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Questões Sobre Grécia Antiga - História - concurso

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241) Uma marca cultural importante da Antiguidade foi o helenismo, que pode ser definido como

  • A) a hegemonia da cultura ateniense, também conhecida como helênica, em todo o mundo antigo, após a vitória de Atenas sobre Esparta, acarretando a forte difusão de seus valores.
  • B) o impacto dos contatos e intercâmbios ocorridos entre a cultura grega e o Oriente Médio, que produziram avanços em diversos campos do conhecimento, desenvolvendo o antropocentrismo e propiciando o surgimento do Renascimento.
  • C) a permanência da cultura grega como um legado universal, mesmo após ter se erigido o império romano, que rechaçou essa herança e buscou combater, sem sucesso, sua influência.
  • D) o multiculturalismo fragmentado decorrente do contato entre europeus, árabes e asiáticos, que ocorreu durante a vigência do governo de Alexandre, o Grande.
  • E) a preponderância, na Europa, da assimilação e da difusão da cultura grega por todo o império macedônico, principalmente após a anexação de parte importante da Grécia a esse território.

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A alternativa correta é letra E) a preponderância, na Europa, da assimilação e da difusão da cultura grega por todo o império macedônico, principalmente após a anexação de parte importante da Grécia a esse território.

Gabarito: ALTERNATIVA E

 
  • Uma marca cultural importante da Antiguidade foi o helenismo, que pode ser definido como

O período helenístico é caracterizado pela difusão da cultura grega pela Europa dentro do império macedônico. Depois da ascensão de Alexandre, o grande, a Macedônia conseguiu conquistar vasto território na orla do Mediterrâneo, atingindo até os domínios persas. Dentro desse espaço, idealizado por Alexandre, foi fartamente difundida a cultura grega. Ou seja, ao mesmo tempo em que marca o ocaso das cidades-Estados do modelo clássico, o helenismo marca o esplendor da cultura grega na Europa, o que seria decisivo para se configurar como base importante do pensamento Ocidental. Assim, observemos as alternativas propostas.

 
  • a)  a hegemonia da cultura ateniense, também conhecida como helênica, em todo o mundo antigo, após a vitória de Atenas sobre Esparta, acarretando a forte difusão de seus valores.

O período helenístico é posterior ao período das cidades-Estados. Ou seja, marca a assimilação de cidades como Atenas e Esparta pela Macedônia. Alternativa errada.

  • b)  o impacto dos contatos e intercâmbios ocorridos entre a cultura grega e o Oriente Médio, que produziram avanços em diversos campos do conhecimento, desenvolvendo o antropocentrismo e propiciando o surgimento do Renascimento.

Trata o helenismo da valorização da cultura grega dentro do império macedônico. Por sua vez, o Renascimento é fenômeno muito posterior, ocorrendo no início da Idade Moderna; ao passo que estamos tratando da Antiguidade Clássica. Alternativa errada.

 
  • c)  a permanência da cultura grega como um legado universal, mesmo após ter se erigido o império romano, que rechaçou essa herança e buscou combater, sem sucesso, sua influência.

O helenismo é anterior à ascensão romana, pertencendo ao domínio macedônico. Por sua vez, Roma também valorizaria o arcabouço cultural grego e importaria várias de suas construções, como a filosofia, o teatro e a religião. Alternativa errada.

 
  • d)  o multiculturalismo fragmentado decorrente do contato entre europeus, árabes e asiáticos, que ocorreu durante a vigência do governo de Alexandre, o Grande.

Alexandre, o Grande, estabeleceu os esteios do helenismo; ou seja, da prevalência da cultura grega dentro dos limites do seu império. Não houve, portanto, uma percepção de multiculturalismo, mas sim de predomínio grego. Alternativa errada.

 
  • e)  a preponderância, na Europa, da assimilação e da difusão da cultura grega por todo o império macedônico, principalmente após a anexação de parte importante da Grécia a esse território.

ALTERNATIVA CORRETA.

   

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA E.

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242) Observe o trecho a seguir: “Democracia – algo tão valioso para nós – é um conceito surgido na Grécia antiga. Por cerca de um século, a partir de meados do século v a.C., Atenas viveu esta experiência única em sua época. Democracia, em grego, quer dizer ‘poder do povo’, à diferença de ‘poder de um’, a monarquia, ou ‘poder de poucos’, a oligarquia ou aristocracia.” Embora a experiência democrática ateniense sugerisse poder ao povo, como citado no texto acima, é preciso mencionar que tal regime tinha seus limites, tais como:

  • A) eram considerados como cidadãos apenas os homens, estrangeiros ou não, que fossem maiores de 18 anos.
  • B) apenas a aristocracia possuía o direito de falar na Assembleia, cabendo aos demais o direito de votar contra ou a favor das proposições apresentadas.
  • C) mulheres, menores de 18 anos, escravizados e estrangeiros ou filhos de pais estrangeiros não eram considerados cidadãos, o que diminuía substancialmente a massa de participantes políticos na cidade.
  • D) os cidadãos atenienses tinham seus poderes restringidos ao voto, isto é, liberdades individuais e igualdade com relação aos demais cidadãos não era uma característica desse modelo de democracia.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) mulheres, menores de 18 anos, escravizados e estrangeiros ou filhos de pais estrangeiros não eram considerados cidadãos, o que diminuía substancialmente a massa de participantes políticos na cidade.

Gabarito: Letra C

 

mulheres, menores de 18 anos, escravizados e estrangeiros ou filhos de pais estrangeiros não eram considerados cidadãos, o que diminuía substancialmente a massa de participantes políticos na cidade.

 

 

A democracia ateniense foi um governo organizado a partir das reformas de Clístenes. Nesse tipo de governo houve a ampliação da participação de cidadãos no governo da pólis. Mas nem todo mundo era cidadão em Atenas, o que revela que a democracia nessa cidade tinha limites.

 

Eram considerados cidadãos os homens livres nascidos em Atenas e maiores de 21 anos. A democracia excluía da participação os estrangeiros, os atenienses nascidos de pais estrangeiros, os escravos, as mulheres e os homens livres atenienses menores de 21 anos.

 

Segundo Jaime Rodrigues e Gilberto Cotrim, calcula-se que, no século V a.C., Atenas tinha por volta de 310 mil habitantes, dos quais apenas cerca de 42 mil eram cidadãos. Portanto, a democracia ateniense excluía a maior parte da população.

 

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: eram considerados como cidadãos apenas os homens, estrangeiros ou não, que fossem maiores de 18 anos.

 

Eram considerados cidadãos os homens nascidos em Atenas e que fossem maiores de 21 anos. Os estrangeiros ou atenienses nascidos de pais estrangeiros não eram considerados cidadãos.

 

 

Letra B: apenas a aristocracia possuía o direito de falar na Assembleia, cabendo aos demais o direito de votar contra ou a favor das proposições apresentadas.

 

Com as reformas feitas por Clístenes, houve ampliação do direito de participação política na Assembleia ateniense. A cidadania foi estendida aos ricos, pobres, comerciantes e pequenos proprietários de terras.

 

 

Letra D: os cidadãos atenienses tinham seus poderes restringidos ao voto, isto é, liberdades individuais e igualdade com relação aos demais cidadãos não era uma característica desse modelo de democracia.

 

Não havia distinção política entre os que eram considerados cidadãos. Uma característica básica da cidadania ateniense era a ideia de isonomia, ou seja, de que todos teriam os mesmos direitos perante a lei.

 

   

Referência:

 

COTRIM, Gilberto e RODRIGUES, Jaime. Historiar, 6° ano: ensino fundamental: anos finais. São Paulo: Saraiva, 2018.

 

243) Sobre a Grécia Antiga, analise as assertivas abaixo:

I. O período arcaico (VIII-VI a.C.) corresponde ao período de desenvolvimento da pólis e do surgimento da noção de cidadão livre contraposto ao escravo como mercadoria. É o período em que Esparta e Atenas aparecem como modelos de organização social.

II. O Oikós, a casa-família, é a instituição em torno da qual se organiza toda a vida social após a desagregação da realeza micênica. A oikonomia, isto é, a direção, a administração e o governo da casa-família constituem um atributo do chefe da família, o Anax, de modo que, neste período, a economia não diz respeito à gestão da cidade ou do Estado, mas sim da administração dos bens privados e às relações entre os chefes dessas famílias.

III. Durante o período micênico, a vida social aparece centralizada em torno do palácio, de modo que a figura do rei concentra e unifica todos os elementos do poder e aspectos da soberania.

IV. A Odisseia é o poema que conta os valores do oikós e da ética aristocrática.

V. A oligarquia militarista de Esparta e a democracia ateniense inspiraram as obras Odisseia e Ilíada, de Homero.

Quais estão corretas?

  • A) Apenas I, II e V.

  • B) Apenas I, III e IV.

  • C) Apenas II, III e IV.

  • D) Apenas II, IV e V.

  • E) I, II, III, IV e V.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) Apenas I, III e IV.

Gabarito: Letra B

 

As afirmativas corretas são I, III e IV.

 

Vamos analisar as proposições.

 

I. O período arcaico (VIII-VI a.C.) corresponde ao período de desenvolvimento da pólis e do surgimento da noção de cidadão livre contraposto ao escravo como mercadoria. É o período em que Esparta e Atenas aparecem como modelos de organização social. (CORRETA)

 

É comum dividir a história da Grécia em cinco períodos: Pré-Homérico, Homérico, Arcaico, Clássico e Helenístico. O período arcaico (VIII-VI a.C.) é o momento no qual ocorre a formação na Grécia antiga de cidades que eram chamadas de pólis. Cada pólis, ou cidade-Estado, era independente e desenvolveu seu governo, suas leis, seu calendário e sua moeda. Duas pólis se destacaram nesse período: Esparta e Atenas. É também no período arcaico que surge a distinção entre seres humanos escravizados e seres humanos livres, estes considerados como cidadãos.

 

II. O Oikós, a casa-família, é a instituição em torno da qual se organiza toda a vida social após a desagregação da realeza micênica. A oikonomia, isto é, a direção, a administração e o governo da casa-família constituem um atributo do chefe da família, o Anax, de modo que, neste período, a economia não diz respeito à gestão da cidade ou do Estado, mas sim da administração dos bens privados e às relações entre os chefes dessas famílias. (INCORRETA)

 

Na Grécia do período arcaico, a unidade de produção era o Oikós ("casa", "propriedade"), onde trabalhavam pessoas para um chefe de família, o despotés. O Oikós é a instituição social casa-família. Oikonomia é o termo designado para definir a direção, a administração e o governo da casa-família pelo chefe da família, Oikonomia deu origem a palavra economia, que naquela época não se referia à gestão da cidade ou do Estado e sim à administração dos bens privados e às relações entre os chefes dessas famílias.

 

III. Durante o período micênico, a vida social aparece centralizada em torno do palácio, de modo que a figura do rei concentra e unifica todos os elementos do poder e aspectos da soberania. (CORRETA)

 

Durante o período micênico, quando os povos que deram origem aos gregos estavam migrando e organizando as suas sociedades, a vida social tem como lugar central o palácio. Nele, o rei concentra e unifica todos os elementos do poder e da soberania..

   

IV. A Odisseia é o poema que conta os valores do oikós e da ética aristocrática. (CORRETA)

 

A Odisseia é uma epopeia de Homero que conta o retorno de Ulisses para Ítaca. Ulisses era um herói aqueu que lutou na Guerra de Troia. Enquanto os outros combatentes, depois de vencida a guerra contra Troia, voltavam para seus reinos, Ulisses ainda permaneceu cerca de 20 anos tentando reencontrar sua terra natal (Ítaca), sua mulher Penélope e seu filho Telêmaco. A epopeia narra as aventuras e desventuras de Ulisses a caminho de casa. A Odisseia é o poema da paz, dos valores do oikós e da ética aristocrática.

 

 

V. A oligarquia militarista de Esparta e a democracia ateniense inspiraram as obras Odisseia e Ilíada, de Homero. (INCORRETA)

 

As epopeias de Homero são narradas em um tempo anterior da formação da democracia ateniense e do militarismo espartano. A Ilíada narra a batalha final da Guerra de Troia (Ílion, em grego), ocorrida por volta de 1200 a.C. ou 1000 a.C., em que os gregos vencem os troianos. A Odisseia conta as aventuras de Ulisses (Odisseu, em grego), um dos heróis da Guerra de Troia, em sua volta à terra natal.

 

 

Referências:

 

EYLER, Flávia Maria Schlee. História antiga Grécia e Roma: a formação do ocidente. Petrópolis: Editora Vozes, 2014.

 

VICENTINO, Cláudio e VICENTINO, José Bruno. Teláris história, 6º ano: ensino fundamental, anos finais. São Paulo: Ática, 2018.

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244)   Texto associado

“Os escravos e metecos gozam de uma total liberdade de ação: aí é proibido castigá-los, e um escravo não prima pela polidez. (…) Se se estranha ver lá os escravos levando uma boa vida e alguns mesmo conhecendo uma existência suntuosa, pode-se observar que existe um propósito deliberado em permitir que isto aconteça.

(…) Ora, quando o escravo de um senhor teme outro, há o perigo de o primeiro oferecer a este suas riquezas para evitar de se pôr em perigo pessoal.”

(Igualdade social na Atenas Clássica: Pseudo- Xenofonte, República dos Atenienses, I, 10-12. IN: PINSKY, Jaime. 100 Textos de História Antiga. Global Editora. 2ª edição. SP. 1980. pp. 19 e 20.)

A Grécia foi considerada uma das principais civilizações clássicas da antiguidade que teve o sistema escravista ao longo de sua história.

A partir do breve relato acerca das relações sociais na Grécia Antiga, conclui-se que:

  • A) a cidadania grega não era contraditória, especialmente para seus cidadãos, pois democracia e escravidão conviviam de forma harmônica em sua sociedade
  • B) no caso dos metecos, havia uma grande quantidade de cargos profissionais e da Marinha a serem ocupados por eles, justificando essa concessão de igualdade
  • C) os metecos eram formados por estrangeiros residentes em Atenas que, por não possuírem direitos políticos, eram impedidos de praticar o comércio e o artesanato
  • D) a escravidão em Atenas, fundamental para a economia e para a consolidação da “democracia”, impedia que as camadas populares tivessem algumas reivindicações atendidas

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A alternativa correta é letra B) no caso dos metecos, havia uma grande quantidade de cargos profissionais e da Marinha a serem ocupados por eles, justificando essa concessão de igualdade

 

Gabarito: Letra B

 

no caso dos metecos, havia uma grande quantidade de cargos profissionais e da Marinha a serem ocupados por eles, justificando essa concessão de igualdade

 

Os metecos são os estrangeiros que viviam na pólis ateniense. Estavam excluídos da vida política, reservada apenas aos homens maiores de 18 anos filhos de pai e mãe atenienses. Se a participação política era negada aos metecos, o mesmo não se pode dizer de sua participação em atividades econômicas.

 

Esse grupo social era fundamental para Atenas, pois eram eles os responsáveis pela produção e circulação da riqueza na cidade. Os metecos dominavam o comércio marítimo, o comércio interno, o artesanato e a marinha ateniense.

 

Durante o regime democrático, muitos autores atenienses escreveram sobre o cotidiano da democracia. Um pseudo Xenofonte descreveu em sua obra, República dos Atenienses, a dificuldade que existia em distinguir quem era cidadão, escravo e meteco, devido à igualdade econômica e social possibilitada pelas leis da pólis.

 

Porém devemos sempre relembrar que por mais que Atenas possibilitasse a igualdade aos metecos e escravos, esta ficou restrita apenas ao plano econômico e social. Um meteco ou escravo jamais teve a oportunidade de atingir a igualdade política, tornando-se um cidadão ativo, podendo participar das tomadas de decisões sobre a política ateniense.

 

 

Por que as demais estão incorretas?

 

 

Letra A: a cidadania grega não era contraditória, especialmente para seus cidadãos, pois democracia e escravidão conviviam de forma harmônica em sua sociedade.

 

Havia compatibilidade entre escravidão e democracia na pólis ateniense, o que não significa que houvesse uma harmonia na sociedade, pois sendo um grupo numeroso, os escravizados poderiam a qualquer momento organizar revoltas na cidade. Daí, às vezes, a possibilidade de os escravos adquirirem igualdade econômica, enriquecendo, comprando propriedades, ascendendo socialmente, porém sempre excluídos das decisões políticas.

 

 

Letra C: os metecos eram formados por estrangeiros residentes em Atenas que, por não possuírem direitos políticos, eram impedidos de praticar o comércio e o artesanato

 

Os metecos não tinham direitos políticos, mas não eram impedidos de praticar o comércio e o artesanato.

 

 

Letra D: a escravidão em Atenas, fundamental para a economia e para a consolidação da “democracia”, impedia que as camadas populares tivessem algumas reivindicações atendidas.

 

Escravidão e democracia eram compatíveis em Atenas, uma vez que os escravos não eram considerados cidadãos, portanto, restritos à esfera da produção econômica, a presença de um grupo que se dedicasse ao trabalho possibilitou que os homens atenienses, independentemente de sua condição social (ricos ou pobres) pudessem tomar as decisões para a cidade. Por camada popular também precisamos incluir os camponeses atenienses que também eram considerados cidadãos e tinham participação política na pólis. Um dos momentos em que os camponeses conseguiram vitória foi quando houve a proibição da escravidão por dívidas. Muitos camponeses eram transformados em escravos por seus senhores em função de não conseguirem entregar parte da produção que lhes era destinada. Após muita reivindicação houve a aprovação dessa medida.

 

   

Referências:

 

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002

 

PINSKY, Jaime. 100 textos de história antiga. São Paulo: Contexto, 2012.

 

QUARANTA, Ettore. A pólis e os metecos. Anais eletrônicos do XXII Encontro estadual de História da ANPUH-SP, 2014.

245) Em um período muito breve, o “meio século” entre a conclusão vitoriosa da guerra contra a Pérsia e o início da Guerra do Peloponeso (478-432a.C.), as cidades-estados gregas conheceram o ápice de sua fortuna econômica e criativa. Sobretudo em Atenas, que liderou a vitória sobre o Império Persa, esse é um período de alargamento dos horizontes mentais, em que o regime democrático e o enriquecimento econômico permitiram a emancipação do indivíduo dos vínculos de parentesco e promoveram o desenvolvimento político e cultural da polis.

Neste contexto, o teatro assumiu um papel específico, corretamente descrito nas afirmativas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.

  • A) O teatro era o lugar privilegiado da exaltação dos valores da cidade e do debate político e moral.
  • B) Os grupos dirigentes atenienses consideravam o teatro como um instrumento decisivo para a educação do cidadão.
  • C) A palavra falada era o instrumento mais eficaz de comunicação de massa e produção de consenso.
  • D) Os cidadãos da polis frequentavam o teatro para se divertir e esquecer os horrores das guerras.
  • E) Os cidadãos mais pobres podiam assistir aos festivais teatrais, uma vez que o Estado custeava as apresentações.

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A alternativa correta é letra D) Os cidadãos da polis frequentavam o teatro para se divertir e esquecer os horrores das guerras.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar a que não descreve corretamente o papel do teatro no contexto da Grécia Antiga.

 

A) O teatro era o lugar privilegiado da exaltação dos valores da cidade e do debate político e moral.

CORRETO. O teatro na Grécia Antiga era um importante ponto de encontro para a população, onde eram discutidos temas relevantes para a cidade-estado. As peças teatrais, especialmente as tragédias, retratavam dilemas morais e éticos, além de questões políticas e sociais, contribuindo para a reflexão e o debate entre os cidadãos.

 

B) Os grupos dirigentes atenienses consideravam o teatro como um instrumento decisivo para a educação do cidadão.

CORRETO. Os líderes de Atenas viam o teatro como uma ferramenta essencial para a formação do caráter e da cidadania. As peças teatrais eram uma maneira de transmitir os valores e as normas da sociedade ateniense, além de proporcionar uma oportunidade para a discussão de questões políticas e éticas.

 

C) A palavra falada era o instrumento mais eficaz de comunicação de massa e produção de consenso.

CORRETO. Na Grécia Antiga, a retórica e a oratória eram altamente valorizadas. A palavra falada, seja em discursos políticos, debates públicos ou peças teatrais, era a principal forma de comunicação e persuasão. O teatro, em particular, era um meio eficaz de disseminar ideias e construir consenso entre a população.

 

D) Os cidadãos da polis frequentavam o teatro para se divertir e esquecer os horrores das guerras.

INCORRETO. Embora o teatro certamente proporcionasse entretenimento para os cidadãos da polis, seu principal objetivo não era oferecer uma fuga da realidade ou dos horrores da guerra. Pelo contrário, as peças teatrais frequentemente abordavam questões difíceis e desafiadoras, incluindo os conflitos e as tensões da sociedade ateniense. O teatro era um espaço de reflexão e debate, e não simplesmente uma distração.

 

E) Os cidadãos mais pobres podiam assistir aos festivais teatrais, uma vez que o Estado custeava as apresentações.

CORRETO. Na Grécia Antiga, o Estado financiava as apresentações teatrais, permitindo que todos os cidadãos, independentemente de sua riqueza, pudessem assistir às peças. Isso reflete a importância que a sociedade ateniense atribuía ao teatro como um espaço de participação cívica e debate público.

 

Portanto, a alternativa incorreta é a LETRA D.

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246) A respeito da Guerra do Peloponeso no séc. V a.C., é correto afirmar:

  • A) O conflito resultou das disputas comerciais e militares entre a Liga de Delos, liderada pela cidade-estado de Atenas, e os interesses assírios.
  • B) A guerra afetou a autonomia política e administrativa das cidades-estados, dando lugar à organização imperial.
  • C) A hegemonia ateniense foi dissolvida com o triunfo da Liga do Peloponeso e as colônias na Ásia Menor foram devolvidas aos persas.
  • D) A guerra marcou a decadência do militarismo espartano frente aos exércitos atenienses, que defendiam a democracia.
  • E) O desabastecimento de escravos e a desorganização da produção agrícola contribuíram para a perda da hegemonia grega no Mediterrâneo.

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A alternativa correta é letra C) A hegemonia ateniense foi dissolvida com o triunfo da Liga do Peloponeso e as colônias na Ásia Menor foram devolvidas aos persas.

Gabarito: ALTERNATIVA C

 

A respeito da Guerra do Peloponeso no séc. V a.C., é correto afirmar:

  • a)  O conflito resultou das disputas comerciais e militares entre a Liga de Delos, liderada pela cidade-estado de Atenas, e os interesses assírios.

A Liga de Delos foi liderada pela cidade-Estado de Atenas durante as Guerras Médicas. Tratou-se de uma aliança militar defensiva contra possíveis investidas das forças persas contra o mundo grego. Alternativa errada.

 
  • b)  A guerra afetou a autonomia política e administrativa das cidades-estados, dando lugar à organização imperial.

A Guerra do Peloponeso fez naufragar o possível modelo imperial de Atenas elaborado no início daquele século pela Liga de Delos. Com o fim da hegemonia ateniense, houve a ascensão espartana e o reforço da estrutura descentralizada das cidades-Estados. A organização imperial do mundo grego só se daria depois das invasões macedônicas. Alternativa errada.

 
  • c)  A hegemonia ateniense foi dissolvida com o triunfo da Liga do Peloponeso e as colônias na Ásia Menor foram devolvidas aos persas.

Essas foram as duas grandes consequências da Guerra do Peloponeso. A Liga do Peloponeso, liderada por Esparta, derrotou decisivamente a Liga de Delos, liderada por Atendas desde as Guerras Médicas. Com a ausência da hegemonia ateniense após a derrota, reforçou-se a atomização das cidades-Estados e, em troca de ouro, as colônias na Ásia Menor foram entregues aos persas, que pressionavam militarmente a região. ALTERNATIVA CORRETA.

 
  • d)  A guerra marcou a decadência do militarismo espartano frente aos exércitos atenienses, que defendiam a democracia.

Pelo contrário, Esparta sairia vencedora do conflito e enfraqueceria decisivamente Atenas. O militarismo continuaria sendo uma característica central da vida espartana. Alternativa errada.

 
  • e)  O desabastecimento de escravos e a desorganização da produção agrícola contribuíram para a perda da hegemonia grega no Mediterrâneo.

Guerras, na Antiguidade, eram uma importante fonte de escravos para as cidades - afinal, prisioneiros de guerra eram convertidos em escravos. Portanto, não há que se falar em desabastecimento de escravos em virtude da Guerra do Peloponeso. Alternativa errada.

   

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

247) Roma não era apenas o parente mais violento da Grécia Clássica, não estava apenas comprometida com engenharia, eficiência militar e absolutismo, enquanto os gregos haviam preferido a especulação intelectual, o teatro e a democracia.

(Mary Beard. SPQR: uma história da Roma antiga. São Paulo, 2017. Adaptado.)

O excerto critica os estereótipos de Roma e Grécia antigas. Essa crítica justifica-se, pois

  • A) a experiência democrática ateniense foi uma exceção, uma vez que a maioria das cidades-Estado gregas desconhecia a democracia.
  • B) a filosofia grega derivou principalmente da tradição do pensamento metafísico desenvolvido no Império Romano.
  • C) o teatro dramático desenvolveu-se sobretudo no Império Romano, uma vez que na Grécia estimulava-se prioritariamente a comédia.
  • D) os direitos de cidadania no Império Romano eram exercidos pelo conjunto da população, por meio de ações políticas diretas.
  • E) o expansionismo imperialista romano foi diretamente determinado pelo exemplo da militarização do cotidiano imposta nas cidades gregas.

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A alternativa correta é letra A) a experiência democrática ateniense foi uma exceção, uma vez que a maioria das cidades-Estado gregas desconhecia a democracia.

Gabarito: ALTERNATIVA A

   

(Mary Beard. SPQR: uma história da Roma antiga. São Paulo, 2017. Adaptado.)

 

O excerto critica os estereótipos de Roma e Grécia antigas. Essa crítica justifica-se, pois

  • a)  a experiência democrática ateniense foi uma exceção, uma vez que a maioria das cidades-Estado gregas desconhecia a democracia.

A democracia vivenciada em Atenas foi uma exceção dentro do chamado mundo grego. As demais cidades-Estado viviam sistemas oligárquicos, monárquicos e ditatoriais. Além disso, a própria democracia ateniense tinha seus limites, uma vez que a compreensão de cidadania era extremamente excludente e restritiva, apartando a maior parte da população. ALTERNATIVA CORRETA.

 
  • b)  a filosofia grega derivou principalmente da tradição do pensamento metafísico desenvolvido no Império Romano.

A alternativa inverte a relação entre os mundos grego e o romano. Na verdade, a tradição filosófica grega é muito anterior ao Império Romano, distando cerca de quatro séculos. Culturalmente, o mundo grego seria hegemônico sobre Roma, que absorveria desde o panteão dos deuses gregos até as tradições estéticas. O pensamento metafísico romano seria decisivamente influenciado pela filosofia grega. Alternativa errada.

 
  • c)  o teatro dramático desenvolveu-se sobretudo no Império Romano, uma vez que na Grécia estimulava-se prioritariamente a comédia.

Ora, o mundo grego produziu os maiores dramaturgos da Antiguidade Clássica, o que incluía Ésquilo, Eurípedes e Sófocles, todos autores de tragédias, que seriam os arquétipos fundamentais para o teatro dramático de todo o Ocidente. Entre os comediógrafos gregos, destaca-se Aristófanes; mas não era a comédia o gênero preferencial no teatro grego. Alternativa errada.

 
  • d)  os direitos de cidadania no Império Romano eram exercidos pelo conjunto da população, por meio de ações políticas diretas.

Em primeiro lugar, o Império Romano lançava mão de trabalho escravo e, naturalmente, os escravos eram sistematicamente excluídos de qualquer cidadania. Depois, até o século I a.C. da República, os habitantes da Península Itálica não eram considerados cidadãos, apenas os homens livres de Roma. No início do Império, apenas os habitantes da Península Itálica eram cidadãos romanos, o que excluía todo o restante dos domínios romanos. Seria apenas no século III d.C. que a cidadania romana seria estendida para todo o império, mas, ainda assim, excluía os escravos. Alternativa errada.

 
  • e)  o expansionismo imperialista romano foi diretamente determinado pelo exemplo da militarização do cotidiano imposta nas cidades gregas.

A militarização das cidades era uma realidade para apenas uma porção do mundo grego, principalmente para Esparta. As cidades-Estados gregas eram extremamente diversas entre si e não é possível se falar num exemplo unificado para o cotidiano de todas elas. Alternativa errada.

   

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA A.

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248) Conhecido como um dos reformadores, implantou uma série de medidas em Atenas no Período Clássico para tentar diminuir as tensões entre as classes sociais. Dentre as suas reformas, podemos citar a abolição da escravidão por dívidas e a criação da Bulé e da Eclésia. O trecho se refere à

  • A) Drácon.
  • B) Psístrato.
  • C) Hiparco.
  • D) Clístenes.
  • E) Sólon.

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A alternativa correta é letra E) Sólon.

Gabarito: Letra E

 

Sólon

 

A administração política de Atenas variou ao longo dos tempos. Em seus primeiros  momentos, a pólis foi governada por um rei que exercia as funções de sacerdote, juiz e chefe militar. O rei era escolhido entre os grandes proprietários de terra e governava com o apoio desse grupo. Esse tipo de governo em que o poder estava nas mãos de um pequeno grupo era chamado de aristocracia.

 

Pouco a pouco, o poder do rei foi se enfraquecendo e este passou a manter somente sua função religiosa. Por volta do século VII a.C., o controle político de Atenas estava em torno de uma nobreza formada pelos eupátridas. Nessa época, pequenos proprietários de terra, endividados, perderam suas terras para os eupátridas e ainda acabaram sendo escravizados por dívidas. Tal situação gerou diversas revoltas populares em Atenas. Ao mesmo tempo, outros grupos sociais, como os comerciantes, reivindicavam acesso ao poder, exclusivo da aristocracia rural.

 

Todas essas questões obrigaram os governantes da pólis a promoverem reformas políticas em Atenas. Essas reformas tiveram início no final do século VII a.C., quando os eupátridas foram pressionados a instituir a figura do legislador cuja tarefa era registrar por escrito as leis vigentes na cidade, tornando-as conhecidas de todos. Até então, as leis eram criadas e transmitidas oralmente, com base na tradição e nos costumes.

 

Um desses legisladores foi Sólon, responsável por acabar com a escravidão por dívidas, além de estabelecer a renda do indivíduo como critério para a participação na vida política de Atenas, independentemente de sua origem social, o que beneficiou politicamente os comerciantes atenienses. Assim, a eclésia (assembleia) passou a contar com mais pessoas para discutir as decisões em Atenas.

 

Sólon instituiu também um novo conselho, a Bulé, órgão composto inicialmente de 400 pessoas que se dedicavam, o ano inteiro, a analisar todo tipo de questões (projetos de lei, supervisão da administração pública, da diplomacia e dos assuntos militares) e aconselhar sobre os temas de interesse público.

 

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: Drácon.

 

Drácon foi o legislador ateniense responsável por tornar as leis em Atenas públicas e redigidas, ou seja, as leis deixaram de se basear na oralidade e passaram a estar gravadas em documentos.

 

Letra B: Psístrato.

 

Foi um tirano ateniense que não introduziu reformas na pólis. O tirano confiscou terras dos nobres da oposição e ampliou o número de pequenos proprietários, construiu grandes palácios, favoreceu a cultura e o crescimento econômico ateniense.

 

Letra C: Hiparco.

 

Era filho de Psístrato e o sucedeu no governo da tirania.

 

 

Letra D: Clístenes.

 

Clístenes é o mais importante dos reformadores de Atenas, sendo responsável por reformar a política, diminuindo o poder da aristocracia através de um governo chamado de democracia. Na democracia ateniense, só eram considerados cidadão aptos a participarem da política indivíduos do sexo masculino e nascidos livres. Durante a gestão de Clístenes também foi introduzido o ostracismo, uma pena instituída para um indivíduo considerado perigoso para a sociedade ateniense e que consistia no exílio por um período de dez anos.

 

 

Referências:

 

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.

 

SERIACOPI, Gislane Campos Azevedo e SERIACOPI, Reinaldo. Inspire história: 6º ano: ensino fundamental: anos finais. São Paulo: FTD, 2018.

249) Baseado em seus conhecimentos sobre a civilização grega, analise os itens seguintes:

  • A) Entre as causas do declínio da pólis grega, é possível destacar a invasão e dominação persa.

  • B) O aumento populacional gera menor densidade demográfica, sobretudo no campo, intensificando o uso do solo.

  • C) A escravidão foi abolida em Atenas quando Péricles estabeleceu o direito político a todos os cidadãos, reconhecendo, dessa forma, a igualdade jurídica e social da população ateniense.

  • D) Entre os séculos XII e VII a.C., a Grécia viveu o período homérico cuja característica central foi o predomínio da comunidade gentílica.
  • E) O governo de Esparta era exercido efetivamente pela Gerúsia. As demais instituições eram meramente figurativas, somente referendavam as medidas tomadas por ela.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) Entre os séculos XII e VII a.C., a Grécia viveu o período homérico cuja característica central foi o predomínio da comunidade gentílica.

A) Entre as causas do declínio da pólis grega, é possível destacar a invasão e dominação persa.

   

INCORRETO. A invasão persa, que ocorreu durante as Guerras Médicas (490-479 a.C.), não causou o declínio da pólis grega. Na verdade, as cidades-estado gregas, lideradas por Atenas e Esparta, conseguiram resistir à invasão persa. O declínio da pólis é geralmente atribuído a fatores internos, como o aumento das tensões sociais e políticas, e a fatores externos, como a ascensão do Império Macedônio.

   

B) O aumento populacional gera menor densidade demográfica, sobretudo no campo, intensificando o uso do solo.

   

INCORRETO. O aumento populacional geralmente leva a uma maior densidade demográfica, não a uma menor. A maior densidade demográfica pode intensificar o uso do solo, especialmente se a população está concentrada em áreas urbanas ou agrícolas. No entanto, o enunciado está errado ao afirmar que o aumento populacional leva a uma menor densidade demográfica.

   

C) A escravidão foi abolida em Atenas quando Péricles estabeleceu o direito político a todos os cidadãos, reconhecendo, dessa forma, a igualdade jurídica e social da população ateniense.

   

INCORRETO. Péricles, que governou Atenas durante o seu período de maior esplendor no século V a.C., implementou reformas que expandiram a democracia ateniense, mas ele não aboliu a escravidão. Na verdade, a escravidão era uma parte fundamental da economia e da sociedade ateniense, e os escravos não eram considerados cidadãos.

   

D) Entre os séculos XII e VII a.C., a Grécia viveu o período homérico cuja característica central foi o predomínio da comunidade gentílica.

   

CORRETO. O período homérico, assim chamado por causa dos épicos atribuídos a Homero, é geralmente datado entre os séculos XII e VII a.C. Durante este período, a Grécia era dominada por comunidades gentílicas, que eram grupos de pessoas unidas por laços de parentesco e que compartilhavam a posse de terras.

   

E) O governo de Esparta era exercido efetivamente pela Gerúsia. As demais instituições eram meramente figurativas, somente referendavam as medidas tomadas por ela.

   

INCORRETO. Esparta era governada por uma oligarquia que incluía a Gerúsia, que era um conselho de anciãos, mas também incluía dois reis e uma assembleia de cidadãos. A Gerúsia tinha um papel importante no governo de Esparta, mas as outras instituições não eram meramente figurativas. Por exemplo, as decisões da Gerúsia tinham que ser aprovadas pela Apela, a assembleia dos cidadãos espartanos.

   

Portanto, a alternativa correta é a LETRA D.

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250) Leia o trecho do poema da poetisa grega Safo acerca da beleza de uma jovem chamada Anactória.

uns dizem que é uma hoste de cavalaria, outros de
infantaria;
outros dizem ser uma frota de naus, na terra negra,
a coisa mais bela: mas eu digo ser aquilo
que se ama.

(Adaptado de Luísa de Nazaré Ferreira, “Turismo e património na antiguidade
clássica: o texto atribuído a Fílon de Bizâncio sobre as Sete Maravilhas”, em
Espaços e Paisagens: Antiguidade Clássica e heranças contemporâneas. 2012.
V. 1. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra e Annablume, p. 73.)

A partir da leitura do poema, assinale a alternativa correta sobre o conceito de beleza na Grécia Antiga.

  • A) Safo reconhece a beleza como conceito universal e destaca a sua independência em relação ao amor.
  • B) Safo exemplifica o conceito de belo e o define como inerente às conquistas militares e territoriais.
  • C) Safo constata a diversidade dos gostos humanos e evidencia o valor do amor para o conceito de beleza.
  • D) Safo exemplifica os gostos humanos a partir do conceito de amor e o define como inerente às conquistas militares.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) Safo constata a diversidade dos gostos humanos e evidencia o valor do amor para o conceito de beleza.

Gabarito: Letra C

 

Safo constata a diversidade dos gostos humanos e evidencia o valor do amor para o conceito de beleza.


A questão poderia ser resolvida com base na interpretação de texto. 

 

Safo, a poetisa grega nascida na ilha de Lesbos, em seu poema dedicado à beleza de uma jovem chamada Anactória, parte da constatação da diversidade dos gostos humanos para em seguida sublinhar o que lhe é mais caro. A autora identifica amor e beleza como sentimentos pessoais, sendo que o amor determinaria o segundo. Daí dizer que a coisa mais bela era o objeto amado. 

   

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: Safo reconhece a beleza como conceito universal e destaca a sua independência em relação ao amor.

 

A poetisa relaciona o belo ou a beleza ao amor. Assim, a beleza teria um caráter mais pessoal, partindo do olhar de cada um. Tanto que ela afirma que a beleza poderia variar de pessoa para pessoa (“para uns é uma hoste de cavalaria ou uma frota de naus”).


Letra B: Safo exemplifica o conceito de belo e o define como inerente às conquistas militares e territoriais.

 

Para a autora, o belo é aquilo que se ama. Para outras pessoas a beleza poderia estar ligada a atividades ou objetos militares.


Letra D:   Safo exemplifica os gostos humanos a partir do conceito de amor e o define como inerente às conquistas militares.

 

Ela exemplifica os gostos humanos, mas não define o amor como sendo inerente às conquistas militares. O que a autora afirma é que a beleza está intimamente ligada ao amor e que o conceito de beleza difere de pessoa para pessoa.
 

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