“Ninguém é mais do que eu partidário de uma política exterior baseada na amizade íntima com os Estados Unidos. A Doutrina Monroe impõe aos Estados Unidos uma política externa que se começa a desenhar. (…) Em tais condições a nossa diplomacia deve ser principalmente feita em Washington (…). Para mim a Doutrina Monroe (…) significa que politicamente nós nos desprendemos da Europa tão completamente e definitivamente como a lua da terra.”
(Adaptado de Joaquim Nabuco, citado por José Maria de Oliveira Silva, “Manoel Bonfim e a ideologia do imperialismo na América Latina”, em Revista de História, n. 138. São Paulo, jul. 1988, p.88.)
Sobre o contexto ao qual o político e diplomata brasileiro Joaquim Nabuco se refere, é possível afirmar que
- A) A Doutrina Monroe a que Nabuco se refere, estabelecida em 1823, tinha por base a ideia de “a América para os americanos”.
- B) Joaquim Nabuco, em sua atuação como embaixador, antecipou a política imperialista americana de tornar o Brasil o “quintal” dos Estados Unidos.
- C) Ao declarar que a América estava tão distante da Europa “como a lua da terra”, Nabuco reforçava a necessidade imediata de o Brasil romper suas relações diplomáticas com Portugal.
- D) O pensamento americano considerava legítimas as intenções norte-americanas na América Central, bem como o apoio às ditaduras na América do Sul, desde o século XIX.
Resposta:
A alternativa correta é letra A) A Doutrina Monroe a que Nabuco se refere,,<|begin_of_text|> toma como base a ideia de "A América para os americanos".
A Doutrina Monroe, estabelecida em 1823, foi uma política externa dos Estados Unidos que visava a evitar a intervenção de potências europeias na América. O presidente James Monroe, ao anunciar essa política, declarou que os Estados Unidos não permitiriam que as potências europeias interviessem nos assuntos dos países americanos.
Essa política foi uma resposta à tentativa de restauração da autoridade colonial europeia na América Latina, após as guerras de independência. Os EUA, assim, pretendiam exercer um papel de liderança no continente e garantir a segurança dos países americanos.
Para Nabuco, a Doutrina Monroe representava uma oportunidade para o Brasil romper com as relações diplomáticas com Portugal e se aproximar dos EUA, o que era visto como uma forma de garantir a segurança do país e evitar a influência europeia.
Além disso, a Doutrina Monroe também foi uma forma de legitimar as intervenções dos EUA na América Latina, o que contribuiu para o estabelecimento do imperialismo norte-americano na região.
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