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Leia o texto:
A corrupção nos costumes das mulheres é ainda uma coisa prejudicial ao fim que se propõe o governo, e à boa conservação das leis do Estado (…). É o que aconteceu em Esparta (…).
Tais são as observações feitas entre os lacedemônios: no tempo da sua dominação as mulheres resolviam quase todas as questões. De resto, que diferença existe em que as mulheres governem, ou que os magistrados sejam governados por mulheres? (…) as mulheres dos lacedemônios, mesmo no caso de perigo, fizeram-lhes o maior mal possível.
Aristóteles, 4 política. Rio de Janeiro: Ediouro, s./d., p. 79-80.
É correto afirmar sobre as mulheres na Grécia Antiga:
- A) Obtiveram o direito à educação e acesso às escolas filosóficas da cidade-Estado de Atenas durante o período clássico.
- B) Em Esparta, recebiam educação física na infância, tinham direito à herança e administravam as propriedades na ausência dos maridos.
- C) Adquiriram poderes políticos como cidadãs apenas com o estabelecimento do Império Macedônico, sob a liderança de Alexandre Magno.
- D) Em Atenas, podiam participar de algumas discussões na Eclésia e possuíam direitos políticos durante o período da democracia.
- E) Tornaram-se legisladoras e integrantes do conselho dos mais velhos na cidade-Estado de Tebas.
Resposta:
A alternativa correta é letra B) Em Esparta, recebiam educação física na infância, tinham direito à herança e administravam as propriedades na ausência dos maridos.
Gabarito: Letra B
(Em Esparta, recebiam educação física na infância, tinham direito à herança e administravam as propriedades na ausência dos maridos.)
A sociedade espartana era altamente militarizada. Todos os homens de Esparta, chamados de esparciatas, eram guerreiros, sendo proibidos por lei de exercer atividades que entrassem em conflito com a carreira militar. O ingresso no mundo militar começava na infância, aos 7 anos de idade, quando os meninos adentravam em escolas militares para se tornarem futuros guerreiros, submetidos a condições muito duras, tanto para seu corpo como para seu espírito, de maneira a se tornarem pessoas extremamente resistentes.
Se os homens se dedicavam à guerra, as mulheres espartanas ficavam restritas às atividades domésticas. Sua vida consistia em se casar e gerar filhos saudáveis para servir ao Estado. Por isso, a saúde do corpo também era uma preocupação feminina. Elas praticavam exercícios para serem fortes e bem preparadas, caso fossem convocadas para a guerra. O diferencial em Esparta é que como os homens iam para a guerra, elas poderiam gerenciar as propriedades familiares na ausência do marido e dos filhos e se eles morressem nos combates, poderiam herdar as propriedades dos homens.
Por que as demais estão incorretas?
Letra A: Obtiveram o direito à educação e acesso às escolas filosóficas da cidade-Estado de Atenas durante o período clássico.
As mulheres gregas não tinham direito à educação e acesso às escolas. Embora em Esparta, recebessem educação física e militar por conta da característica da sociedade espartana, nas outras póleis elas eram excluídas do espaço escolar.
Letra C: Adquiriram poderes políticos como cidadãs apenas com o estabelecimento do Império Macedônico, sob a liderança de Alexandre Magno.
As mulheres gregas não adquiriram a cidadania na história da Grécia Antiga.
Letra D: Em Atenas, podiam participar de algumas discussões na Eclésia e possuíam direitos políticos durante o período da democracia.
As mulheres atenienses eram excluídas da vida pública por não serem identificadas como cidadãs. A cidadania ateniense era limitada aos homens da cidade.
Letra E: Tornaram-se legisladoras e integrantes do conselho dos mais velhos na cidade-Estado de Tebas.
As mulheres gregas não participavam da vida política nas póleis grégas, portanto, não puderam obter cargos políticos em órgãos de poder.
Referências:
COTRIM, Gilberto e RODRIGUES, Jaime. Historiar, 6° ano: ensino fundamental: anos finais. São Paulo: Saraiva, 2018.
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.
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