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Questões Sobre Era Vargas (1930-1945) - História - concurso

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71) obre a participação do Brasil na Segunda Guerra, marque a alternativa correta.

  • A) Apoiando o grupo dos Aliados, o país teve uma importante participação na batalha de Monte Castelo

  • B) Em oposição aos Estados unidos, Vargas ficou, em primeiro momento, ao lado das potências do Eixo

  • C) O país mostrou neutralidade até o fim do conflito, pois temia uma investida alemã

  • D) Após diversos ataques a navios brasileiros por parte dos alemães, Getúlio Vargas entra no conflito mas somente oferecendo auxilio na distribuição de suprimentos

  • E) Vargas optou por ficar neutro até o fim do conflito, mas flertava com o nazismo. Na tentativa de estreitar relações envia Olga Benário para a Alemanha

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Resposta da Questão

A alternativa correta é letra A) Apoiando o grupo dos Aliados, o país teve uma importante participação na batalha de Monte Castelo.

Explicação: Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil, sob a liderança de Getúlio Vargas, entrou no conflito ao lado dos Aliados. A Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi enviada para combater na Itália, onde teve um papel significativo em várias batalhas, incluindo a Batalha de Monte Castelo. Esta participação marcou a presença do Brasil no cenário internacional e consolidou suas relações com os países aliados, especialmente os Estados Unidos.

72) O Estado Novo foi arquitetado como um Estado autoritário e modernizador que deveria durar muitos anos. No entanto, seu tempo de vida acabou sendo curto, pois não chegou a oito anos. Os problemas do regime resultaram mais da inserção do Brasil no quadro das relações internacionais do que das condições políticas internas do país.

  • A) demissão de parte do ministério de Vargas quando, em meio à Segunda Guerra, o governo ditatorial estabeleceu um acordo com o Eixo, permitindo que esse bloco usasse o espaço marítimo do Brasil.
  • B) pressão diplomática da Argentina para que o Estado brasileiro aderisse às forças aliadas, declarasse guerra aos países do Eixo e mandasse tropas para libertar o Norte da África das forças nazistas.
  • C) deliberação da I Conferência Internacional de Estados Americanos determinando, apesar da discordância do Brasil, que todas as nações da América deveriam se manter neutras na Segunda Guerra.
  • D) entrada do Brasil na Segunda Guerra, ao lado dos Aliados, provocando ação de opositores, que começaram a explorar a contradição entre a ditadura Vargas e o apoio do governo brasileiro às democracias.

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A alternativa correta é letra D) entrada do Brasil na Segunda Guerra, ao lado dos Aliados, provocando ação de opositores, que começaram a explorar a contradição entre a ditadura Vargas e o apoio do governo brasileiro às democracias.

Gabarito: ALTERNATIVA D

   

 

(Boris Fausto, História concisa do Brasil)

 

No contexto apresentado no excerto, o “quadro das relações internacionais” refere-se à

  • a)  demissão de parte do ministério de Vargas quando, em meio à Segunda Guerra, o governo ditatorial estabeleceu um acordo com o Eixo, permitindo que esse bloco usasse o espaço marítimo do Brasil.

Em 1942, pressionado pelos Estados Unidos, o governo Vargas romperia relações com o Eixo, dando início ao processo de engajamento brasileiro ao lado dos Aliados. No segundo semestre daquele ano, submarinos alemães torpedeariam navios mercantes brasileiros em águas territoriais brasileiras, o que ensejaria a declaração de guerra do Brasil contra a Alemanha em agosto de 1942. Alternativa errada.

 
  • b)  pressão diplomática da Argentina para que o Estado brasileiro aderisse às forças aliadas, declarasse guerra aos países do Eixo e mandasse tropas para libertar o Norte da África das forças nazistas.

A Argentina manteve um alinhamento tácito ao Eixo mesmo depois do engajamento continental contra as potências nazifascistas. Enquanto o Brasil se envolveria diretamente com a guerra, enviando tropas para a Campanha da Itália, a Argentina manteria a neutralidade frente ao conflito até praticamente o seu fim. Alternativa errada.

 
  • c)  deliberação da I Conferência Internacional de Estados Americanos determinando, apesar da discordância do Brasil, que todas as nações da América deveriam se manter neutras na Segunda Guerra.

A alternativa faz referência à III Reunião de chanceleres das Repúblicas Americanas, ocorrida no Rio de Janeiro em janeiro de 1942. Naquele momento, os Estados Unidos tinham sido atacados pelo Japão no Pacífico e entrado na guerra ao lado dos Aliados. Consequentemente, os EUA pressionavam pelo rompimento continental contra as potências do Eixo. Seria a Argentina que defenderia uma posição de neutralidade, enquanto o Brasil negociaria para um rompimento sem uma imediata entrada na guerra, posição que foi seguida pela maioria dos países. Alternativa errada.

 
  • d)  entrada do Brasil na Segunda Guerra, ao lado dos Aliados, provocando ação de opositores, que começaram a explorar a contradição entre a ditadura Vargas e o apoio do governo brasileiro às democracias.

A entrada do Brasil na guerra, em agosto de 1942, ao lado das democracias liberais expôs uma contradição insuportável da política brasileira: o Estado Novo fora fundado sob uma lógica autoritária com claras inspirações fascistas em 1937; mas, em 1942, declarou guerra ao Eixo e se tornou uma força aliada das democracias liberais. Importante lembrar que a Constituição de 1937 foi francamente inspirada na Constituição totalitária polonesa, bem como o regime colaborara abertamente com o nazifascismo e constituíra uma ditadura sob a justificativa de que as democracias liberais seriam impotentes frente à ameaça comunista. Ou seja, ao mesmo tempo em que perseguia opositores, praticava censura e governava em regime de partido único, o Estado Novo também entrava no esforço de guerra para lutar ao lado dos aliados contra o fascismo. ALTERNATIVA CORRETA.

   

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA D.

73) Por que a Alemanha mandou seus submarinos afundarem os navios mercantes brasileiros, apesar da neutralidade do Brasil no início da Segunda Guerra Mundial?

  • A) Queria forçar a entrada do Brasil na Segunda Guerra.
  • B) Queria arruinar a economia brasileira.
  • C) Não queria que o Brasil fornecesse matérias-primas para seus inimigos.
  • D) Queria golpear duramente o Brasil para baixar o moral do País.
  • E) Existia rivalidade entre as duas nações.

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A alternativa correta é letra C) Não queria que o Brasil fornecesse matérias-primas para seus inimigos.

Gabarito: ALTERNATIVA C

 
  • Por que a Alemanha mandou seus submarinos afundarem os navios mercantes brasileiros, apesar da neutralidade do Brasil no início da Segunda Guerra Mundial?

É importante que o estudante saiba que o esforço de guerra na década de 1940 demandava quantidades colossais de produção e não havia quantidades relevantes produtos sintéticos. Ou seja, o extrativismo vegetal e mineral era importante para abastecer essa imensa demanda internacional e o Brasil ocupava um lugar privilegiado nessa cadeia produtiva como grande fornecedor. Com a entrada dos Estados Unidos na guerra em 1941, o Brasil se viu compelido a romper relações com o Eixo logo no início de 1942. A partir desse ponto, deixava-se de abastecer a indústria alemã com recursos estratégicos e a destinar exclusivamente às potências aliadas esses produtos para alimentar a indústria de guerra, principalmente americana.

 

O torpedeamento de navios mercantes brasileiros era parte da estratégia alemã de estrangular a economia de guerra aliada. Evitar que os recursos estratégicos chegassem aos EUA era um fator importante para emperrar a fabricação de armamentos para as forças aliadas. Por isso, a partir de 1942, os navios brasileiros passaram a ser alvo da esquadra alemã de submarinos, havendo, inclusive, ataques em águas territoriais brasileiras. Assim, observemos as alternativas.

 

a)  Queria forçar a entrada do Brasil na Segunda Guerra.
b)  Queria arruinar a economia brasileira.
c)  Não queria que o Brasil fornecesse matérias-primas para seus inimigos.
d) 
 Queria golpear duramente o Brasil para baixar o moral do País.
e)  Existia rivalidade entre as duas nações.

 

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

74) Em um mundo em plena convulsão e às vésperas da Segunda Guerra Mundial, em dezembro de 1938, ocorreu a VIII Conferência Internacional Americana, em Lima, que deliberou pela ampliação do sistema de consultas criado na conferência de Buenos Aires e firmou uma declaração de solidariedade continental, apesar dos dissensos entre Estados Unidos da América (EUA) e Argentina a respeito da redação final do documento. Com base nas relações entre os governos Roosevelt e Vargas nesse período, julgue o item a seguir.

  • A) Certo
  • B) Errado
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A alternativa correta é letra A) Certo

Gabarito: CORRETO

   

 

    O item faz referência à Missão Aranha de 1939, quando o chanceler Osvaldo Aranha, a convite do presidente americano a Vargas, representou o Brasil numa ampla missão diplomática, que pretendia liquidar dívidas comerciais, ampliar o intercâmbio comercial e aproximar as forças armadas dos dois países. Em reunião privada com F. D. Roosevelt e Cordel Hull, secretário de Estado, ficaria mais clara a preocupação americana com o nazifascismo. Segundo a posição do governo americano, era necessário fechar uma defesa continental sob a liderança dos Estados Unidos, uma vez que era iminente o risco de uma conflagração generalizada na Europa.

     

    Os esforços de cooperação internacional na área militar tinham como objetiva afastar a influência do Eixo dos países americanos e a posição argentina inspirava grande desconfiança nos Estados Unidos. Na VIII Conferência Internacional Americana, realizada em Lima, o esforço dos EUA em declarar a unidade continental fora frustrada pela relutância argentina, que se mantinha mais próxima da esfera de influência nazifascista. Assim, item CORRETO.

    75) Após o trauma da Primeira Guerra Mundial (1914- 1918), em 1939, o mundo se via diante de mais um conflito de proporção global: era o início da Segunda Guerra Mundial. Assinale a alternativa correta quanto à participação brasileira na Segunda Guerra Mundial.

    • A) A participação brasileira foi mais de auxílio às tropas dos aliados, enviando mantimentos como café e outros produtos.
    • B) No ano de 1942, o Brasil declarou guerra às potências do Eixo e, em 1944, por meio apenas da Marinha, participou do teatro de guerra no oceano Atlântico.
    • C) O Brasil teve uma participação ativa no conflito, desde o seu início, em 1939, com o envio da aeronáutica e de tropas da Força Expedicionária Brasileira (FEB).
    • D) O Brasil entrou formalmente na guerra no ano de 1942 e, no ano de 1944, enviou tropas para lutarem ao lado das potências do Eixo.
    • E) O governo brasileiro declarou guerra ao Eixo em 1942 e, em 1944, enviou a Força Expedicionária Brasileira (FEB) e a Força Aérea Brasileira (FAB) para combater principalmente na Itália.

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    A alternativa correta é letra E) O governo brasileiro declarou guerra ao Eixo em 1942 e, em 1944, enviou a Força Expedicionária Brasileira (FEB) e a Força Aérea Brasileira (FAB) para combater principalmente na Itália.

    Gabarito: ALTERNATIVA E

     

    Após o trauma da Primeira Guerra Mundial (1914- 1918), em 1939, o mundo se via diante de mais um conflito de proporção global: era o início da Segunda Guerra Mundial. Assinale a alternativa correta quanto à participação brasileira na Segunda Guerra Mundial.

    • a)  A participação brasileira foi mais de auxílio às tropas dos aliados, enviando mantimentos como café e outros produtos.

    O fornecimento de matérias primas estratégicas foi um lugar crucial do Brasil na Segunda Guerra Mundial. O estudante precisa compreender que, naquela altura, a produção em larga escala de produtos sintéticos ainda era muito reduzida e precária, fazendo com que o acesso a matérias primas fosse crucial para a produção de equipamentos militares. Assim, estrangular o fornecimento dessas matérias primas também era uma maneira de atacar o inimigo e o Brasil era um importante fornecedor desses materiais, principalmente para os Estados Unidos. Por ter uma posição neutra dentro da guerra, o país manteve relações comerciais com ambos os lados, inclusive com o fornecimento de materiais sensíveis, que abasteciam os complexos militares de ambos. A chamada equidistância pragmática brasileira permitiu que, em nome do desenvolvimento da indústria nacional, o governo brasileiro mantivesse um intenso comércio no período com todos os lados no conflito. O torpedeamento dos navios mercantes brasileiros na costa americana e na Europa foi parte da estratégia alemã de impor um bloqueio naval contra os portos inimigos - objetivando, entre outras coisas, dificultar a produção inimiga de equipamentos militares -, mas acabou arrastando o Brasil para dentro da guerra ao lado dos Aliados, o que culminaria com o envio de tropas brasileiras para atuar no teatro de operações da Campanha da Itália. Alternativa errada.

     
    • b)  No ano de 1942, o Brasil declarou guerra às potências do Eixo e, em 1944, por meio apenas da Marinha, participou do teatro de guerra no oceano Atlântico.

    De fato, em 1942, o Brasil romperia relações diplomáticas e declararia guerra ao Eixo. No ano seguinte, no entanto, país começaria a organizar sua Força Expedicionária Brasileira para enviar tropas para atuar ao lado dos Aliados na Campanha da Itália. Ainda que a Marinha e a Aeronáutica tenham tido papéis relevantes nesse esforço brasileiro, seria a força terrestre que teria protagonismo no envolvimento brasileiro com a libertação da Itália. Alternativa errada.

     
    • c)  O Brasil teve uma participação ativa no conflito, desde o seu início, em 1939, com o envio da aeronáutica e de tropas da Força Expedicionária Brasileira (FEB).

    O Brasil manteve sua neutralidade no conflito de 1939 a 1942. Até então, vivia a chamada "equidistância pragmática" entre Alemanha e Estados Unidos. A proximidade com o Eixo se dava tanto pelos traços fascistas do Estado Novo varguista (1937-1945) quanto pelo interesse brasileiro na industrialização, o que era facilitado por uma proximidade com a Alemanha. No entanto, com ataques alemães a navios mercantes brasileiros e com a entrada dos Estados Unidos na guerra, a situação ficou insustentável e a neutralidade foi rompida. Alternativa errada.

     
    • d)  O Brasil entrou formalmente na guerra no ano de 1942 e, no ano de 1944, enviou tropas para lutarem ao lado das potências do Eixo.

    A alternativa inverte a realidade. De fato, o Brasil declarou guerra formalmente em 1942 e desembarcou suas primeiras tropas na Europa em 1944; no entanto, sua posição no conflito seria ao lado dos Aliados (principalmente, Estados Unidos, União Soviética e Grã-Bretanha), enfrentando o Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Ou seja, não há o menor sentido em se falar que as tropas brasileiras se colocaram ao lado das forças do Eixo. Alternativa errada.

     
    • e)  O governo brasileiro declarou guerra ao Eixo em 1942 e, em 1944, enviou a Força Expedicionária Brasileira (FEB) e a Força Aérea Brasileira (FAB) para combater principalmente na Itália.

    Ainda que vivesse sob a ditadura do Estado Novo (1937-1945) e tenha guardado proximidades com a Alemanha nazista por alguns anos em nome da industrialização, o Brasil romperia relações com o Eixo (Alemanha, Itália e Japão) em 1942. Naquele momento, os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) em resposta ao ataque japonês em Pearl Harbor e fazia grande pressão para a coesão hemisférica em favor dos Aliados. Sob pressão e intensa propaganda americana, o governo Vargas romperia relações com o Eixo, o que nos levava a interromper também as relações comerciais com a Alemanha nazista. Uma das preocupações americanas era impedir que o esforço de guerra alemão continuasse sendo alimentado com matérias primas estratégicas, sendo que várias delas eram exportadas pelo Brasil. Como reação, submarinos alemães torpedearam navios mercantes brasileiros para evitar que essas matérias primas chegassem aos Aliados. Como consequência, em agosto de 1942, Vargas declarou estado de beligerância contra as potências do Eixo e passou a tratar da organização da Força Expedicionária Brasileira (FEB). A FEB foi constituída tanto pelas tropas terrestres quanto pelo esforço aéreo deslocados para a Europa durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Envolvendo mais de vinte mil homens ao todo, a FEB começou a operar no teatro de guerra em 1944 e estava integrada ao esforço americano na Campanha da Itália. Dificuldades envolvendo a organização e o transporte das tropas, somadas a entraves políticos, acabaram por retardar em quase dois anos o envio da Força para a Itália após a declaração brasileira de estado de beligerância contra as potências do Eixo. Entre 1944 e 1945, o esforço de guerra brasileiro esteve envolvido em momentos importantes da libertação italiana, como a Batalha de Monte Castello, libertando um complexo importante no Norte da Itália após derrotar tropas da Alemanha nazista empenhadas em defender as últimas posições do fascismo italiano. ALTERNATIVA CORRETA.

     

    Sem mais, está correta a ALTERNATIVA E.

    76) Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em 11 de março de 1941, foi assinada uma lei com os Estados Unidos que permitia, sem operações financeiras imediatas, o fornecimento dos materiais necessários ao esforço de guerra dos países aliados. De acordo com Bittencourt (2006), essa lei foi denominada de lei de:

    • A) Empréstimo e arrendamento.

    • B) Cooperação Mútua.
    • C) Investimento financeiro.
    • D) Participação Ativa no conflito.
    • E) Esforço de Guerra das partes.

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    A alternativa correta é letra A) Empréstimo e arrendamento.

    Gabarito: ALTERNATIVA A

       

    • Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em 11 de março de 1941, foi assinada uma lei com os Estados Unidos que permitia, sem operações financeiras imediatas, o fornecimento dos materiais necessários ao esforço de guerra dos países aliados. De acordo com Bittencourt (2006), essa lei foi denominada de lei de:

    O estudante precisa compreender que a Segunda Guerra Mundial se tratava de um esforço de guerra gravíssimo, com todo um parque industrial revertido para a economia de guerra, concentrado na produção bélica. Ou seja, não era um momento viável para despender muitos esforços em distribuir armamentos como forma de política externa, urgindo, portanto, a necessidade construir maneiras rápidas e sólidas de organizar as tratativas internacionais acerca da questão de armamentos e de formação de alianças. A Lei de Empréstimo e Arrendamento (também referida como Programa Lend Lease) foi, de fato, lançada em 1941, quando o Congresso americano permitiu ao presidente negociar armamentos e tecnologias militares considerados essenciais para a defesa de outros Estados nas condições julgadas mais adequadas pelo próprio presidente. Isto é, por ato unilateral do presidente, os Estados Unidos poderiam vender ou transferir equipamentos e tecnologia sem a necessidade de pagamento à vista. No entanto, esse programa foi concentrado nos países aliados que de fato estavam enfrentando o Eixo, principalmente na Europa. A entrada brasileira na guerra em 1942 foi a chave encontrada pelo governo brasileiro para solicitar a cooperação americana para reequipar as suas Forças. O envolvimento brasileiro no teatro de operações na Itália foi importante para que as linhas de cooperação fossem ampliadas, bem como as condições de troca foram favoráveis pelo fornecimento brasileiro de matérias primas estratégicas. Assim, observemos as alternativas propostas.

     

    a)  Empréstimo e arrendamento.

    b)  Cooperação Mútua.
    c)  Investimento financeiro.
    d)  Participação Ativa no conflito.

     

    Sem mais, está correta a ALTERNATIVA A.
    e)  Esforço de Guerra das partes.

    77) O esforço de guerra exercido por militares brasileiros durante a Segunda Guerra Mundial marcou a presença do Brasil nesse conflito de escala global. Acerca desse esforço, analise as afirmativas abaixo.

    • A) I.
    • B) II.
    • C) III.
    • D) I e II.
    • E) II e III.

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    A alternativa correta é letra B) II.

    Gabarito: Letra B

     

    Está correto o que se afirma apenas na alternativa II

     

    Analisemos as alternativas:

     

    I- Os militares brasileiros participaram apenas como observadores para o aprendizado de táticas e estratégias no Teatro de Operações Militares europeu tanto junto aos aliados como aos países do Eixo, sendo respeitada por todo o conflito a neutralidade por parte do governo do Brasil. (Incorreta)

     

    Os militares brasileiros chegaram a lutar na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados, portanto, não houve uma participação dos militares brasileiros apenas como observadores e nem uma neutralidade do governo brasileiro, visto que, em 31 de agosto de 1942, o governo brasileiro declarou guerra às potências do Eixo.

     

    II- O envio de militares para a Itália, entre outras atuações, marcou a participação do Brasil com os Aliados, considerando o Estado de Guerra declarado pelo governo Vargas em agosto de 1942. (Correta)

     

    Depois de estabelecer acordos com os Estados Unidos para a instalação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) no Brasil, quando aquele país ofereceria empréstimos e tecnologia para tal finalidade em troca da cessão de bases militares e fornecimento de borracha e minérios por parte do Brasil, o que de certa forma selou um certo apoio do governo brasileiro às tropas Aliadas no conflito da Segunda Guerra Mundial, o Brasil teve de lidar com a reação da Alemanha a esse apoio, quando esta afundou nove de seus navios. Diante da atitude agressiva da Alemanha nazista, em agosto de 1942, o governo brasileiro declarou guerra aos países do Eixo e, em 1944, enviou tropas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) para lutar na Itália. Mais de 25 mil soldados nacionais foram enviados a esse país, participando de atalhas como as de Monte Castello, Castelnuovo, Collechio e Fornovo.

     

    III- A participação dos militares ao lado dos países que compuseram o Eixo Roma-Berlim-Tóquio foi fundamental para a vitória alemã até 1941, quando forças militares dos Estados Unidos entraram no conflito. (Incorreta)

     

    Os militares brasileiros não participaram da Segunda Guerra Mundial ao lado das forças do Eixo (Itália, Alemanha e Japão), mas sim ao lado dos Aliados ( Inglaterra, França, União Soviética, Estados Unidos etc), e isso aconteceu somente a partir de 1942, quando o governo brasileiro declarou guerra às potências do Eixo, após acordos internacionais estabelecidos com os EUA, em 1941, e depois da reação da Alemanha à cooperação do Brasil para com os Aliados, momento em que aquela torpedeou e afundou nove navios brasileiros, em 1942.  

     

    Referências:

     

    COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 3. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

     

    VAINFAS, Ronaldo et ali. História: o mundo por um fio: do século XX ao XXI, volume 3. São Paulo: Saraiva, 2010.

    78) Jan Magalinski nasceu na pequena aldeia de Gajlesze, na cidade de Braslaw (Polônia), em 19 de agosto de 1935. Filho de agricultores que conviveram com os horrores da Segunda Guerra Mundial, viu o pai ser feito prisioneiro de guerra na Alemanha para onde foi depois com a mãe, iniciando os seus primeiros estudos. Com o fim do conflito na Europa, a família decidiu vir para o Brasil e, em 1949, começou a trabalhar em uma lavoura de café no município de Silvânia.

    • A) A Segunda Guerra Mundial motivou o deslocamento geográfico de europeus que emigraram para o Brasil.

    • B) A história dos deslocados de guerra não pode ser considerada a partir dos relatos orais de seus descendentes.

    • C) O cultivo do café representou a principal atividade agrícola no estado de Goiás, em meados do século 20.
    • D) A associação de imigrantes europeus em cooperativas constituiu um empreendimento bem-sucedido, gerando prosperidade.
    • E) A Lei de Terras, de 1850, proporcionou condições favoráveis ao acesso dos deslocados de guerra à propriedade.

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    Resposta da Questão

    A alternativa correta é letra A) A Segunda Guerra Mundial motivou o deslocamento geográfico de europeus que emigraram para o Brasil.

    Este período histórico foi marcado por intensos deslocamentos populacionais devido aos horrores da guerra na Europa, levando muitos europeus a buscar novas oportunidades em outros países, incluindo o Brasil. O contexto pós-guerra impulsionou a imigração de diversas nacionalidades para terras brasileiras em busca de refúgio e recomeço.

    79) A política externa introduzida pelo governo de Getúlio Vargas entre 1935 e 1941 foi denominada, por Gerson Moura (1980), de “equidistância pragmática”. Acerca dessa política, assinale a alternativa correta.

    • A) O governo Vargas rompeu com o paradigma americanista da diplomacia brasileira e inaugurou o paradigma universalista, ao estabelecer relações comerciais inéditas com a Alemanha.
    • B) O Brasil praticava, simultaneamente, o comércio compensado com a Alemanha e com os Estados Unidos, por meio do qual exportava produtos industrializados e importava equipamentos militares.
    • C) A diplomacia brasileira manteve uma política de barganha com a Alemanha e com os Estados Unidos, negociando a adesão a uma das partes na Segunda Guerra Mundial mediante a obtenção de vantagens econômicas.
    • D) O Brasil assinou um acordo com cláusula de nação mais favorecida com os Estados Unidos em 1935, cujos objetivos eram diminuir a dependência comercial da Itália e conter a propagação do fascismo no sul do país.
    • E) O governo brasileiro deixou de participar de iniciativas panamericanas na década de 1930, na medida em que o Brasil não precisou contar com o apoio de países latino-americanos para contrapor o poder dos Estados Unidos no hemisfério ocidental.

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    A alternativa correta é letra C) A diplomacia brasileira manteve uma política de barganha com a Alemanha e com os Estados Unidos, negociando a adesão a uma das partes na Segunda Guerra Mundial mediante a obtenção de vantagens econômicas.

    Gabarito: ALTERNATIVA C

     
    • A política externa introduzida pelo governo de Getúlio Vargas entre 1935 e 1941 foi denominada, por Gerson Moura (1980), de “equidistância pragmática”. Acerca dessa política, assinale a alternativa correta.

    Em primeiro lugar, precisa sempre o estudante ter claro que a adesão brasileira às democracias liberais não foi um percurso óbvio, mas sim um processo acidentado da política externa brasileira. No plano doméstico, Vargas não economizava nas críticas contra a democracia liberal, denunciando-a como um regime fraco e propenso a crises, além de alardear que regimes desse tipo são as vítimas preferidas tanto das grandes crises econômicas quanto da expansão internacional do comunismo. Internacionalmente, Vargas afirmava seu compromisso irrestrito com o desenvolvimento (industrial) brasileiro, o que implicava numa posição neutra ao extremo em relação aos conflitos e às rivalidades internacionais. Na segunda metade da década de 1930, configurar-se-ia a chamada "equidistância pragmática" entre Alemanha e Estados Unidos, segundo a qual o Brasil celebrou tratados de comércio com as duas potências e manteve relações político-comerciais muito dinâmicas com ambas. Percebia-se na disputa internacional entre as grandes potências uma chance de ampliar as margens de manobra do Brasil, explorando suas rivalidades e contradições para viabilizar o projeto desenvolvimentista. Isto é, domesticamente, a forma de governar guardava muitas semelhanças e flertes com a via nazifascista, incluindo o caráter totalitário da Constituição de 1937; e, internacionalmente, o Brasil agia sem assumir compromissos claros e definitivos com nenhum dos dois campos, mas sim buscando meios para viabilizar sua industrialização. E é importante que se perceba que as tensões internacionais e as dificuldades da guerra faziam com que a tolerância internacional frente a esse comportamento fosse ampliada de maneira generosa, permitindo com que o Brasil estendesse ao máximo as contradições de sua neutralidade.

     

    Apenas com a entrada dos EUA na guerra (dezembro de 1941), a equidistância pragmática seria estrangulada e o Brasil se aproximaria da tomada crítica de decisão. Mesmo assim, o governo brasileiro ainda levaria cerca de oito meses para fixar os termos de seu engajamento e de seu apoio ao lado dos aliados na guerra, desenvolvendo antes uma longa negociação com os EUA procurando conseguir recursos para o desenvolvimentismo brasileiro em troca do apoio contra o Eixo. Naquele momento, era importante garantir o alinhamento brasileiro para estrangular o fornecimento de matérias primas estratégicas para o esforços de guerra alemão e, por outro lado, garantir posições preciosas para a campanha aliada sobre o Norte da África. O Nordeste brasileiro era o melhor ponto para sediar as bases aéreas americanas para lançar campanhas de bombardeio contra as posições nazistas na África, apoio importante para as ações de infantaria na libertação da região. Essas duas componentes foram usadas como moedas de troca pelo Brasil para conseguir programas amplos de cooperação em favor do desenvolvimento brasileiro. A urgência da guerra pesava em favor dos pedidos brasileiros e os EUA aceitaram estabelecer um convênio de cooperação técnica e financeira para a instalação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), passo fundamental no esforço desenvolvimentista brasileiro.

     

    Se, por um lado, não era viável a manutenção da equidistância, por outro, a pressa americana em contar com as matérias prima brasileiras e com as posições militares no nordeste brasileiro mantinha certa vantagem da diplomacia brasileira. Nessa mudança de posição, o Brasil entrou em posição privilegiada para definir os termos de sua entrada no conflito mundial. Entre as conquistas da diplomacia brasileira, destacam-se a admissão das tropas brasileiras no teatro de guerra europeu, o que era vista com reservas pelos Aliados, e os excelentes termos de troca das matérias prima para o esforço de guerra e a instalação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta Redonda. Pelos termos do acordo, o Brasil cederia posições estratégicas para as tropas americanas além de romper todo o comércio com a Alemanha em troca de importantes investimentos americanos, dentre os quais se destaca a implantação da planta siderúrgica no Brasil, o que seria fundamental para o nacional-desenvolvimentismo de Vargas. Assim, observemos as alternativas propostas.

     

    a)  O governo Vargas rompeu com o paradigma americanista da diplomacia brasileira e inaugurou o paradigma universalista, ao estabelecer relações comerciais inéditas com a Alemanha.
    b)  O Brasil praticava, simultaneamente, o comércio compensado com a Alemanha e com os Estados Unidos, por meio do qual exportava produtos industrializados e importava equipamentos militares.
    c)  A diplomacia brasileira manteve uma política de barganha com a Alemanha e com os Estados Unidos, negociando a adesão a uma das partes na Segunda Guerra Mundial mediante a obtenção de vantagens econômicas.
    d)  O Brasil assinou um acordo com cláusula de nação mais favorecida com os Estados Unidos em 1935, cujos objetivos eram diminuir a dependência comercial da Itália e conter a propagação do fascismo no sul do país.
    e)  O governo brasileiro deixou de participar de iniciativas panamericanas na década de 1930, na medida em que o Brasil não precisou contar com o apoio de países latino-americanos para contrapor o poder dos Estados Unidos no hemisfério ocidental.

     

    Ainda que se possa, sim, entender que a única alternativa possível é a C, precisamos observar que a construção da banca foi extremamente infeliz. Os termos de negociação propostos pelo brasileiro não foram "vantagens econômicas", mas sim toda uma estratégia muito mais complexa de industrialização do país e de reequipamento das nossas Forças Armadas - o que poderia ser alcançado com o auxílio de ambas as potências. Por outro lado, a moeda de barganha brasileira não era sua adesão a um dos lados na guerra, fato que, no teatro de operações, não era uma preocupação central para as grandes potências. O que estava em discussão era o acesso sistemático às matérias primas estratégicas que o Brasil poderia fornecer para as economias de guerra de ambos os países.

     

    Sobre isso, é importante que o estudante observe que, na primeira metade do século XX, eram poucos os substitutos sintéticos que poderiam ser usados em escala industrial, o que exigia, em muitos casos, o emprego de matérias primas oriundas do extrativismo, como a borracha natural. O Brasil, obviamente, era um grande fornecedor desse tipo de material, que seriam fundamentais para abastecer as indústrias bélicas para a fabricação desde a sola de coturnos até o isolamento térmico de aeronaves. Por isso, o país ganhou uma grande margem de manobra internacional, permitindo pressionar grandes potências num contexto internacional muito mais delicado. Ou seja, os termos de negociação foram completamente diferentes daqueles apresentados pela banca. Assim, inexistindo possibilidade correta de resposta, a questão deveria ser ANULADA.

     

    Nosso gabarito: ANULADA

    Gabarito da banca: ALTERNATIVA C

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    80) O final da Segunda Guerra Mundial em 1945 teve impacto na política brasileira do período, porque expôs a contradição entre

    • A) o esforço nacional de construção de mercados regionais e a unificação, no plano internacional, do mercado global.
    • B) a opção industrialista do regime varguista e a aceleração da demanda, no mercado internacional, de exportação de alimentos.
    • C) o prevalecimento de ideologias de esquerda no cenário mundial e a guinada à direita, no plano interno, do regime ditatorial.
    • D) a vitória externa da defesa da democracia liberal e a persistência, no âmbito interno, de um regime ditatorial.
    • E) a militarização dos Estados estrangeiros e a defesa intransigente, pelo governo varguista, de uma política externa pacifista.

    FAZER COMENTÁRIO

    A alternativa correta é letra D) a vitória externa da defesa da democracia liberal e a persistência, no âmbito interno, de um regime ditatorial.

    Vamos analisar cada alternativa, para identificar qual delas expõe a contradição na política brasileira do período pós-Segunda Guerra Mundial.

     

    A) O esforço nacional de construção de mercados regionais e a unificação, no plano internacional, do mercado global.

    INCORRETO. O período pós-Segunda Guerra Mundial no Brasil foi marcado por um esforço de industrialização e não especificamente de construção de mercados regionais. Além disso, a unificação do mercado global é um processo mais contemporâneo, relacionado à globalização, que não estava plenamente em vigor no imediato pós-guerra. Portanto, essa alternativa não expressa uma contradição presente na política brasileira do período.

     

    B) A opção industrialista do regime varguista e a aceleração da demanda, no mercado internacional, de exportação de alimentos.

    INCORRETO. A opção industrialista do regime varguista de fato contrastava com a demanda internacional por produtos agrícolas. No entanto, isso não configurou uma contradição, pois o Brasil conseguiu conciliar ambos os aspectos: manteve suas exportações agrícolas (especialmente café) e ao mesmo tempo investiu na industrialização.

     

    C) O prevalecimento de ideologias de esquerda no cenário mundial e a guinada à direita, no plano interno, do regime ditatorial.

    INCORRETO. Não houve um prevalecimento de ideologias de esquerda no cenário mundial após a Segunda Guerra. O que ocorreu foi a polarização entre as ideologias capitalista (liderada pelos EUA) e socialista (liderada pela URSS), dando início à Guerra Fria. Além disso, o regime varguista não deu uma guinada à direita, mas manteve uma política de conciliação entre as classes.

     

    D) A vitória externa da defesa da democracia liberal e a persistência, no âmbito interno, de um regime ditatorial.

    CORRETO. A Segunda Guerra Mundial terminou com a vitória dos Aliados, que defendiam a democracia liberal. No entanto, no Brasil, persistiu o Estado Novo, um regime ditatorial instaurado por Getúlio Vargas em 1937. Portanto, essa alternativa expressa uma contradição entre o contexto internacional e a realidade política brasileira no período.

     

    E) A militarização dos Estados estrangeiros e a defesa intransigente, pelo governo varguista, de uma política externa pacifista.

    INCORRETO. Apesar da militarização de muitos Estados no contexto da Guerra Fria, o governo varguista não defendeu intransigentemente uma política externa pacifista. Na verdade, o Brasil manteve relações pragmáticas com os demais países, buscando se beneficiar tanto do capitalismo norte-americano quanto do socialismo soviético.

     

    Portanto, a alternativa correta é a LETRA D.

    1 6 7 8 9 10 69