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(Concurso Milagres/2018) “(…) que, na PE (Polícia do Exército) da GB, verificaram o interrogado e seus companheiros que as torturas são uma instituição, vez que, o interrogado foi o instrumento de demonstrações práticas desse sistema, em uma aula de que participaram mais de 100 (cem) sargentos e cujo professor era um Oficial da PE, chamado Tnt. Ayton que, nesse sala, ao tempo em que se projetavam “slides” sobre tortura, mostrava-se na prática para a qual serviram o interrogatório (…)”. (Arquivos da Arquidiocese de São Paulo. Brasil nunca mais. 1985, p. 31). Considerando o depoimento acima, assinale a alternativa correta sobre as práticas de tortura no Brasil em comparação com a América Latina.

(Concurso Milagres/2018) “(…) que,
na PE (Polícia do Exército) da GB,
verificaram o interrogado e seus
companheiros que as torturas são uma
instituição, vez que, o interrogado foi o
instrumento de demonstrações práticas
desse sistema, em uma aula de que participaram mais de 100 (cem)
sargentos e cujo professor era um
Oficial da PE, chamado Tnt. Ayton que,
nesse sala, ao tempo em que se
projetavam “slides” sobre tortura,
mostrava-se na prática para a qual
serviram o interrogatório (…)”.
(Arquivos
da Arquidiocese de São Paulo. Brasil nunca mais.
1985, p. 31).
Considerando o depoimento acima,
assinale a alternativa correta sobre as
práticas de tortura no Brasil em
comparação com a América Latina.

Resposta:

A alternativa correta é B)

O depoimento citado, extraído do livro Brasil Nunca Mais, revela a institucionalização da tortura durante o regime militar brasileiro, evidenciando sua prática sistemática como método de repressão. Ao comparar o tratamento dado a esse legado no Brasil com outros países da América Latina, como Chile e Argentina, percebe-se uma diferença significativa na forma como cada nação lidou com seu passado autoritário.

Enquanto Chile e Argentina estabeleceram comissões da verdade pouco depois da redemocratização e avançaram no julgamento de agentes do Estado envolvidos em violações de direitos humanos, o Brasil demorou décadas para criar sua Comissão Nacional da Verdade (2011) e, mesmo assim, enfrentou obstáculos jurídicos e políticos que limitaram a responsabilização dos torturadores. A Lei de Anistia de 1979, interpretada de forma ampla pelo Supremo Tribunal Federal em 2010, foi um dos principais entraves para a justiça de transição no país.

Portanto, a alternativa correta é a B), pois reflete essa disparidade no enfrentamento do passado ditatorial entre o Brasil e seus vizinhos latino-americanos. Enquanto Argentina e Chile avançaram em processos de memória, verdade e justiça, o Brasil manteve uma cultura de impunidade em relação aos crimes cometidos durante o regime militar.

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