Em meados do século XVIII, diversas monarquias europeias se modernizaram com base nos ideais iluministas para um programa de reformas que assegurasse uma administração mais racional e eficiente do Estado. Embora afirmassem agir em nome da “maior felicidade dos povos”, estes permaneciam excluídos da tomada de decisões políticas. Considerando as relações entre a cultura iluminista e as reformas promovidas pelos “soberanos esclarecidos”, analise as afirmativas a seguir. I – Os soberanos reformadores concentraram seus esforços no desmantelamento de privilégios fiscais e no redimensionamento dos poderes eclesiásticos, como no caso de Frederico II na Prússia e de D. José I e de seu ministro Pombal em Portugal. II – Os filósofos iluministas forneceram o tema da razão, da boa administração e da pública felicidade aos projetos absolutistas dos monarcas e o da liberdade à oposição antiabsolutista. III – Os opositores do reformismo monárquico eram juristas e magistrados tradicionalistas, a nobreza fundiária e o alto clero, ameaçados pela dissolução da sociedade de ordens promovida pelos soberanos esclarecidos. Assinale:
programa de reformas que assegurasse uma administração mais racional e eficiente do Estado. Embora afirmassem agir
em nome da “maior felicidade dos povos”, estes permaneciam excluídos da tomada de decisões políticas.
afirmativas a seguir.
em Portugal.
clero, ameaçados pela dissolução da sociedade de ordens promovida pelos soberanos esclarecidos.
- A)se somente a afirmativa I estiver correta.
- B)se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
- C)se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
- D)se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
- E)se todas as afirmativas estiverem corretas.
Resposta:
A alternativa correta é B)
O século XVIII foi marcado por um movimento de modernização das monarquias europeias, influenciado pelos ideais iluministas. Os chamados "soberanos esclarecidos" buscaram implementar reformas que racionalizassem a administração do Estado, promovendo a eficiência e alegando agir em nome da "felicidade dos povos". No entanto, essa abordagem manteve a população distante das decisões políticas, evidenciando uma contradição entre o discurso reformista e a prática autoritária.
A primeira afirmativa (I) destaca ações concretas dos monarcas reformistas, como Frederico II da Prússia e D. José I de Portugal, que buscaram reduzir privilégios fiscais e limitar o poder eclesiástico. Essas medidas refletem a aplicação de princípios iluministas na gestão do Estado, visando maior centralização e controle.
A segunda afirmativa (II) aponta para o duplo papel da filosofia iluminista: serviu tanto para justificar reformas administrativas sob o absolutismo quanto para inspirar críticas ao sistema vigente. Enquanto os monarcas adotaram ideias de razão e eficiência, seus opositores usaram o conceito de liberdade para questionar o poder absoluto.
Já a terceira afirmativa (III) identifica os grupos que resistiram às reformas, como a nobreza tradicional e o clero, que viam suas prerrogativas ameaçadas. Embora essa oposição tenha existido, a afirmação exagera ao sugerir que os soberanos esclarecidos buscavam dissolver completamente a sociedade de ordens, quando na realidade suas reformas eram mais moderadas e pragmáticas.
Portanto, as afirmativas I e II estão corretas, pois refletem adequadamente a relação entre o iluminismo e as reformas dos soberanos esclarecidos, enquanto a III apresenta uma interpretação parcialmente equivocada. A alternativa B é a correta, pois sintetiza o impacto do iluminismo tanto no fortalecimento do Estado absolutista quanto no surgimento de ideias que posteriormente o desafariam.
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