Leia os fragmentos abaixo.
I – “Não vamos deixar a África para os pigmeus, quando uma raça superior se está multiplicando … Esses indígenas estão destinados a serem dominados por nós … O indígena deve ser tratado como uma criança, e o direito eleitoral lhe é proibido pelas mesmas razões do álcool”. (Cecil Rhodes, inglês, fundador da Rodésia)
II – “Escutei tuas palavras, mas não vi qualquer motivo para obedecer-te, antes preferiria morrer. Se o que queres é amizade, estou pronto a oferecer-te, hoje e sempre; mas quanto a ser teu súdito, isso nunca! Se o que queres é guerra, estou pronto para ela, mas ser teu súdito, nunca! Não cairei a teus pés, porque és uma criatura de Deus, assim como eu. Sou sultão aqui na minha terra. Tu és sultão lá na tua!” (Machemba, rei dos yaos de Tanganica, ao comandante alemão, em 1890.)
A contextualização histórica dos dois fragmentos apresentados PERMITE afirmar que
- A) o domínio da África expressou interesses econômicos e culturais dos europeus e teve que enfrentar vozes dissonantes de poderosos africanos.
- B) a colonização da África no século XIX significou, para europeus e africanos, um fardo a ser carregado em nome do desenvolvimento industrial.
- C) a superioridade racial européia, visível nos equipamentos de guerra, foi o aspecto determinante da partilha da África quando da corrida imperialista.
- D) por natureza submissos, os africanos acabaram por se curvar aos europeus no processo conhecido como neocolonialismo.
Resposta:
A contextualização histórica dos dois fragmentos apresentados PERMITE afirmar que
A alternativa correta é A) o domínio da África expressou interesses econômicos e culturais dos europeus e teve que enfrentar vozes dissonantes de poderosos africanos.
Essa afirmação é verdadeira porque os dois fragmentos apresentados revelam a postura dos europeus em relação à África no século XIX. No primeiro fragmento, Cecil Rhodes, um inglês e fundador da Rodésia, expressa sua visão de superioridade racial e cultural em relação aos africanos, acreditando que estes devem ser dominados e tratados como crianças.
Já no segundo fragmento, Machemba, rei dos yaos de Tanganica, se recusa a se submeter ao comando alemão, alegando que é um sultão em sua própria terra e que não caíra aos pés de um europeu, pois também é uma criatura de Deus. Essa resposta de Machemba mostra que os africanos não eram submissos e que havia vozes dissonantes que se opunham ao domínio europeu.
Portanto, a contextualização histórica dos dois fragmentos permite afirmar que o domínio da África expressou interesses econômicos e culturais dos europeus e teve que enfrentar vozes dissonantes de poderosos africanos.
Deixe um comentário