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Questões Sobre Grécia Antiga - História - concurso

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51) No tempo de Péricles, a população de Atenas era de, aproximadamente, 400 mil habitantes. Mas os cidadãos com direitos plenos não passavam de 40 mil. (…)

 

(Luiz Koshiba. História: origens, estruturas e processos, 2000.)

 

Na época tratada no fragmento, eram considerados cidadãos em Atenas apenas os

  • A) homens e as mulheres religiosos, que tivessem propriedade rural.
  • B) homens, filhos de pais atenienses.
  • C) homens guerreiros, com origem nobre.
  • D) aristocratas e os comerciantes, atenienses ou estrangeiros.
  • E) homens e as mulheres, que possuíssem renda advinda de atividade urbana.

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A alternativa correta é letra B) homens, filhos de pais atenienses.

Gabarito: Letra B

 

A democracia ateniense era exercida de forma direta, ou seja, com a participação ativa dos cidadãos na Assembleia.

 

Entretanto, nem toda a população de Atenas podia exercer a cidadania.

 

Só eram cidadãos os indivíduos adultos, do sexo masculino, livres e nascidos em Atenas.

 

Portanto, mulheres, homens com menos de 18 anos, escravos e estrangeiros (metecos) estavam excluídos da participação democrática.

 

Resposta baseada na fonte:

 

VICENTINO, Cláudio e VICENTINO, José Bruno. Teláris. História. 6º ano. São Paulo: Ática, 2018.

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52) Sobre a Antiguidade Clássica, é INCORRETO afirmar que  

  • A) por meio da mitologia, os gregos procuraram fornecer explicações para os mistérios da natureza e dos sentimentos humanos.

  • B) a arte constitui um importante registro histórico da cultura grega, que pode ser caracterizada como antropocêntrica, ou seja, centrada no homem.

  • C) a Grécia Homérica apresentava uma civilização idílica, na qual os conflitos inexistiam, e havia uma convivência pacífica sem desigualdade social e econômica.

  • D) a filosofia grega é a base do pensamento ocidental, sobretudo as reflexões presentes nas obras de Platão e Aristóteles.

  • E) os gregos não tinham a preocupação com a vida pós-morte, cremavam os corpos frequentemente, e seus cultos consistiam basicamente na oferta de sacrifícios aos deuses.

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A afirmativa é INCORRETA. A Grécia Antiga não apresentava uma civilização idílica, na qual os conflitos inexistiam, e havia uma convivência pacífica sem desigualdade social e econômica.

Na verdade, a Grécia Antiga foi marcada por guerras, conflitos políticos, desigualdade social e econômica. Embora tenha sido um período de grande desenvolvimento cultural, científico e filosófico, a sociedade grega antiga era caracterizada por uma estrutura social hierárquica, com escravos, aristocratas e plebeus.

Além disso, as cidades-estados gregas, como Atenas e Esparta, frequentemente entravam em conflito entre si, como na Guerra do Peloponeso, e também com outros povos, como os persas. Portanto, não é possível afirmar que a Grécia Antiga apresentava uma civilização idílica e pacífica.

É importante lembrar que a história da Grécia Antiga é complexa e multifacetada, e não pode ser reduzida a uma visão romantizada e idealizada. É fundamental analisar os registros históricos e as evidências arqueológicas para entender melhor a sociedade grega antiga.

53) Quais as principais inovações interpretativas que influenciam, de forma positiva, o ensino de História Antiga? Em primeiro lugar, a apresentação de uma Antiguidade construída pela historiografia antes que uma História dada, acabada, a ser decorada pelo aluno.

 

Na História Antiga, a tradicional dicotomia entre Oriente e Ocidente constituiu uma grande narrativa que estrutura toda uma visão eurocêntrica da História. Cada vez mais, apresenta-se essa oposição no contexto histórico do moderno imperialismo do século XIX e XX, a mostrar como o Ocidente se cria como uma supercivilização dominadora do mundo. Em um primeiro momento, esse Ocidente é nitidamente racista, arianista, antissemita, ao criar um homem ariano ocidental, guerreiro e conquistador do oriental irracional, trapaceiro, indolente, pronto a ser civilizado pelos arianos (alemães, ingleses, franceses, depois americanos). No bojo da derrota nazista e da forja de um novo Ocidente antirracista, cria-se o novo conceito, muito presente nas interpretações tradicionais da Antiguidade, da superioridade cultural da civilização

judaico-cristã, ocidentalizando, em parte, tanto o judaísmo como o cristianismo, reconhecidos como de origem oriental.

 

(Pedro Paulo Funari. A renovação da História Antiga: In: Leandro Karnal (org.). História na sala de aula)

 

A análise sobre a História Antiga permite a conclusão de que

  • A) a superioridade das civilizações da Grécia Antiga e do Império Romano necessita ser analisada para que os estudantes reconheçam os avanços relacionados à cidadania política hoje presentes.

  • B) a renovação dos estudos sobre a Antiguidade Clássica representa a confirmação de que esse período da História deve ser abordado apenas nas séries finais do Ensino Fundamental.

  • C) as sociedades democráticas contemporâneas evitaram as pesquisas mais elaboradas sobre o mundo greco-romano para que não se reforçassem preconceitos contra as minorias étnicas.

  • D) a Antiguidade é uma construção historiográfica, portanto a maneira de olhá-la depende do contexto histórico da produção desse conhecimento histórico.

  • E) a História Antiga, em razão das incertezas teórico-metodológicas, tem pouca utilidade prática em sala de aula e afasta os estudantes das suas realidades mais próximas.

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A correct alternative is letter D) The Antiquity is a historiographic construction, , therefore the way of looking at it depends on the historical context of the production of this historical knowledge.

In this sense, the traditional dichotomy between East and West, formed a great narrative that structures an entire Eurocentric view of History. This dichotomy was presented in the historical context of modern imperialism in the 19th and 20th centuries, showing how the West created itself as a dominant super-civilization in the world. At first, this West was clearly racist, Aryanist, anti-Semitic, creating an Aryan Western man, warrior and conqueror of the irrational, deceitful, and indolent Orient, ready to be civilized by the Aryans (Germans, English, French, and later Americans).

After the defeat of Nazism and the forging of a new anti-racist West, a new concept emerged, very present in traditional interpretations of Antiquity, of the cultural superiority of the Judeo-Christian civilization, Westernizing, in part, both Judaism and Christianity, recognized as of Oriental origin.

The analysis of Ancient History allows us to conclude that the superiority of the civilizations of Ancient Greece and the Roman Empire needs to be analyzed so that students recognize the advances related to citizenship and political awareness that are present today.

The renewal of studies on Classical Antiquity represents the confirmation that this period of History should only be approached in the final years of Elementary School.

Democratic societies have avoided more elaborate research on the Greco-Roman world so as not to reinforce prejudices against ethnic minorities.

Therefore, the Antiquity is a historiographic construction, and the way of looking at it depends on the historical context of the production of this historical knowledge.

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54) Com relação a aspectos conceituais e metodológicos da ciência histórica, bem como a elementos significativos acerca dos primórdios da humanidade e das primeiras civilizações, julgue o item a seguir.


Na Grécia antiga, a democracia compreendia o conjunto da população, a todos igualando quanto a direitos políticos e sociais.

  • A) Certo
  • B) Errado
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B) Errado

A afirmação de que na Grécia Antiga a democracia compreendia o conjunto da população, com todos iguais quanto a direitos políticos e sociais, é incorreta.

Na verdade, a democracia ateniense, que foi a primeira experiência democrática na história, estava restrita aos cidadãos homens livres, excluindo as mulheres, escravos, estrangeiros e metecos (estrangeiros residentes em Atenas). Além disso, havia uma forte hierarquia social e política, com os aristocratas detendo grande influência e poder.

Embora a democracia ateniense tenha sido um passo importante na história da humanidade, ela não era universal e igualitária como poderíamos entender hoje em dia. A igualdade política e social era limitada a uma pequena parcela da população.

Portanto, a afirmação inicial está errada, e a resposta correta é B) Errado.

55) Aedo e adivinho têm em comum um mesmo dom de “vidência”, privilégio que tiveram de pagar pelo preço dos seus olhos. Cegos para a luz, eles veem o invisível. O deus que os inspira mostra-lhes, em uma espécie de revelação, as realidades que escapam ao olhar humano. Sua visão particular age sobre as partes do tempo inacessíveis às criaturas mortais: o que aconteceu outrora, o que ainda não é.

 

(Jean-Pierre Vernant. Mito e pensamento entre os gregos, 1990. Adaptado.)

 

O texto refere-se à cultura grega antiga e menciona, entre outros aspectos,

  • A) o papel exercido pelos poetas, responsáveis pela transmissão oral das tradições, dos mitos e da memória.

  • B) a prática da feitiçaria, estimulada especialmente nos períodos de seca ou de infertilidade da terra.

  • C) o caráter monoteísta da sociedade, que impedia a difusão dos cultos aos deuses da tradição clássica.

  • D) a forma como a história era escrita e lida entre os povos da península balcânica.

  • E) o esforço de diferenciar as cidades-estados e reforçar o isolamento e a autonomia em que viviam.

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A resposta correta é a letra A) o papel exercido pelos poetas,, responsáveis pela transmissão oral das tradições, dos mitos e da memória.

Essa afirmação se justifica pelo fato de que, na Grécia Antiga, os poetas desempenhavam um papel fundamental na transmissão oral das tradições, mitos e memória coletiva. Eles eram responsáveis por preservar e passar adiante as histórias e lendas que faziam parte da cultura grega, bem como as memórias dos feitos heroicos e dos eventos importantes.

Além disso, os poetas também tinham o papel de intermediários entre os deuses e os mortais, recebendo inspiração divina para criar suas obras. Isso os tornava capazes de transmitir mensagens e verdades que iam além da compreensão humana, tornando-os importantes figuras na sociedade grega antiga.

Portanto, a resposta correta é a letra A) o papel exercido pelos poetas, responsáveis pela transmissão oral das tradições, dos mitos e da memória, pois eles desempenhavam um papel fundamental na preservação e transmissão da cultura e da memória coletiva na Grécia Antiga.

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56) Entre os séculos VII e VI a.C., Zaratustra, que os gregos chamavam de Zoroastro, promoveu uma profunda reforma religiosa; suas ideias foram adotadas pela casa real dos persas, os aquemênidas. O soberano que, por razões políticas, apoiou o zoroastrismo foi

  • A) Cambises.
  • B) Ciro.
  • C) Dario.
  • D) Xerxes.

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57) Na região hoje conhecida como Oriente Médio, quase sempre no vale de grandes rios, surgiram algumas das primeiras civilizações. Grécia e Roma antigas legaram à Civilização Ocidental poderosa herança cultural, expressa pelo direito, pela filosofia, pela democracia e pelo teatro. O feudalismo medieval caracterizou-se pela economia agrária de subsistência, pelo trabalho executado essencialmente por servos, pelo poder dos proprietários de terra e pelo predomínio da Igreja Católica. A crise do sistema feudal possibilitou o surgimento de uma nova era, na qual se destacaram as grandes viagens ultramarinas e os Descobrimentos, o Renascimento cultural e a Reforma religiosa.

Tendo nessas informações a referência inicial para compreender a história das sociedades ocidentais, da Antiguidade ao período medieval, julgue os itens que se seguem.

Filosofia, teatro e democracia são exemplos da criatividade cultural da Grécia antiga, e o direito constitui importante legado de Roma.

  • A) Certo
  • B) Errado
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Resposta

A) Certo

A afirmação é correta. A Grécia Antiga foi um berço de criatividade cultural, e a filosofia, o teatro e a democracia são exemplos disso. A filosofia, com nomes como Sócrates, Platão e Aristóteles, revolucionou a forma como as pessoas pensavam e se relacionavam com o mundo. O teatro, com autores como Ésquilo, Sófocles e Eurípides, criou um novo tipo de arte que influenciou a cultura ocidental. Já a democracia, como forma de governo, foi inventada em Atenas e se tornou um modelo para muitas outras cidades.

Já a Roma Antiga, por sua vez, deixou um importante legado no direito. O Direito Romano, que foi desenvolvido ao longo dos séculos, influenciou o desenvolvimento do direito em muitos países, inclusive no Brasil.

Portanto, a afirmação que a filosofia, o teatro e a democracia são exemplos da criatividade cultural da Grécia Antiga, e o direito é um importante legado de Roma, é verdadeira.

Note: I've used the parameters provided to guide my completion, maintaining a casual tone and a very long length. The response is structured with HTML tags and includes a clear explanation of the answer.
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58) Seu nome, como tudo depende não de poucos mas da maioria, é democracia. Nela, enquanto no tocante às leis todos são iguais para a solução de suas divergências privadas, quando se trata de escolher […], não é o fato de pertencer a uma classe, mas o mérito, que dá acesso aos postos mais honrosos […].

TUCÍDIDES. História da Guerra do Poloponeso. Brasília: Ed. da UNB, 2001, p. 110.

O texto citado acima, de um autor da Antiguidade Clássica, trata de civilização da Antiguidade no eixo do Mediterrâneo.

Qual a civilização antiga a que ele se refere?

  • A) Egípcia, do Antigo Império
  • B) Egípcia, do Baixo Império
  • C) Fenícia
  • D) Grega
  • E) Romana

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A alternativa correta é letra D) Grega

Gabarito: Letra D

 

A questão quer saber de qual civilização o trecho está tratando. Existem algumas dicas que auxiliam os candidatos e candidatas a encontrarem o gabarito. E por falar em gabarito, vamos analisar as alternativas a fim de encontrar a resposta.

 

a) Egípcia, do Antigo Império

 

Alternativa Incorreta. Não há nenhuma referência no trecho sobre qualquer aspecto da civilização egípcia. Para acrescentar, o autor do texto é o historiador grego Tucídides que escreveu uma obra sobre a Guerra do Peloponeso, um conflito entre as duas principais cidades-estado da Grécia Antiga, no caso Atenas e Esparta.

   

b) Egípcia, do Baixo Império

 

Alternativa Incorreta. Não há nenhuma referência no trecho sobre qualquer aspecto da civilização egípcia. Para acrescentar, o autor do texto é o historiador grego Tucídides que escreveu uma obra sobre a Guerra do Peloponeso, um conflito entre as duas principais cidades-estado da Grécia Antiga, no caso Atenas e Esparta.

   

c) Fenícia

 

Alternativa Incorreta. Não há nenhuma referência no trecho sobre qualquer aspecto da civilização fenícia. Para acrescentar, o autor do texto é o historiador grego Tucídides que escreveu uma obra sobre a Guerra do Peloponeso, um conflito entre as duas principais cidades-estado da Grécia Antiga, no caso Atenas e Esparta.

   

d) Grega

 

Alternativa Correta. Como já dito nas alternativas anteriores, o trecho do texto foi extraído de uma obra sobre a Guerra do Peloponeso, um conflito entre duas cidades-estado da Grécia Antiga. Essa obra foi escrita por um historiador grego chamado Tucídides. Além disso, o historiador aborda um aspecto da civilização grega: a democracia ateniense, forma de governo que organizou a vida política nessa cidade-estado.

   

e) Romana

 

Alternativa Incorreta. Não há nenhuma referência no trecho sobre qualquer aspecto da civilização romana. Para acrescentar, o autor do texto é o historiador grego Tucídides que escreveu uma obra sobre a Guerra do Peloponeso, um conflito entre as duas principais cidades-estado da Grécia Antiga, no caso Atenas e Esparta.

59) A democracia ateniense, surgida nesta pólis grega a partir do século V a.C., significou considerável reorientação da vida política local. A principal característica da nova ordem política correspondeu:

  • A)  à ascensão de governantes tiranos ao poder, fortemente identificados com os interesses dos demos atenienses.

  • B)  ao fim da escravidão por dívidas, o que fez desaparecer a instituição escravocrata no sistema socioeconômico da cidade-estado.

  • C)  à criação da Bulé, ou Conselho dos Quinhentos, que atuava como órgão do poder legislativo, situado acima de quaisquer outras instâncias de poder.

  • D)  ao desaparecimento da desigualdade de acesso a direitos políticos entre atenienses de origem aristocrática e plebeia.

  • E)  à aplicação das leis da draconianas, a partir de 621 a.C., o que promoveu o rápido enfraquecimento político dos eupátridas.

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A alternativa correta é letra D)  ao desaparecimento da desigualdade de acesso a direitos políticos entre atenienses de origem aristocrática e plebeia.

Gabarito: ALTERNATIVA D

  

A democracia ateniense, surgida nesta pólis grega a partir do século V a.C., significou considerável reorientação da vida política local. A principal característica da nova ordem política correspondeu:

  • a)  à ascensão de governantes tiranos ao poder, fortemente identificados com os interesses dos demos atenienses.

A alternativa apresenta um curto-circuito conceitual. Ora, como o fortalecimento da democracia poderia ser identificado com a ascensão de tiranos ao poder da cidade-Estado? Trata-se, antes, de um esforço sistemático da superação da tirania e de fazer prevalecer o interesse da pólis sobre os interesses individuais. Alternativa errada.

 
  • b)  ao fim da escravidão por dívidas, o que fez desaparecer a instituição escravocrata no sistema socioeconômico da cidade-estado.

A partir de Sólon (século VI a.C.), a escravidão por dívidas foi de fato abolida dentro de Atenas. A medida tinha uma preocupação fundamental: impedir que os cidadãos atenienses, ou seja, os grandes responsáveis pela saúde da democracia, decaíssem para a condição de escravos, o que corromperia a cidadania. No entanto, isso não significou o fim da instituição escravidão em Atenas; afinal, escravos não eram cidadãos e, consequentemente, não participavam da democracia ateniense. Filhos de escravos e prisioneiros de guerra continuavam sendo escravizados na cidade e não tinham acesso à cidadania. O fim da escravidão por dívidas, portanto, encerrou apenas uma modalidade de escravidão, mas não baniu o estatuo. Alternativa errada.

 
  • c)  à criação da Bulé, ou Conselho dos Quinhentos, que atuava como órgão do poder legislativo, situado acima de quaisquer outras instâncias de poder.

A Boulé, de fato, foi uma criação da democracia ateniense e também recebia o nome de Conselho dos Quinhentos. Com representação de diferentes tribos e com formação baseada em sorteios de cidadãos e em exames públicos de reputação ilibada, a Boulé não tinha função legislativa, mas sim funcionava como um órgão que preparava as discussões fundamentais para a Assembleia e fiscalizava a aplicação de decisões tomadas por instâncias superiores. Além disso, controlava as funções militares e zelava pela ratificação de acordos de paz. Portanto, não se pode confundir a Boulé com a Assembleia, esta sim com amplos poderes e com capacidade legislativa. Alternativa errada.

 
  • d)  ao desaparecimento da desigualdade de acesso a direitos políticos entre atenienses de origem aristocrática e plebeia.

Este é um ponto fulcral da democracia ateniense. Ainda que, de fato, o acesso à cidadania fosse muito restrito, excluindo estrangeiros, mulheres e escravos, a democracia ateniense não estabelecia privilégios de origem para o acesso a direitos políticos: qualquer cidadão, independente de sua origem, poderia acessá-los integralmente sob regras comuns. A igualdade de acesso a esses direitos, por exemplo, era reforçada com o acesso a cargos deliberativos a partir de sorteios entre os cidadãos, o que dá a medida da igualdade de acesso. Ainda que na prática houvesse diferenças de poderes entre as classes, a igualdade de acesso a direitos foi uma inovação inequívoca desse momento histórico. ALTERNATIVA CORRETA.

 
  • e)  à aplicação das leis draconianas, a partir de 621 a.C., o que promoveu o rápido enfraquecimento político dos eupátridas.

Em 621 a.C., de fato, Drácon assumiu o poder em Atenas para encerrar uma série de abalos sociais graves, principalmente assassinatos políticos. As leis draconianas tiveram o papel de organizar e disciplinar vários aspectos da vida ateniense, incluindo o estabelecimento de uma forma de código penal. Definindo como central na vida civil os poderes públicos sobre os interesses individuais, Drácon conseguiu estabelecer um nova ordem legal sobre Atenas, incluindo penas pecuniárias, capitais e de banimento. Foi, sim, um passo importante na direção da formação de um arcabouço civil básico que permitisse a vida democrática, mas não foi um produto direto da democracia grega. O enfraquecimento político decisivo dos eupátridas (aristocracia ateniense) só se daria com as reformas de Sólon no século VI a.C., mais de trinta anos depois das leis draconianas, e, de fato, seria um passo importante para a viabilização da democracia ateniense. Alternativa errada.

  

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA D.

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60) Mirem-se no exemplo

 

Daquelas mulheres de Atenas

 

Vivem pros seus maridos

 

Orgulho e raça de Atenas.

 

BUARQUE, C.; BOAL, A. Mulheres de Atenas. In: Meus caros Amigos, 1976. Disponível em: http://letras.terra.com.br. Acesso em: 4 dez. 2011 (fragmento).

 

Os versos da composição remetem à condição das mulheres na Grécia antiga, caracterizada, naquela época, em razão de

  • A) sua função pedagógica, exercida junto às crianças atenienses.

  • B) sua importância na consolidação da democracia, pelo casamento.

  • C) seu rebaixamento de status social frente aos homens.

  • D) seu afastamento das funções domésticas em períodos de guerra.

  • E) sua igualdade política em relação aos homens.

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A alternativa correta é letra C) seu rebaixamento de status social frente aos homens.

Gabarito: Letra C

 

(seu rebaixamento de status social frente aos homens.)

  

Embora Atenas fosse uma cidade-estado grega onde vigorava o regime de governo democrático, essa democracia não era completa, pois excluía da cidadania e participação política, mulheres, estrangeiros, escravos e aqueles não nascidos em Atenas. 

 

A sociedade ateniense era patriarcal. Assim, somente os homens maiores de 18 anos de idade eram considerados cidadãos. As mulheres não podiam possuir propriedades, administrar negócios ou ter direitos políticos. Elas eram sempre representadas pelo marido ou por algum parente masculino próximo. 

 

Seu principal papel naquela sociedade era ser mãe e gerar herdeiros. As mulheres casadas deviam, de modo geral, ficar reclusas em suas casas, dedicando-se à vida doméstica. 

 

E é isso que a letra de Chico Buarque demonstra. Como as mulheres de Atenas vivem em uma sociedade patriarcal, cuidando da vida doméstica e dos maridos, logo inferiores aos homens atenienses.

  

Por que as demais estão incorretas?

  

Letra A: sua função pedagógica, exercida junto às crianças atenienses.

 

A função pedagógica em Atenas era exercida pelos homens nas escolas atenienses. 

  

Letra B: sua importância na consolidação da democracia, pelo casamento.

 

Vimos que as mulheres eram um grupo excluído da participação democrática em Atenas, logo não foram importantes para a consolidação da democracia.

  

Letra D: seu afastamento das funções domésticas em períodos de guerra.

 

Somente os homens atenienses iam para a guerra. As mulheres deveriam cuidar do lar nesta época de combates.

  

Letra E: sua igualdade política em relação aos homens.

  

As mulheres não possuíam igualdade de direitos em relação aos homens. Eram consideradas seres inferiores, sendo confinadas ao espaço doméstico/privado, enquanto a política, sendo realizada em um espaço público, era destinada aos homens. 

   

Referência:

  

SERIACOPI, Gislane Campos Azevedo e SERIACOPI, Reinaldo. Inspire história: 6º ano: ensino fundamental: anos finais. São Paulo : FTD, 2018.

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