019. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46899583 Acesso: 11 de nov. de 2020.
VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.
396) O período compreendido entre os anos de 1937 à 1945 da história Brasileira ficou conhecido como Estado Novo e foi marcado por um governo?
- A) liberal
- B) ditatorial
- C) comunista
- D) conservador
- E) democrático
Resposta:
A alternativa correta é letra B) ditatorial.
- O período do Estado Novo, de 1937 a 1945, foi caracterizado por um governo ditatorial sob o comando de Getúlio Vargas.
- Durante esse tempo, o governo de Vargas suspendeu a Constituição de 1934, fechou o Congresso Nacional e governou através de decretos-leis.
- Houve repressão à oposição política, censura à imprensa e controle rigoroso sobre a sociedade civil, características típicas de regimes ditatoriais.
- Portanto, a resposta correta é a alternativa B) ditatorial, pois descreve com precisão a natureza autoritária do regime do Estado Novo.
397) O período da história do Brasil conhecido como “Estado Novo” (1937-1945), pode ser caracterizado:
- A) pelo retomo a democracia após muitos anos de governos ditatoriais.
- B) como um governo democrático apoiado no DIP e na constituição de 1940.
- C) pela democracia consolidada com a constituição conhecida como "polaca".
- D) pela instalação de uma ditadura com Vargas no poder.
- E) pelo desenvolvimentismo trazido por Juscelino Kubitschek.
A alternativa correta é letra D) pela instalação de uma ditadura com Vargas no poder.
Gabarito: Letra D
Pela instalação de uma ditadura com Vargas no poder.
Em 10 de novembro de 1937, Getúlio Vargas, presidente do Brasil durante o governo provisório e o governo constitucional instalados após a Revolução (ou Golpe) de 1930, deu um golpe de Estado para permanecer no poder e instalou uma ditadura no país, a qual foi chamada de Estado Novo (1937-1945).
Durante esse período os poderes ficaram centralizados nas mãos de Vargas e foi outorgada a Constituição autoritária de 1937, que dava amplos poderes ao presidente da República, suprimia todas as instituições democráticas (eleições, partidos políticos, parlamentos municipais, estaduais e federal etc) e proibia as greves e manifestações contrárias ao governo. Além disso, os estados voltaram a ser governados por interventores nomeados por Vargas.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: pelo retomo a democracia após muitos anos de governos ditatoriais.
O Estado Novo foi um período ditatorial e não de retorno à democracia.
Letra B: como um governo democrático apoiado no DIP e na constituição de 1940.
O Estado Novo foi um período ditatorial e não democrático e não houve nenhuma constituição de 1940. O Estado Novo apoiava-se na Constituição autoritária de 1937.
Letra C: pela democracia consolidada com a constituição conhecida como "polaca".
O Estado Novo foi um período ditatorial e Constituição autoritária de 1937 consolidou um governo autoritário, e não democrático.
Letra E: pelo desenvolvimentismo trazido por Juscelino Kubitschek.
O Estado Novo fez parte da Era Vargas, que esteve à frente do poder durante três governos: o Governo Provisório (1930-1934), Governo Constitucional (1934-1937) e Estado Novo (1937-1945). Juscelino Kubitschek governaria o Brasil bem depois dessa época, entre 1956 e 1961.
Referências:
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.
398) Texto I
- A) Apesar de todo o investimento e controle das mídias da época, o mito “Vargas” só alcançava respaldo nas camadas trabalhadoras mais pobres e rurais.
- B) Se considerarmos o contingente ínfimo de pessoas a possuir rádio no Brasil da década de 1930, um luxo destinado à burguesia, o texto I torna‐se uma demagogia.
- C) Conforme afirma o texto I, o mito do getulismo, construído pela máquina de propaganda do DIP, encontrou grande ressonância no imaginário das massas urbanas.
- D) Os textos I e II, apesar de distintos, mostram a fragilidade de Vargas, que conseguia apoio das massas trabalhadoras urbanas, mas raramente o apoio do congresso e líderes dos estados.
Resposta:
Conforme afirma o texto I, o mito do getulismo, construído pela máquina de propaganda do DIP, encontrou grande ressonância no imaginário das massas urbanas.
- O Texto I menciona como o rádio foi utilizado por Getúlio Vargas para disseminar sua imagem, indicando que a estratégia de comunicação política era eficaz e permitia uma presença constante e pessoal do poder político.
- Essa estratégia foi executada pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), que criou um mito em torno de Vargas, apresentando-o como uma figura onipresente e benevolente.
- Essa construção do mito alcançou principalmente as massas urbanas, influenciando significativamente o imaginário popular da época.
- Portanto, a alternativa correta é a letra C, pois reflete a influência do mito do getulismo nas massas urbanas, conforme indicado pelo Texto I.
399) Getúlio manejava os “cordéis” da história, mas era um homem atormentado.
- A) I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
- B) I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
- C) I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
- D) I e II são proposições falsas.
A alternativa correta é letra A) I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
Gabarito: Letra A
I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
Getúlio Vargas chegou ao poder em 1930 após o golpe que impediu a posse do candidato eleito Júlio Prestes. Esse golpe foi articulado pelos tenentes e membros da Aliança Liberal. Vargas se manteve no poder por 15 anos, mas esse tempo não foi homogêneo, estando sujeito ao contexto social, o que influenciou os perfis e ações em seus diferentes governos.
De 1930 a 1934 sua tendência era mais conciliadora, embora já demonstrasse alguns traços centralizadores e autoritários, quando postergou a convocação para novas eleições e mobilizou um movimento de oposição conhecido como Revolução Constitucionalista em 1932. Vargas não foi o mesmo durante o Estado Novo, em 1937, nem o que saiu do poder em 1945.
Essa percepção das diferentes facetas do governo de Vargas foi percebida por muitos contemporâneos como por exemplo o caricaturista Belmonte que em duas de suas obras, a primeira chamada "História de um governo" e a outra "à vontade do freguês" conseguiu mostrar as mudanças do perfil do presidente no seu rosto e nas ideologias.
Portanto, as duas proposições são verdadeiras e a de n° II é uma justificativa da I.
Referências:
MEMORIAL DA DEMOCRACIA. http://memorialdademocracia.com.br/card/a-construcao-do-estado-nacional
SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
400) “No dia 10 de novembro de 1937, tropas da polícia militar cercavam o Congresso Nacional e impediram a entrada dos congressistas. O ministro da Guerra – general Dutra – se opusera a que a operação fosse realizada por foças do Exército. À noite, Getúlio anunciou uma nova fase política e a entrada em vigor de uma Carta constitucional, elaborada por Francisco Campos” (trecho extraído do livro História do Brasil, de Boris Fausto). O período histórico brasileiro narrado acima descreve o início:
- A) da Ditadura Militar
- B) da Política do Café com Leite
- C) do Tenentismo
- D) do Estado Novo
- E) da Revolta da Armada
A alternativa correta é letra D) do Estado Novo.
O trecho mencionado descreve o início do Estado Novo no Brasil, período que se iniciou com o golpe de Estado liderado por Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937. Nesse contexto, Vargas dissolveu o Congresso Nacional, instituiu uma nova Constituição elaborada por Francisco Campos e consolidou um regime autoritário que perdurou até 1945. Durante o Estado Novo, Vargas concentrou poderes em suas mãos, suprimiu liberdades políticas e sindicais, e centralizou o controle do Estado, caracterizando um período de forte centralização do poder e nacionalismo.