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Questões Sobre Imperialismo do Século XIX - História - concurso

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141) A classificação das raças em “superiores” e “inferiores”, recorrente desde o século XVII, ganha uma falsa legitimidade baseada no mito iluminista do saber científico, coincidindo com a necessária justificativa de que a dominação e a exploração da África, mais do que “naturais” e inevitáveis, eram “necessárias” para desenvolver os “selvagens” africanos, de acordo com as normas e os valores da civilização ocidental.

  • A) desdobramentos do pensamento ilustrado, que valorizava a liberdade e a igualdade social e de natureza.
  • B) manifestações ideológicas que buscavam justificar a exploração e o domínio europeus sobre o continente africano.
  • C) baseadas no pensamento lamarckista, que explicava a transmissão genética de características fisiológicas e intelectuais adquiridas.
  • D) validadas pela defesa darwinista do direito dos superiores se imporem aos demais seres vivos.
  • E) sustentadas pelo pensamento antropológico, que tratava as diferenças culturais dos diversos povos como positivas e necessárias.

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A alternativa correta é letra B) manifestações ideológicas que buscavam justificar a exploração e o domínio europeus sobre o continente africano.

Gabarito: ALTERNATIVA B

(Leila Leite Hernandez. A África na sala de aula: visita à história contemporânea, 2005.)

As teorias raciais utilizadas durante o processo de colonização da África no século XIX eram

  • a)  desdobramentos do pensamento ilustrado, que valorizava a liberdade e a igualdade social e de natureza.

Ora, o texto do enunciado diz exatamente o contrário do que propõe a alternativa. As teorias raciais estavam embasadas numa perspectiva de inferiorização de culturas e sociedades diferentes daquelas centrais na Europa. Além disso, havia um claro projeto colonial de subjugar essas culturas desconhecidas pelos europeus. Alternativa errada.

  • b)  manifestações ideológicas que buscavam justificar a exploração e o domínio europeus sobre o continente africano.

A inferiorização de africanos e asiáticos foi uma potente ferramenta ideológica para, colocando os europeus como a maturidade da espécie humana, justificar uma forma de "tutela" sobre esses povos. Segundo essa lógica, asiáticos e africanos representavam uma forma de infância da humanidade, devendo ser controlada pela maturidade humana. Ou seja, a exploração colonial era compreendida, nessa perspectiva, como um fardo civilizatório, devendo o homem branco fazer valer sua suposta superioridade no empreendimento colonial. ALTERNATIVA CORRETA.

  • c)  baseadas no pensamento lamarckista, que explicava a transmissão genética de características fisiológicas e intelectuais adquiridas.

A descoberta da genética é posterior à formulação biológica de Lamarck. Além disso, as teorias racistas olhavam com muita desconfiança para a possibilidade de progresso das sociedades africanas e asiáticas, entendendo ser uma etnia inerentemente inferior. Alternativa errada.

  • d)  validadas pela defesa darwinista do direito dos superiores se imporem aos demais seres vivos.

A teoria darwinista não se ocupava da questão étnica dos seres humanos. Ainda que tenha sido usada uma narrativa de "darwinismo social", as teorias racistas em nada se assemelham à proposta de Darwin n'A origem das espécies. Alternativa errada.

  • e)  sustentadas pelo pensamento antropológico, que tratava as diferenças culturais dos diversos povos como positivas e necessárias.

Como explicado na primeira alternativa, as diferenças culturais eram vistas como marcas inequívocas da inferioridade. Alternativa errada.

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA B.

142) O imperialismo foi uma fase do capitalismo na qual os países mais desenvolvidos e industrializados expandiram sua influência econômica e política para muito além de suas fronteiras nacionais. Com relação ao imperialismo, assinale a opção correta.

  • A) A América Latina não sofreu as consequências do imperialismo.
  • B) A expansão do imperialismo pelo mundo foi pacífica.
  • C) O imperialismo foi uma consequência da Revolução Industrial.
  • D) A Partilha da Ásia ocorreu durante a vigência do imperialismo.

  • E) O imperialismo teve como consequência a união dos países europeus.

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ESTA QUESTÃO FOI ANULADA, NÃO POSSUI ALTERNATIVA CORRETA

Gabarito: ANULADA

   

    A banca optou por anular a questão sob a seguinte justificativa: "A redação da questão prejudicou o seu julgamento da questão". De toda forma, comentemos as alternativas propostas.

     
    • a) A América Latina não sofreu as consequências do imperialismo.

    Já independente do ponto de vista político no século XIX, a América Latina recebeu os ecos econômicos da corrida imperialista. Enquadrada no sistema internacional como fornecedora de matérias primas e como parte da periferia do sistema, a região sofreria grande pressão imperialista inglesa em nome da liberalização do comércio e da aceitação dos termos gerais de funcionamento do sistema. Portanto, ainda que não tenhamos sido alvo de uma corrida imperialista nos termos de África e Ásia, há de se observar que fomos enquadrados na expansão capitalista nos seus circuitos econômicos. Alternativa errada.

     
    • b) A expansão do imperialismo pelo mundo foi pacífica.

    A alternativa é absurda, uma vez que o processo de avanço imperialista foi cercado por guerras em todo o mundo. É importante que se note que a Europa só conseguiu sua expansão imperialista na segunda metade do século XIX quando, por conta da industrialização, conseguiu uma vantagem militar decisiva - as armas de repetição. Com esses novos equipamentos, conseguiram empreender campanhas militares de grande sucesso em regiões outrora inacessíveis por renhida resistência local. Alternativa errada.

     
    • c) O imperialismo foi uma consequência da Revolução Industrial.

    Este é um tema bastante difícil de resumir em uma frase apenas. Há autores que compreendem que a corrida imperialista foi uma consequência do triunfo capitalista por meio da industrialização. Isto é, as potências centrais partiram em busca de novos mercados e novas fontes de matéria prima, transbordando a competição capitalista da Europa para outros continentes. Nesse sentido, é até possível se dizer, sim, que o imperialismo foi uma consequência da Revolução Industrial. Mas isso não implica dizer que a Revolução Industrial é a única causa possível de ser atribuída ao imperialismo.

     
    • d) A Partilha da Ásia ocorreu durante a vigência do imperialismo.

    A redação da alternativa é um pouco confusa, afinal, considera-se a origem do imperialismo a partilha da Ásia, principalmente a partir da coroação da rainha Vitória como imperatriz das Índias. Ou seja, os dois assuntos se confundem, sendo impossível separar as variáveis da maneira como propõe a alternativa.

     
    • e) O imperialismo teve como consequência a união dos países europeus.

    Muito pelo contrário, o imperialismo acirrou as rivalidade europeias. Lembre-se o estudante que houve verdadeira corrida imperial na África e na Ásia, principalmente envolvendo Reino Unido e França. As tensões entre esses países só seriam amainadas com tratados de limites coloniais e com o Congresso de Berlim (1885). Alternativa errada.

       

    Como se pode notar, são inconclusivas as alternativas C e D. Portanto, fez bem a banca ao optar pela ANULAÇÃO da questão.

    143) “[…] é impossível negar que a ideia de superioridade em relação a um mundo de peles escuras situado em lugares remotos e sua dominação era autenticamente popular, beneficiando, assim, a política do imperialismo. […] a sensação de superioridade que uniu os brancos ocidentais – ricos, classe média e pobres – não se deveu apenas ao fato de todos eles desfrutarem de privilégios de governantes, sobretudo quando efetivamente nas colônias. Em Dacar ou Mombaça, o mais modesto funcionário era um amo e era aceito como gentleman por pessoas que nem teriam notado sua existência em Paris ou Londres; o operário branco era um comandante de negros. […]”

    • A) demonstrou aos grupos populares que a superioridade do homem branco europeu, até então contestada localmente, era real, visto a dominação de peles escuras em lugares remotos do mundo.
    • B) era um dos fatores de orgulho nacional quando ressaltava a crença na superioridade de ser branco e ainda dava destaque, nas colônias, a pessoas socialmente insignificantes na Europa.
    • C) foi assimilado por grupos sociais subalternos da Europa por verem, na emigração, a possibilidade de ascensão social ao ocupar lugares e papeis de reconhecimento nas colônias.
    • D) significou um movimento que, na disputa com outros países europeus, eliminou as diferenças sociais internas, criando um clamor patriótico sob a bandeira e símbolos nacionais.

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    A alternativa correta é letra B) era um dos fatores de orgulho nacional quando ressaltava a crença na superioridade de ser branco e ainda dava destaque, nas colônias, a pessoas socialmente insignificantes na Europa.

    Gabarito: ALTERNATIVA B

       

    “[...] é impossível negar que a ideia de superioridade em relação a um mundo de peles escuras situado em lugares remotos e sua dominação era autenticamente popular, beneficiando, assim, a política do imperialismo. [...] a sensação de superioridade que uniu os brancos ocidentais – ricos, classe média e pobres – não se deveu apenas ao fato de todos eles desfrutarem de privilégios de governantes, sobretudo quando efetivamente nas colônias. Em Dacar ou Mombaça, o mais modesto funcionário era um amo e era aceito como gentleman por pessoas que nem teriam notado sua existência em Paris ou Londres; o operário branco era um comandante de negros. [...]” HOBSBAWM, Eric J. A era dos impérios (1875-1914). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. pp. 106-107.

     

    A partir da leitura do trecho, é correto afirmar que o Imperialismo

    • a)  demonstrou aos grupos populares que a superioridade do homem branco europeu, até então contestada localmente, era real, visto a dominação de peles escuras em lugares remotos do mundo.

    O argumento da alternativa é racista e está em franco desacordo com o que é proposto pelo autor. A dominação colonial era fruto de circunstâncias históricas, e não de uma superioridade racial atávica. O que o imperialismo ventilava era a ideia de uma superioridade racial, uma crença, e não um fato. Alternativa errada.

     
    • b)  era um dos fatores de orgulho nacional quando ressaltava a crença na superioridade de ser branco e ainda dava destaque, nas colônias, a pessoas socialmente insignificantes na Europa.

    A alternativa praticamente resume o argumento apresentado pelo autor. A crença na superioridade branca foi aliada, durante o Imperialismo, a uma nova fronteira social para os brancos europeus: deixar a Europa, fortemente hierarquizada socialmente, para passar a ser uma "autoridade colonial" na África ou na Ásia. Isto é, aquele indivíduo que não representava nada em seu país de origem passava a ser superior a grandes contingentes populacionais nas estruturas sociais do imperialismo. Isso acabava por reforçar o mito da superioridade branca: apoiado por armas, os colonizadores se impunham de maneira decisiva e atribuíam isso a uma superioridade inerente. ALTERNATIVA CORRETA.

     
    • c)  foi assimilado por grupos sociais subalternos da Europa por verem, na emigração, a possibilidade de ascensão social ao ocupar lugares e papeis de reconhecimento nas colônias.

    Note bem o estudante que se oculta aqui uma tentativa de confundir o candidato. Segundo o autor, não necessariamente a posição na administração colonial seria de grande destaque; mas sim capaz de colocar o indivíduo, por mais baixa que fosse sua posição burocrática, num lugar senhorial: estava acima dos povos colonizados. Ou seja, sequer se tratava de uma escalada burocrática de fato, mas sim da suposição da superioridade frente ao colonizado. Alternativa errada.

     
    • d)  significou um movimento que, na disputa com outros países europeus, eliminou as diferenças sociais internas, criando um clamor patriótico sob a bandeira e símbolos nacionais.

    A alternativa é absurda. O imperialismo europeu manteve suas estruturas domésticas de diferenciação social, e isso é muito claro no texto citado. O nacionalismo e as noções de superioridade fizeram com que esses povos deixassem de prestar tanta atenção às questões domésticas para favorecer a construção de um mito maior de superioridade. Alternativa errada.

     

    Sem mais, está correta a ALTERNATIVA B.

    144) O colonialismo do final do século XIX e a descolonização dos territórios localizados na Ásia e na África em meados do século XX são fenômenos marcantes da contemporaneidade.

    • A) Certo
    • B) Errado
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    A alternativa correta é letra B) Errado

    Gabarito: ERRADO

       

      

      De fato, a corrida imperialista se abateu também sobre a Ásia, começando pela ascensão britânica sobre a Índia. As iniciativas imperialistas se multiplicariam em várias direções, estabelecendo colônias do Oriente Médio ao Extremo Oriente. Mas, ainda que tenha sofrido assédio de potências estrangeiras, o Japão não caiu sob controle externo. Pelo contrário, até o início do século XX, o Japão se converteria em uma potência imperial e lançaria ofensivas pela Ásia, conquistando até mesmo a Península da Coreia e Taiwan. Assim, item ERRADO.

      145) Tomai o fardo do Homem Branco

      • A) O poema tece uma crítica à abolição da escravidão africana no mundo no século XIX, medida da qual o Brasil foi pioneiro.

      • B) O poema reflete a posição condenatória que a Igreja Católica tinha sobre a escravização de africanos.
      • C) O poema expõe as bases ideológicas do processo de partilha da África no século XIX pelos países europeus.

      • D) O poema refere-se ao esforço dos missionários na catequização dos indígenas brasileiros.
      • E) O poema expõe a bravura das tribos africanas na derrota aos países europeus durante a tentativa de partilha da África no século XIX.

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      A alternativa correta é letra C) O poema expõe as bases ideológicas do processo de partilha da África no século XIX pelos países europeus.

      Gabarito: Letra C

      O poema expõe as bases ideológicas do processo de partilha da África no século XIX pelos países europeus.

       

      O poema do britânico Rudyard Kipling é intitulado "O fardo do homem branco". Nele, o poeta demonstra a necessidade dos europeus saírem da Europa e levarem a civilização aos demais povos considerados pelas visões de seus contemporâneos como primitivos e atrasados, sem religião, leis e cultura.

      As línguas europeias, a religião cristã, as técnicas, a educação, a medicina e até mesmo noções de higiene deveriam ser levadas aos “selvagens”, isto é, os não-brancos. Este era o “fardo”, a missão difícil e pesada do homem branco “civilizado” para os “tristes povos, metade criança, metade demônio”.

         

      Por que as demais estão incorretas?

       

      Letra A: O poema tece uma crítica à abolição da escravidão africana no mundo no século XIX, medida da qual o Brasil foi pioneiro.

      O poema não é uma crítica à abolição da escravidão e muito menos o Brasil foi o pioneiro na emancipação dos escravizados. O Brasil foi um dos últimos países a encerrar a escravidão, ocorrida em 1888. O poema de Kipling era um chamado aos brancos europeus a irem para a África e a Ásia levar a civilização aos povos não europeus. 

         

      Letra B: O poema reflete a posição condenatória que a Igreja Católica tinha sobre a escravização de africanos.

      O poema não aborda em nenhum momento a Igreja Católica e suas posições em relação à escravidão e ao imperialismo.

         

      Letra D: O poema refere-se ao esforço dos missionários na catequização dos indígenas brasileiros.

      O poema refere-se ao esforço dos europeus em levar a civilização aos não europeus e não está ligado ao contexto de catequização de indígenas brasileiros.

         

      Letra E: O poema expõe a bravura das tribos africanas na derrota aos países europeus durante a tentativa de partilha da África no século XIX.

      O poema expõe a necessidade do europeu deixar o seu continente para levar cultura, religião, organização social e educação aos povos não europeus, que ainda estavam na infância da civilização, se pensarmos como os intelectuais daquele período que classificavam os povos conforme escalas raciais. O poema não aborda a bravura das tribos africanas que resistiram bravamente ao avanço colonizador em fins do século XIX, mas que acabaram sendo vencidas pelos europeus.

         

      Referências:

       

      DOMINGUES, Joelza Ester. "O fardo do homem branco". Blog: Ensinar História. Disponível em: https://ensinarhistoria.com.br/o-fardo-do-homem-branco-exaltacao-do-imperialismo/

      SERIACOPI, Gislane Campos Azevedo e SERIACOPI, Reinaldo. Inspire história: 8º ano: ensino fundamental: anos finais. São Paulo: FTD, 2018.

      VICENTINO, Cláudio e VICENTINO, José Bruno. Teláris história, 8º ano: ensino fundamental, anos finais. São Paulo: Ática, 2018.

      146) As potências europeias, para garantir matéria-prima, ocuparam os territórios contidos no continente africano. Logo depois, promoveram a partilha do continente entre os principais países europeus da época, dando direito de explorar a parte que coube a cada nação. A divisão do continente africano foi consolidada através de um acordo realizado em 1885. Esse evento contou com a participação da Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha e foi executado na:

      • A) Conferência de Bandung.
      • B) Conferência de Munique.
      • C) Conferência de Berlim.
      • D) Conferência de Estocolmo.
      • E) Conferência de Moscou.

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      A alternativa correta é letra C) Conferência de Berlim.

      Gabarito: Letra C
       

      Conferência de Berlim.

       

      A partilha da África, a partir do final do século XIX, passou a cumprir uma nova etapa no processo de submissão do globo terrestre aos europeus, agora já numa fase capitalista e imperialista. Durante esse período, uma série de viagens exploratórias e de missionários religiosos adentraram o continente visando reconhecer o território e suas riquezas para serem apropriadas pelos países europeus.


      O ponto alto da partilha do continente africano ocorreu com a Conferência de Berlim (1884-1885). Embora ela não tenha dividido a África entre as potências europeias, a reunião marcou o início de uma corrida para o continente que resultou no estabelecimento de acordos e tratados de limites e fronteiras entre os europeus, pois um dos princípios defendidos na Conferência foi o princípio da ocupação efetiva do território que assegurava a quem se instalasse e colonizasse uma determinada área do continente teria o direito garantido de posse.

         

      Por que as demais estão incorretas?

       

      Letra A: Conferência de Bandung.
       

      A Conferência de Bandung não foi uma reunião para promover a partilha do continente africano. Tratou-se de um encontro de países do continente africano e asiático que haviam se emancipado das antigas metrópoles e agora defendiam o mesmo para as nações que ainda se encontravam sob dominação metropolitana. Os participantes do evento repudiaram os pactos de defesa coletiva patrocinados pelas grandes potências, bem como a Guerra Fria, e enfatizaram a necessidade de apoio ao desenvolvimento econômico. A principal mensagem deixada pelos representantes das nações era a autodeterminação dos povos e direito à luta de libertação.

       

      Letra B: Conferência de Munique.
       

      A Conferência de Munique foi realizada imediatamente antes da Segunda Guerra e foi uma tentativa de conter os avanços expansionistas de Hitler e do governo nazista. Por essa reunião ficou acertada a anexação da região dos Sudetos pelos nazistas, que mais tarde se apropriaram do restante da Tchecoslováquia.

       

      Letra D: Conferência de Estocolmo.
       

      Foi uma reunião organizada pela ONU no ano de 1972 envolvendo diversos chefes de estados para debater e lançarem propostas sobre o meio ambiente e o clima.

       

      Letra E: Conferência de Moscou.
       

      Moscou foi sede de algumas reuniões ocorridas em meio aos combates da Segunda Guerra e contou com a participação de representantes dos EUA, Grã-Bretanha e URSS. A mais importante das reuniões aconteceu em 1943, quando foi decidida a manutenção da aliança EUA, Grã-Bretanha e URSS, a instalação de um tribunal internacional para julgar os crimes do III Reich e a criação de uma organização internacional para substituir a Liga das Nações.

       

       

      Referências:

       

      HERNANDEZ, Leila Maria Gonçalves Leite. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005.
       

      VISENTINI, Paulo Fagundes e PEREIRA, Analúcia Danilevicz. Manual do candidato : história mundial contemporânea (1776-1991): da independência dos Estados Unidos ao colapso da União Soviética. Brasília : FUNAG, 2012.

      147) O estudo das relações entre a Europa e a África mostra que o ponto de vista europeu prevaleceu sempre sobre o africano. Na verdade, durante o período colonial, esta relação nunca foi entre iguais e, no presente, a situação não é muito diferente. Sobre a História africana e suas relações com a Europa, leia as afirmativas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta:

      • A) Apenas a afirmativa I está correta.
      • B) Apenas a afirmativa II está correta.
      • C) Apenas a afirmativa III está correta.
      • D) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
      • E) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.

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      A alternativa correta é letra E) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.

      Gabarito: Letra E

       

      As assertivas corretas são II e III.

       

      Vamos comentar as proposições.

       

      I – As colônias constituíam zonas atrativas para o povoamento dos brancos, atendendo a que, até meados do século XIX, os brancos que viviam, na África, tinham, em média, uma esperança de vida dez anos mais alta do que na Europa. (INCORRETA)

       

      Desde o século XV, os territórios do continente africano eram vistos apenas com interesses lucrativos e comerciais. Ao lado da visão econômica, a visão social afirmava que as colônias na África eram vistas como lugares abarrotados de escravos bem como locais de depósito de degredados. Assim, as colónias estavam longe de serem zonas atrativas para o povoamento branco. De acordo com José Filipe Pinto, atendendo a que, até meados do século XIX, os brancos que viviam em África tinham, em média, uma esperança de vida dez anos mais baixa do que na Europa. Se a este elemento for acrescentado que, nessa época, nenhuma criança branca nascida em África conseguiu sobreviver, é fácil concluir que a África ao Sul do Saara era uma zona repulsiva para a colonização branca.

       

      II - Se for tida em conta a expansão portuguesa, entre a chegada ou a descoberta de Angola, em 1482, e a fundação de Luanda, primeiro estabelecimento português permanente, no litoral angolano, em 1576, decorreu quase um século, mais precisamente, 94 anos. (CORRETA)

       

      O processo de roedura do continente africano, expressão utilizada por Leila Hernandez teve seu início nas primeiras décadas do século XV, quando os portugueses atravessaram o Mediterrâneo e conquistaram a cidade de Ceuta em 1415, no norte da África. A partir daí, o litoral do continente passou a ser visitado constantemente pelos lusitanos que estavam realizando o projeto de chegar ao Oriente contornando as terras africanas. Uma dos principais feitos dos portugueses na África foi a expedição que chegou na região onde se situa o Congo e Angola em 1482. Dessa data até o primeiro núcleo de povoamento/exploração português no continente decorreu 94 anos, pois em 1576 foi fundada a cidade de São Paulo de Luanda.

       

      III – A África integrou-se, ou melhor, foi integrada, na economia mundial como fornecedora das matérias-primas necessárias para fazer florescer as indústrias metropolitanas ou europeias. (CORRETA)

       

      Durante a expansão da industrialização e do capitalismo no século XIX, o continente africano passou por uma etapa de ocupação de territórios por parte dos europeus, processo histórico conhecido como Imperialismo. Nesse contexto, a África foi integrada, na economia mundial como fornecedora das matérias-primas necessárias para as indústrias europeias. Essa integração exigiu um conhecimento mais profundo das riquezas africanas e foi em nome desse inventário que a Europa se decidiu por uma partilha do continente que não levou em conta a identidade dos povos e etnias africanas.

         

      Referências:

       

      HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2005.

       

      PINTO, José Filipe. As relações Europa-África: Perspectiva Diacrônica. Africanologia - Revista Lusófona de Estudos Africanos

      148) “A África foi, provavelmente, o continente que mais sofreu com a devastadora ação do Imperialismo (…).”

      • A) conquistar áreas estratégicas para instalar indústrias e explorar a mão de obra local
      • B) conquistar a África do Sul, rica em petróleo, fundamental para a indústria petroquímica
      • C) conquistar o Canal de Suez, que ligava o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho
      • D) conquistar o norte africano, de domínio do Império Turco, através de acordos comerciais

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      A resposta correta é a letra D) conquistar o norte africano, de domínio do Império Turco, através de acordos comerciais.

      Essa alternativa destaca corretamente o interesse das potências imperialistas sobre a África no decorrer do século XIX. A conquista do norte africano foi um dos objetivos das potências européias, que buscavam expandir seus territórios e influência na região. O domínio do Império Turco sobre a região foi um obstáculo para as potências européias, que buscavam estabelecer acordos comerciais e conquistar novos territórios.

      As outras alternativas não são corretas porque:

      • A) conquistar áreas estratégicas para instalar indústrias e explorar a mão de obra local refere-se à conquista de territórios para exploração econômica, mas não especifica a região do norte africano.
      • B) conquistar a África do Sul, rica em petróleo, fundamental para a indústria petroquímica refere-se à conquista de territórios por recursos naturais, mas novamente não especifica a região do norte africano.
      • C) conquistar o Canal de Suez, que liga o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho refere-se à conquista de um importante ponto estratégico para o comércio, mas não está relacionada à conquista do norte africano.

      Portanto, a resposta correta é a letra D) conquistar o norte africano, de domínio do Império Turco, através de acordos comerciais.

      149) Ata Geral da Conferência de Bruxelas, 2 de julho de 1890

      • A) estabelecimento de governos para a constituição de Estados nacionais.
      • B) submissão de espaços para alterar as relações de produção.
      • C) delimitação de jurisdições para bloquear a expansão capitalista.
      • D) defesa do continente para encerrar as contínuas guerras civis.
      • E) reconhecimento da alteridade para preservar as práticas tribais.

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      A alternativa correta é letra B) submissão de espaços para alterar as relações de produção.

      Gabarito: ALTERNATIVA B

         


      As potências declaram que os meios mais eficazes para combater a escravatura no interior da África são os seguintes:

          
      • No contexto da colonização da África do século XIX, o recurso ao argumento civilizatório apresentado no texto buscava legitimar o(a)

      O argumento civilizatório era o chamado "fardo do homem branco". Segundo essa linha de argumentação, o empreendimento colonial se justificava por um imperativo moral: o homem branco estaria no ápice da civilização e, portanto, teria o dever de levar seu processo civilizatório para os povos considerados inferiores. Como fica claro no texto citado no enunciado, as autoridades coloniais são compreendidas como verdadeiras representantes da "civilização" em meio à "barbárie". Ou seja, era "legítimo", no ponto de vista europeu, desorganizar as formas locais para impor o modelo europeu de organização da sociedade, tudo em nome da civilização.

       

      a) estabelecimento de governos para a constituição de Estados nacionais.
      b) submissão de espaços para alterar as relações de produção.
      c) 
      delimitação de jurisdições para bloquear a expansão capitalista.
      d) defesa do continente para encerrar as contínuas guerras civis.
      e) reconhecimento da alteridade para preservar as práticas tribais.

       

      Note, por fim, o estudante que todas as alternativas erradas estavam em franco desacordo com o texto apresentado no enunciado. Como o enunciado é, por definição, perfeito, não se pode aceitar nenhuma dessas respostas. Sem mais, está correta a ALTERNATIVA B.

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      150) A produção de um ou dois cultivos de exportação transformou-se em regra em 1935: cacau na Costa do Ouro, amendoim no Senegal e em Gâmbia, algodão no Sudão, café e algodão em Uganda, café e sisal na Tanzânia etc. O trabalho forçado e o abandono da produção alimentar provocaram muita desnutrição, graves surtos de fome e epidemias, em certas partes da África, no início da Era Colonial.

      • A) Desconcentração da estrutura fundiária.

      • B) Expropriação de direitos humanitários.

      • C) Autossuficiência do mercado interno.
      • D) Valorização de técnicas ancestrais.
      • E) Autonomia do setor financeiro.

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      A alternativa correta é letra B) Expropriação de direitos humanitários.

      Gabarito: ALTERNATIVA B

         

      A produção de um ou dois cultivos de exportação transformou-se em regra em 1935: cacau na Costa do Ouro, amendoim no Senegal e em Gâmbia, algodão no Sudão, café e algodão em Uganda, café e sisal na Tanzânia etc. O trabalho forçado e o abandono da produção alimentar provocaram muita desnutrição, graves surtos de fome e epidemias, em certas partes da África, no início da Era Colonial. BOAHEN, A. A. O legado do Colonialismo. Correio da Unesco, n. 7, jul. 1984 (adaptado).

       
      • Nos termos apresentados no texto, o Neocolonialismo europeu deixou o seguinte legado para as áreas ocupadas:

      Note bem o estudante o que se pede no enunciado: que se faça um esforço de interpretação de texto e se busque a alternativa que mais bem se adeque ao texto proposto no enunciado. Assim, observemos as alternativas propostas.

       
      • a) Desconcentração da estrutura fundiária.

      Não há nenhuma referência à estrutura fundiária no texto citado no enunciado. Pelo contrário, o modelo de colonização privilegiou a monocultura exportadora tendo por base o latifúndio. Ou seja, houve antes uma concentração da estrutura fundiária em decorrência da colonização, favorecendo os colonos para abastecer o comércio colonial. Alternativa errada.

       
      • b) Expropriação de direitos humanitários.

      A expropriação dos direitos humanos pode ser visto na seguinte passagem: "o trabalho forçado e o abandono da produção alimentar provocaram muita desnutrição, graves surtos de fome e epidemias". Ou seja, direitos humanos sendo violados com o trabalho forçado e com a desestruturação das formas locais de cultivo, violando a segurança alimentar dessas populações. ALTERNATIVA CORRETA.

       
      • c) Autossuficiência do mercado interno.

      A produção colonial, como se vê no texto citado, era inteiramente voltada para o mercado externo. Ou seja, eram parte das estratégias comerciais das suas metrópoles, mesmo que isso significasse o colapso das redes tradicionais de trocas locais. Ou seja, o mercado interno das regiões colonizadas sofreria um colapso por conta da monocultura de exportação. Alternativa errada.

       
      • d) Valorização de técnicas ancestrais.

      Como explicado acima, a forma colonial de produção desestruturou inteiramente as formas locais de produção agrícola. Com isso, as técnicas ancestrais de cultivo também foram superadas em favor do modelo europeu voltado para a exportação. Alternativa errada.

       
      • e) Autonomia do setor financeiro.

      Não há nenhuma referência ao setor financeiro no texto citado. De toda forma, cumpre destacar que o desenvolvimento de qualquer rudimento de sistema financeiro estava inteiramente integrado com o espaço metropolitano. Ou seja, não há que se falar de uma autonomia do setor financeiro colonial, mas sim de um espaço de desenvolvimento das empresas metropolitanas. Alternativa errada.

         

      Note o estudante que a alternativa correta é a única a ter uma relação clara com o texto citado no enunciado. Ou seja, era a única a que se encaixava no que pedia o enunciado. Sem mais, está correta a ALTERNATIVA B.

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