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Questões Sobre Imperialismo do Século XIX - História - concurso

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51) “No século XIX, devido ao interesse das potências imperialistas europeias em se expandirem na direção da região por ele ocupada, um grande império, que já vinha em declínio desde o século XVII, finalmente entrou em sua crise definitiva.” O texto se refere ao seguinte império:

  • A) Persa
  • B) Otomano
  • C) Belga
  • D) Árabe
  • E) Austro-Germânico

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A alternativa correta é a letra B) Otomano.

O Império Otomano, que já vinha em declínio desde o século XVII, finalmente entrou em sua crise definitiva no século XIX. Isso ocorreu devido ao interesse das potências imperialistas europeias em se expandirem na região ocupada pelo império. O Império Otomano, que havia sido uma das maiores potências mundiais por séculos, começou a perder território e influência para as nações europeias, como o Reino Unido, a França e a Rússia.

A expansão europeia na região foi motivada pela busca de recursos naturais, como petróleo, e pela oportunidade de estabelecer rotas comerciais mais seguras e eficientes. Além disso, as potências europeias também tinham interesses estratégicos na região, como a proteção de rotas marítimas e a contenção do expansionismo russo.

O declínio do Império Otomano foi gradual, mas inevitável. A perda de território e influência para as nações europeias, somada à falta de modernização e ao atraso econômico, levaram o império à beira do colapso. Em 1922, o Império Otomano foi oficialmente dissolvido, e a República da Turquia foi estabelecida em seu lugar.

Portanto, a alternativa correta é a letra B) Otomano, pois foi o Império Otomano que entrou em sua crise definitiva no século XIX devido ao interesse das potências imperialistas europeias em se expandirem na região ocupada pelo império.

52) A Revolução Industrial provocou substancial modificação nos fluxos do comércio internacional, e o fez pela própria natureza de sua produção; paralelamente, o aumento populacional ampliou a demanda por alimentos de modo a alterar as formas tradicionais de suprimento desses bens. Ao longo do século XIX, o comércio internacional sofreu profundas mudanças tanto em relação às principais mercadorias que o compunham como em relação aos países ou às regiões produtores envolvidos nesse comércio.

  • A) Certo
  • B) Errado
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A alternativa correta é letra B) Errado

Gabarito: ERRADO

  

A Revolução Industrial provocou substancial modificação nos fluxos do comércio internacional, e o fez pela própria natureza de sua produção; paralelamente, o aumento populacional ampliou a demanda por alimentos de modo a alterar as formas tradicionais de suprimento desses bens. Ao longo do século XIX, o comércio internacional sofreu profundas mudanças tanto em relação às principais mercadorias que o compunham como em relação aos países ou às regiões produtores envolvidos nesse comércio.


Mas também é certo que, após 1870, houve substanciais mudanças na estrutura e na dinâmica da economia capitalista mundial, com a afirmação de outras potências, que passaram efetivamente a competir com a Grã-Bretanha. Por isso, justifica-se a definição de 1870 como um marco cronológico fundamental, inclusive ao adotar, para o período que aí se inicia, o rótulo de fase imperialista do capitalismo.


Flávio Azevedo Marques de Saes e Alexandre Macchione Saes. História econômica geral. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 179-93 (com adaptações).


Considerando as razões pelas quais o texto acima define 1870 como “marco cronológico fundamental” para o mundo contemporâneo, julgue (ou E) o próximo item.

 
  • A expansão imperialista no século XIX, que se estendeu ao século seguinte, foi conduzida pelas potências industrializadas do Ocidente. Na África, elas transformaram antigos Estados nacionais em meras colônias e, na Ásia, subjugaram o Japão e a Indochina, mas não conseguiram conter a vigorosa resistência chinesa.

Em linhas gerais, os impérios coloniais europeus na África e na Ásia encerraram o século XIX com suas feições básicas estabelecidas, não havendo grandes transformações no início do século XX - situação que seria transformada com a Primeira Guerra Mundial. De toda forma, o erro mais evidente se refere ao Japão, que jamais foi colonizado pelas forças europeias. O Japão passou por um processo de abertura ao Ocidente a partir de meados do século XIX, quando, ameaçando o uso de navios de guerra, os Estados Unidos conseguiram que o governo japonês assinasse tratados assimétricos de abertura dos portos aos navios americanos. O processo foi aprofundado ao longo da segunda metade do século XIX e, sob a Era Meiji, o Japão optou por sua abertura ao Ocidente, estabelecendo relações comerciais e promovendo a ocidentalização do seu serviço público, bem como seu processo de industrialização. Ao contrário do caso chinês, optou o Japão pela abertura e pela modernização, tornando-se ele próprio uma potência colonial na Ásia (principalmente na península coreana) e no Pacífico.

 

A China, por sua vez, foi alvo de gravíssimas pressões britânicas no século XIX. Ambicionando o imenso mercado consumidor e os produtos chineses, Londres fez da abertura comercial do Extremo Oriente uma de suas grandes prioridades. O envio de sua poderosa Marinha de guerra para bombardear para forçar a abertura - o que culminaria nas duas Guerras do Ópio - foi uma prática decisiva para impor à China tratados assimétricos de comércio bem como assegurar a inserção britânica na região. A ocupação britânica da ilha de Hong Kong foi um dos mais simbólicos passos do imperialismo sobre a China, que perdeu a ilha durante a Primeira Guerra do Ópio (1839-1842) e assinaria o termo de cessão do território em 1898.

 

Por sua vez, a Indochina também seria alvo dos avanços imperialistas europeus, sendo dividida entre França e Reino Unido. Por fim, cumpre destacar que nem todo o território africano foi ocupado pelas potências coloniais, mantendo-se independentes, por exemplo, a Libéria e a Etiópia. Sem mais, item ERRADO.

53) A dominação do continente africano pelos europeus teve início por volta do século XV, e o processo de conquista, por assim dizer, teve sua conclusão no século XIX. A “Partilha da África” pelos países europeus é um dos momentos mais marcantes do imperialismo e do neocolonialismo. Essa “Partilha” se efetivou, do ponto de vista europeu, no:

  • A) Congresso de Viena de 1884.
  • B) Congresso de Berlim de 1884.
  • C) Congresso de Paris de 1884.
  • D) Congresso de Londres de 1884.
  • E) Congresso de Bruxelas de 1884.

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A alternativa correta é letra B) Congresso de Berlim de 1884.

Gabarito: ALTERNATIVA B

  
  • A dominação do continente africano pelos europeus teve início por volta do século XV, e o processo de conquista, por assim dizer, teve sua conclusão no século XIX. A “Partilha da África” pelos países europeus é um dos momentos mais marcantes do imperialismo e do neocolonialismo. Essa “Partilha” se efetivou, do ponto de vista europeu, no:

Note o estudante que a banca, infelizmente, exigia apenas o nome da reunião em que se processou uma das mais icônicas discussões imperialistas. Naquele momento, abria-se um processo de grave rivalidade entre as potências europeias sobre a corrida imperialista que se abatia sobre a África e sobre a Ásia. Se as fronteiras imperiais estavam relativamente estabilizadas na Ásia, o continente africano ainda deixava algumas tensões expostas nas relações imperialistas. Especificamente em 1884, havia certa disputa sobre a ocupação da bacia do Rio Congo e Portugal levantava questões sobre a interiorização do processo de colonização - já que havia certo interesse português em se tentar unir os territórios de Angola e Moçambique pelo reconhecimento internacional e a cessão dos territórios entre as duas costas.

 

A recém-unificada Alemanha de Bismarck viu naquela disputa uma oportunidade para se colocar como um pivô da ordem europeia. A liderança alemã para a construção de uma grande conferência capaz de equacionar tendências imperialistas marcaria, de certa forma, um reconhecimento generalizado sobre a liderança do país na arquitetura de uma ordem internacional. Além disso, a própria Alemanha, apesar de ser a maior potência industrial e militar do continente, estava em franca desvantagem na corrida imperialista: sua unificação tardia (1870) acontecera já em meio ao início da corrida imperialista. Ou seja, a extensão dos impérios coloniais guardava uma assimetria frente às capacidades das potências europeias, já que a Alemanha, a maior delas, não dispunha de possessões coloniais correspondentes.

 

Assim, levar para Berlim uma conferência sobre o tema também servia à estratégia de Bismarck, o chanceler alemão, para inserir o seu país na corrida imperialista de maneira a não levantar suspeitas excessivas nem desequilibrar o concerto europeu. A um só tempo, a Alemanha conseguia afirmar seu papel de liderança nas relações europeias e se lançar como uma potência imperialista mesmo com seu início tardio. A conferência, com certo exagero, entraria para a história como o momento por excelência da concertação europeia em torno da estabilização das fronteiras coloniais sobre a África, equacionando disputas e consagrando a forma imperialista dentro do quadro das relações internacionais da época. Assim, observemos as alternativas que seguem.

 

a)  Congresso de Viena de 1884.
b)  Congresso de Berlim de 1884.
c)  Congresso de Paris de 1884.
d)  Congresso de Londres de 1884.
e)  Congresso de Bruxelas de 1884.

 

Caberia, ainda, um reparo importante na construção de tão pobres alternativas. A bibliografia especializada prefere a forma "Conferência de Berlim de 1884", e não o termo congresso. Além dos especificidades do encontro, há de ser observada a possível confusão com o Congresso de Berlim de 1878, que se propôs à rediscussão das fronteiras balcânicas após o término da Sétima Guerra Russo-Turca (1877-1878). Com esse reparo, está correta a ALTERNATIVA B.

54) Ao final do século XIX os europeus haviam concluído a “Partilha da África”. Nesse contexto, apenas um Estado africano conseguiu manter-se independente. A influência simbólica desse país foi tão forte no continente, que as cores de sua bandeira foram adotadas por vários países africanos após a descolonização, bem como pelo movimento pan-africano.

  • A) Ghana.
  • B) Mali.
  • C) Egito.
  • D) Senegal.
  • E) Etiópia.

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A alternativa correta é letra E) Etiópia.

Gabarito: ALTERNATIVA E

  
  • Ao final do século XIX os europeus haviam concluído a “Partilha da África”. Nesse contexto, apenas um Estado africano conseguiu manter-se independente. A influência simbólica desse país foi tão forte no continente, que as cores de sua bandeira foram adotadas por vários países africanos após a descolonização, bem como pelo movimento pan-africano.

Há erro gravíssimo e vício insanável na construção do enunciado. De fato, ao final do século XIX, parte significativa do território do continente africano estava sob controle; no entanto, havia três países fora de controle europeu no continente naquele momento: a Libéria, a Líbia e a Etiópia. A Líbia ainda cairia sob controle italiano em 1911 após vitória militar dos europeus sobre o Império Otomano; mas nem Libéria nem Etiópia têm suas raízes no imperialismo europeu, tendo conservado suas independências - ainda que a Etiópia tenha sido alvo de ações militares do imperialismo italiano.

 

De fato, é mais fácil associar a Etiópia a toda uma carga simbólica de resistência ao imperialismo e de pensamento pan-africanista. No entanto, o enunciado está apresentando informações flagrantemente equivocadas, o que é gravíssimo e inadmissível. Mas, ainda assim, observemos as alternativas propostas.


O Estado em questão é:
a)  Ghana.
b)  Mali.
c)  Egito.
d)  Senegal.
e)  Etiópia.

 

De fato, entre os citados, a Etiópia foi o único território a não ser efetivamente colonizado na corrida imperialista europeia: Gana foi colônia britânica; Egito foi um protetorado britânico; Senegal e Mali foram colônias francesas. Ou seja, até seria possível, pragmaticamente, assinalar a única alternativa correta. No entanto, como apontado acima, o enunciado tem vício insanável, apresentando um erro absolutamente inaceitável. Desta forma, somos pela ANULAÇÃO da questão.

 

Nosso gabarito: ANULADO

Gabarito da banca: ALTERNATIVA E

55) “O Imperialismo é filho da industrialização.” (Jules Ferret)

  • A)  A mecanização da produção industrial, iniciada pela Inglaterra na segunda metade do século XVIII, correspondeu a uma revolução sem precedentes no setor produtivo e a projetou ao posto de nação hegemônica mundial.

  • B)  No século XX, as nações imperialistas se empenharam no projeto de modernização pautados no modelo de industrialização e ubanização.

  • C)  A Inglaterra iniciou o processo de industrialização tardiamente, depois de superar o combate ao imperialismo espanhol.

  • D)  No período imperialista, a Inglaterra estava em desvantagem em relação à Alemanha, devido ao fato de esta dominar o campo científico.

  • E)  A Inglaterra não participou do processo de industrialização, pois se dedicou ao comércio naval e pirataria.

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The assertion "Imperialism is the son of industrialization" (Jules Ferret) is closely related to the association between the Industrial Revolution and the rise of imperialism in the 19th century.

The mechanization of industrial production, initiated by England in the second half of the 18th century, corresponded to an unprecedented revolution in the productive sector, projecting England to the position of global hegemony. This process of industrialization led to the emergence of new technologies, increased production, and a significant increase in England's economic power.

As the Industrial Revolution progressed, England's economic power and influence expanded, allowing it to dominate international trade and impose its economic model on other nations. This, in turn, led to the expansion of colonial empires and the rise of imperialism, as European powers competed for resources, markets, and influence around the world.

In this context, the association between industrialization and imperialism is evident. The industrialization of England and other European powers created the conditions for the expansion of colonial empires and the rise of imperialism, as these powers sought to secure resources, markets, and influence around the world.

Therefore, the correct answer is A) The mechanization of industrial production, initiated by England in the second half of the 18th century, corresponded to an unprecedented revolution in the productive sector, projecting England to the position of global hegemony.

This option is correct because it highlights the key role of industrialization in the rise of imperialism, which is in line with the historical context of the 19th century. The other options do not accurately reflect the relationship between industrialization and imperialism, or present incomplete or misleading information.

56) Em busca de matérias-primas e de mercados por causa da acelerada industrialização, os europeus retalharam entre si a África. Mais do que alegações econômicas, havia justificativas políticas, científicas, ideológicas e até filantrópicas. O rei belga Leopoldo II defendia o trabalho missionário e a civilização dos nativos do Congo, argumento desmascarado pelas atrocidades praticadas contra a população.

  • A) busca de acesso à infraestrutura energética dos países africanos.

  • B) tentativa de regulação da atividade comercial com os países africanos.

  • C) resgate humanitário das populações africanas em situação de extrema pobreza.

  • D) domínio sobre os recursos considerados estratégicos para o fortalecimento das nações europeias.

  • E) necessidade de expandir as fronteiras culturais da Europa pelo contato com outras civilizações.

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A alternativa correta é letra D) domínio sobre os recursos considerados estratégicos para o fortalecimento das nações europeias.

Gabarito: Letra D (domínio sobre os recursos considerados estratégicos para o fortalecimento das nações europeias.)

 

A questão poderia ser respondida com base na interpretação do trecho.

 

O trecho afirma que os europeus retalharam o continente africano em busca de matérias-primas e mercados por causa da revolução industrial, ou seja, os europeus procuraram dominar recursos estratégicos para o fortalecimento econômico nacional.

 

A partir de 1880, a África tornou-se um alvo crescente das rivalidades europeias que tentaram ser resolvidas na Conferência de Berlim em 1885. Essa reunião com os principais líderes europeus tinha por objetivo discutir a livre navegação nos rios do centro da África, mas acabou lançando as bases da conquista territorial nos anos seguintes, ao estabelecer critérios de notificação e ocupação.

 

A procura pelo continente africano se insere no contexto da expansão da industrialização europeia, que buscava matérias-primas, mão de obra local e áreas de exportação de capital e produtos industrializados. 

 

Por detrás desse argumento econômico, havia outros de cunho ideológico, como, por exemplo, a ideia de se construir um poderoso império no exterior elevaria o status de um país como uma grande potência e traria apoio popular. Além disso, existiu o discurso de levar toda uma cultura considerada superior (a chamada “civilização”) aos “ignorantes e selvagens” africanos. Nesse discurso, haveria o ensino da fé cristã (católica ou protestante) e do idioma europeu como principais instrumentos de dominação cultural.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: busca de acesso à infraestrutura energética dos países africanos.

 

A busca por fontes de energia é uma disputa recente, típica do século XX e XXI, uma vez queas pesquisas científicas apontaram para a necessidade de substituir matrizes energéticas poluentes e não renováveis por outras renováveis e menos poluentes, possibilitou acordos comerciais com os países africanos.

 

Letra B: tentativa de regulação da atividade comercial com os países africanos.

 

Na Era do Imperialismo não havia tentativa de regular o comércio com a África, mas explorá-la a fim de possibilitar lucro para os estados europeus.

 

Letra C: resgate humanitário das populações africanas em situação de extrema pobreza.

 

Essa alternativa parece falar de missões humanitárias, típicas das décadas de 1980 e 1990 feitas por organizações não governamentais para ajudar populações em condições de extrema pobreza no continente africano. Na Era do Imperialismo, embora houvesse um discurso humanitário de levar a “civilização europeia” às populações africanas, o discurso era um disfarce para interesses econômicos e de dominação, sem a intenção de ajudar o continente.

 

Letra E: necessidade de expandir as fronteiras culturais da Europa pelo contato com outras civilizações.

 

Havia a necessidade de expandir a cultura europeia para o continente sem que houvesse contato e trocas. Os europeus buscaram impor seu modo de vida e cultura aos africanos como parte de um projeto civilizacional e “humanitário”.

 

Referência:

MEREDITH, Martin. O destino da África. Cinco mil anos de riquezas, ganância e desafios. Rio de Janeiro: Zahar, 2017.

57) A chamada “partilha do mundo”, na segunda metade do século XIX, consistiu na conquista e divisão dos continentes asiático e africano entre as potências europeias. Esse processo foi resultado:

  • A) da insuficiente mão de obra para as indústrias nos grandes centros urbanos europeus.

  • B) do pedido dos líderes desses continentes, na esperança de uma melhor administração de suas terras por países mais desenvolvidos economicamente.

  • C) da necessidade de fontes de matéria-prima e de novos mercados consumidores para os excedentes industriais com o processo de industrialização europeu.

  • D) das guerras europeias que desgastaram o continente a ponto de forçar a migração da população para outras áreas.

  • E) do fator religioso, sendo a principal motivação para essa expansão o pedido do papa Paulo VI para combate aos infiéis pelo mundo.

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A chamada "partilha do mundo", na segunda metade do século XIX, consistiu na conquista e divisão dos continentes asiático e africano entre as potências europeias. Esse processo foi resultado da necessidade de fontes de matérias-primas e de novos mercados consumidores para os excedentes industriais com o processo de industrialização europeu.

Essa resposta é correta porque, durante a segunda metade do século XIX, as potências europeias necessitavam de expansão territorial para obter recursos naturais e novos mercados consumidores para os produtos industriais. A Europa estava passando por um processo de industrialização acelerada, e a demanda por matérias-primas e mercados consumidores aumentava cada vez mais.

A industrialização europeu trouxe consigo a necessidade de expansão territorial, pois as indústrias precisavam de matérias-primas para produzir bens e serviços. Além disso, as indústrias também necessitavam de novos mercados consumidores para vender seus produtos. Portanto, a conquista e divisão dos continentes asiático e africano se tornou uma necessidade para as potências europeias.

É importante ressaltar que a conquista e divisão dos continentes asiático e africano não foi um processo pacífico. Houve muitos conflitos e guerras entre as potências europeias e os povos nativos dos continentes asiático e africano. Além disso, a exploração e o uso de recursos naturais nessas regiões tiveram consequências graves para os povos nativos e para o meio ambiente.

Em resumo, a chamada "partilha do mundo" foi resultado da necessidade de fontes de matérias-primas e de novos mercados consumidores para os excedentes industriais com o processo de industrialização europeu. Essa necessidade levou as potências europeias a conquistar e dividir os continentes asiático e africano, o que trouxe consequências graves para os povos nativos e para o meio ambiente.

58) No final do século XIX, a política externa norte-americana em relação à América Latina passou por profundas transformações, que levariam até mesmo à reinterpretação da Doutrina Monroe, por meio do “corolário Roosevelt” (1904).

  • A) discurso de promoção do pan-americanismo, que afastou o imperialismo do continente.

  • B) exercício autoproclamado do poder de polícia continental, por meio de intervenções militares.

  • C) suporte diplomático à Doutrina Drago, que rejeitava a cobrança violenta de dívidas.

  • D) recurso à força apenas em caso de extrema necessidade, quando havia ameaça ao seu território.

  • E) apoio a movimentos armados contrários aos governos populistas, que abundavam no continente.

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A alternativa correta é letra B) exercício autoproclamado do poder de polícia continental, por meio de intervenções militares.

Gabarito: Letra B

 

(exercício autoproclamado do poder de polícia continental, por meio de intervenções militares.)

  

No final do século XIX, a política externa dos EUA em relação à América Latina passou por profundas transformações, que levariam à reinterpretação da Doutrina Monroe, uma política externa mais de defesa do continente americano frente a agressões europeias, para uma política externa de ataque, visando à anexação de territórios.

 

Essa política agressiva teve seu começo no mandato do presidente McKinley (1896-1901, quando os EUA iniciaram as ideologias de se tornarem uma das principais forças navais do mundo. Travaram guerras contra a Espanha em nome da “autonomia” de territórios que pertenciam aos espanhóis, como o caso de Cuba, Porto Rico, Filipinas e o Havaí.

 

O auge da política imperialista dos EUA ocorreu nos mandatos do presidente Theodore Roosevelt. Este presidente que havia sido policial e secretário-assistente da marinha, reformulou a Doutrina Monroe, daí pensar que os EUA deveriam exercer o poder de polícia na América Latina para depois serem policiais do mundo. Suas ideias consistiam em levar a civilização norte-americana às demais nações, através de intervenções militares que buscavam sempre atender aos interesses dos estadunidenses. O Corolário Roosevelt atuou sobre Cuba estabelecendo um protetorado sobre a ilha e na Colômbia, onde fomentou a independência do Panamá para que neste novo país fosse construído um canal que ligasse o Atlântico ao Pacífico.

  

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: discurso de promoção do pan-americanismo, que afastou o imperialismo do continente.

 

A política do Big Stick não afastou o imperialismo europeu do continente e introduziu o imperialismo norte-americano. Ela não se baseava na ideologia do pan-americanismo. Esta preconizava um ideal de solidariedade continental a fim de manter a paz nas Américas, preservar a independência e soberania dos estados americanos e estimular as relações entre esses países. Os EUA apresentaram uma versão da ideologia pan-americana através da Doutrina Monroe, entretanto, essa doutrina visava mais à defesa dos interesses dos EUA do que propriamente do continente americano. Portanto, o Big Stick não promoveu o pan-americanismo, mas o imperialismo norte-americano.

  

Letra C: suporte diplomático à Doutrina Drago, que rejeitava a cobrança violenta de dívidas.

 

A Doutrina Drago foi uma formulação da política internacional argentina que condenava a cobrança violenta de dívidas dos países latino-americanos. De certo modo, ela é um complemento da Doutrina Monroe, pois defendia que os europeus não deveriam interferir em assuntos dos estados latino-americanos.

 

Letra D: recurso à força apenas em caso de extrema necessidade, quando havia ameaça ao seu território.

 

O Big Stick usava a força em casos de interesse dos EUA e muitas vezes quando não havia ameaça ao território estadunidense.

  

Letra E: apoio a movimentos armados contrários aos governos populistas, que abundavam no continente.

 

Esse apoio dos EUA a movimentos armados começou a ocorrer a partir da década de 1960, durante a Guerra Fria. A intenção era evitar a formação de governos favoráveis à ideologia socialista e que ganhassem apoio da União Soviética, tal como ocorrera com Cuba. O Big Stick era uma intervenção militar feita pelo próprio governo dos EUA, sem a necessidade de apoiar movimentos locais para derrubar governos.

  

Referências:

 

AQUINO, Rubim Santos Leão et al. História das sociedades: das sociedades modernas às sociedades atuais. Rio de Janeiro: Editora ao livro técnico, 1978.

 

ARRAES, Virgílio. “Doutrina Drago”. Verbete. FGV/CPDOC. Disponível em: http://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/DOUTRINA%20DRAGO.pdf

 

FERNANDES, Luiz Estevam e MORAIS, Marcus Vinícius de. “Os EUA no século XIX”. In: KARNAL, Leandro et al. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2007.

59)

  • A) a entrega do porto de Hong Kong à Inglaterra, depois da primeira guerra do ópio.
  • B) a escalada militar da Alemanha na região, com a conquista de Porto Arthur, no nordeste da China.
  • C) a soberania russa sobre a região de Amur, onde os russos fundaram o porto de Vladivostok.
  • D) o reconhecimento do protetorado francês sobre o atual Vietnam.
  • E) a ocupação militar japonesa da Coreia.

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A alternativa correta é a letra B) a escalada militar da Alemanha na região, com a conquista de Porto Arthur, no nordeste da China.

Essa resposta está correta pois a caricatura apresentada retrata a disputa entre as potências imperialistas europeias e asiáticas pela partilha da China no final do século XIX e início do século XX. A Alemanha, entre outros países, estava interessada em expandir sua influência econômica e política na região. A conquista de Porto Arthur, um importante porto na província de Liaodong, na Manchúria, foi um marco importante nessa disputa.

A Alemanha havia obtido a concessão do porto em 1898, após a Guerra Sino-Japonesa, e transformou-o em uma base naval e militar estratégica. Isso permitiu que a Alemanha consolidasse sua presença na região e fortalecesse sua influência sobre a China.

A escalada militar da Alemanha na região foi uma consequência direta da política de imperialismo e expansionismo alemão, que visava a estabelecer uma presença mais forte na Ásia e competir com outras potências europeias.

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60) “A primeira fome registrou-se entre os anos 1800 e 1825 e matou um milhão e quatrocentas mil pessoas. De1827 a 1850 morreram de fome 5 milhões de pessoas. Entre 1875 e 1900, a Índia sofreu 18 grandes epidemias de fome que mataram 26 milhões de pessoas. Em 1918, houve mais de 8 milhões de mortos por desnutrição e gripe.”

  • A) a dominação dos chineses sobre à Índia, que culminou na destruição da religiosidade e das manufaturas de tecido dos indianos, levou o país a um caos social e econômico.

  • B) a ação imperialista francesa que estabeleceu naquela região a chamada Indochina, a qual explorava chá, arroz e carvão, não permiu o acesso dos indianos a esses produtos.

  • C) a ação imperialista dos ingleses estabeleceu um protetorado na Índia, e arruinou a economia de subsistência dos indianos levando-os a um caos social e econômico.

  • D) a dominação da Alemanha que, após perder o Marrocos para a França na Conferência de Algeciras, buscou compensar as perdas explorando a Índia.

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A resposta correta é a letra C) a dominação imperialista dos ingleses estabeleceu um protetorado na Índia,<|begin_of_text|>199, e arruinou a economia de subsistência dos indianos levando-os a um caos social e econômico.

Essa afirmação está correta pois, no século XIX, a Índia foi colonizada pela Inglaterra, que estabeleceu um protetorado sobre o país. Isso significa que a Índia foi submetida ao controle político e econômico da Inglaterra, o que levou à exploração de suas riquezas naturais e à destruição de sua economia de subsistência.

A economia de subsistência dos indianos era baseada na agricultura e na produção de tecidos, que eram suas principais atividades econômicas. No entanto, com a colonização inglesa, essas atividades foram desestruturadas e os indianos foram forçados a trabalhar em condições precárias e exploradoras, o que levou à pobreza e à fome.

Além disso, a colonização inglesa também trouxe doenças e epidemias que atingiram severamente a população indiana, como a fome e a gripe, que mataram milhões de pessoas, como descrito no texto.

Portanto, a dominação imperialista dos ingleses sobre a Índia levou a um caos social e econômico, destruindo a economia de subsistência dos indianos e levando à pobreza, fome e doenças.

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