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Questões Sobre Grécia Antiga - História - concurso

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201) Leia as afirmativas a seguir:

 

I. Na história da Grécia Antiga, o período Arcaico inicia-se com a reunião dos genos em unidades políticas maiores, chamadas feudos ou metrópoles.

 

II. O solo fértil disponível no Antigo Egito devia-se ao regime de enchentes anuais no Rio Nilo que transbordava durante um período anual regular, inundando suas margens e deixando o vale fertilizado pelo húmus.

 

Marque a alternativa CORRETA:

  • A) As duas afirmativas são verdadeiras.

  • B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

  • C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

  • D) As duas afirmativas são falsas.

FAZER COMENTÁRIO

Resposta: C) A afirmação II é verdadeira, e a I é falsa.

Essa questão aborda dois períodos históricos diferentes: o Período Arcaico da Grécia Antiga e o Antigo Egito. Afirmativa I refere-se ao Período Arcaico, que começou em torno de 800 a.C. e durou até 500 a.C. Nesse período, as cidades-estados gregas começaram a se desenvolver, e as unidades políticas maiores, chamadas feudos ou metrópoles, surgiram.

Já a afirmação II se refere ao Antigo Egito, que floresceu entre 3100 a.C. e 30 a.C. O solo fértil disponível no Antigo Egito se devia ao regime de enchentes anuais do Rio Nilo, que transbordava durante um período anual regular, inundando suas margens e deixando o vale fertilizado pelo húmus.

Portanto, a afirmação I é falsa, pois o Período Arcaico não se caracterizou pela reunião de genos em unidades políticas maiores chamadas feudos ou metrópoles. Já a afirmação II é verdadeira, pois o regime de enchentes anuais do Rio Nilo permitiu o desenvolvimento da agricultura no Antigo Egito.

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202) Leia as afirmativas a seguir:

 

I. O poder na antiga Esparta era exercido por um pequeno grupo ligado às atividades militares – os burgueses – que se dedicavam única e exclusivamente às artes e ao comércio.

 

II. O Paleolítico refere-se ao período da pré-história no qual os primeiros seres humanos iniciaram a constituição de grandes cidades antigas (Roma, Esparta e França).

 

Marque a alternativa CORRETA:

  • A) As duas afirmativas são verdadeiras.

  • B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.

  • C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.

  • D) As duas afirmativas são falsas.

FAZER COMENTÁRIO

A resposta correta é a letra D) As duas afirmativas são falsas.

Vamos analisar cada uma das afirmativas:

I. O poder na antiga Esparta era exercido por um pequeno grupo ligado às atividades militares – os burgueses – que se dedicavam única e exclusivamente às artes e ao comércio.

Essa afirmativa é falsa. Em Esparta, Antiga, o poder era exercido pela aristocracia e não pelos burgueses. Além disso, os espartanos se dedicavam mais às atividades militares do que às artes e ao comércio.

II. O Paleolítico refere-se ao período da pré-história no qual os primeiros seres humanos iniciaram a constituição de grandes cidades antigas (Roma, Esparta e França).

Essa afirmativa também é falsa. O Paleolítico é um período da pré-história que se refere ao início da era humana, caracterizado pelo uso de ferramentas de pedra. Não tem relação com a constituição de grandes cidades antigas.

Portanto, como ambas as afirmativas são falsas, a resposta correta é a letra D) As duas afirmativas são falsas.

203) A partir do ano 508 a.C. o arconte Clístenes introduziu em Atenas uma série de reformas de grande impacto político e social, consolidando o período chamado democrático. Para proteger a democracia Clístenes criou o ostracismo, que consistia:

  • A) Expulsar da cidade por 10 anos qualquer pessoa que representasse ameaça a democracia.
  • B) Dissolver o poder das aristocracias, que na prática dominavam o cenário político.
  • C) Permitir a assembleia do povo, que votava leis, escolhia os magistrados e decidia como gastar o dinheiro público.
  • D) Estabelecer um conselho de cidadãos, escolhidos por sorteio, que anualmente se reuniam para preparar os projetos de interesse público.

FAZER COMENTÁRIO

A resposta correta é a letra A) Expulsar da cidade por 10 anos qualquer pessoa que representasse ameaça à democracia.

Essa alternativa é correta porque, com o objetivo de proteger a democracia, Clístenes criou o ostracismo, que consistia em expulsar da cidade por 10 anos qualquer pessoa que representasse ameaça à democracia. Isso significava que qualquer cidadão que fosse considerado uma ameaça à estabilidade política ou que tentasse usurpar o poder seria afastado da cidade por um período de 10 anos.

Essa medida era crucial para consolidar o período democrático em Atenas, pois garantia que a democracia não fosse ameaçada por indivíduos ou grupos que queriam restaurar o poder aristocrático ou oligárquico. Além disso, o ostracismo também servia como um instrumento de controle social, pois permitia que a assembleia do povo pudesse julgar e punir aqueles que eram considerados uma ameaça à ordem democrática.

Portanto, a opção A) é a resposta correta, pois o ostracismo foi criado por Clístenes como uma forma de proteger a democracia em Atenas.

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204) Leia o excerto sobre a preparação dos rapazes na Grécia Antiga para exercer seu papel de cidadão e pai de família.

 

Dois tipos de iniciação persistiam nas épocas clássica e helenística em Atenas. A primeira, de origem mais arcaica, era a apresentação do adolescente à fratria1 paterna, inicialmente em um sacrifício oferecido pelo pai aos deuses Zeus e Atena. A segunda, provavelmente estabelecida na época clássica, era o serviço militar, chamado efebia. Ambas tinham igual importância para os gregos do período, e era indispensável que o jovem passasse pelas duas.

 

(Maria Beatriz Florenzano. Nascer, viver e morrer na Grécia Antiga, 1996. Adaptado.)

 

1 fratria: grupo de pessoas que acreditavam ter o mesmo ancestral.

 

De acordo com o excerto, tornar-se cidadão em Atenas dependia

  • A) da formação intelectual e do pertencimento às tropas da cidade.

  • B) da aceitação pelo grupo familiar e da preparação para a guerra.

  • C) do casamento dentro da linhagem e do auxílio militar ao Estado.

  • D) de pagamentos feitos aos sacerdotes e do combate aos inimigos.

  • E) do reconhecimento pelas autoridades civis e da capacidade bélica.

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A alternativa correta é letra B) da aceitação pelo grupo familiar e da preparação para a guerra.

Gabarito: ALTERNATIVA B

  

Leia o excerto sobre a preparação dos rapazes na Grécia Antiga para exercer seu papel de cidadão e pai de família.

 

Dois tipos de iniciação persistiam nas épocas clássica e helenística em Atenas. A primeira, de origem mais arcaica, era a apresentação do adolescente à fratria1 paterna, inicialmente em um sacrifício oferecido pelo pai aos deuses Zeus e Atena. A segunda, provavelmente estabelecida na época clássica, era o serviço militar, chamado efebia. Ambas tinham igual importância para os gregos do período, e era indispensável que o jovem passasse pelas duas.

 

(Maria Beatriz Florenzano. Nascer, viver e morrer na Grécia Antiga, 1996. Adaptado.)

 

1 fratria: grupo de pessoas que acreditavam ter o mesmo ancestral.

 
  • De acordo com o excerto, tornar-se cidadão em Atenas dependia

Note o estudante que temos aqui um simples exercício de interpretação de texto. O excerto citado no enunciado coloca que a cidadania ateniense tinha dois grandes rituais de passagem: a apresentação à fratria e o sucesso na efebia. A primeira se refere à aceitação pelo grupo familiar; ou seja, ser reconhecido como um igual, como um cidadão pleno por aqueles que já gozavam da plenitude dos seus direitos. A segunda era a iniciação militar, o colocar-se a serviço da polis como um cidadão em nome da defesa da cidade-Estado. Ou seja, a preparação para a guerra fazia parte da iniciação da cidadania ateniense. Assim, observemos as alternativas propostas.

 

a) da formação intelectual e do pertencimento às tropas da cidade.

b) da aceitação pelo grupo familiar e da preparação para a guerra.

c) do casamento dentro da linhagem e do auxílio militar ao Estado.

d) de pagamentos feitos aos sacerdotes e do combate aos inimigos.

e) do reconhecimento pelas autoridades civis e da capacidade bélica.

 

Por fim, note o estudante que é fundamental, numa questão como esta se ater ao que a banca solicita; isto é, à interpretação de texto. Não se tratava de uma questão para aferir os conhecimentos do candidato a respeito da Atenas clássica, mas sim de um esforço de reproduzir as informações apresentadas na forma de texto. Sem mais, está correta a ALTERNATIVA B.

205) Observe as três ordens da arquitetura grega clássica.

 

 

As três colunas correspondem, respectivamente, aos estilos:

  • A) dórico, jônico e coríntio.

  • B) jônico, gótico e românico.

  • C) românico, coríntio e dórico.

  • D) gótico, dórico e barroco.

  • E) coríntio, barroco e gótico.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) dórico, jônico e coríntio.

Gabarito: Letra A

 

(dórico, jônico e coríntio.)

 

Os gregos antigos usavam em suas edificações pedras, mármore e tijolos e desenvolveram algumas ordens arquitetônicas, definidas como a forma e disposição das partes salientes e sobretudo das colunas que distinguem os diferentes processos de construção.

 

Havia três ordens principais:

 

1) a dórica, com colunas sem base e capitel curvo

2) a jônica, com base e capitel voluta

3) a coríntia, com base e capitel voluta em forma de folhas, com pontas curvadas para fora

 

O que notamos na primeira imagem é uma coluna dórica, pois ela não apresenta base e o capitel é curvo. A imagem do meio é uma coluna jônica, pois tem base e capitel voluta e a última imagem é uma coluna coríntia, pois há base e o capitel se apresenta em forma de folhas abertas.

  

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra B: jônico, gótico e românico.

 

O gótico e o românico eram estilos medievais, portanto, surgem após o período clássico grego.

 

Letra C: românico, coríntio e dórico.

 

O românico é um estilo medieval, portanto, surge após o período clássico grego.

 

Letra D: gótico, dórico e barroco.

 

O gótico é um estilo medieval e o barroco é um estilo que surge a partir do século XVI, portanto, após o período clássico grego.

 

Letra E: coríntio, barroco e gótico.

 

O barroco é um estilo que surge a partir do século XVI e o gótico é um estilo medieval, surgem após o período clássico grego.

  

Referências:

 

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.

 

SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. São Paulo: Atual, 1994.

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206) (URCA/2019.1) Conta-nos um historiador grego que naquela cidade, “quando nascia uma criança, não era o pai que decidia se iria criá-la ou não. O recém-nascido era levado ao lugar onde se reuniam os mais velhos, que o examinavam. Se fosse sadio e robusto, podia ser criado pelos pais (…). Se, ao contrário, fosse fraco e deficiente, era lançado no precipício. Julgavam que isso era o melhor para a criança e para o governo.

 

(PLUTARCO, Vida de Licrugo, 16, 1.2. IN: MAFRE Jean-Jacques. A vida na Grécia Clássica. Rio de Janeiro: Zahar, 1989, p. 146-147)


Podemos dizer corretamente que o texto se aplica às crianças da Cidade-Estado Grega de:

  • A) tenas;
  • B) Esparta;
  • C) Roma;
  • D) Corinto;

  • E) Éfeso.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) Esparta;

Gabarito: Letra B

 

(Esparta)

 

A pólis grega de Esparta era conhecida por ser altamente militarizada. Os meninos quando chegavam aos 7 anos eram privados da convivência com os pais e levados até as escolas onde o principal ensino era o militar.

 

A organização política de Esparta se baseava em um conselho de mais velhos, conhecido pelo nome de Gerúsia. Era essa instituição que decidia sobre a vida e a morte de crianças na pólis espartana. Se a criança tivesse algum problema físico ou mental era lançada do precipício. Se fosse sadia e robusta ingressaria na idade de 7 anos nos centros militares espartanos.

  

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: Atenas;

 

Atenas não tinha por costume descartar as crianças se elas nascessem com alguma necessidade especial.

 

Letra C: Roma;

 

Roma não era uma cidade-estado grega, mas da Península Itálica.

 

Letra D: Corinto;

 

Corinto não tinha por costume descartar as crianças se elas nascessem com alguma necessidade especial.

 

Letra E: Éfeso.

 

Éfeso era uma cidade-estado grega fundada fora da península grega e não tinha por costume descartar as crianças se elas nascessem com alguma necessidade especial.

  

Referências:

 

COTRIM, Gilberto. Historiar, 6° ano: ensino fundamental: anos finais. São Paulo: Saraiva, 2018.

 

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto. 2002.

 

207) “Os debates atenienses sobre democracia, mesmo daqueles que não gostavam dela, e existiam muitos atenienses que não gostavam, nos mostram que uma democracia bem sucedida depende de muito mais do que o voto. Então acho que eles nos ajudam a refinar nossos próprios argumentos. Acho que eles nos ajudam a ver por que debatemos do jeito atual, de forma muito mais abrangente no Ocidente.”

 

O que a Grécia Antiga pode ensinar às democracias atuais, segundo a ‘professora de clássicos mais famosa do mundo. Mary Beard, Entrevista concedida ao G1, em 18/08/2018. Acesso no endereço:

https://g1.globo.com/educacao/noticia/2018/08/18/o-que-a-grecia-antiga-pode-ensinar-as-democracias-atuais-segundo-a-professora-de classicos-mais-famosa-do-mundo.ghtml

 

Sobre a democracia ateniense marque somente as afirmativas corretas:

 

I – Drácon foi responsável por sistematizar o conjunto de leis atenienses, que até então eram orais, e representaram um marco para a mudança política ateniense. As leis draconianas se caracterizaram pela rigidez. Deve-se a Drágon alguns princípios importantes do Direito Penal, como as distinções entre o homicídio involuntário, voluntário e legítima defesa;

 

II – A Eclésia, criada por Sólon, tornou-se a mais importante assembleia da democracia ateniense. Estava aberta a todos os cidadãos que eram homens, com mais de vinte anos, filhos de pai e mãe natural da polis. Através dela todos seus membros poderiam aprovar ou rejeitar leis;

 

III – Clístenes e Sólon são considerados os principais expoentes da Democracia ateniense. Clístones, realizou uma grande reforma política que estabilizou o regime;

 

IV – Após as reformas de Clístones, houve um grave período de turbulências com a ascensão de Pisistrato, tirano com grande apoio popular.

 

Considerando as afirmações acima, são corretas:

  • A) As opções I e III

  • B) As opções IV e II

  • C) As opções I, II e III

  • D) Somente a opção II

  • E) As opções II, III e IV

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) As opções I, II e III

Gabarito: alternativa C)

 

A questão trata sobre a democracia ateniense. Devemos analisar as quatro assertivas sobre tal temáticas e apontar se estão corretas ou incorretas.

 

I – Drácon foi responsável por sistematizar o conjunto de leis atenienses, que até então eram orais, e representaram um marco para a mudança política ateniense. As leis draconianas se caracterizaram pela rigidez. Deve-se a Drágon alguns princípios importantes do Direito Penal, como as distinções entre o homicídio involuntário, voluntário e legítima defesa;

Correta. Drácon foi um nobre político e estadista que viveu na Atenas do século VII a. C. Foi considerando um político revolucionário em sua época e sintetizou rigorosas leis em um código chamado "Código de Dragon" ou Código Draconiano. Assim como é dito pela assertiva, o trabalho de Drácon na legislação influenciou muitos fundamentos do Direito e até hoje quando uma lei é muito rígida, ela pode ser apelidada de "lei draconiana".

 

II – A Eclésia, criada por Sólon, tornou-se a mais importante assembleia da democracia ateniense. Estava aberta a todos os cidadãos que eram homens, com mais de vinte anos, filhos de pai e mãe natural da polis. Através dela todos seus membros poderiam aprovar ou rejeitar leis;

Correta. Sólon foi um nobre estadista, aristocrata e poeta ateniense que viveu entre os séculos VII a. C. e VI a. C. A Eclésia era uma espécie de assembleia popular aberta a todos os cidadãos que atendessem aos critérios mencionados no item II e Solón realmente foi seu criador. O pensamento de Solón também é muito importante no estudo das primeiras concepções de Democracia.

 

III – Clístenes e Sólon são considerados os principais expoentes da Democracia ateniense. Clístones, realizou uma grande reforma política que estabilizou o regime;

Correta. Clístenes foi um político e legislador grego que viveu entre os séculos VI a. C. e V a. C. Ele foi uma das pessoas que levou a obra de Sólon adiante. Assim como é afirmado pela assertiva, Clístenes realmente empreendeu reformas que estabilizaram a democracia ateniense.

 

IV – Após as reformas de Clístones, houve um grave período de turbulências com a ascensão de Pisistrato, tirano com grande apoio popular.

Incorreta. Pisístrato foi um governante tirano que tinha o apoio popular, mas ele chegou ao poder num período anterior às reformas de Clístenes, e não posterior, como afirma o item III. Clístenes conseguiu colocar um fim no período dos governos tirânicos, iniciado no governo de Psístrato, e reestabeleceu a democracia ateniense.

 

Dessa forma, os itens I, II e III estão corretos e o IV está incorreto.

 

Portanto, o nosso gabarito é a c) As opções I, II e III

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208) Pedro Paulo Funari (GRÉCIA; ROMA, 2004) afirmou que o mundo micênico desapareceu no século XI a.C. gradativamente, sem que se saiba o que ocorreu. Palácios deixaram de ser usados, assim como a escrita, até que uma nova civilização, sem palácios, viesse a surgir. Sobre este contexto, assinale a alternativa correta.

  • A) A civilização micênica floresceu e a principal atividade econômica era a agricultura, controlada e praticada por comunidades patriarcais.
  • B) Os micênicos não deixaram documentos escritos, mas foram encontrados grandes quantidades de vestígios arqueológicos que contribuíram para a compreensão desta civilização.
  • C) Os documentos posteriores a Micenas mais antigos são os poemas atribuídos a Homero, poeta que teria organizado os registros escritos da guerra entre gregos e troianos.
  • D) O poema Ilíada descreve o retorno de Odisseu de Tróia até a ilha de Ítaca, caminho no qual enfrentou tempestades e o canto de sereias, pássaros com cabeças de mulher que habitavam uma ilha deserta e atraíam os marinheiros para a morte.
  • E) A chegada dos gregos ao território significou a chegada de um elemento novo que se misturou com seus predecessores para criar, lentamente, uma civilização e estendê-la; ou seja, foi uma grande mistura de elementos culturais que foram adaptados pelos gregos.

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A alternativa correta é a letra E) A chegada dos gregos ao território significou a chegada de um elemento novo que se misturou com seus predecessores para criar,<|begin_of_text|> (lentamente) uma civilização e estendê-la; ou seja, foi uma grande mistura de elementos culturais que foram adaptados pelos gregos.

O autor Pedro Paulo Funari afirma que o mundo micênico desapareceu no século XI a.C. gradualmente, sem que se saiba o que ocorreu. Ele destaca que os palácios deixaram de ser usados, assim como a escrita, até que uma nova civilização, sem palácios, viesse a surgir.

Nesse contexto, a alternativa E é a que melhor se encaixa. A chegada dos gregos ao território não foi uma substituição de uma civilização por outra, mas sim uma mistura de elementos culturais que foram adaptados pelos gregos. Isso significa que a civilização grega surgiu a partir da combinação de diferentes elementos, criando algo novo e único.

As outras alternativas não se encaixam no contexto da questão. A alternativa A afirma que a civilização micênica floresceu e que a principal atividade econômica era a agricultura, controlada e praticada por comunidades patriarcais, o que não é verdadeiro. A alternativa B afirma que os micênicos não deixaram documentos escritos, mas foram encontrados grandes quantidades de vestígios arqueológicos que contribuem para a compreensão dessa civilização, o que não é relevante para a questão. A alternativa C afirma que os documentos posteriores a Micenas mais antigos são os poemas atribuídos a Homero, o que não é verdadeiro. A alternativa D descreve o poema Ilíada, que não é relevante para a questão.

209) A Odisseia choca-se com a questão do passado. Para perscrutar o futuro e o passado, recorre-se geralmente ao adivinho. Inspirado pela musa, o adivinho vê o antes e o além: circula entre os deuses e entre os homens, não todos os homens, mas os heróis, preferencialmente mortos gloriosamente em combate. Ao celebrar aqueles que passaram, ele forja o passado, mas um passado sem duração, acabado.

 

(François Hartog. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo, 2015. Adaptado.)

 

O texto afirma que a obra de Homero

  • A) questiona as ações heroicas dos povos fundadores da Grécia Antiga, pois se baseia na concepção filosófica de physis.

  • B) valoriza os mitos em que os gregos acreditavam e que estão no fundamento das concepções modernas de tempo e história.

  • C) é fundadora da ideia de história, pois concebe o passado como um tempo que prossegue no presente e ensina os homens a aprenderem com seus erros.

  • D) identifica uma forma do pensamento mítico e uma visão de passado estranha à ideia de diálogo entre temporalidades, que caracteriza a história.

  • E) desenvolve uma abordagem crítica do passado e uma reflexão de caráter racionalista, semelhantes à da filosofia pré-socrática.

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A alternativa correta é letra D) identifica uma forma do pensamento mítico e uma visão de passado estranha à ideia de diálogo entre temporalidades, que caracteriza a história.

Gabarito: Letra D

 

(identifica uma forma do pensamento mítico e uma visão de passado estranha à ideia de diálogo entre temporalidades, que caracteriza a história.)

 

 

Ainda hoje se discute a existência de Homero. Independente disso, Homero é uma representação de uma figura da Grécia Antiga conhecida como aedo, uma espécie de poeta que cantava as histórias dos heróis gregos.

 

O aedo é aquele que baseado em inspirações míticas, geralmente dos deuses ou das musas, teria a capacidade de cantar o passado e o futuro, mas apenas aqueles passados e futuros ligados aos heróis.

 

Segundo François Hartog, o aedo não conseguiria distinguir as temporalidades, ou seja, o que seria o passado, o presente e o futuro. Ele está sob inspiração divina e revelaria o que os deuses gostariam que fosse revelado. Não há qualquer diálogo entre as temporalidades, e, portanto,  não haveria historicidade.

 

 

 

Por que as demais estão incorretas?

 

 

Letra A: questiona as ações heroicas dos povos fundadores da Grécia Antiga, pois se baseia na concepção filosófica de physis.

 

A obra de Homero não questiona as ações heroicas dos povos fundadores da Grécia Antiga, mas as valoriza.

 

 

Letra B: valoriza os mitos em que os gregos acreditavam e que estão no fundamento das concepções modernas de tempo e história.

 

As concepções modernas de tempo e história não estão baseadas nos regimes mitológicos.

 

 

Letra C: é fundadora da ideia de história, pois concebe o passado como um tempo que prossegue no presente e ensina os homens a aprenderem com seus erros.

 

A história começa a ser contada a partir de Heródoto, considerado o “pai da história” e se aprofunda com Tucídides. Além disso, a narrativa do aedo não é focada no presente, mas apenas no passado ou no futuro.

 

 

Letra E: desenvolve uma abordagem crítica do passado e uma reflexão de caráter racionalista, semelhantes à da filosofia pré-socrática.

 

O passado não será criticado pelos aedos. Ele apenas é cantado como sendo proveniente de uma inspiração dos deuses ou das musas. Não há qualquer elemento de racionalidade e objetividade sobre a narrativa desses poetas.

 

 

Referência:

 

HARTOG, François. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo. Belo Horizonte: Autêntica,  2015.

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210)     Enquanto permitia a escravidão e a desigualdade da mulher, a Atenas clássica praticava a democracia executora de poder de forma ainda mais enfática que a modernidade. Inversamente, existem Estados que proíbem a escravidão, dão igualdade de direitos às mulheres e reconhecem os direitos de liberdade, mas não são organizados democraticamente.

 

HÖFFE, Otfried. A democracia no mundo hoje. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 135 (adaptado).

 

A partir das informações do texto precedente, é correto inferir a existência de

  • A)  democracia ampla na Atenas clássica.

  • B)  cidadania ampla em Estados contemporâneos.

  • C)  cidadania restrita na Atenas clássica e em Estados contemporâneos.

  • D)  democracia restrita na Atenas clássica e em Estados contemporâneos.

  • E)  cidadania restrita na Atenas clássica e democracia restrita em Estados contemporâneos.

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A alternativa correta é letra E)  cidadania restrita na Atenas clássica e democracia restrita em Estados contemporâneos.

Gabarito: Letra E (cidadania restrita na Atenas clássica e democracia restrita em Estados contemporâneos.)

 

Meu gabarito: anulada

  

A questão pede que façamos a leitura do texto e cheguemos a algumas conclusões.

 

É possível notar que a democracia em Atenas era restrita, pois não possibilitou a participação de mulheres e escravos (sem contar os não atenienses). Como a democracia se baseava na vida pública da cidade, os que participavam das decisões políticas eram considerados cidadãos, portanto, a cidadania em Atenas também era restrita.

 

Nos Estados contemporâneos é possível observar que há certo reconhecimento de direitos e participação de grupos sociais, o que nos leva a pensar que a cidadania foi ampliada em relação a Atenas Clássica. Mas existem estados que não são democráticos, pois vivem em regime de monarquias hereditárias. Logo, a cidadania é ampla, mas a democracia é restrita ou inexistente.

 

A meu ver essa questão poderia ser anulada, pois em Atenas tanto a cidadania quanto a democracia eram restritas e o mesmo ocorre em muitos estados contemporâneos, pois ainda há discriminações e ausência de reconhecimento de direitos de alguns grupos sociais. O que nos levaria a ter como respostas as alternativas C e D.

  

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: democracia ampla na Atenas clássica.

 

A democracia em Atenas era direta, ou seja, sem a necessidade de intermediadores ou políticos. Entretanto, era restrita, pois excluía de sua participação as mulheres, escravos, estrangeiros e homens com menos de 21 anos.

 

Letra B: cidadania ampla em Estados contemporâneos.

 

Entendendo cidadania para além do voto e do direito de escolher representantes, os Estados contemporâneos ainda pecam na questão da cidadania e no reconhecimento de direitos por parte de alguns grupos sociais como os negros, os indígenas, a comunidade LGBTQIA+.

 

Letra C: cidadania restrita na Atenas clássica e em Estados contemporâneos.

 

Essa alternativa poderia anular a questão, pois a cidadania era restrita em Atenas e ainda é em alguns estados contemporâneos, principalmente quando não reconhecem direitos a alguns grupos sociais.

 

Letra D: democracia restrita na Atenas clássica e em Estados contemporâneos.

 

Essa alternativa poderia anular a questão, pois a democracia era restrita em Atenas e ainda o é em alguns estados contemporâneos como as monarquias hereditárias.

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