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Questões Sobre Grécia Antiga - História - concurso

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261) Na cidade de Atenas, os estrangeiros não podiam participar das decisões políticas da pólis, pois não eram considerados cidadãos. Os estrangeiros com autorização para residir em Atenas eram conhecidos como

  • A) metecos.
  • B) georgóis.
  • C) eupátridas.
  • D) patrícios.
  • E) hilotas.

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A alternativa correta é letra A) metecos.

Vamos analisar cada alternativa para identificar a correta.

 

A) metecos.

CORRETO. Os metecos eram estrangeiros que viviam em Atenas, mas que não tinham direitos políticos. Eles podiam trabalhar e viver na cidade, mas não podiam participar das decisões políticas, pois não eram considerados cidadãos. A condição de meteco era hereditária, ou seja, os filhos de metecos também eram metecos, mesmo que nascessem em Atenas. Portanto, esta é a alternativa correta.

 

B) georgóis.

INCORRETO. O termo "georgóis" não se refere a estrangeiros em Atenas. Na verdade, essa palavra é derivada do grego "georgos", que significa "agricultor". Portanto, essa alternativa está incorreta.

 

C) eupátridas.

INCORRETO. Os eupátridas eram a classe aristocrática de Atenas, composta por famílias nobres e ricas. Eles tinham plenos direitos políticos e eram, de fato, os únicos que podiam ocupar cargos públicos na pólis. Portanto, essa alternativa está incorreta.

 

D) patrícios.

INCORRETO. Os patrícios eram membros da classe alta na sociedade romana, não na sociedade ateniense. Eles eram a classe dominante em Roma e tinham plenos direitos políticos. Portanto, essa alternativa está incorreta.

 

E) hilotas.

INCORRETO. Os hilotas eram uma classe de servos na sociedade espartana, não na ateniense. Eles eram obrigados a trabalhar nas terras dos espartanos, sem direitos políticos ou civis. Portanto, essa alternativa está incorreta.

 

Portanto, a alternativa correta é a LETRA A.

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262) O legado cultural da Antiguidade Clássica é muito expressivo para a humanidade: da filosofia grega ao direito romano, várias e significativas foram as contribuições de ambas as civilizações para a história. Relativamente à trajetória histórica de gregos e romanos antigos, julgue o item que se segue.

A democracia nasceu na Grécia Antiga e notabilizou-se por estender a cidadania a todos os habitantes de Atenas.

  • A) Certo
  • B) Errado
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A alternativa correta é letra B) Errado

Vamos analisar a afirmação:

"A democracia nasceu na Grécia Antiga e notabilizou-se por estender a cidadania a todos os habitantes de Atenas."

A primeira parte da afirmação está correta. A democracia realmente nasceu na Grécia Antiga, especificamente na cidade de Atenas, no século V a.C., durante o período clássico. No entanto, a segunda parte da afirmação é imprecisa. A democracia ateniense não estendia a cidadania a todos os habitantes de Atenas. A cidadania era um privilégio de uma parcela da população: os homens adultos, nascidos de pais atenienses, que tinham completado o serviço militar. Mulheres, estrangeiros e escravos eram excluídos da cidadania e, portanto, da participação política.

Portanto, embora a afirmação esteja parcialmente correta ao afirmar que a democracia nasceu na Grécia Antiga, ela é ERRADA ao afirmar que a cidadania foi estendida a todos os habitantes de Atenas.

263)   Texto associado

Todos nós aprendemos que a ideia moderna de cidadania nasceu na Atenas clássica. Ao mesmo tempo, todos nós descobrimos que a política ou, em outras palavras, o fato de compartilhar, participar e decidir – de forma mais ou menos coletiva, enquanto cidadãos – um destino comum, nascera nas práticas que os Gregos designavam com a expressão ta politica, “os assuntos da pólis”. Estas afirmações não são fruto do acaso. A existência de um léxico antigo e diretamente traduzível em termos contemporâneos – politika/política; politai/cidadão; demokratia/democracia – cria uma ilusão de correspondência entre o fato político tal como existia na Antiguidade clássica e o fato político que se conhece no mundo contemporâneo, ou entre a cidadania antiga e a cidadania contemporânea.

(Adaptado de CUCHET, Violaine Sebillotte. “Cidadãos e cidadãs na cidade grega clássica. Onde atua o gênero?” in Revista Tempo, vol. 21, n. 38, 2015.)

Com base no trecho citado, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.

( ) Para a autora, a Antiguidade fornece um terreno adequado para a aplicação de definições contemporâneas da experiência política.

( ) Para a autora, a democracia contemporânea foi inventada pelos gregos, continuando a se basear na tomada de decisão de indivíduos socialmente iguais.

( ) Para a autora, a continuidade dos vocábulos usados para designar a vida política dificulta perceber os novos sentidos atribuídos a termos antigos, como cidadania e democracia.

As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,

  • A) V – V – F.

  • B) V – F – V.

  • C) F – F – V.

  • D) F – V – F.

  • E) V – V – V.

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A alternativa correta é letra C) F – F – V.

Gabarito: Letra C

 

A sequência correta é: F-F-V

 

Vamos analisar as proposições.

 

(F) Para a autora, a Antiguidade fornece um terreno adequado para a aplicação de definições contemporâneas da experiência política.

 

A autora afirma no trecho que as palavras criadas pelos gregos para descrever a democracia, a cidadania, o cidadão e a política apesar de serem traduzidas para termos contemporâneos, não guardam o mesmo significado histórico. Os conceitos mudaram com o tempo e com as sociedades. Assim, a Antiguidade não fornece um terreno adequado para a aplicação de uma definição contemporânea do político. Fazer isso seria um anacronismo.

 

(F) Para a autora, a democracia contemporânea foi inventada pelos gregos, continuando a se basear na tomada de decisão de indivíduos socialmente iguais.

 

É muito comum essa generalização de que os gregos foram os inventores da democracia. A democracia é uma criação de um povo grego específico: os atenienses. Essa democracia antiga não era sinônimo da democracia contemporânea, pois a de democracia ateniense era restrita e excludente, permitindo a participação apenas dos homens maiores de 21 anos e nascidos em Atenas.

   

(V) Para a autora, a continuidade dos vocábulos usados para designar a vida política dificulta perceber os novos sentidos atribuídos a termos antigos, como cidadania e democracia.

 

É exatamente o que a autora fala no final do trecho. A continuidade ou transposição das palavras usadas para designar a política ateniense no mundo contemporâneo cria uma ilusão de correspondência entre a política e a cidadania existente na Antiguidade clássica e as que se conhece no mundo contemporâneo.

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264) Na Antiguidade, todas as comunidades do Mediterrâneo viviam numa rede de conexões, não existiam isoladamente, mas no interior de uma grande teia de relações.

(Norberto Luiz Guarinello. História antiga, 2013. Adaptado.)

A “teia de relações” citada no excerto era formada

  • A) pela regularidade do regime de chuvas no entorno do mar, que assegurava a produção e a troca ininterrupta de mercadorias entre as comunidades.
  • B) pela disposição colaborativa entre as comunidades e pela inexistência de conflitos entre os povos que viviam no entorno do mar.
  • C) pela autonomia produtiva das comunidades que habitavam o entorno do mar, que lhes assegurava acesso constante ao mar e diversidade de alimentos.
  • D) pela diversidade da produção no entorno do mar e pelas diversas trocas comerciais que ocorriam entre as comunidades.
  • E) pela hegemonia naval das cidades-Estado gregas, que impunham suas necessidades comerciais aos povos que viviam no entorno do mar.

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A alternativa correta é letra D) pela diversidade da produção no entorno do mar e pelas diversas trocas comerciais que ocorriam entre as comunidades.

Gabarito: Letra D

 

pela diversidade da produção no entorno do mar e pelas diversas trocas comerciais que ocorriam entre as comunidades.

 

O Mar Mediterrâneo sempre foi uma área de trocas comerciais entre os povos que viviam regimes políticos distintos, indo desde as cidades-estado, passando por reinos ou impérios e que se beneficiavam das diversas rotas comerciais estabelecidas nessa localidade.

 

Durante a Antiguidade, povos como egípcios, fenícios, etruscos, romanos e os habitantes das cidades gregas usavam o Mediterrâneo como um espaço de conexões. Cada cidade banhada pelo mar era um ponto de ligação de uma grande teia de relações. As cidades gregas, por exemplo, eram especialistas na produção de um único artigo e trocavam por outros artigos oriundos de outras regiões nessa imensa e intensa rede de comércio.

 

Vamos conferir as palavras do autor:

 

todas as comunidades do Mediterrâneo viviam numa rede de conexões,  não existiam isoladamente, mas no interior de uma grande teia de relações. Grandes portos ou ilhas,  que eram caminhos obrigatórios de passagem,  podiam  dar-se ao luxo de centrar-se numa única produção lucrativa:  azeite em Atenas,  vinho em Quios,  lã em Tarento  etc.  Sua posição como polos da rede lhes possibilitava obter os demais produtos essenciais. Outras diversificavam seus  produtos à espera de navegadores interessados em adquiri-los e vendê-los em outros lugares. Todos os lugares dependiam de sua posição em redes de trocas.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: pela regularidade do regime de chuvas no entorno do mar, que assegurava a produção e a troca ininterrupta de mercadorias entre as comunidades.

 

Não havia uma regularidade do regime de chuvas na área do Mediterrâneo. Pelo contrário, o espaço é marcado pela irregularidade, em alguns locais chove mais e em outros chove menos, o que dificultava a produção agrícola em muitas cidades.

 

Letra B: pela disposição colaborativa entre as comunidades e pela inexistência de conflitos entre os povos que viviam no entorno do mar.

 

O Mediterrâneo era um espaço de disputa política entre os diversos povos que dele dependiam para as atividades econômicas. Por vezes alguma força pretendia dominar os fluxos comerciais na região bem como territórios no entorno do mar.

 

 

Letra C: pela autonomia produtiva das comunidades que habitavam o entorno do mar, que lhes assegurava acesso constante ao mar e diversidade de alimentos.

 

Não havia autonomia produtiva. As comunidades optaram por se especializar em um gênero agrícola de depois, integradas a essa teia de relações, trocavam por produtos dos quais necessitavam.

 

Letra E: pela hegemonia naval das cidades-Estado gregas, que impunham suas necessidades comerciais aos povos que viviam no entorno do mar.

 

Durante um período os atenienses dominaram as rotas comerciais que circulavam pelo Mediterrâneo, conseguindo estabelecer uma influência sobre as cidades que formavam a Liga de Delos, mas esse período foi encerrado na derrota para Esparta, que depois foi suplantada por outros impérios como o Macedônio e, por fim,  o Romano.

 

 

Referência:

 

GUARINELLO, Norberto Luiz. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013.

265) Analise o texto abaixo:

Na sociedade ateniense as três principais classes sociais eram representadas pelos cidadãos nobres,                                     , nascidos de pai e mãe atenienses; pelos                              , estrangeiros autorizados a viver na Ática; e pelos escravos, prisioneiros de guerra ou descendentes de escravos.

Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.

  • A) cidadãos • hilotas
  • B) artesãos • periecos
  • C) soldados • alienígenas
  • D) homens livres • metecos
  • E) comerciantes • arcontes

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A alternativa correta é letra D) homens livres • metecos

Vamos analisar cada alternativa, para identificar a que completa corretamente as lacunas do texto.

 

A) cidadãos • hilotas

INCORRETO. Os hilotas eram uma classe de servos na sociedade espartana, não ateniense. Eles eram originalmente habitantes livres da Lacônia e Messênia, regiões conquistadas pelos espartanos, e foram reduzidos à servidão. Portanto, essa opção não se encaixa corretamente no contexto da sociedade ateniense.

 

B) artesãos • periecos

INCORRETO. Os periecos também eram uma classe social de Esparta, não de Atenas. Eles eram os habitantes livres, mas não cidadãos, dos territórios conquistados por Esparta. Eles eram obrigados a pagar impostos e prestar serviços militares a Esparta, mas não tinham direitos políticos na cidade-estado. Portanto, essa opção não é correta para o contexto ateniense.

 

C) soldados • alienígenas

INCORRETO. A sociedade ateniense era dividida em classes sociais, mas "soldados" e "alienígenas" não são termos que se encaixam nas categorias descritas no enunciado. Em Atenas, todos os cidadãos do sexo masculino eram considerados soldados potenciais, mas não havia uma classe social de "soldados". Além disso, o termo "alienígenas" não é usado para descrever uma classe social específica em Atenas.

 

D) homens livres • metecos

CORRETO. Na sociedade ateniense, os metecos eram estrangeiros que viviam em Atenas e tinham permissão para trabalhar e viver na cidade, mas não tinham direitos políticos. Eles eram frequentemente comerciantes ou artesãos. O termo "homens livres" é um termo geral que pode se referir a qualquer pessoa livre (não escrava) na sociedade ateniense, incluindo cidadãos e metecos. Portanto, essa opção completa corretamente as lacunas no enunciado.

 

E) comerciantes • arcontes

INCORRETO. Os arcontes eram magistrados em várias cidades-estado gregas, incluindo Atenas, mas não eram uma classe social. Eles eram escolhidos entre os cidadãos e ocupavam posições de liderança na cidade. Os comerciantes poderiam ser cidadãos ou metecos, mas não constituíam uma classe social distinta em Atenas.

 

Portanto, a alternativa correta é a LETRA D.

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266) A democracia é uma construção coletiva com raízes históricas que remontam à Antiguidade Clássica.

Para a civilização greco-romana, a democracia

  • A) contrapunha-se à oligarquia, sistema em que os proprietários de terra contratavam guerreiros e mercenários para restringir o direito de fala em praça pública, como em Esparta.

  • B) realizava-se pelo autogoverno dos cidadãos livres que, independente de riqueza e status, eram credenciados para participar diretamente das decisões coletivas, como em Atenas, no tempo de Péricles.

  • C) baseava-se em voto individual, e com o mesmo peso, na deliberação coletiva, o que favorecia a ascensão política de uma maioria de governantes proveniente da plebe, em Roma, e de cidadãos não proprietários, em Atenas.

  • D) fundamentava-se na ideia de liberdade política, em contraposição ao modelo imperial persa, que permitia certo grau de participação popular, mas vinculada a critérios econômicos e censitários.

  • E) designava uma forma de governo popular e representativa, em que a classe política escolhida defende os interesses do povo, diferentemente de monarquias, como a romana e a espartana, por exemplo.

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A alternativa correta é letra B) realizava-se pelo autogoverno dos cidadãos livres que, independente de riqueza e status, eram credenciados para participar diretamente das decisões coletivas, como em Atenas, no tempo de Péricles.

Gabarito: ALTERNATIVA B

   

 
  • a)  contrapunha-se à oligarquia, sistema em que os proprietários de terra contratavam guerreiros e mercenários para restringir o direito de fala em praça pública, como em Esparta.

Comumente contrastada com a democracia ateniense, a vida política espartana tinha duas grandes vertentes que a orientavam: a oligarquização das decisões e o forte acento militarista. Com uma administração pública bastante restritiva e centralizada, Esparta tinha uma diarquia apoiada sobre um fortalecido conselho de anciãos, a Gerúsia, que dominava o centro da vida espartana. Assim como em muitas outras cidades-Estados da Grécia clássica, Esparta vivia com a institucionalização da escravidão nos moldes antigos, servindo especialmente para converter em escravos prisioneiros de guerra. A oligarquia é, por definição, o governo de poucos; ou seja, um grupo que constrói um pacto para controlar o poder sem chances reais para alternância de poder ou para o surgimento de forças de contestação. Normalmente, trata-se de uma elite econômica que se organiza para uma defesa absoluta dos seus interesses às expensas do interesse público. No caso de Esparta, isso se confundia com uma elite guerreira da cidade ocupando posições essenciais da vida política espartana. Alternativa erada.

 
  • b)  realizava-se pelo autogoverno dos cidadãos livres que, independente de riqueza e status, eram credenciados para participar diretamente das decisões coletivas, como em Atenas, no tempo de Péricles.

A democracia ateniense decorreu, sobretudo, do chamado Século de Péricles em que as elites convergiram para uma forma democrática de cidadania bastante restritiva para organizar a pólis. Aristóteles e, principalmente, Platão não viam a democracia como o melhor dos regimes, mas sim uma forma de despotismo liderado por um "rei-filósofo". Para Platão, algumas pessoas naturalmente nascem com a capacidade do governo, enquanto a maioria nasce para ser governada. Portanto, defendia o filósofo grego, caberia propiciar o mais alto grau de esclarecimento ao rei para que, dotado da plenitude filosófica, governasse com plenos poderes sem se corromper com a possibilidade de tirania. A democracia, nesta visão, era a melhor forma de governo entre as menos desejadas, porque a sua forma corrompida, a oligarquia, era menos nociva à ordem pública - ao passo que a tirania, corrupção da monarquia, seria o mais cruel de todos os sistemas. A questão, no entanto, estava na formação da cidadania plena. Até Péricles, qualquer homem livre maior de dezoito anos cujo pai fosse ateniense poderia ter participação na Assembleia. Com a reforma de Péricles, passou-se a exigir que também a mãe fosse ateniense, excluindo uma parte dos antes cidadãos e aumentando o controle sobre a Assembleia. Ainda que seus defensores insistam que ele foi responsável pela expansão e pela estabilização das instituições democráticas da cidade; seus críticos vêm na reforma da cidadania uma marca inconfundível do declínio da democracia ateniense. Ou seja, ainda que estivessem excluídos estrangeiros, mulheres e escravos, há de se observar que não havia critérios de riqueza ou de posição social que tornassem os cidadãos plenos diferentes entre si. ALTERNATIVA CORRETA.

  • c)  baseava-se em voto individual, e com o mesmo peso, na deliberação coletiva, o que favorecia a ascensão política de uma maioria de governantes proveniente da plebe, em Roma, e de cidadãos não proprietários, em Atenas.

O caso romano tem algumas peculiaridades muito significativas. Entre os homens livres, havia uma clara divisão entre patrícios e plebeus, sendo os primeiros aqueles pertencentes às famílias que concentravam terras, escravos e rebanhos - o que os tornava a elite romana, da qual saíam os principais nomes das mais altas funções públicas. Os plebeus, por sua vez, apresentavam uma parcela pequena que se diferenciava da massa por viver associada aos patrícios. Via de regra, eram escravos libertos, homens livres de grandes habilidades, estrangeiros e filhos ilegítimos que se associavam a alguma família importante para prestar serviços importantes e viver gravitando em torno de nomes poderosos de Roma. Por fim, a grande plebe era composta pelas massas anônimas de Roma, incluindo pequenos comerciantes, artesãos, agricultores e camponeses livres. Ainda que fossem cidadãos romanos, seus direitos eram bastante restritos e a vida militar era um dos principais meios para a sua ascensão. A instituição mais importante da vida romana nos três períodos era, sem dúvida, o Senado, que, obviamente, era dominado pelos patrícios. A aristocracia romana se dividia, basicamente, entre a classe senatorial e a ordem equestre, sendo a primeira a mais elevada delas. Por ser considerada uma atividade menos nobre e mais aberta à corrupção, o comércio era, em teoria, vedado à classe senatorial, o que deu grande espaço para a ordem equestre atuar como uma elite comercial de Roma. Ou seja, o que se viveu em Roma foi antes uma forma oligárquica de poder, e não propriamente uma democracia inclusiva, ainda que houvesse algumas formas de representação. Alternativa errada.

 
  • d)  fundamentava-se na ideia de liberdade política, em contraposição ao modelo imperial persa, que permitia certo grau de participação popular, mas vinculada a critérios econômicos e censitários.

Como já explicado acima, a liberdade política era uma realidade para apenas uma parcela da população ateniense, ainda que, dentro disso, houvesse grandes esforços de igualdade. A organização do Império Persa não tinha um recorte participativo, sendo antes extremamente hierarquizado e rígido com o rei sendo entendido como uma expressão direta da divindade, não cabendo, portanto, nenhuma forma de questionamento. à vontade real. Além disso, o império era administrado mais diretamente pelos sátrapas, responsáveis por aplicar as determinações do poder real em suas circunscrições - obviamente, aos sátrapas só era permitida a obediência cega às ordens vindas do poder central. Alternativa errada.

 
  • e)  designava uma forma de governo popular e representativa, em que a classe política escolhida defende os interesses do povo, diferentemente de monarquias, como a romana e a espartana, por exemplo.

Como já explicado acima, a democracia ateniense tinha grandes restrições quanto à participação popular. Além disso, tratava-se mais de uma democracia direta do que propriamente representativa. De toda forma, há de se destacar que não é correto resumir as experiências e Esparta e de Roma a monarquias. Ainda que ambos os casos tenham vivido períodos monárquicos, há de se lembrar que Roma viveu uma importantíssima experiência republicana, assim como Esparta teve sua diarquia com um conselho de anciãos. Alternativa errada.

   

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA B.

267) No final do século VI a.C, a tirania predominante no último século do período arcaico foi derrubada por grupos comandados por aristocratas, dando início ao período clássico da civilização grega. Sobre o período clássico da civilização grega, assinale a afirmativa correta.

  • A) A Grécia Clássica é caracterizada, exclusivamente, pela democracia.
  • B) Todas as cidades-Estado gregas alcançaram grande extensão territorial.
  • C) Em todas as cidades-Estado, os reis tradicionais foram depostos ou reduzidos a figuras decorativas.
  • D) Desenvolveram a produção artesanal e o comércio, trazendo a necessidade de ampliar as áreas de cultivo e estabelecer novas colônias para ampliar o fornecimento de cereais.

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A alternativa correta é letra D) Desenvolveram a produção artesanal e o comércio, trazendo a necessidade de ampliar as áreas de cultivo e estabelecer novas colônias para ampliar o fornecimento de cereais.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar a afirmativa correta sobre o período clássico da civilização grega.

 

A) A Grécia Clássica é caracterizada, exclusivamente, pela democracia.

INCORRETO. A democracia foi uma das formas de governo que existiram na Grécia Clássica, mas não a única. Atenas é a cidade-Estado mais conhecida por ter adotado a democracia, mas outras cidades-Estado, como Esparta, tinham outras formas de governo, como a oligarquia. Além disso, mesmo em Atenas, a democracia não era como a entendemos hoje, pois era uma democracia direta, em que somente os cidadãos (homens livres nascidos em Atenas) podiam participar, excluindo mulheres, escravos e metecos (estrangeiros residentes em Atenas). Portanto, não é correto dizer que a Grécia Clássica é caracterizada, exclusivamente, pela democracia.

 

B) Todas as cidades-Estado gregas alcançaram grande extensão territorial.

INCORRETO. As cidades-Estado gregas, ou polis, eram, na verdade, conhecidas por sua pequena extensão territorial. Cada polis era uma entidade política independente, composta por uma cidade e o território ao seu redor, e tinha seu próprio sistema de governo, leis e costumes. A extensão territorial de uma polis variava, mas nenhuma chegou a ter uma grande extensão territorial. Portanto, essa afirmativa é incorreta.

 

C) Em todas as cidades-Estado, os reis tradicionais foram depostos ou reduzidos a figuras decorativas.

INCORRETO. Na Grécia Clássica, nem todas as cidades-Estado tinham reis. Algumas, como Atenas, eram democracias, enquanto outras, como Esparta, eram oligarquias governadas por um pequeno grupo de pessoas. Em Esparta, por exemplo, havia dois reis, mas eles não eram meras figuras decorativas, pois tinham funções militares e religiosas importantes. Portanto, essa afirmativa é incorreta.

 

D) Desenvolveram a produção artesanal e o comércio, trazendo a necessidade de ampliar as áreas de cultivo e estabelecer novas colônias para ampliar o fornecimento de cereais.

CORRETO. No período clássico, a Grécia experimentou um grande desenvolvimento econômico, com o aumento da produção artesanal e do comércio. Isso levou à necessidade de ampliar as áreas de cultivo e estabelecer novas colônias, principalmente na região do Mar Mediterrâneo, para aumentar o fornecimento de cereais e outros produtos. Essa expansão colonial foi uma das características mais marcantes do período clássico da civilização grega.

 

Portanto, a alternativa correta é a LETRA D.

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268) O mundo grego antigo foi composto por várias cidades-Estado com características às vezes semelhantes e em outros momentos diferentes umas das outras. A Grécia não constituía uma unidade política, mas uma série de individualidades, o que não raramente levou a conflitos. Duas cidades se destacaram nos aspectos políticos, econômicos, culturais e sociais: Atenas e Esparta. Sobre a comparação entre Atenas e Esparta, podemos mencionar corretamente que:

  • A) Atenas era mais militarizada do que Esparta, o que a levou a conquistar toda a Hélade.
  • B) Esparta se organizava de forma democrática, tendo o Senado como principal instituição.
  • C) Atenas e Esparta, mesmo diferentes em muitos aspectos, se estruturavam através de uma diarquia.
  • D) Enquanto Atenas era a pólis democrática, Esparta era marcada pelo forte caráter militar de sua sociedade.

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A alternativa correta é letra D) Enquanto Atenas era a pólis democrática, Esparta era marcada pelo forte caráter militar de sua sociedade.

Vamos analisar cada alternativa para entender as diferenças e semelhanças entre Atenas e Esparta.

 

A) Atenas era mais militarizada do que Esparta, o que a levou a conquistar toda a Hélade.

INCORRETO. Atenas e Esparta tinham organizações sociais e políticas muito diferentes. Esparta era a cidade-Estado mais militarizada da Grécia Antiga, não Atenas. A sociedade espartana era organizada para a guerra, e os espartanos eram conhecidos por sua disciplina militar e força. Atenas, por outro lado, era mais conhecida por sua democracia e cultura. Atenas não conquistou toda a Hélade (que é um termo para a Grécia Antiga). Portanto, essa afirmativa está incorreta.

 

B) Esparta se organizava de forma democrática, tendo o Senado como principal instituição.

INCORRETO. Esparta não era uma democracia, mas uma oligarquia, governada por uma pequena elite. A estrutura política de Esparta incluía dois reis (uma diarquia), um conselho de anciãos (gerúsia) e uma assembleia de cidadãos (ápela). Não havia um "Senado" como conhecemos nas democracias modernas. Portanto, essa afirmativa também está incorreta.

 

C) Atenas e Esparta, mesmo diferentes em muitos aspectos, se estruturavam através de uma diarquia.

INCORRETO. A diarquia (governo de dois reis) era uma característica de Esparta, não de Atenas. Em Atenas, o poder era exercido por uma assembleia de cidadãos e o governo era liderado por magistrados eleitos, incluindo o arconte. Portanto, essa afirmativa está incorreta.

 

D) Enquanto Atenas era a pólis democrática, Esparta era marcada pelo forte caráter militar de sua sociedade.

CORRETO. Essa afirmativa é precisa. Atenas era conhecida por sua democracia, que era uma forma de governo em que todos os cidadãos tinham o direito de participar. Esparta, por outro lado, era conhecida por sua sociedade militarizada. Os espartanos eram educados desde cedo para serem soldados e a sociedade espartana era organizada para apoiar seu exército. Portanto, essa afirmativa está correta.

 

Portanto, a alternativa correta é a LETRA D.

269) A Grécia Antiga sempre é citada como berço da política no mundo, tendo muitas de suas características sobrevivido até os dias atuais. Atenas foi o principal modelo político da Grécia, tendo criado o sistema democrático. A democracia ateniense foi marcada por dois aspectos que estão corretamente indicados em:

  • A) Era uma democracia direta, em que havia a isegoria entre os cidadãos.
  • B) Era uma democracia direta, em que havia a isonomia entre os cidadãos.
  • C) Era uma democracia representativa, em que havia a isegoria entre os cidadãos.
  • D) Era uma democracia representativa, em que havia a isonomia entre os cidadãos.

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A alternativa correta é letra B) Era uma democracia direta, em que havia a isonomia entre os cidadãos.

Gabarito: LETRA B.

 

A questão retoma uma das principais civilizações da Antiguidade, a Grécia Antiga. Desenvolvida na Península Balcânica a partir de 1100 a.C., a história grega foi dividida pelos historiadores em cinco períodos distintos: (1) Pré-Homérico (2000-1100 a.C.) - formação do povo grego; (2) Homérico (1100-800 a.C.) - caracterizado pelo recuo civilizacional devido à destruição dos micênicos; (3) Arcaico (800-500 a.C.) - consolidação das cidades-estados e colonização; (4) Clássico (500-338 a.C.) - auge da civilização grega; e (5) Helenístico (338-136 a.C.) - declínio da civilização grega, que passou a ser dominada pelos macedônicos (História do Mundo).

 

Ademais, a Grécia foi caracterizada como berço da política no mundo, tendo em Atenas o principal modelo político da civilização: a democracia. Esse sistema de poder era associado à participação direta dos cidadãos livres, no entanto, fatores como a exclusão das mulheres e a dependência da escravidão corroíam os princípios de igualdade e liberdade que o fundamentavam (Brasil Escola). Diante desse contexto, vejamos as alternativas para identificar a correta.

 

a)  Era uma democracia direta, em que havia a isegoria entre os cidadãos.

 

INCORRETO. A democracia ateniense era, de fato, uma democracia direta, onde os cidadãos participavam diretamente das decisões políticas, sem intermediários ou representantes. Isegoria, por sua vez, é um termo que se refere ao direito de todos os cidadãos de falar e expressar suas opiniões. Apesar de ser uma característica nas assembleias públicas, em outros órgãos do sistema, como a Boulé (Conselho dos Quinhentos) e os Tribunais Populares, os participantes eram selecionados, o que, portanto, restringia esse direito - assim como a própria limitação em relação a quem era considerado cidadão.


b)  Era uma democracia direta, em que havia a isonomia entre os cidadãos.

 

CORRETO. A democracia ateniense era direta. Ademais, a partir da reforma de Clístenes, o sistema político passou a ser formado pelo princípio da isonomia (igualdade perante a lei - todos os cidadãos tinham direitos iguais perante as instituições públicas e eram sujeitos às mesmas leis) (Brasil Escola). Mesmo com essas características, é preciso reiterar que, na prática, a atuação política era restrita a uma parcela específica da população, a qual era de fato considerada cidadã.


c)  Era uma democracia representativa, em que havia a isegoria entre os cidadãos.

 

INCORRETO. A democracia ateniense não era representativa, isto é, os cidadãos não elegiam representantes para votar e decidir sobre as questões políticas - era uma democracia direta. Ademais, a isegoria entre os cidadãos era limitada.


d)  Era uma democracia representativa, em que havia a isonomia entre os cidadãos.

 

INCORRETO. Apesar de haver isonomia entre os indivíduos considerados cidadãos, a democracia ateniense não era representativa, na verdade, era direta.

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270) Para a historiografia, os estudos sobre a Antiguidade são sempre dificultados pela questão da ausência ou da pouca disponibilidade de documentos, especialmente os escritos. Sobre a Grécia Antiga, um tipo de documento que colabora com os estudos historiográficos é o literário. Assinale, a seguir, os documentos literários utilizados como bases para o estudo da Grécia Antiga.

  • A) Ilíada, de Homero e Eneida, de Virgílio.
  • B) Ilíada e Odisséia, da autoria de Homero.
  • C) O príncipe, de Maquiavel e A arte da guerra, de Sun Tzu.
  • D) A política segundo as sagradas escrituras, de Bossuet e Eneida, de Virgílio.

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A alternativa correta é letra B) Ilíada e Odisséia, da autoria de Homero.

Vamos analisar cada alternativa para identificar quais são os documentos literários utilizados como bases para o estudo da Grécia Antiga.

 

A) Ilíada, de Homero e Eneida, de Virgílio.

INCORRETO. A Ilíada é, de fato, um poema épico atribuído a Homero e é uma importante fonte de estudos sobre a Grécia Antiga. No entanto, a Eneida, embora seja um poema épico, foi escrita por Virgílio, que era um poeta romano, e não grego. Portanto, a Eneida não se enquadra como um documento literário para o estudo da Grécia Antiga. Alternativa errada.

 

B) Ilíada e Odisséia, da autoria de Homero.

CORRETO. A Ilíada e a Odisséia são dois poemas épicos atribuídos a Homero, um dos mais importantes poetas da Grécia Antiga. Ambos os poemas são fundamentais para o estudo da Grécia Antiga, pois fornecem informações valiosas sobre a cultura, a sociedade e a religião gregas. Alternativa correta.

 

C) O príncipe, de Maquiavel e A arte da guerra, de Sun Tzu.

INCORRETO. "O Príncipe" é uma obra do pensador italiano Nicolau Maquiavel, do século XVI, e "A Arte da Guerra" é um antigo tratado militar escrito pelo estrategista chinês Sun Tzu, no século V a.C. Ambas as obras são importantes para o estudo da história e da estratégia militar, mas não são documentos literários da Grécia Antiga. Alternativa errada.

 

D) A política segundo as sagradas escrituras, de Bossuet e Eneida, de Virgílio.

INCORRETO. "A Política Segundo as Sagradas Escrituras" é uma obra do teólogo francês Jacques-Bénigne Bossuet, do século XVII, e, como já mencionado, a Eneida é um poema épico do poeta romano Virgílio. Nenhuma dessas obras é um documento literário da Grécia Antiga. Alternativa errada.

 

Portanto, a alternativa correta é a LETRA B.

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