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Questões Sobre Era Vargas (1930-1945) - História - concurso

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561) Durante o governo Vargas (1930-1945), surgiram no Brasil duas agremiações políticas, a Aliança Nacional Libertadora (ANL) e a Ação Integralista Brasileira (AIB).

  • A) I e III

  • B) II e IV

  • C) III e V

  • D) II e V

  • E) I e IV

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A alternativa correta é letra C) III e V

Gabarito: ALTERNATIVA C


Leia as afirmações abaixo.

  • I-A ANL era de tendência fascista e a AIB tinha tendência socialista.

Nesta afirmativa, o avaliador tentou confundir o candidato pela inversão das correntes políticas em jogo. A Ação Integralista Brasileira era a expressão nacional do fascismo, inclusive com símbolos e rituais próprios. De inequívoca intenção totalitária, a AIB contou com a simpatia de Vargas e fez inúmeros gestos de filiação às correntes nazifascistas europeias. A Aliança Nacional Libertadora foi organizada a partir do Partido Comunista Brasileiro para reunir toda a oposição de esquerda ao governo de Getúlio Vargas. Portanto, não é muito preciso lhe atribuir uma ideologia clara, já que era uma união maior em torno da oposição. Afirmativa falsa.

  • II-Ambas defendiam a moratória (não pagamento da dívida externa), a nacionalização das empresas estrangeiras e o combate aos latifúndios.

De fato, ambas as organizações viam no capital internacional uma afronta aos interesses brasileiros, defendendo o enfrentamento da questão fora do enquadramento legal - ainda que a questão do endividamento não fosse uma questão central. No entanto, discordavam radicalmente quanto ao combate aos latifúndios: ao passo que as esquerdas da ANL eram a favor de uma reforma agrária no Brasil; mas a AIB era extrema defensora da propriedade privada, entendendo na reforma agrária um ponto de infiltração comunista no país. Afirmativa falsa.

  • III-O líder da AIB era Plínio Salgado.

Plínio Salgado foi o principal nome do Integralismo no Brasil, sendo o líder da AIB desde o início até sua extinção em 1937. Com o banimento da AIB, Salgado partiria para o exílio em Portugal, de onde retornaria para voltar à cena política na década de 1950 como deputado federal. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

  • IV - Argumentando a existência de um “Plano Cohen”, o governo Vargas ordenou a dissolução do Congresso Nacional.

Na inauguração do regime, Getúlio Vargas pretendia o fortalecimento do governo central por meio da implantação de um regime de corte totalitário, decretando o partido único e o fechamento do Legislativo. Naquela oportunidade, foi ventilada a existência de uma grande conspiração comunista contra o país, o Plano Cohen; o que serviu de pretexto para revogar a Constituição de 1934 em nome da defesa nacional, inaugurando o período ditatorial. Naquelas movimentações, os militares foram parte importante de suporte e de legitimação do golpe de Estado, com alguns oficiais participando diretamente na criação fraudulenta do tal plano que serviria de justificativa para o golpe. AFIRMATIVA VERDADEIRA.

  • V- Em novembro de 1935, a ANL fracassou na tentativa de tomar o poder através de um golpe (Intentona Comunista).

Em 1935, eclodiu a Intentona Comunista de Luís Carlos Prestes sob influência direta da Internacional Comunista. Na ocasião, os órgão de inteligência e de repressão, em franca colaboração com o nazi-fascismo europeu, já haviam conseguido se infiltrar nas células comunistas do Rio de Janeiro e sabotar a organização do levante, que, uma vez deflagrado, foi debelado em algumas horas. Os comunistas presos pelo governo foram submetidos a tortura e desenvolveu-se um longo período de perseguição que encarceraria (ou mataria) praticamente todos os comunistas ativos da capital brasileira. Ainda que Prestes tenha sido uma liderança importante da ANL, não se pode dizer que a organização tenha sido responsável pelo levante, que ocorreu meses após o banimento da ANL pelo governo Vargas em nome da Segurança Nacional. Além disso, a ANL não abrigava apenas comunistas, mas sim toda uma rede de antifascista, o que incluía antigos tenentistas. O levante de novembro de 1935 eclodiu em Natal em nome da ANL, mas é impreciso se falar que foi organizado por ela, que já havia sido dissolvida em julho. Afirmativa falsa.

Assim, são verdadeiras as afirmativas III e IV.

Assinale a alternativa que apresenta apenas afirmações corretas.
a)  I e III

b)  II e IV

c)  III e V

d)  II e V

e)  I e IV

Por exclusão, ainda poderia o estudante chegar à alternativa pretendida pela banca, mas não se pode dizer sem sombra de dúvidas que a afirmativa V esteja correta. Portanto, deveria a banca optar por ANULAR a questão.

Nosso gabarito: ANULADO

Gabarito da banca: ALTERNATIVA C

562) Os movimentos políticos responsáveis por tentativas de tomada do poder nos anos 1930, no governo de Getúlio Vargas, foram:

  • A) Positivismo e getulismo.
  • B) Liberalismo e comunismo.
  • C) Fundamentalismo e liberalismo.
  • D) Comunismo e integralismo.
  • E) Integralismo e liberalismo.

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A alternativa correta é letra D) Comunismo e integralismo.

Os anos 1930, durante o governo de Getúlio Vargas, foram marcados por tentativas de tomada do poder por parte de movimentos políticos rivais. Dois desses movimentos foram o comunismo e o integralismo.

O comunismo, liderado por Luís Carlos Prestes, defendia a implantação de um regime socialista no Brasil e foi responsável pela Intentona Comunista em 1935, uma tentativa de golpe contra o governo Vargas.

Já o integralismo, liderado por Plínio Salgado, defendia a criação de um Estado autoritário e nacionalista, inspirado no fascismo italiano. Em 1938, os integralistas tentaram tomar o poder em uma revolta conhecida como Putsch Integralista.

Portanto, as tentativas de tomada do poder nos anos 1930, durante o governo de Getúlio Vargas, foram lideradas pelo comunismo e pelo integralismo.

563) O movimento Integralista no Brasil surge com ideais fascistas, alimentado de um forte sentimento nacionalista. Em 1932, havia uma proposta integralista de defender uma sociedade organizada hierarquicamente, com rigidez e disciplina. Tal movimento sofreu oposição radical da Aliança Nacional Libertadora (ANL), que unia diversos militantes de esquerda, principalmente os comunistas.

  • A) proximidade do Brasil com o governo nazista; endividamento do Estado para promover emprego; abertura do comércio para produtos importados; investimento armamentista.
  • B) suspensão do pagamento da dívida externa; nacionalização das empresas estrangeiras; liberdade individual; repúdio ao fascismo; criação de um governo popular; reforma agrária.
  • C) estabelecimento dos ideais da economia norte-americana e do estilo de vida capitalista; adoção de uma política neoliberal; consumismo; abertura ao capital estrangeiro.
  • D) sucateamento da máquina do governo; revolta popular sem participação militar; não interferência do governo brasileiro nos interesses das classes políticas estaduais.

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A alternativa correta é letra B) suspensão do pagamento da dívida externa; nacionalização das empresas estrangeiras; liberdade individual; repúdio ao fascismo; criação de um governo popular; reforma agrária.

A Aliança Nacional Libertadora (ANL) foi uma organização política brasileira fundada em 1935, durante a Era Vargas, que congregava diversas correntes de esquerda, incluindo comunistas e socialistas. A ANL se opôs ao movimento Integralista e ao governo de Getúlio Vargas, defendendo uma plataforma política que incluía:

  • Suspensão do pagamento da dívida externa: A ANL propunha suspender o pagamento da dívida externa para aliviar a pressão econômica sobre o país e permitir investimentos internos.
  • Nacionalização das empresas estrangeiras: Defendia a nacionalização de empresas estrangeiras para garantir que os recursos e lucros gerados no Brasil beneficiassem diretamente a economia e a população brasileira.
  • Liberdade individual: A ANL lutava pela garantia das liberdades civis e individuais, em oposição às tendências autoritárias e repressivas do governo Vargas e dos Integralistas.
  • Repúdio ao fascismo: Em clara oposição ao movimento Integralista e suas ideologias fascistas, a ANL posicionava-se contra o fascismo e qualquer forma de autoritarismo.
  • Criação de um governo popular: A ANL defendia a formação de um governo que representasse os interesses das classes trabalhadoras e populares, promovendo maior participação democrática.
  • Reforma agrária: Propunha a redistribuição de terras para promover justiça social e melhorar as condições de vida dos trabalhadores rurais.

Essas propostas refletiam a visão da ANL de uma sociedade mais justa, equitativa e independente, em contraste com as ideias autoritárias e elitistas dos Integralistas.

564) Após quinze anos no poder, Getúlio estava pronto para retornar a São Borja, sua cidade natal. Durante o longo tempo em que permaneceu à frente dos destinos da nação, o país sofreu transformações significativas — políticas, econômicas e sociais. Os setores da manufatura mais tradicional assistiram à expansão do parque industrial de base, representado em particular pela área metal-mecânica. A vasta obra de regulamentação das relações entre capital e trabalho serviu como estratégia de sustentação política do regime e, pela força da propaganda, foi anunciada como concessão benevolente do Estado às classes trabalhadoras.

  • A) Certo
  • B) Errado
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A alternativa correta é letra B) Errado

Gabarito: ERRADO

  

Após quinze anos no poder, Getúlio estava pronto para retornar a São Borja, sua cidade natal. Durante o longo tempo em que permaneceu à frente dos destinos da nação, o país sofreu transformações significativas — políticas, econômicas e sociais. Os setores da manufatura mais tradicional assistiram à expansão do parque industrial de base, representado em particular pela área metal-mecânica. A vasta obra de regulamentação das relações entre capital e trabalho serviu como estratégia de sustentação política do regime e, pela força da propaganda, foi anunciada como concessão benevolente do Estado às classes trabalhadoras.
Lira Neto. Getúlio: do governo provisório à ditadura do Estado Novo (1930–1945). São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 490 (com adaptações).


Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue o item seguinte, relativo à Era Vargas.

 
  • Administrar conflitos de classe e cooptar lideranças operárias, prática conhecida como peleguismo, constituíram aspectos fundamentais do regime varguista no contexto da implantação dos direitos sociais no Brasil. Contudo, a recusa de Getúlio em legitimar-se por meio do apoio popular, sobretudo das camadas mais pobres, fez dele refém das elites que a Revolução de 1930 visava, em tese, combater.

Ora, o excerto citado no enunciado é mais do que suficiente para desmontar o item proposto. No trecho, Lira Neto expõe que: "A vasta obra de regulamentação das relações entre capital e trabalho serviu como estratégia de sustentação política do regime e, pela força da propaganda, foi anunciada como concessão benevolente do Estado às classes trabalhadoras". Ou seja, a implantação dos direitos sociais no Brasil em torno do surgimento de um operariado foi uma estratégia fundamental de cooptação das grandes massas para a base de apoio do varguismo - o chamado discurso trabalhista. Portanto, não faz o menor sentido, à luz do próprio enunciado, dizer que Vargas recusou o apoio popular na sua manutenção no poder.

 

De toda forma, é mister esclarecer os pontos essenciais do item. A noção de desenvolvimento nacional enunciada por Vargas estava diretamente atrelada à industrialização e à modernização geral do Estado, o que implicaria na transformação das cidades brasileiras - fazendo com que o país vivesse seu primeiro grande surto de urbanização - e demandaria todo um esforço de formação de um trabalhismo brasileiro. Principalmente a partir da guinada autoritária do Estado Novo em 1937, a questão da industrialização foi o centro de grande parte das políticas públicas elaboradas pelo Estado brasileiro no período. Entre essas dificuldades e desafios, o presidente viu uma possibilidade de cravar a sua sustentação política lançando-se como o grande artífice do trabalhismo e protetor das grandes massas. Cooptava-se o novo operariado brasileiro ao mesmo tempo em que o exortava à missão desenvolvimentista: partiam da figura de Getúlio Vargas o culto ao trabalho e as "concessões" de direitos. Ou seja, comprometia-se o povo com a causa da industrialização ao mesmo tempo em que esse novo operariado passava a integrar a base de sustentação popular de um regime autoritário.

 

Os avanços da legislação trabalhista desse período ecoavam lutas antigas, ainda da Primeira República, mas foram apresentados às massas como concessões pessoais do presidente. Com uma propaganda massiva e com a cooptação dos sindicatos, Vargas se colocava como o mártir dos trabalhadores brasileiros, aquele único capaz de agir em favor das massas e dos desvalidos. Ainda que os sindicatos tenham ampliado as possibilidade de representação dos trabalhadores, o peleguismo organizado pelo Estado limitava o grau de contestação dessas organizações, que acabavam sendo tragadas para as bases de apoio do próprio regime, deixando em segundo plano a missão de representação dos interesses dos trabalhadores. A propaganda dava ao presidente capacidades simbólicas muito expressivas: o sacrifício presidencial em nome da causa, exortando os trabalhadores a se unirem a ele num grande esforço. Com medidas como essa, Vargas confundia as conquistas sociais com a sua vontade individual ao mesmo tempo em que organizava os trabalhadores em sindicatos que lhe eram fiéis. Isso foi fundamental para manter as estruturas ditatoriais ao mesmo tempo em que o país passava por grandes transformações sociais e econômicas sem sofrer maiores abalos contestatórios. Portanto, item ERRADO.

565) Com relação à Era Vargas (1930-1945), julgue (C ou E) o seguinte item.

  • A) Certo
  • B) Errado
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A alternativa correta é letra A) Certo

Gabarito: CORRETO

  

Com relação à Era Vargas (1930-1945), julgue (C ou E) o seguinte item.

 
  • A principal marca do período entre 1930 e 1937 foi a instabilidade política, corporificada nos embates entre as numerosas e distintas forças sociais que disputavam um espaço político maior no cenário nacional, com destaque para a Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo, e a forte resistência do sindicalismo livre ao projeto de sindicalização sob a tutela do Estado.

A Revolução de 1930 marcou um processo de ruptura profunda com fortes oligarquias do país inteiro e insistindo em reformas profundas do Estado e da sociedade brasileira. Inspirado num certo positivismo, o governo Vargas tinha um compromisso com a modernização geral do país num recorte muito centralizador sob a lógica do fortalecimento do Estado e do poder central. Isso implicava num enfrentamento direto contra as oligarquias que outrora controlavam a Primeira República (1889-1930). O caso mais extremo dessa experiência foi o levante paulista em 1932 contra o poder central para exigir o restabelecimento de uma ordem constitucional, já que o processo revolucionário abolira a Constituição de 1891, mas seguia governando com poderes discricionários. Em julho de 1932, os revoltosos paulistas iniciaram o levante armado e enfrentaram uma forte reação das forças regulares; sendo rapidamente derrotados e com São Paulo sendo retomada pelas forças federais.

 

Por outro lado, os primeiros passos no sentido de acelerar a urbanização do país e de insistir em passos na direção da industrialização, esbarravam na necessidade de se pensar alternativas para a formação de um novo operariado brasileiro. Àquela altura, as principais cidades já tinham formas sindicais consistentes, muitas delas inspiradas no anarco-sindicalismo e com importantes experiências organizativas após a greve geral de 1917. O projeto centralizador de Vargas, no entanto, imaginava que os principais conflitos sociais passassem a ser modulados pelo Estado, bem como havia a percepção de enquadrar toda a sociedade num projeto nacional único e unívoco. Assim, a industrialização, a modernização e a urbanização, segundo o enquadramento do governo, deveriam ser arquitetados com a modulação geral da sociedade sob a tutela do Estado. A sindicalização sob o modelo corporativo tutelado pelo Estado foi o modelo por excelência para que o governo Vargas mantivesse controle sobre as classes operárias, que seriam expressivamente expandidas ao longo da década. No entanto, as organizações sindicais que já existiam tentaram resistir às reformas e aos projetos centralizadores do Estado brasileiro, já que, na prática, isso significava a esterilização das lutas sociais em favor de uma conciliação enquadrada pelo poder central. Ou seja, ainda que tenha havido, sim, preocupações trabalhistas (ampliadas a partir do golpe do Estado Novo), houve um período de acomodação importante até o encapsulamento das lutas sociais sob a forma corporativa entre o Governo Provisório (1930-1934) e Governo Constitucional (1934-1937).

 

Os primeiros sete anos do período Vargas, ainda que tenham tido avanços expressivos, observaram dificuldades expressivas para os planos propostos pelo novo governo - planos estes que foram sendo sofisticados ao longo dos anos. A organização das oposições e a resistência se davam num amplo arco, indo desde a questão trabalhista até um questionamento geral sobre o autoritarismo do governo. Há de se lembrar ainda, por exemplo, a organização do amplo movimento pró-redemocratização da Aliança Nacional Libertadora (ANL), que seria proscrita em 1935, e a Intentona Comunista de 1935, um levante armado liderado por Luís Carlos Prestes à maneira de uma tentativa de revolução comunista. Assim, item CORRETO.

566) Desde que o jornal integralista A Offensiva estampara as primeiras convocações para o evento na praça da Sé, esquerdistas dos mais variados matizes idealizaram uma contramanifestação, combinada propositadamente para o mesmo dia (7 de outubro de 1934), horário e local. “És amigo da liberdade? Queres que o Brasil marche para a paz e o progresso? Repugna-te o crime e a bandalheira? És amante da arte, da ciência e da filosofia? Pois, então, guerra ao integralismo com todas as suas energias”, incitava um panfleto da Federação Operária de São Paulo, de orientação anarquista.

  • A) Café Filho
  • B) Getúlio Vargas
  • C) Jânio Quadros
  • D) Washington Luís
  • E) Juscelino Kubitschek

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A alternativa correta é letra B) Getúlio Vargas

Gabarito: Letra B

 

A questão versa sobre a rivalidade entre esquerda (representada pelos aliancistas) e direita (representada pelos integralistas) durante os anos 30 do século XX. Analisemos as alternativas em busca da afirmativa correta.

 

a)  Café Filho
 

Incorreta: Quando Café Filho governou o Brasil como presidente após a morte de Vargas em 1954, nem o integralismo nem a Aliança Nacional Libertadora, que reuniu as esquerdas durante a Era Vargas, existia mais no país.

 

b)  Getúlio Vargas
 

Correta: A Ação Integralista Brasileira (AIB), posteriormente transformada em partido, foi criada em 1932 e fez parte do primeiro governo Vargas. Reuniu grupos e partidos ultranacionalistas e de extrema-direita. Seduzido pelo nazifascismo, o movimento integralista foi profundamente influenciado pelo fascismo que crescia na Europa nesse período. Defendiam, entre outras coisas, o combate ao comunismo e ao liberalismo, o nacionalismo extremado, um Estado poderoso que deveria ser dirigido pelo chefe da nação, disciplina e hierarquia social, bem como os valores mais tradicionais da Igreja Católica.

 

Em 1936 a AIB tornou-se um partido com um grande número de filiados, entre 500 mil e 800 mil, e emplacou nas eleições de 1936. Foram eleitos pelo partido nessas eleições 500 vereadores, 20 prefeitos e 4 deputados estaduais.

 

Com a extinção dos partidos políticos em 1937, tornou-se uma associação cultural, mas foi declarada ilegal em 1938. Nesse mesmo ano, depois de um atentado contra Vargas, dezenas de integralistas que participaram do mesmo foram fuzilados, centenas foram presos e Plínio Salgado, líder da AIB, teve de se exilar em Portugal. Foi o declínio do integralismo no Brasil.

 

c)  Jânio Quadros
 

Incorreta: Quando Jânio Quadros assumiu a presidência da República, em 1961, o integralismo não existia mais no país, visto que seu declínio ocorreu ainda durante o Estado Novo (1937-1945).

 

d)  Washington Luís
 

Incorreta: O surgimento do integralismo no Brasil é posterior ao período de governo de Washington Luís. A presidência de Washington Luís vai de 1926 a 1930 e o surgimento do integralismo ocorreu em 1932.

 

e)  Juscelino Kubitschek

 

Incorreta: Quando Juscelino Kubitschek assumiu a presidência da República, em 1956, o integralismo não existia mais no país, visto que seu declínio ocorreu ainda durante o Estado Novo (1937-1945).

 

Referências:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

567) A Revolução de 1930 promoveu transformações significativas na história do Brasil. Sobre a Revolução de 1930, pode-se afirmar corretamente que

  • A) resultou de disputas por terras entre camponeses e pecuaristas no nordeste brasileiro.

  • B) propiciou o restabelecimento de relações diplomáticas com os Estados Unidos da América.

  • C) representou os grupos sociais interessados em elaborar uma nova Constituição.

  • D) originou o período da história brasileira conhecido como a Era Vargas.

  • E) foi financiada com recursos oriundos da economia da cana-de-açúcar.

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A alternativa correta é letra D) originou o período da história brasileira conhecido como a Era Vargas.

Gabarito: Letra D

 

A Revolução de 1930 foi um movimento político-militar que teve seu início nas eleições de 1929. Nesse ano começaram as articulações para a sucessão presidencial. As oligarquias mineiras esperavam ter seu candidato indicado, mas o presidente Washington Luís indicou para sucedê-lo o presidente do estado de São Paulo: Júlio Prestes.

 

Inconformadas, as oligarquias mineiras se aliaram aos gaúchos e aos paraibanos, lançando o nome do gaúcho Getúlio Vargas, tendo como vice o paraibano João Pessoa.

 

Os dissidentes formaram então a Aliança Liberal, que tinha propostas como a defesa do voto secreto, a criação de uma justiça eleitoral, a moralização da prática política, a anistia para os militares revoltosos dos anos de 1920 e o estabelecimento de leis trabalhistas, como férias e regulamentação do trabalho feminino e infantil.

 

A disputa eleitoral, agravada com a crise econômica mundial, teve como vencedor das eleições ocorridas em março de 1930 o paulista Júlio Prestes. Contudo, a derrota não foi bem aceita e os opositores alegaram que teria havido fraude nas eleições.

 

Em julho do mesmo ano eclodiu mais uma crise com o assassinato de João Pessoa (vice da chapa de Getúlio nas eleições daquele ano) em um crime que misturava razões políticas locais e passionais. Os derrotados na eleição para presidente transformaram o episódio em questão nacional e deflagraram uma revolução.

 

Começou em 03 de outubro de 1930, em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, e se alastrou rapidamente pelo Nordeste. Diante da possibilidade de uma guerra civil, altos oficiais do Exército e da Marinha depuseram o presidente Washington Luís e formaram uma Junta Militar. Com a chegada das tropas rebeldes ao Rio de Janeiro, a Junta Militar entregou o poder a Getúlio Vargas, a Revolução de 1930 saia vitoriosa e foi considerada marco inaugural da chamada Era Vargas.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: Foi o resultado do descontentamento das oligarquias mineiras, gaúchas e paraibanas com o resultado das eleições de 1929.

 

Letra B: Os Estados Unidos apoiava o governo deposto em 1930. Houve assim um constrangimento causado por esse apoio.

 

Letra C: Representou os interesses das oligarquias mineiras dissidentes, gaúchas e paraibanas descontentes com o resultado das eleições de 1929. Alguns historiadores apontam ainda os interesses de outros grupos como setores urbano-industriais e a classe média (através dos tenentes).

 

Letra E: Não foi financiada com recursos oriundos da economia da cana-de-açúcar, já que foi promovido pelas relações de forças políticas da Aliança Liberal. Tratou-se de um movimento urbano e não rural.

 

Resposta baseada nas fontes:

AZEVEDO, Gislane Campos e SERIACOPI, Reinaldo. História: volume único. São Paulo: Ática, 2005.

 

Dossiê A Era Vargas: dos ano 20 a 1945. FGV CPDOC. Disponível em: https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos30-37/RelacoesInternacionais Acesso em 06 de abr. de 2020.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

568) A Revolução de 1930, fulminada pela quebra da aliança mais conhecida como “política do café com leite”, foi liderada por quais Estados brasileiros?

  • A) São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná;
  • B) Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo;
  • C) Minas Gerais, Paraíba e Rio de Janeiro;
  • D) São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná;
  • E) Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul;

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A alternativa correta é letra E) Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul;

A Revolução de 1930 no Brasil foi liderada por estados que se opuseram à política dominada pelas oligarquias de São Paulo e Minas Gerais, conhecida como "política do café com leite". Os principais estados revoltosos foram Minas Gerais, liderado por Getúlio Vargas, Rio Grande do Sul, liderado por Flores da Cunha, e Paraíba, liderada por João Pessoa. Esses estados formaram uma aliança contra o governo de Washington Luís, resultando na deposição deste e na ascensão de Getúlio Vargas ao poder.

569) A Aliança Liberal que reuniu as principais forças oposicionistas contra Júlio Prestes, candidato do governo Washington Luís ao posto de presidente da república, era composta por

  • A) Getúlio Vargas para presidente e João Pessoa para vice-presidente.

  • B) Getúlio Vargas para presidente e Antônio Carlos para vice-presidente.

  • C) Getúlio Vargas na cabeça da chapa e Juarez Távora para vice-presidente.

  • D) Getúlio Vargas para presidente e Luís Carlos Prestes para vice-presidente.

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A alternativa correta é letra A) Getúlio Vargas para presidente e João Pessoa para vice-presidente.

Gabarito: Letra A

 

Getúlio Vargas para presidente e João Pessoa para vice-presidente.

 

A Aliança Liberal, que reunia líderes do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e da Paraíba, juntou o governador gaúcho, Getúlio Vargas, e o governador paraibano, João Pessoa numa mesma chapa para disputar as eleições de 1930. Getúlio concorria ao cargo de presidente e João Pessoa ao de vice-presidente.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra B: Getúlio Vargas para presidente e Antônio Carlos para vice-presidente.

 

Antônio Carlos Ribeiro de Andrade era governador de Minas Gerais e apoiava a chapa formada por Getúlio Vargas e João Pessoa.

 

Letra C: Getúlio Vargas na cabeça da chapa e Juarez Távora para vice-presidente.

 

Juarez Távora participou da Revolução de 1930 como comandante militar do movimento no Nordeste, mas não formou a chapa da Aliança Liberal ao lado de Getúlio Vargas.

 

Letra D: Getúlio Vargas para presidente e Luís Carlos Prestes para vice-presidente.

 

Luís Carlos Prestes nessa época já havia se convertido ao comunismo e não concorreu ao cargo vice-presidência ao lado de Getúlio Vargas. Nem mesmo apoiou a candidatura lançada pela Aliança Liberal.

 

Referências:

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

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570) A Ação Integralista no Brasil, na década de 1930, notabilizou-se por ser uma organização política que se caracterizava por

  • A) ser precursora da Revolução Constitucionalista de 1932.

  • B) apoiar o movimento popular em favor da reforma agrária.

  • C) opor-se ao liberalismo e em defesa do Estado forte.

  • D) denunciar o imperialismo e o totalitarismo de direita.

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A alternativa correta é letra C) opor-se ao liberalismo e em defesa do Estado forte.

A Ação Integralista Brasileira (AIB), liderada por Plínio Salgado, foi uma organização política que surgiu na década de 1930 e se inspirava em movimentos fascistas europeus. O integralismo defendia a centralização do poder e a construção de um Estado forte, capaz de unir todos os segmentos da sociedade sob um governo autoritário. Opunha-se ao liberalismo, que era visto como fracionador e enfraquecedor da nação. O movimento promovia valores nacionalistas, hierárquicos e corporativistas, buscando uma alternativa ao comunismo e ao capitalismo liberal.

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