Questões Sobre Iluminismo - História - concurso

O Iluminismo foi um movimento intelectual que marcou o século XVIII, caracterizado pela ênfase na razão, na ciência e na crítica às estruturas tradicionais de poder. Suas ideias influenciaram profundamente a política, a filosofia e a cultura, pavimentando o caminho para revoluções como a Francesa e a Americana.

A alternativa A) está correta, pois o Iluminismo de fato aprofundou os ideais racionalistas do Renascimento, defendendo a liberdade de pensamento, a separação entre Estado e Igreja e o progresso humano por meio do conhecimento. Seus pensadores, como Voltaire, Rousseau e Locke, formularam proposições liberais que questionavam o absolutismo e promoviam os direitos individuais.

As demais alternativas apresentam equívocos: B) ignora que o Iluminismo floresceu justamente em meio às transformações do período; C) desconsidera que o movimento criticou ativamente o absolutismo; e D) confunde o Iluminismo com ideias mercantilistas, quando na verdade ele favoreceu o liberalismo econômico.

Portanto, o Iluminismo consolidou-se como uma força revolucionária, defendendo a razão, a liberdade e a igualdade, legados que continuam a influenciar o mundo contemporâneo.

O Iluminismo, conforme definido por Immanuel Kant, representa a emancipação do indivíduo por meio do uso autônomo da razão, superando a dependência intelectual imposta por autoridades externas. Esse movimento, que floresceu no século XVIII, especialmente na França, trouxe consigo transformações profundas no pensamento político, científico e filosófico, influenciando diretamente a modernidade. No entanto, ao analisar as afirmações sobre o Iluminismo, a alternativa A se destaca como incorreta, pois sugere uma cristalização histórica do movimento em contraste com a permanência do Despotismo Esclarecido, o que não reflete a realidade.

O Iluminismo não pode ser reduzido a um mero evento do passado, como propõe a afirmação A. Suas ideias continuam a reverberar na contemporaneidade, seja na defesa dos direitos humanos, na valorização da educação ou na crítica ao dogmatismo. Ao contrário do Despotismo Esclarecido, que de fato se esgotou como modelo político, o Iluminismo transcendeu seu contexto histórico, tornando-se uma referência para discussões sobre liberdade, razão e progresso.

As demais alternativas apresentam interpretações válidas sobre o Iluminismo. A alternativa B, por exemplo, reconhece sua dupla natureza: como fenômeno histórico e como fundamento do pensamento moderno. Já a alternativa C, embora critique certos excessos da racionalidade científica, não deixa de apontar o impacto duradouro do Iluminismo na estruturação do conhecimento. A alternativa D, por sua vez, destaca a diversidade de interpretações do movimento em diferentes contextos culturais, enquanto a alternativa E situa o Iluminismo em relação à Revolução Francesa, marcando seu declínio como movimento coeso.

Portanto, a afirmação incorreta é realmente a A, pois subestima a influência contínua do Iluminismo na formação do mundo contemporâneo. Suas ideias não estão cristalizadas no passado, mas seguem vivas, desafiando-nos a pensar criticamente e a buscar a autonomia intelectual que Kant tão bem defendeu.

O Iluminismo, também conhecido como a "Época das Luzes", emergiu no século XVIII como um dos movimentos intelectuais mais transformadores da modernidade. Como destacado por Falcon e Rodrigues (2006), esse período não foi homogêneo, mas sim marcado por uma pluralidade de pensamentos que convergiram na defesa da razão, do conhecimento e da crítica às estruturas estabelecidas. Embora a metáfora da luz como símbolo de sabedoria remonte a Platão e até mesmo a textos bíblicos, foi no século XVIII que ela se tornou um verdadeiro estandarte de mudança.

O movimento iluminista caracterizou-se por uma postura crítica em relação às instituições e aos valores tradicionais, especialmente aqueles associados ao Antigo Regime. Entre suas principais preocupações estava a oposição ao absolutismo monárquico, sistema político que concentrava poder nas mãos dos soberanos, muitas vezes sem limites ou contrapesos. Os filósofos iluministas, como Voltaire, Montesquieu e Rousseau, questionavam a legitimidade desse modelo, defendendo ideias como a separação de poderes, os direitos naturais do indivíduo e a soberania popular.

Embora o Iluminismo também tenha abordado temas como a natureza, a felicidade, a liberdade e o progresso, sua crítica mais contundente e revolucionária foi dirigida ao absolutismo. Essa oposição ao poder absoluto dos monarcas pavimentou o caminho para transformações políticas profundas, como a Revolução Francesa e a disseminação de ideais republicanos. Portanto, entre as alternativas apresentadas, a resposta correta é E) ao absolutismo, pois reflete o cerne da contestação iluminista que redefiniu os paradigmas do mundo moderno.

O texto apresentado destaca a influência do Iluminismo na formação dos Estados Unidos, especialmente no que diz respeito aos ideais de liberdade e igualdade expressos na Declaração de Independência e na Constituição. Esses documentos refletem os princípios iluministas, que defendiam os direitos naturais e a organização política baseada na razão. No entanto, apesar desses fundamentos, a concretização de uma democracia mais ampla e igualitária nos EUA foi um processo gradual.

O item em questão afirma que, somente a partir de 1801, com a eleição de Thomas Jefferson, questões relacionadas à democratização e à busca por princípios igualitários, como a expansão do sufrágio para homens brancos, ganharam força. Essa afirmação está correta, pois Jefferson representou uma virada em direção a políticas mais democráticas, embora ainda limitadas pelo contexto da época. Portanto, a resposta correta é C) CERTO.

No que concerne ao pensamento econômico francês no século XVIII, o modelo proposto por François Quesnay, em seu Tableau Économique, desempenhou um papel fundamental na compreensão das interações entre as diferentes classes sociais no contexto das trocas comerciais.

O Tableau Économique ilustrava de forma clara a dinâmica econômica entre três classes principais: a classe proprietária (composta pelos donos de terras), a classe produtiva (representada pelos trabalhadores agrícolas) e a classe estéril (formada por artesãos e mercadores). Segundo Quesnay, a riqueza circulava entre essas classes por meio das operações de compra e venda, destacando a agricultura como a única atividade verdadeiramente produtiva, capaz de gerar excedentes.

Portanto, a afirmação de que o modelo de Quesnay descrevia a interação entre essas três classes por meio das trocas comerciais está correta (C), uma vez que essa representação era central em sua teoria fisiocrática, que defendia a primazia da agricultura e a ideia de que a terra era a fonte principal de riqueza.

No que diz respeito ao pensamento econômico francês do século XVIII, especificamente à fisiocracia, é importante analisar a afirmação proposta:

De acordo com os teóricos da fisiocracia, os Estados deveriam paulatinamente ser extintos, já que não passam de entrave desnecessário ao livre comércio de bens.

O gabarito correto é E) ERRADO, pois a fisiocracia, liderada por pensadores como François Quesnay, defendia a ideia de que a agricultura era a única fonte verdadeira de riqueza e que o Estado deveria garantir a ordem natural da economia, incluindo a proteção da propriedade privada e a manutenção de um ambiente estável para o comércio. No entanto, os fisiocratas não pregavam a extinção do Estado, mas sim um governo limitado que atuasse como garantidor das leis naturais da economia, removendo interferências excessivas, como mercantilismo e regulamentações prejudiciais.

Portanto, a afirmação de que os fisiocratas defendiam a extinção do Estado é incorreta, pois eles reconheciam a necessidade de uma estrutura estatal mínima para assegurar o funcionamento harmonioso da "ordem natural".

No que concerne ao pensamento econômico francês no século XVIII, o item apresentado está correto (C). A atuação de Anne Robert Jacques Turgot como controlador-geral das finanças na França, a partir de 1774, foi marcada por medidas que buscavam conter os excessos do gasto público, incluindo a redução de sinecuras e a limitação de novas pensões estatais. No entanto, suas políticas de liberalização do comércio enfrentaram forte oposição tanto de outros ministros quanto de especuladores do mercado.

Além disso, as crises agrícolas de 1775 agravaram a situação, contribuindo para a perda de apoio político de Turgot junto ao rei Luís XVI. Esses fatores, somados à resistência às suas reformas, levaram ao fim de seu mandato. Portanto, a afirmação está correta ao descrever os desafios enfrentados por Turgot e as razões que inviabilizaram sua permanência no cargo.

No que concerne ao pensamento econômico francês no século 18, o item em análise aborda a doutrina fisiocrata e seu princípio fundamental. Os fisiocratas, de fato, ficaram conhecidos como "Les Économistes" e defendiam a ideia de que a economia deveria seguir leis naturais, sem interferência excessiva do Estado. Seu lema, "laissez faire, laissez passer", refletia a crença na liberdade econômica, especialmente no comércio e na produção agrícola, vista como a verdadeira fonte de riqueza.

Contudo, a afirmação de que os fisiocratas consideravam o comércio como a origem de toda riqueza está incorreta. Na verdade, eles acreditavam que a agricultura era o único setor produtivo capaz de gerar riqueza líquida, enquanto o comércio e a indústria eram considerados atividades "estéreis", pois apenas circulavam valor sem criá-lo. Portanto, o gabarito correto é E) ERRADO, já que a descrição apresentada distorce a essência da teoria fisiocrata.

Os trechos apresentados abordam dois momentos distintos, porém interligados, no desenvolvimento do pensamento econômico. O primeiro trecho faz referência ao Liberalismo clássico, defendido por filósofos iluministas como Adam Smith, que pregava a mínima intervenção do Estado na economia, confiando na "mão invisível" do mercado para promover o bem-estar social. Já o segundo trecho descreve o Neoliberalismo, uma retomada dessas ideias nos séculos XX e XXI, que enfatiza a privatização, a desregulamentação e a redução do papel do Estado em favor da iniciativa privada.

A alternativa correta é a C) Liberalismo e Neoliberalismo, pois esses dois processos econômicos representam, respectivamente, a origem e a evolução de uma mesma linha de pensamento que valoriza o livre mercado e a liberdade individual em detrimento do controle estatal. Enquanto o Liberalismo surgiu como uma crítica ao absolutismo e ao mercantilismo, o Neoliberalismo emergiu como resposta à expansão do Estado de bem-estar social e às crises econômicas do século XX.

O Iluminismo foi um movimento intelectual que defendia a razão como base para a compreensão das relações humanas e naturais. Dentro desse contexto, os pensadores iluministas acreditavam que tanto os fenômenos físicos quanto as interações sociais eram governados por leis naturais, assim como propunham os filósofos e economistas da época. Esses dois grupos, embora complementares, possuíam abordagens distintas: enquanto os filósofos se dedicavam a questões morais, políticas e sociais, os economistas focavam nas leis que regiam a produção e a distribuição de riquezas.

Entre os principais representantes dessas correntes, destacam-se Voltaire, um dos mais influentes filósofos iluministas, conhecido por sua crítica à intolerância religiosa e à autoridade dogmática, e Adam Smith, considerado o pai da economia moderna, que formulou teorias sobre o livre mercado e a "mão invisível". A alternativa correta, portanto, é a letra A), que associa corretamente essas duas figuras emblemáticas do Iluminismo às suas respectivas áreas de atuação.