Questões Sobre Era Vargas (1930-1945) - História - concurso
441) A Era Vargas (1930-1945) ficou conhecida por ser um período bastante conturbado politicamente. Entre as reviravoltas, em 1937, temos a instalação de um regime autoritário comandado por Getúlio Vargas, que durou até 1945. Assinale a alternativa que indica como ficou conhecido esse período.
- A) República Velha.
- B) Estado Novo.
- C) Governo Constitucional.
- D) República do Café com Leite.
A alternativa correta é letra B) Estado Novo.
Gabarito: alternativa B)
A questão traz um texto muito objetivo que trata da Era Vargas, período da política brasileira marcado pela presidência do líder populista Getúlio Vargas.
Vargas instaurou uma regime autoritário no Brasil de 1937 a 1945 e devemos assinalar a alternativa que apresenta o nome desse período.
a) República Velha.
Incorreta. República Velha é o período que compreende a Proclamação da República em 1889 e a Revolução de 1930 que colocou Getúlio Vargas no poder através de um golpe. Também conhecido como Primeira República, esse período foi marcado, sobretudo, pelo domínio das oligarquias agrárias, pela política dos governadores e pelo coronelismo.
b) Estado Novo.
Correta! De 1937 a 1945 o Brasil vivenciou o Estado Novo, período marcado por um regime ditatorial de inspiração fascista liderado pela figura populista de Getúlio Vargas.
O presidente utilizou falsos documentos que apontavam para uma ameaça de revolução comunista, o chamado Plano Cohen, para tomar o poder em 1937.
Um elemento central do Estado Novo foi o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) que representou o controle dos meios de comunicação e reforçou o culto a imagem de Vargas como líder populista. Em 1945, após a Segunda Guerra Mundial, o regime tornou-se insustentável e contraditório e Vargas renunciou.
c) Governo Constitucional.
Incorreta. Esse é o nome que se dá ao período imediatamente anterior ao Estado Novo, que vai de 1934 a 1937 e representa a segunda fase da Era Vargas.
d) República do Café com Leite.
Incorreta. Essa é uma expressão utilizada para se referir ao domínio das oligarquias agrárias que marcou a República Velha (1889-1930).
442) Tombamento Histórico:
- A) Getúlio Vargas em 1937.
- B) Eurico Gaspar Dutra em 1946.
- C) Prudente de Morais em 1895.
- D) Getúlio Vargas em 1952.
- E) Fernando Collor de Mello em 1991.
A alternativa correta é letra A) Getúlio Vargas em 1937.
Explicação: O tombamento histórico no Brasil foi regulamentado pela primeira vez através do Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, durante o governo de Getúlio Vargas. Este decreto criou o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), atualmente conhecido como Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), com o objetivo de proteger e preservar bens de valor cultural, histórico e artístico do país. Essa medida foi parte de um conjunto maior de políticas culturais e centralizadoras implementadas durante a gestão de Vargas, visando resgatar e preservar a identidade e a memória cultural brasileira.
443) Getúlio Vargas destacou-se no cenário político nacional, marcando intensas transformações na sociedade brasileira. Para o historiador Alexandre Fortes: “Entre 1930 e 1937, passou de um governo provisório a uma presidência constitucional, ambas expressões da sua capacidade de manipular as fissuras e contradições internas do sistema oligárquico… Posteriormente, tornou-se ditador sob a égide de uma constituição que institucionalizava o autoritarismo para, por fim, converter-se as vésperas de sua deposição, em liderança suprema de um movimento de massa…”
- A) No governo provisório, Vargas implantou políticas para estimular a diversificação da produção manufatureira e o consumo interno, expressando mais investimentos e leis favoráveis ao sistema oligárquico anterior.
- B) A mudança das relações entre o poder estatal e a classe operária, são características fundamentais do populismo varguista, pois possibilitou a perda do poder político da burguesia cafeeira para a burguesia industrial.
- C) Possibilitou ao longo prazo, o desenvolvimento industrial latifundiário e o seu modo de trabalho, com a criação do Ministério do Trabalho e da Agricultura.
- D) Estado Novo formatou autoritariamente estruturas de reconhecimento dos direitos e das formas de representação dos trabalhadores.
Resposta
A alternativa correta é letra D) Estado Novo formatou autoritariamente estruturas de reconhecimento dos direitos e das formas de representação dos trabalhadores.
Explicação
A citação do historiador Alexandre Fortes destaca a capacidade de Getúlio Vargas em manipular as fissuras e contradições internas do sistema oligárquico, passando de um governo provisório a uma presidência constitucional e, posteriormente, tornando-se ditador.
No contexto do Estado Novo, a ideologia do trabalhismo foi desencadeada, caracterizando-se pela formação autoritária de estruturas de reconhecimento dos direitos e das formas de representação dos trabalhadores.
Essa característica é fundamental para entender a política trabalhista de Vargas, que buscou controlar e regulamentar as relações entre o Estado e a classe operária, criando estruturas que reconheciam os direitos dos trabalhadores, mas também os subordinavam ao controle estatal.
444) Sobre o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), analise as afirmativas a seguir.
- A) II.
- B) I – II – III.
- C) II – III.
- D) I.
- E) I – II.
A alternativa correta é letra E) I – II.
As afirmativas I e II são verdadeiras. O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) foi criado em 1939 e foi um dos principais instrumentos do Estado Novo, tendo como objetivo promover a imagem de Getúlio Vargas e silenciar a oposição. Além disso, o DIP era subordinado diretamente à Presidência da República e centralizava a propaganda de todos os ministérios e departamentos da administração pública federal.
Já a afirmativa III é falsa, pois o DIP realizava uma censura prévia e direta sobre os meios de comunicação, como o cinema, o rádio, a literatura e a imprensa.
445) Acerca da política trabalhista de Getúlio Vargas, no período do Estado Novo (1937-1995), pode-se afirmar que:
- A) Em julho de 1940, foi criado o imposto sindical que garantiu a sobrevivência e a independência política dos sindicatos.
- B) Diversas leis trabalhistas foram criadas por Getúlio Vargas, como o salário mínimo e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
- C) O governo levou adiante e sistematizou práticas que vinham desde o início da década de 1930. A legalização criada foi inspirada na Carta Del Lavoro, vigente na Itália fascista.
- D) A Constituição de 1937 adotou o princípio do pluralismo sindical, além de reconhecer o direito de greve como legítimo.
- E) O governo efetivou a criação do Ministério do Trabalho, em 1943, e, no ano seguinte, ampliou a legislação com a adoção do seguro desemprego.
RESPOSTA: ESTA QUESTÃO FOI ANULADA, NÃO POSSUI ALTERNATIVA CORRETA
Explicação: A questão apresenta alternativas que contém informações parcialmente verdadeiras, mas também contém erros e imprecisões. Por exemplo, a alternativa A) é falsa, pois o imposto sindical foi criado em 1939, não em 1940, e não garantia a independência política dos sindicatos. A alternativa B) é parcialmente verdadeira, pois Getúlio Vargas criou leis trabalhistas, como o salário mínimo, mas o FGTS foi criado apenas em 1966. A alternativa C) é verdadeira, pois o governo de Vargas inspirou-se na Carta Del Lavoro italiana. A alternativa D) é falsa, pois a Constituição de 1937 não adotou o princípio do pluralismo sindical e não reconheceu o direito de greve. A alternativa E) é parcialmente verdadeira, pois o Ministério do Trabalho foi criado em 1930, não em 1943, e o seguro desemprego não foi adotado em 1944.
446) Em 1937, Getúlio Vargas deu um golpe dentro de seu próprio governo e estabeleceu um regime que ficou conhecido como “Estado Novo”. Sobre essa etapa da história do Brasil republicano, é correto afirmar que
- A) o Governo Vargas adotou as formas de Estado e governo criadas pela U.R.S.S., estabelecendo o comunismo como modelo econômico.
- B) instituiu a normalidade democrática, promovendo a ampla participação de todos os setores de pensamento político em seu novo governo.
- C) adotou, como modelo legal, a constituição autoritária da Polônia, marcada pela censura e centralização do poder, típicas de Estados autoritários europeus.
- D) promoveu uma eleição para uma Assembleia Nacional Constituinte que estabeleceria uma Carta Magna plenamente democrática, chamada de Constituição Cidadã.
A alternativa correta é letra C) adotou, como modelo legal, a constituição autoritária da Polônia, marcada pela censura e centralização do poder, típicas de Estados autoritários europeus.
Gabarito: Letra C
Adotou, como modelo legal, a constituição autoritária da Polônia, marcada pela censura e centralização do poder, típicas de Estados autoritários europeus.
No Estado Novo, Vargas atuou de forma centralizadora e autoritária suspendendo instituições democráticas e nomeando interventores para governar os Estados. O nome de seu governo ditatorial, inclusive, foi inspirado no fascismo Português e, apesar do Estado Novo não ser considerado fascista, a constituição desse período estava de acordo com os modelos constitucionais autoritários e antiliberais em voga na Europa.
A Constituição de 1937 era centralizadora e autoritária e ainda que previsse a instalação de uma Câmara Federal composta por deputados eleitos indiretamente, essa de fato nunca foi convocada. Assim, os interventores era nomeados diretamente pelo governo federal e eram homens de confiança do presidente Getúlio Vargas. Essa nova Constituição logo receberia o nome de “Polaca” devido às suas semelhanças com a Constituição polonesa, de inspiração fascista.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: o Governo Vargas adotou as formas de Estado e governo criadas pela U.R.S.S., estabelecendo o comunismo como modelo econômico.
O governo Vargas não adotou formas de Estado e governo criadas pela U.R.S.S. e nem estabeleceu o comunismo como modelo econômico. Pelo contrário, o golpe do Estado Novo foi dado supostamente para proteger o país da ameaça comunista apresentada pelo Plano Cohen, que depois descobriu-se ser falso.
Letra B: instituiu a normalidade democrática, promovendo a ampla participação de todos os setores de pensamento político em seu novo governo.
O Estado Novo não instituiu uma normalidade democrática e nem promoveu a ampla participação de todos os setores de pensamento político. Pelo contrário, foi um governo autoritário e centralizador que estabeleceu a censura e suspendeu todas as instituições democráticas.
Letra D: promoveu uma eleição para uma Assembleia Nacional Constituinte que estabeleceria uma Carta Magna plenamente democrática, chamada de Constituição Cidadã.
Não houve durante o Estado Novo uma Assembleia Nacional Constituinte que tenha estabelecido uma Carta Magna plenamente democrática, chamada de Constituição Cidadã. O trecho presente nessa alternativa não se refere ao Estado Novo, mas sim ao período democrático brasileiro que se sucedeu à Ditadura Militar.
Referências:
AZEVEDO, Gislane Campos e SERIACOPI, Reinaldo. História: volume único. São Paulo: Ática, 2005.
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.
447) Sobre o Plano Cohen, podemos afirmar que:
- A) Foi um plano divulgado pelos militares onde se apontava uma ameaça de revolução comunista no Brasil. Foi utilizado como pretexto para iniciar a ditadura militar.
- B) Foi um plano divulgado por Vargas onde se apontava uma ameaça de revolução comunista no Brasil. Foi utilizado como pretexto para iniciar o Estado Novo.
- C) Foi um plano divulgado por Vargas onde se apontava uma ameaça de revolução fascista no Brasil. Foi utilizado como pretexto para iniciar o Estado Novo.
- D) Foi um plano divulgado por Vargas onde se apontava uma ameaça tenentista no Brasil. Foi utilizado como pretexto para iniciar a Revolução de 1930.
Resposta
A alternativa correta é B) Foi um plano divulgado por Vargas onde se apontava uma ameaça de revolução comunista no Brasil. Foi utilizado como pretexto para iniciar o Estado Novo.
Explicação
O Plano Cohen foi um documento falso criado pelo governo de Getúlio Vargas em 1937, que supostamente comprovava a existência de uma ameaça comunista no Brasil. O plano foi utilizado como pretexto para justificar a implantação do Estado Novo, um regime autoritário que vigorou de 1937 a 1945.
448) O Estado Novo Foi arquitetado como um Estado autoritário e modernizador que deveria durar muitos anos. No entanto, seu tempo de vida acabou sendo curto, pois não chegou a oito anos. Sobre o fim do Estado Novo é INCORRETO afirmar que:
- A) Os problemas do regime resultaram mais da inserção do Brasil no quadro das relações internacionais do que das condições políticas internas do país.
- B) Após a entrada do Brasil na guerra e os preparativos para enviar a FEB à Itália, personalidades da oposição começaram a explorar a contradição existente entre o apoio do Brasil às democracias e a ditadura de Vargas.
- C) Em torno de 1943, um grupo social importante, por seu prestígio e expressão simbólica, os estudantes universitários começaram a se mobilizar contra a ditadura, organizando a União Nacional dos Estudantes (UNE), conseguindo provocar a indignação popular, após a morte de duas pessoas e mais de vinte feridas na manifestação em dezembro de 1943.
- D) A imprensa cada vez mais burlava a censura, indicando a perda de força do regime autoritário. O Correio da Manhã do Rio de Janeiro publicou a 22/02/1945 uma entrevista de José Américo, na qual o ex-ministro de Getúlio fazia críticas ao Estado Novo e dizia que a oposição já tinha candidato. No dia seguinte, informava ao jornal O Globo o nome de Eurico Gaspar Dutra para candidato de oposição.
A alternativa correta é letra D) A imprensa cada vez mais burlava a censura, indicando a perda de força do regime autoritário. O Correio da Manhã do Rio de Janeiro publicou a 22/02/1945 uma entrevista de José Américo, na qual o ex-ministro de Getúlio fazia críticas ao Estado Novo e dizia que a oposição já tinha candidato. No dia seguinte, informava ao jornal O Globo o nome de Eurico Gaspar Dutra para candidato de oposição.
Gabarito: Letra D
A imprensa cada vez mais burlava a censura, indicando a perda de força do regime autoritário. O Correio da Manhã do Rio de Janeiro publicou a 22/02/1945 uma entrevista de José Américo, na qual o ex-ministro de Getúlio fazia críticas ao Estado Novo e dizia que a oposição já tinha candidato. No dia seguinte, informava ao jornal O Globo o nome de Eurico Gaspar Dutra para candidato de oposição.
A questão pede que apontemos a alternativa incorreta acerca do período final do Estado Novo (1937-1945). E ela está incorreta por apresentar algumas informações que não condizem exatamente com o que ocorreu na época.
Primeiramente, precisamos destacar que a alternativa dá um relevo maior a ação da imprensa do que essa de fato teve na desestruturação do Estado Novo.
A perda de força do Estado Novo decorreu mais da entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado das forças democráticas e do movimento da sociedade (estudantes, políticos, intelectuais) a favor da redemocratização do país, que do papel assumido pela imprensa nesse período. Até porque, Getúlio Vargas mantinha-se atento aos acontecimentos e aos prováveis resultados da Segunda Guerra, ou seja, a vitória dos Aliados, e consequentemente, das forças democráticas, e assim buscou se antecipar aos seus adversários liderando a abertura democrática e, inclusive, determinando o fim da censura à imprensa em fevereiro de 1945.
Além disso, em 22 de fevereiro de 1945, quando José Américo de Almeida atacou o Estado Novo e defendeu a convocação de eleições gerais, ele ainda era ministro do governo Vargas estando à frente do Tribunal de Contas da União.
Por fim, cabe destacar que o general Eurico Gaspar Dutra contou com o apoio de Getúlio Vargas nas eleições de 1945, o que fez com que Dutra vencesse as eleições. Sem esse apoio, as chances de Dutra sair vitorioso desse pleito eleitoral eram mínimas. Vale destacar ainda que o jornal Correio da Manhã apoiava o candidato da UDN, o brigadeiro Eduardo Gomes.
Encontrando a incorreta vamos comentar as demais alternativas.
Letra A: Os problemas do regime resultaram mais da inserção do Brasil no quadro das relações internacionais do que das condições políticas internas do país.
A entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados precipitou o fim do Estado Novo, visto que a sociedade brasileira passou a criticar a continuidade, no Brasil, de um regime autoritário que possuía traços dos regimes totalitários europeus.
Letra B: Após a entrada do Brasil na guerra e os preparativos para enviar a FEB à Itália, personalidades da oposição começaram a explorar a contradição existente entre o apoio do Brasil às democracias e a ditadura de Vargas.
A entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados e contra as forças autoritárias do nazismo e fascismo serviu de pretexto para que grupos liberais brasileiros passassem a criticar o governo autoritário e defender o combate ao “fascismo interno” representado pelo Estado Novo. De maneira geral, esses grupos passaram a defender a redemocratização do país.
Letra C: Em torno de 1943, um grupo social importante, por seu prestígio e expressão simbólica, os estudantes universitários começaram a se mobilizar contra a ditadura, organizando a União Nacional dos Estudantes (UNE), conseguindo provocar a indignação popular, após a morte de duas pessoas e mais de vinte feridas na manifestação em dezembro de 1943.
A União Nacional dos Estudantes liderou importantes manifestações estudantis e populares à favor da participação das Forças Armadas brasileiras na guerra contra o nazifascismo, e, posteriormente, contra a continuidade do Estado Novo.
Referências:
AZEVEDO, Gislane Campos e SERIACOPI, Reinaldo. História: volume único. São Paulo: Ática, 2005.
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
Memorial da Democracia. Jornais e revistas 1945-1963: Correio da Manhã. Disponível em: http://memorialdademocracia.com.br/card/jornais-e-revistas/3 Acesso em: 23 de jan. de 2023.
VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.
449) No transcurso da Era Vargas, principalmente entre os anos de 1934-37, ocorreu um dualismo ideológico entre uma direita inclinada para os ideais fascistas, encabeçada ao redor do Movimento Integralista de Plínio Salgado, e a esquerda Marxista, tendo como partido político o Partido Comunista Brasileiro (PCB), e como liderança o famigerado, Luís Carlos Prestes.
- A) Nacionalismo
- B) Militarismo
- C) Monopartidarismo
- D) Liberalismo
- E) Anticomunismo
A alternativa correta é letra D) Liberalismo
Gabarito: Letra D
Liberalismo
A Ação Integralista Brasileira (AIB) buscava combater o liberalismo.
Criada a partir de um movimento iniciado em 1932, sendo oficialmente fundada em 1934 e transformada em partido em 1936, a AIB fez parte do primeiro governo Vargas e congregou um grande número de filiados, reunindo grupos e partidos ultranacionalistas e de extrema-direita.
Seduzido pelo nazifascismo, o movimento integralista foi profundamente influenciado pelo fascismo que crescia na Europa nesse período.
Defendiam, entre outras coisas, o combate ao comunismo e ao liberalismo, o nacionalismo extremado, um Estado poderoso que deveria ser dirigido pelo chefe da nação, disciplina e hierarquia social.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: Nacionalismo.
O nacionalismo fazia parte do ideário integralista.
Letra B: Militarismo.
O militarismo fazia parte do ideário integralista.
Letra C: Monopartidarismo.
O monopartidarismo fazia parte do ideário integralista.
Letra E: Anticomunismo.
O anticomunismo fazia parte do ideário integralista.
Referências:
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.
450) A Aliança Nacional Libertadora (ANL) e a Colina seguiam a orientação:
- A) Nazista
- B) Fascista
- C) Liberal
- D) Comunista
- E) Democrática
A alternativa correta é letra D) Comunista
Gabarito: Letra D
Comunista
Tanto a Aliança Nacional Libertadora (ANL), fundada em março de 1935, durante o governo Constitucional da Era Vargas, para lutar contra o fascismo e opor-se ao integralismo, quanto o Comando de Libertação Nacional (Colina), fundado em Minas Gerais em 1967, durante a Ditadura, buscando reunir forças contra o Regime Militar, possuíam orientação comunista.
A ANL reunia grupos de variadas tendências e tinha como uma de suas principais correntes o Partido Comunista, que funcionava na clandestinidade. Em abril de 1935, Luiz Carlos Prestes, pertencente aos quadros do PCB, foi eleito presidente de honra da ANL.
O Colina foi formado a partir de dissidentes da POLOP (Política Operária) e ex-militares do MNR (Movimento Nacionalista Revolucionário). A POLOP teve origem no Partido Socialista Brasileiro e dividia-se entre a defesa da formação de uma Assembleia Nacional Constituinte para a implantação do comunismo e a priorização da luta armada para tal fim.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: Nazista
A ANL era contrária às doutrinas nazistas e fascistas.
Letra B: Fascista
A ANL era uma aliança antifascista.
Letra C: Liberal
A ANL e o Colina combatiam o capitalismo e o liberalismo.
Letra E: Democrática
Os valores da democracia no Brasil só viriam alcançar maior força após a ditadura militar, durante o período da redemocratização. Durante a Ditadura o Colina assumiu uma orientação de renovação política dentro da ótica comunista e a ANL tinha no comunismo uma de suas principais correntes.
Referências:
CORRÊA, Michelle Viviane Godinho. Comando de Libertação Nacional. InfoEscola. Disponível em: https://www.infoescola.com/historia/comando-de-libertacao-nacional/ Acesso em: 19 nov. 2021.
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
DOURADO NEWS. Coisas de Internet: Dilma Rousseff foi terrorista?. Dourados News, Dourados, 6 mai. 2009. Disponível em: http://www.douradosnews.com.br/noticias/coisas-de-internet-dilma-rousseff-foi-terrorista-ba81602f44b59926a51d0/358583/. Acesso em: 19 nov. 2021.
VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.