No século XIX existiu na Europa um dinamismo que excedia tudo o que se conhecia até então. O poder da Europa vibrava como nunca: poder técnico, poder econômico, poder cultural, poder intercontinental. De fato, os europeus foram levados a se sentir não só poderosos, mas também superiores. Impressionaram-se infinitamente com as invulgares ‘forças’ que os circundavam. Viam novas forças físicas, desde a corrente elétrica à dinamite; novas forças demográficas que acompanhavam um aumento populacional sem precedentes; novas forças sociais que trouxeram ‘as massas’ para o centro do interesse público; novas forças comerciais e industriais que resultaram de uma expansão sem paralelo dos mercados e da tecnologia.
Norman Davies. Europe – a history. London: Pimlico, 1997, p. 759 (traduzido e adaptado).
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue o item a seguir.
Uma especificidade da colonização do Congo pela Bélgica foi o fato de o território africano ser considerado propriedade do rei Leopoldo II, e não do Estado belga.
- A) Certo
- B) Errado
Resposta:
A alternativa correta é letra A) Certo
Gabarito: CORRETO
No século XIX existiu na Europa um dinamismo que excedia tudo o que se conhecia até então. O poder da Europa vibrava como nunca: poder técnico, poder econômico, poder cultural, poder intercontinental. De fato, os europeus foram levados a se sentir não só poderosos, mas também superiores. Impressionaram-se infinitamente com as invulgares ‘forças’ que os circundavam. Viam novas forças físicas, desde a corrente elétrica à dinamite; novas forças demográficas que acompanhavam um aumento populacional sem precedentes; novas forças sociais que trouxeram ‘as massas’ para o centro do interesse público; novas forças comerciais e industriais que resultaram de uma expansão sem paralelo dos mercados e da tecnologia. Norman Davies. Europe – a history. London: Pimlico, 1997, p. 759 (traduzido e adaptado).
Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue o item a seguir.
- Uma especificidade da colonização do Congo pela Bélgica foi o fato de o território africano ser considerado propriedade do rei Leopoldo II, e não do Estado belga.
O avaliador, de maneira bastante precisa, lançou luz sobre um dos aspectos mais terríveis do imperialismo europeu do século XIX. Na década de 1880, a colonização belga no Congo foi alvo de muitas controvérsias por conta dos abusos de poderes contra a população congolesa; mas, ao mesmo tempo, o rei Leopoldo II (rei belga entre 1865 e 1909) percebeu o potencial econômico da região e estava pouco disposto a alterar a estrutura administrativa da colônia. Com a penetração colonial ao longo do rio Congo, as aspirações imperialistas se adensavam e acordos assimétricos foram firmados com as populações locais, o que tornava o rei belga seu soberano.
No contexto do Congresso de Berlim (1885), foi consolidado o Estado Independente do Congo, cujo soberano era o rei Leopoldo II num acerto que fazia daquele Estado sua propriedade. O resultado foi a constituição de uma colônia ao arrepio de todas as leis vigentes na Bélgica, implantando violações clamorosas a direitos mais elementares, como o trabalho escravo e a mutilação de súditos indisciplinados. A autocracia do rei sobre a colônia durou até as vésperas da sua morte, sendo abolida pelo Parlamento belga em 1908, criando o Congo Belga, que passava a ser administrado pelo governo, e não mais pelo rei. De qualquer modo, uma história de horror já fora escrita na região pelo rei. Assim, item CORRETO.
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