Questões Sobre Guerra Fria e as ditaduras militares - História - concurso

A história da Coreia é marcada por períodos de unificação e fragmentação, com influências externas que moldaram seu desenvolvimento político e econômico. Após a Segunda Guerra Mundial, a divisão da península em Coreia do Norte e Coreia do Sul estabeleceu dois modelos distintos de sociedade. Enquanto a Coreia do Norte seguiu um caminho fechado e centralizado, a Coreia do Sul adotou uma economia de mercado com forte participação estatal.

A alternativa correta sobre esses países é a letra D), que afirma: "O 'milagre econômico' sul-coreano ocorreu devido a fortes investimentos estrangeiros no país, cujo objetivo foi a modernização do parque industrial." Essa afirmação está correta porque a Coreia do Sul implementou políticas de abertura econômica e atração de capital estrangeiro, especialmente nas décadas de 1960 e 1970, o que permitiu o desenvolvimento de uma indústria competitiva e tecnologicamente avançada.

As demais alternativas apresentam informações incorretas sobre as Coreias. O relevo coreano é predominantemente montanhoso (não de planície), os climas não correspondem às descrições apresentadas, a economia norte-coreana não se baseia na indústria de precisão, e embora existam minerais nobres na Coreia do Norte, sua exploração não constitui a principal fonte de renda do país. Portanto, a alternativa D é a única que apresenta uma afirmação verdadeira sobre o desenvolvimento econômico da Coreia do Sul.

Sobre as relações geopolíticas no mundo atual, é correto afirmar que, durante a Guerra Fria, Cuba desempenhou um papel significativo na América Latina ao resistir à influência norte-americana. A Revolução Cubana de 1959, liderada por Fidel Castro, marcou um ponto de virada na região, estabelecendo um governo socialista que desafiava diretamente os interesses dos Estados Unidos.

Essa postura de Cuba não apenas a colocou em rota de colisão com os EUA, mas também a aproximou da União Soviética, tornando-se um símbolo da resistência ao imperialismo na América Latina. Portanto, a afirmação de que Cuba fez frente à influência norte-americana durante esse período está correta.

Resposta: C) CERTO

O trecho apresentado retrata um relato chocante sobre os métodos de tortura utilizados durante as ditaduras militares na América Latina, especificamente na Argentina. Esse período histórico foi marcado por violações sistemáticas dos direitos humanos, onde o Estado empregou práticas brutais para silenciar opositores e manter o controle através do medo. A descrição de prisioneiros sendo submetidos a sessões de tortura, isolamento e desaparecimento forçado não é um caso isolado, mas sim uma característica comum entre os regimes autoritários que dominaram a região nas décadas de 1960 a 1980.

A afirmação de que essas ditaduras compartilharam traços como autoritarismo, censura, nacionalismo e repressão violenta está correta. Esses regimes justificavam suas ações sob o pretexto de combater ameaças ideológicas, como o comunismo, mas na realidade, consolidaram governos baseados na supressão de liberdades civis e na eliminação física de dissidentes. O resultado foi um legado de trauma coletivo, com milhares de vítimas de execuções sumárias, tortura e desaparecimentos, cujas famílias ainda buscam por justiça e reparação.

Portanto, a alternativa C) CERTO é a resposta correta, pois reflete com precisão as características comuns das ditaduras latino-americanas. Esses governos deixaram feridas profundas nas sociedades que governaram, e a memória desses eventos serve como um alerta contra a repetição de tais atrocidades.

O texto apresentado descreve relatos brutais de tortura durante um período de repressão política, provavelmente vinculado às ditaduras militares que assolaram a América Latina no século XX. Esses regimes, marcados pela violência sistemática e pelo desaparecimento de opositores, foram um reflexo do contexto geopolítico da Guerra Fria, no qual os Estados Unidos e a União Soviética disputavam influência global.

A afirmação de que as ditaduras militares latino-americanas estavam alinhadas ao bloco socialista liderado pela União Soviética é incorreta. Na realidade, esses regimes autoritários receberam apoio dos Estados Unidos, que via neles uma barreira contra a expansão do comunismo na região. A Doutrina de Segurança Nacional, adotada por esses governos, justificava a perseguição a movimentos de esquerda e a supressão de direitos civis em nome da "defesa da democracia" contra a "ameaça comunista".

Portanto, a alternativa correta é E) ERRADO, pois as ditaduras militares na América Latina foram, em sua maioria, aliadas do bloco capitalista ocidental, não do bloco soviético. A violência descrita no texto é um testemunho sombrio desse capítulo da história, no qual a lógica da Guerra Fria serviu para legitimar atrocidades em nome de interesses geopolíticos.

O trecho apresentado descreve relatos brutais de tortura durante a ditadura militar na Argentina, retirados do livro NUNCA MAIS: INFORME SOBRE O DESAPARECIMENTO DE PESSOAS NA ARGENTINA. Esses relatos ilustram a violência sistemática praticada pelo regime contra opositores, marcando um dos períodos mais sombrios da história latino-americana.

A afirmação sobre a queda da ditadura argentina está correta. A derrota na Guerra das Malvinas (1982) foi um fator decisivo para o enfraquecimento do regime, já desgastado pela crise econômica e pela pressão popular. A humilhação militar frente ao Reino Unido acelerou a perda de apoio político e social, culminando no fim do governo ditatorial.

Portanto, a alternativa C) CERTO é a correta, pois sintetiza os elementos que levaram ao colapso da ditadura argentina, um regime notório por sua repressão violenta e desaparecimentos forçados.

O trecho apresentado descreve relatos brutais de tortura durante a ditadura militar na Argentina, um período marcado por violações sistemáticas dos direitos humanos. Esse contexto não foi exclusivo do país, mas parte de um cenário mais amplo de regimes autoritários que assolaram a América Latina no século XX. Entre eles, destaca-se o golpe militar no Chile em 1973, liderado pelo general Augusto Pinochet, que derrubou o governo democraticamente eleito de Salvador Allende. A afirmação sobre esse evento está correta, conforme indicado no gabarito (C).

As ditaduras na região compartilharam métodos repressivos semelhantes, incluindo censura, perseguição política e o uso da tortura como instrumento de controle. O texto citado, extraído de NUNCA MAIS, ilustra a crueldade desses regimes e a importância da memória histórica para evitar a repetição de tais atrocidades. A correta identificação do golpe chileno reforça a necessidade de compreender esses eventos como parte de um padrão de autoritarismo que demandou resistência e lutas pela redemocratização.

O texto apresentado descreve relatos chocantes de tortura durante a ditadura militar na Argentina, extraídos da obra NUNCA MAIS: INFORME SOBRE O DESAPARECIMENTO DE PESSOAS NA ARGENTINA. Esses depoimentos ilustram a brutalidade e a violência sistemática empregadas pelos regimes autoritários que assolaram a América Latina no século XX, especialmente nas décadas de 1960 e 1970.

Quanto à afirmação sobre a ditadura de Fidel Castro em Cuba durante os anos 1970, é importante destacar que ela contém equívocos históricos. Primeiramente, Fidel Castro não era um general, mas sim o líder revolucionário e presidente de Cuba. Além disso, a política do big stick ("grande porrete") está associada aos Estados Unidos no início do século XX, sob a presidência de Theodore Roosevelt, e não a Cuba. Portanto, a afirmação está incorreta, como indicado no gabarito (E).

As ditaduras latino-americanas, incluindo a argentina, foram marcadas por violações graves dos direitos humanos, como prisões arbitrárias, torturas e desaparecimentos forçados. Esses regimes frequentemente contaram com apoio ou conivência de potências estrangeiras, mas atribuir a Cuba uma política de big stick é um erro factual e histórico. A correção da alternativa reforça a necessidade de um olhar crítico sobre os eventos desse período, evitando distorções que possam comprometer a compreensão desse capítulo sombrio da história da região.

O trecho citado do livro NUNCA MAIS: INFORME SOBRE O DESAPARECIMENTO DE PESSOAS NA ARGENTINA revela a brutalidade e a violência sistemática praticadas durante as ditaduras militares na América Latina. Esses regimes, marcados por repressão, tortura e desaparecimentos forçados, deixaram um legado de trauma e dor que ainda ecoa nas sociedades afetadas.

Em relação à afirmação sobre a Operação Condor, é importante esclarecer que seu objetivo não era reprimir os regimes ditatoriais, mas sim coordenar a perseguição e eliminação de opositores políticos entre os países envolvidos. Portanto, a alternativa correta é E) ERRADO, pois a Operação Condor foi um mecanismo de colaboração entre ditaduras para intensificar a repressão, e não para combatê-la.

A memória desses eventos deve ser preservada para que as violações de direitos humanos cometidas durante esse período sombrio nunca se repitam. A luta por justiça e verdade continua sendo essencial para as vítimas e suas famílias.

O texto apresentado aborda a relação entre a poesia de Pablo Neruda e Carlos Drummond de Andrade no contexto da Segunda Guerra Mundial, especificamente em torno da Batalha de Stalingrado. Enquanto Neruda enfatiza a resistência e o clamor por ajuda militar em "Canto a Stalingrado", Drummond, em "Carta a Stalingrado", mescla o épico e o lírico, conectando a vitória soviética ao destino da humanidade e às reflexões pessoais. Essa diferença de abordagem revela como ambos os poetas interpretaram o conflito a partir de perspectivas distintas, mas igualmente engajadas.

No trecho seguinte, menciona-se o envolvimento político de Neruda com a Unidade Popular e o governo de Salvador Allende, cujo golpe em 1973 instaurou uma ditadura militar no Chile. O regime, liderado por Augusto Pinochet, foi marcado por violações sistemáticas aos direitos humanos, apoio dos Estados Unidos e uma política econômica neoliberal que, apesar de gerar crescimento em certos períodos, aprofundou desigualdades sociais. A alternativa correta (D) sintetiza essas características, destacando a repressão, o alinhamento com os EUA e o chamado "milagre econômico", que mascara as contradições do período.

A análise desses dois momentos históricos – a resistência em Stalingrado e o autoritarismo no Chile – evidencia como a literatura e a política se entrelaçam. Neruda, tanto em sua poesia de guerra quanto em seu ativismo, representa a luta pela justiça social, enquanto o regime que se seguiu ao golpe chileno personificou seu oposto: a supressão de liberdades em nome de um projeto econômico excludente. Drummond, por sua vez, ao universalizar o sofrimento de Stalingrado, antecipa a dimensão humanista que faltaria aos anos de chumbo no Cone Sul.

O fragmento textual apresentado aborda o período das ditaduras militares na América Latina, destacando seu impacto duradouro na região. Entre as alternativas fornecidas, a opção incorreta é a D), que menciona uma "ditadura varguista" com apoio militar e norte-americano, além de relacioná-la à construção da Usina de Volta Redonda e a um golpe liderado por Vargas. Essa afirmação é equivocada, pois Getúlio Vargas governou em um contexto anterior (1930–1945 e 1951–1954) e não durante o período das ditaduras militares citado no texto (1960–1980). Além disso, seu governo não foi uma ditadura militar no mesmo sentido dos regimes posteriores, e a Usina de Volta Redonda foi construída na década de 1940, muito antes do período em questão.

As demais alternativas estão corretas: a letra A) aponta corretamente a repressão a lideranças políticas e sociais; a B) menciona o envolvimento dos EUA nos golpes militares; a C) descreve com precisão o golpe de Pinochet no Chile em 1973; e a E) refere-se à Operação Condor, uma colaboração repressiva entre as ditaduras da região. Portanto, a resposta incorreta é de fato a D), que distorce o contexto histórico ao associar Vargas a um período e a características que não correspondem à sua trajetória política.