Na Antiguidade, todas as comunidades do Mediterrâneo viviam numa rede de conexões, não existiam isoladamente, mas no interior de uma grande teia de relações.
(Norberto Luiz Guarinello. História antiga, 2013. Adaptado.)
A “teia de relações” citada no excerto era formada
- A) pela regularidade do regime de chuvas no entorno do mar, que assegurava a produção e a troca ininterrupta de mercadorias entre as comunidades.
- B) pela disposição colaborativa entre as comunidades e pela inexistência de conflitos entre os povos que viviam no entorno do mar.
- C) pela autonomia produtiva das comunidades que habitavam o entorno do mar, que lhes assegurava acesso constante ao mar e diversidade de alimentos.
- D) pela diversidade da produção no entorno do mar e pelas diversas trocas comerciais que ocorriam entre as comunidades.
- E) pela hegemonia naval das cidades-Estado gregas, que impunham suas necessidades comerciais aos povos que viviam no entorno do mar.
Resposta:
A alternativa correta é letra D) pela diversidade da produção no entorno do mar e pelas diversas trocas comerciais que ocorriam entre as comunidades.
Gabarito: Letra D
pela diversidade da produção no entorno do mar e pelas diversas trocas comerciais que ocorriam entre as comunidades.
O Mar Mediterrâneo sempre foi uma área de trocas comerciais entre os povos que viviam regimes políticos distintos, indo desde as cidades-estado, passando por reinos ou impérios e que se beneficiavam das diversas rotas comerciais estabelecidas nessa localidade.
Durante a Antiguidade, povos como egípcios, fenícios, etruscos, romanos e os habitantes das cidades gregas usavam o Mediterrâneo como um espaço de conexões. Cada cidade banhada pelo mar era um ponto de ligação de uma grande teia de relações. As cidades gregas, por exemplo, eram especialistas na produção de um único artigo e trocavam por outros artigos oriundos de outras regiões nessa imensa e intensa rede de comércio.
Vamos conferir as palavras do autor:
todas as comunidades do Mediterrâneo viviam numa rede de conexões, não existiam isoladamente, mas no interior de uma grande teia de relações. Grandes portos ou ilhas, que eram caminhos obrigatórios de passagem, podiam dar-se ao luxo de centrar-se numa única produção lucrativa: azeite em Atenas, vinho em Quios, lã em Tarento etc. Sua posição como polos da rede lhes possibilitava obter os demais produtos essenciais. Outras diversificavam seus produtos à espera de navegadores interessados em adquiri-los e vendê-los em outros lugares. Todos os lugares dependiam de sua posição em redes de trocas.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: pela regularidade do regime de chuvas no entorno do mar, que assegurava a produção e a troca ininterrupta de mercadorias entre as comunidades.
Não havia uma regularidade do regime de chuvas na área do Mediterrâneo. Pelo contrário, o espaço é marcado pela irregularidade, em alguns locais chove mais e em outros chove menos, o que dificultava a produção agrícola em muitas cidades.
Letra B: pela disposição colaborativa entre as comunidades e pela inexistência de conflitos entre os povos que viviam no entorno do mar.
O Mediterrâneo era um espaço de disputa política entre os diversos povos que dele dependiam para as atividades econômicas. Por vezes alguma força pretendia dominar os fluxos comerciais na região bem como territórios no entorno do mar.
Letra C: pela autonomia produtiva das comunidades que habitavam o entorno do mar, que lhes assegurava acesso constante ao mar e diversidade de alimentos.
Não havia autonomia produtiva. As comunidades optaram por se especializar em um gênero agrícola de depois, integradas a essa teia de relações, trocavam por produtos dos quais necessitavam.
Letra E: pela hegemonia naval das cidades-Estado gregas, que impunham suas necessidades comerciais aos povos que viviam no entorno do mar.
Durante um período os atenienses dominaram as rotas comerciais que circulavam pelo Mediterrâneo, conseguindo estabelecer uma influência sobre as cidades que formavam a Liga de Delos, mas esse período foi encerrado na derrota para Esparta, que depois foi suplantada por outros impérios como o Macedônio e, por fim, o Romano.
Referência:
GUARINELLO, Norberto Luiz. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013.
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