Questões Sobre Era Vargas (1930-1945) - História - concurso
531) “Olha a pátria que desperta, Mocidade varonil, Marcha, Marcha e brada alerta, Anauê pelo Brasil.”
- A) o nacionalismo e o anarquismo.
- B) o patriotismo e o comunismo.
- C) o autoritarismo e o nacionalismo.
- D) o imperialismo e o anarquismo.
- E) o militarismo e o franquismo.
A alternativa correta é letra C) o autoritarismo e o nacionalismo.
Gabarito: ALTERNATIVA C
“Olha a pátria que desperta,
Mocidade varonil,
Marcha, Marcha e brada alerta,
Anauê pelo Brasil.”
(estrofe do hino da AIB, apud. Trindade, H. integralismo p. 198)
- Assinale a alternativa que apresenta características do integralismo no Brasil:
O integralismo, organizado sob a Ação Integralista Brasileira, foi a expressão brasileira do fascismo na década de 1930. Liderados por Plínio Salgado, os integralistas eram ultra-nacionalistas de extrema direita, defendendo uma visão centralizadora e organizadora da sociedade. Sob o mote "Deus, pátria e família", o integralismo defendia o Estado totalitário para organizar todos os aspectos da sociedade. Entendendo que o país estava sob o risco de uma infiltração comunista ou de uma degradação anarquista, eram defensores da ordem nacional sob o mando estatal de partido único numa forma autoritária. Entenda o estudante que era uma ideologia de extrema direita, na qual a ordem é parte importante do discurso: ordenar a sociedade de maneira hierárquica e unívoca sob um plano autoritário é fundamental para esse tipo de projeto. Assim, observemos as alternativas propostas.
a) o nacionalismo e o anarquismo.
b) o patriotismo e o comunismo.
c) o autoritarismo e o nacionalismo.
d) o imperialismo e o anarquismo.
e) o militarismo e o franquismo.
Por fim, cumpre esclarecer que o imperialismo era contraditório à noção de nacionalismo do integralismo, afinal, era necessário fortalecer a independência nacional frente às demais ideologias mundiais. O franquismo era expressão espanhola do fascismo, o que também esbarra na componente nacionalista do integralismo. Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.
532) Texto para a questão.
- A) o assassinato de João Pessoa.
- B) o exílio de José Américo.
- C) a deposição de Washington Luís.
- D) a queda da oligarquia Dantas.
- E) a Revolta dos Malês.
A alternativa correta é letra A) o assassinato de João Pessoa.
Gabarito: ALTERNATIVA A
A Paraíba está situada na porção leste da região Nordeste. Seu território abriga o ponto extremo leste da América do Sul. Seu relevo comporta planície, planalto e depressões. Com 1.197 metros de altitude, o pico do Jabre, na serra do Teixeira, é o ponto mais elevado do território do estado. Quanto à vegetação, veem-se mangues, pequena área de floresta tropical e caatinga. O clima comporta, basicamente, dois tipos: tropical e semiárido. Entre suas principais cidades, estão a capital João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Patos, Bayeux, Sousa, Guarabira, Cajazeiras, Sapé e Cabedelo.
A ocupação e a colonização da Paraíba tiveram início no mesmo século em que começou a colonização do Brasil. A fundação da Vila de Felipéia de Nossa Senhora das Neves ocorreu em 1585. A cana-de-açúcar esteve na origem da colonização do território paraibano, vinda de Pernambuco. O desenvolvimento da economia açucareira atraiu a atenção de outros europeus que tentaram se fixar na região. Na mesma
época, na região em torno da atual Campina Grande, desenvolvia-se a pecuária. No século XIX, a Paraíba envolveu-se nas lutas pela independência do Brasil. Em 1874, uma revolta, verdadeira insurreição popular contra a pobreza, a fome, os impostos elevados e o descaso pela população sertaneja, sacudiu a província. Na Primeira República (1889-1930), a economia manteve-se atrelada a uma agricultura estagnada e, sob o ponto de vista político, o Estado continuou submetido ao poder das oligarquias. Em 1930, a Paraíba teve importante papel na Revolução que levou Getúlio Vargas ao poder nacional.
- Conforme afirma o texto, a Paraíba teve relevância na revolução de 1930. Entre outras razões, isso se deve ao fato de que um acontecimento diretamente ligado ao estado, por envolver uma de suas principais lideranças políticas, transformou-se no estopim que acendeu o pavio revolucionário. Esse episódio foi
Em 1930, a política paraibana estava no centro da maior contestação eleitoral ocorrida contra o teatro das oligarquias (a "política do café-com-leite"): o governador João Pessoa se aliou a Getúlio Vargas para disputar, como vice, as eleições presidenciais de 1930. Naquele momento, o pacto das oligarquias paulista e mineira estava rachado e a Aliança Liberal, lançada por Vargas, conseguiu atrair a adesão de várias lideranças estudais para a sua candidatura. Ao mesmo tempo, na Paraíba, Pessoa enfrentava a reação dos oligarcas do interior, que resistiam fortemente às pretensões de desmonte da Política dos Governadores sustentada pela oligarquia paulista - além de estarem profundamente insatisfeitos com o arrocho sobre a arrecadação fiscal sobre o comércio com Pernambuco que a reforma tributária de João Pessoa criara 1928 -; insatisfação essa que redundaria na Revolta de Princesa, quando cidades do interior da Paraíba se levantaram contra o governo estadual sob a liderança de oligarcas e coronéis. Vargas e Pessoa sairiam derrotados das eleições num processo marcado por graves fraudes, agravando a tensão nacional sobre o futuro da república. Liderada por José Pereira Lima, a Revolta de Princesa eclodiu no município de Princesa/PB (atual, Princesa Isabel/PB) em fevereiro de 1930 em oposição ao governo estadual de João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque - e chegou-se a declarar a existência de um Território Livre de Princesa. A posição política de Pessoa enfraquecia interesses de parte significativa das elites tradicionais do estado, que se levantou em armas em Princesa. Após a derrota eleitoral de Vargas-Pessoa, o levante paraibano se agravaria profundamente. Em julho de 1930, no Recife, João Pessoa foi assassinado por um aliado de um dos principais líderes da Revolta de Princesa; e sua morte contaminou todo o noticiário nacional, ajudando a criar o clima de revolta geral que precipitaria a Revolução de 1930. Esse acontecimento depôs o presidente Washington Luís, afastou a possibilidade de posse de Júlio Prestes - vencedor das eleições daquele ano -, e instituiu Getúlio Vargas na presidência, onde permaneceria até 1945. À luz desses esclarecimentos iniciais, avancemos sobre as alternativas.
a) o assassinato de João Pessoa.
b) o exílio de José Américo.
c) a deposição de Washington Luís.
d) a queda da oligarquia Dantas.
e) a Revolta dos Malês.
Por fim, esclareçamos as demais alternativas. A Revolta dos Malês foi um levante escravo em Salvador em 1838, durante o Período Regencial (1831-1840). A deposição de Washington Luís foi a consequência do levante armado de 1930, e não a sua causa. A queda das oligarquias paraibanas em favor da modernização proposta por Pessoa, como visto, foi anterior ao movimento revolucionário e ajudaria a credenciar o governador paraibano no plano federal. Sem mais, está correta a ALTERNATIVA A.
533) Foi um acontecimento político-militar que levou a deposição do presidente Washington Luís. Júlio Prestes foi eleito presidente, mas as lideranças políticas mais jovens, incluindo grupo de militares, não aceitando o resultado das eleições e apoiados por denúncias de fraude eleitoral passaram a organizar um movimento conspirador para impedir a posse. O assassinato de João Pessoa acabou por promover a articulação entre essas lideranças mais jovens e os líderes oligárquicos mais velhos, fazendo com que a Aliança Liberal, novamente organizada, desencadeasse o movimento revolucionário.
- A) ao Estado Novo, quando Getúlio Vargas, articulado à Aliança Liberal assume o poder, abolindo os partidos políticos e suspendendo a Constituição de 1934.
- B) à revolução de 1930, que pôs fim à República Velha, proclamando Getúlio Vargas como o novo presidente da República.
- C) ao Golpe de 1964, quando assume o poder o General Eurico Gaspar Dutra, período marcado pelo autoritarismo e pela suspensão dos direitos constitucionais.
- D) à Revolução Constitucionalista que ocorreu em São Paulo tendo como foco a disputa pelo poder e a nomeação de um novo presidente em 1932.
- E) ao Estado Novo que pôs fim à República Velha. Através de uma junta provisória, os revoltosos indicam Getúlio Vargas para a presidência da República.
A alternativa correta é letra B) à revolução de 1930, que pôs fim à República Velha, proclamando Getúlio Vargas como o novo presidente da República.
Gabarito: Letra B
A Revolução (ou golpe) de 1930 marcou o enfraquecimento do poder das oligarquias agrárias que dominavam a política durante a República Velha (ou Primeira República).
Esse movimento político-militar teve seu início nas eleições de 1929, quando começaram as articulações para a sucessão presidencial. De acordo com a política do “café com leite”, o presidente Washington Luís deveria indicar para ocupar a presidência o candidato das oligarquias mineiras, mas não foi o que aconteceu, o indicado para sucedê-lo foi o presidente do estado de São Paulo: Júlio Prestes.
As oligarquias mineiras não ficaram nada satisfeitas com isso e decidiram se aliar aos gaúchos e aos paraibanos, apoiando o nome do gaúcho Getúlio Vargas, tendo como vice o paraibano João Pessoa.
Foi quando foi formada a Aliança Liberal, com defesa do voto secreto, da criação de uma justiça eleitoral, da moralização da prática política, da anistia para os militares revoltosos dos anos de 1920 e do estabelecimento de leis trabalhistas, como férias e regulamentação do trabalho feminino e infantil.
A disputa eleitoral, agravada com a crise econômica mundial, teve como vencedor das eleições, ocorridas em março de 1930, o paulista Júlio Prestes. Contudo, a derrota não foi bem aceita e os opositores alegaram que teria havido fraude nas eleições.
Essa crise política seria agravada com o assassinato de João Pessoa, em julho do mesmo, num crime que misturava razões políticas locais e passionais. Os derrotados na eleição transformaram o episódio em questão nacional e deflagraram uma movimento para depor o presidente Washington Luís.
Os altos oficiais do Exército e da Marinha temiam que uma guerra civil ocorresse e por isso depuseram o presidente Washington Luís e formaram uma Junta Militar. Quando as tropas rebeldes chegaram ao Rio de Janeiro, a Junta Militar entregou o poder a Getúlio Vargas, a Revolução de 1930 saia vitoriosa e começava assim a Era Vargas.
Estabelecido o Governo Provisório, em 30 de novembro de 1930, foi revogada a Constituição de 1891 e os governadores dos estados foram substituídos por interventores de confiança do governo. Além disso, foram fechados o Congresso Nacional, as assembleias legislativas e as câmaras de vereadores e Getúlio Vargas passou a governar por meio de decretos.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: ao Estado Novo, quando Getúlio Vargas, articulado à Aliança Liberal assume o poder, abolindo os partidos políticos e suspendendo a Constituição de 1934.
O texto se refere ao período inicial da Era Vargas, iniciada com a Revolução (ou Golpe) de 1930. A instalação do Estado Novo ocorreu em novembro de 1937, sem qualquer articulação com a Aliança Liberal (grupo formado durante as eleições de 1929, pertencente ao período da Primeira República).
Acontece que com a chegada ao fim do mandato constitucional do governo Vargas, o presidente com poderes autoritários, apoiado pelas Forças Armadas e pelas elites políticas, gozando de prestígio junto aos trabalhadores e intelectuais, deu um golpe de Estado, em 10 de novembro de 1937, e implantou uma ditadura no país: o Estado Novo.
Os Estados voltaram a ser governados por um interventor, nomeado pelo governo federal e todas as atividades políticas próprias da democracia representativa foram suspensas.
Letra C: ao Golpe de 1964, quando assume o poder o General Eurico Gaspar Dutra, período marcado pelo autoritarismo e pela suspensão dos direitos constitucionais.
O texto se refere ao período inicial da Era Vargas, iniciada com a Revolução (ou Golpe) de 1930. Além disso, o Golpe de 1964, que inicia uma ditadura militar (ou civil-militar) no Brasil dos anos 1960 teve como o seu primeiro presidente o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco e não Eurico Gaspar Dutra (presidente do Brasil de 1946 a 1950).
Letra D: à Revolução Constitucionalista que ocorreu em São Paulo tendo como foco a disputa pelo poder e a nomeação de um novo presidente em 1932.
O texto se refere ao período inicial da Era Vargas, iniciada com a Revolução (ou Golpe) de 1930, e não à Revolução Constitucionalista de 1932, que mobilizou setores ligados ao café, à indústria, intelectuais e às classes médias do Estado de São Paulo contrários ao governo provisório de Getúlio Vargas.
Caracterizou-se como uma reação paulista ao fato de Vargas excluí-los do governo, especialmente os ligados ao Partido Democrático (PD), que nas eleições de 1930 tinham apoiado a sua candidatura. Tal atitude de Vargas foi motivada pelo interesse de tenentes e grupos civis que o apoiavam em aprofundar o programa nacionalista e reformista e o empecilho que parte das oligarquias paulistas representavam para a execução dessas reformas.
O movimento foi ainda a reação à nomeação de um interventor militar pernambucano identificado com o tenentismo para administrar o Estado. Frente ao descontentamento dos paulistas com a política Varguista, lançaram-se numa campanha pela constitucionalidade do país e as elites paulistas se uniram pela volta do regime constitucional e a autonomia dos estados.
Letra E: ao Estado Novo que pôs fim à República Velha. Através de uma junta provisória, os revoltosos indicam Getúlio Vargas para a presidência da República.
O texto se refere ao período inicial da Era Vargas, iniciada com a Revolução (ou Golpe) de 1930. Além disso, não é o Estado Novo que põe fim à República Velha e sim a Revolução (ou Golpe) de 1930.
Resposta baseada nas fontes:
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 1. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
VAINFAS, Ronaldo et ali. História: das sociedades sem Estado às monarquias absolutistas, volume 1. São Paulo: Saraiva, 2010.
534) A Era Vargas foi marcada pela rivalidade ideológica entre dois grupos: os Integralistas e os Aliancistas. Sobre tais grupos é correto afirmar:
- A) A Aliança Nacional Libertadora constituiu-se em uma frente política anti-fascista e reunia comunistas, socialistas e tenentes e era vista com simpatia pelos progressistas.
- B) O integralismo baseava-se em ideais socialistas e comunistas e tinha como líder Plínio Salgado.
- C) A Ação Integralista Brasileira inspirada no fascismo italiano, defendia a abertura ao capital internacional e apoiava a existência de um Estado Democrático.
- D) Os ideais aliancistas reuniam várias tendências de direita, entre eles militares de alta patente e o alto clero.
A resposta correta é A) A Aliança Nacional Libertadora constituiu-se em uma frente política anti-fascista e reunia comunistas, socialistas e tenentes e era vista com simpatia pelos progressistas.
Essa afirmação é verdadeira porque a Aliança Nacional Libertadora (ANL) foi uma frente política criada em 1935, que reunia comunistas, socialistas, tenentes e outros grupos de esquerda, com o objetivo de lutar contra o fascismo e o nazismo. A ANL era liderada por Luís Carlos Prestes e tinha como objetivo principal a defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores.
Já os Integralistas, liderados por Plínio Salgado, defendiam ideias autoritárias e nacionalistas, inspiradas no fascismo italiano, e eram contrários à ANL e às ideias de esquerda.
535) Analise as afirmativas sobre alguns acontecimentos do Governo Provisório de Getúlio Vargas e, a seguir, assinale a alternativa correta.
- A) Somente I está correta.
- B) Somente I e III estão corretas.
- C) Somente II está correta.
- D) Somente II e III estão corretas.
- E) Somente III está correta.
Resposta
A alternativa correta é letra C) Somente II está correta.
Explicação
Afirmativa I está incorreta, pois o Código dos Interventores não foi promulgado. Em vez disso, Getúlio Vargas nomeou interventores militares para os estados.
Afirmativa II está correta, pois a Constituição Republicana de 1891 foi suspensa, os órgãos legislativos foram fechados e interventores militares foram nomeados para os estados.
Afirmativa III está incorreta, pois a crise econômica foi causada pela superprodução de café e não pela desvalorização do café no mercado interno. Além disso, o acordo comercial com os Estados Unidos não foi feito para superar a crise.
536) A crise de 1929 afetou a economia mundial e teve repercussões diretas na economia brasileira, permitindo alternativas econômicas, que fortaleceram políticas industriais, e renovação de hábitos e valores de nossa cultura, que fizeram com que o Brasil se envolvesse com o modernismo. Numa das opções abaixo, encontramos a associação direta entre a alternativa econômica e o movimento que anuncia a renovação brasileira. Assinale-a.
- A) Agrarismo realizado com a reforma da Lei de Terras e das alianças oligárquicas entre São Paulo e Minas Gerais e Revolução de 1922.
- B) Protecionismo industrial com as Tarifas Alves Branco e Revolução de 1932.
- C) Política tarifária protecionista com o Encilhamento e Revolta da Chibata, de 1910.
- D) Política de valorização do café, com o Convênio de Taubaté, e Revolução de 1920.
- E) Industrialização por substituição de importações e Revolução de 1930.
A alternativa correta é letra E) Industrialização por substituição de importações e Revolução de 1930.
A crise de 1929 permitiu a implementação de políticas econômicas que fortaleceram a industrialização brasileira. A industrialização por substituição de importações foi uma política econômica adotada durante o governo de Getúlio Vargas, que visava a substituir as importações de produtos industriais por produção nacional. Isso permitiu o crescimento da indústria brasileira e a modernização do país. A Revolução de 1930, que levou Vargas ao poder, foi um marco importante para a implementação dessas políticas econômicas.
537) Foi um acontecimento político-militar que levou a deposição do presidente Washington Luís. Júlio Prestes foi eleito presidente, mas as lideranças políticas mais jovens, incluindo grupo de militares, não aceitando o resultado das eleições e apoiados por denúncias de fraude eleitoral passaram a organizar um movimento conspirador para impedir a posse. O assassinato de João Pessoa acabou por promover a articulação entre essas lideranças mais jovens e os líderes oligárquicos mais velhos, fazendo com que a Aliança Liberal, novamente organizada, desencadeasse o movimento revolucionário.
- A) ao Estado Novo, quando Getúlio Vargas, articulado à Aliança Liberal assume o poder, abolindo os partidos políticos e suspendendo a Constituição de 1934.
- B) à revolução de 1930, que pôs fim à República Velha, proclamando Getúlio Vargas como o novo presidente da República.
- C) ao Golpe de 1964, quando assume o poder o General Eurico Gaspar Dutra, período marcado pelo autoritarismo e pela suspensão dos direitos constitucionais.
- D) à Revolução Constitucionalista que ocorreu em São Paulo tendo como foco a disputa pelo poder e a nomeação de um novo presidente em 1932.
- E) ao Estado Novo que pôs fim à República Velha. Através de uma junta provisória, os revoltosos indicam Getúlio Vargas para a presidência da República.
Resposta
A alternativa correta é B) à revolução de 1930, que pôs fim à República Velha, proclamando Getúlio Vargas como o novo presidente da República.
Explicação
O texto descreve o contexto político-militar que levou à deposição do presidente Washington Luís e à ascensão de Getúlio Vargas ao poder em 1930. A revolução de 1930 pôs fim à República Velha e marcou o início da Era Vargas. As outras alternativas não se relacionam com o texto, pois se referem a eventos posteriores, como o Estado Novo (1937-1945) ou a Revolução Constitucionalista de 1932.
538) Marque a alternativa CORRETA. A Revolução de 1930, identificada com a Aliança Liberal apresentava um programa de reformas e tinha como promessa:
- A) Promover uma nova coligação econômica no país: o canavial nordestino; café de minas e pecuária do Sul.
- B) Derrubar o poder das oligarquias rurais promovendo novas camadas urbanas – a burguesia e operariado.
- C) Acabar com as fraudes eleitorais e a pressão dos coronéis, a criação de Leis Trabalhistas e incentivo a produção industrial.
- D) Introduzir a democracia plena no país, permitir o sufrágio universal e o voto classista.
A alternativa correta é letra C) Acabar com as fraudes eleitorais e a pressão dos coronéis, a criação de Leis Trabalhistas e incentivo a produção industrial.
Gabarito: Letra C
A formação da Aliança Liberal remete ao contexto das eleições presidenciais de 1930. Washington Luis, então presidente deveria escolher como seu candidato um político mineiro, cumprindo o arranjo da política do café com leite, mas o presidente escolheu outro paulista: Júlio Prestes.
A oligarquia mineira decidiu romper com São Paulo e concorrer às eleições com candidato próprio. Escolheu o gaúcho Getúlio Vargas e para vice o paraibano João Pessoa.
Assim, os dissidentes formaram a Aliança Liberal para concorrer contra o Partido Republicano Paulista.
O programa da Aliança Liberal tinha as seguintes propostas:
- Defesa do voto secreto
- Criação da Justiça Eleitoral
- Anistia para os militares do movimento tenentista
- Acabar com as fraudes eleitorais e a pressão dos coronéis
- Criar Leis Trabalhistas
- Incentivar a produção industrial
- Programa de obras para combater a seca
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: A Aliança Liberal não deixaria de olhar para o setor primário, ou seja, para a agricultura e pecuária, mas seu projeto era de modernização do Brasil e para isso, desejavam mudar a economia para o modelo industrial, sem que houvesse a dependência do mercado internacional.
Letra B: A Aliança desejava minar o poder das oligarquias paulistas. Não pretendia derrubar o poder das oligarquias rurais, pelo menos não as de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, pois dependiam delas para eleger os representantes.
Letra D: O voto classista só apareceu durante o governo eleito de Vargas a partir de 1934. Consiste no voto indicado por sindicatos patronais e de trabalhadores que apoiavam o governo.
Resposta baseada nas fontes:
SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
VAINFAS, Ronaldo et al. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.
539) A chamada Revolução Constitucionalista de 1932 foi um levante da burguesia paulista contra Getúlio Vargas logo após a ascensão deste ao poder pela Revolução de 1930.
- A) Possibilitar a ascensão dos integralistas liderados por Plínio Salgado e instituir um regime corporativista inspirado no fascismo italiano.
- B) Impedir as reformas sociais que os tenentes revolucionários pretendiam colocar em ação.
- C) Promover o restabelecimento das eleições livres e a elaboração de uma nova constituição no Brasil, possibilitando, assim, o retorno da elite paulista, ligada à cafeicultura, ao poder.
- D) Fomentar a limitação na autonomia dos Estados federados, o que atenderia aos interesses paulistas, pois, como Estado mais rico e populoso da nação, São Paulo teria condições de concentrar sempre o controle do governo federal em suas mãos.
- E) Os paulistas pretendiam se aliar com o movimento sindical para derrubar Getúlio Vargas do poder e possibilitar a execução de um projeto de industrialização no Brasil.
A alternativa correta é letra C) Promover o restabelecimento das eleições livres e a elaboração de uma nova constituição no Brasil, possibilitando, assim, o retorno da elite paulista, ligada à cafeicultura, ao poder.
Gabarito: Letra C
O movimento constitucionalista de 1932 mobilizou setores ligados ao café, à indústria, intelectuais e às classes médias do Estado de São Paulo.
Caracterizou-se como uma reação paulista ao fato de Vargas excluí-los do governo, especialmente os ligados ao Partido Democrático (PD), que nas eleições de 1930 tinham apoiado a sua candidatura. Tal atitude de Vargas foi motivada pelo interesse de tenentes e grupos civis que o apoiavam em aprofundar o programa nacionalista e reformista e o empecilho que parte das oligarquias paulistas representavam para a execução dessas reformas.
O movimento foi ainda a reação à nomeação de um interventor militar pernambucano identificado com o tenentismo para administrar o Estado. Frente ao descontentamento dos paulistas com a política Varguista, lançaram-se numa campanha pela constitucionalidade do país e as elites paulistas se uniram pela volta do regime constitucional e a autonomia dos estados.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: Como visto, os interesses dos paulistas não possuíam relação com os dos integralistas, ultranacionalistas e de extrema-direita. Os paulistas iniciaram um movimento pela Constituição e pela democracia, com a finalidade de garantir a sua autonomia e independência em relação ao poder central.
Letra B: Apesar de Vargas ver parte das oligarquias paulistas como um obstáculo para as reformas que pretendia executar, o objetivo dos paulistas não era impedir reformas sociais, mas sim voltar ao jogo político do qual se sentia excluído e reconquistar sua autonomia.
Letra D: O objetivo paulista era a reconquista de sua autonomia e poder e não o desejo de limitar a autonomia de outros Estados.
Letra E: O movimento mobilizou setores ligados ao café, à indústria e às classes médias do Estado de São Paulo, além de intelectuais, não se aliando em nenhum momento ao movimento sindical.
Resposta baseada na fonte:
VAINFAS, Ronaldo et al. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, vol. 3. São Paulo: Saraiva, 2010.
540) A questão está relacionada ao cartaz da Revolução de 1932.
- A) destinado a apoiar o presidente Getúlio Vargas que, desde 1930, sofria pressão de mineiros e nordestinos para que renunciasse ao governo.
- B) resultado da união de fazendeiros mineiros e paulistas que reivindicavam maior apoio do governo Vargas às exportações de café e derivados de leite.
- C) estimulado pelos partidários do governo que procuravam defender a democracia, fortemente abalada pela pressão daqueles que exigiam a renúncia de Vargas.
- D) desencadeado pelos grandes cafeicultores e industriais paulistas que perderam o prestígio político nacional e, portanto, estavam descontentes com Getúlio Vargas.
- E) combatido pela elite paulista que não admitia a insubordinação das camadas populares cada vez mais descontentes com a economia proposta pelo governo Vargas.
A alternativa correta é letra D) desencadeado pelos grandes cafeicultores e industriais paulistas que perderam o prestígio político nacional e, portanto, estavam descontentes com Getúlio Vargas.
Gabarito: Letra D
O movimento constitucionalista de 1932 mobilizou setores ligados ao café, à indústria, intelectuais e às classes médias do Estado de São Paulo.
Caracterizou-se como uma reação paulista ao fato de Vargas excluí-los do governo, especialmente os ligados ao Partido Democrático (PD), que nas eleições de 1930 tinham apoiado a sua candidatura. Tal atitude de Vargas foi motivada pelo interesse de tenentes e grupos civis que o apoiavam em aprofundar o programa nacionalista e reformista e o empecilho que parte das oligarquias paulistas representavam para a execução dessas reformas.
O movimento foi ainda a reação à nomeação de um interventor militar pernambucano identificado com o tenentismo para administrar o Estado. Frente ao descontentamento dos paulistas com a política Varguista, lançaram-se numa campanha pela constitucionalidade do país e as elites paulistas se uniram pela volta do regime constitucional e a autonomia dos estados.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: O movimento constitucionalista de 1932 foi contrário ao governo Vargas e não de apoio.
Letra B: O movimento constitucionalista restringiu-se a São Paulo, não recebendo o apoio nem dos mineiros nem dos gaúchos. Os motivos do movimento também foram diferentes do apresentado na alternativa, conforme visto acima.
Letra C: O movimento não foi estimulado por partidários, e, apesar de ser visto pelos paulistas como um movimento pela Constituição e pela democracia, tratava-se na verdade de uma luta paulista para garantir a sua autonomia e independência em relação ao poder central.
Letra E: O movimento foi desencadeado pelas elites paulistas e não combatido por elas.
Resposta baseada na fonte:
VAINFAS, Ronaldo et al. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, vol. 3. São Paulo: Saraiva, 2010.