Leia o texto: FÁBRICA “Nosso dia vai chegar Teremos nossa vez Não é pedir demais Quero justiça Quero trabalhar em paz Não é muito o que lhe peço Eu quero um trabalho honesto Em vez de escravidão Deve haver algum lugar Onde o mais forte Não consegue escravizar Quem não tem chance De onde vem a indiferença Temperada a ferro e fogo? Quem guarda os portões da fábrica? O céu já foi azul, mas agora é cinza O que era verde aqui já não existe mais Quem me dera acreditar Que não acontece nada de tanto brincar com fogo Que venha o fogo então Esse ar deixou minha vista cansada Nada demais”. (Legião Urbana. Fábrica. CD Dois, EMI, 1997.)Com base na letra da música podemos relacioná-la e interpretá-la como crítica da:
Leia o texto:
FÁBRICA
“Nosso dia vai chegar
Teremos nossa vez
Não é pedir demais
Quero justiça
Quero trabalhar em paz
Não é muito o que lhe peço
Eu quero um trabalho honesto
Em vez de escravidão
Deve haver algum lugar
Onde o mais forte
Não consegue escravizar
Quem não tem chance
De onde vem a indiferença
Temperada a ferro e fogo?
Quem guarda os portões da fábrica?
O céu já foi azul, mas agora é cinza
O que era verde aqui já não existe mais
Quem me dera acreditar
Que não acontece nada de tanto brincar com fogo
Que venha o fogo então
Esse ar deixou minha vista cansada
Nada demais”.
(Legião Urbana. Fábrica. CD Dois, EMI, 1997.)
Com base na letra da música podemos relacioná-la e interpretá-la como crítica da:
- A)Revolução Francesa.
- B)Revolução Industrial.
- C)Revolução Puritana.
- D)Revolução Cubana.
Resposta:
A alternativa correta é B)
Análise da Música "Fábrica" de Legião Urbana
A música "Fábrica", da banda Legião Urbana, lançada em 1997 no álbum Dois, apresenta uma crítica social profunda e melancólica sobre as condições de trabalho e a degradação ambiental. A letra evoca imagens de opressão, injustiça laboral e a perda da esperança, temas que podem ser diretamente relacionados aos impactos da Revolução Industrial.
Os versos como "Quero trabalhar em paz / Não é muito o que lhe peço / Eu quero um trabalho honesto / Em vez de escravidão" refletem a exploração dos trabalhadores durante a industrialização, quando longas jornadas, baixos salários e condições insalubres eram comuns. A menção à escravidão metaforiza a falta de direitos trabalhistas e a relação desigual entre patrões e operários.
Além disso, a degradação ambiental causada pelo avanço industrial é retratada em "O céu já foi azul, mas agora é cinza / O que era verde aqui já não existe mais", um eco dos danos ambientais gerados pelas fábricas no período pós-Revolução Industrial. A poluição e o descaso com a natureza são consequências históricas desse processo.
A escolha do termo "fábrica" no título e a referência aos "portões da fábrica" simbolizam o cerne da crítica: a estrutura industrial desumanizadora. Portanto, a interpretação mais coerente é a que associa a música à Revolução Industrial (alternativa B), marco que transformou relações sociais, econômicas e ambientais de forma irreversível.
Embora outras revoluções tenham impactado a sociedade, nenhuma delas está tão diretamente ligada aos temas centrais da música — a exploração do trabalho e a destruição ambiental — como a Industrial. A letra de Legião Urbana permanece atual, denunciando problemas que transcendem épocas, mas encontram suas raízes nesse período histórico.
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