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Segundo Leila Leite Hernandez, em sua obra A África na Sala de Aula, é possível iniciar uma reflexão sobre a História da África construída a partir do olhar europeu, com base em três pontos:

 

(Fonte: HERNANDEZ, Leila Leite. África na sala de aula: visita à história contemporânea.

São Paulo: Selo Negro, 2008, p 20.)

Resposta:

A alternativa correta é letra D) o 1º: Status de selvageria atribuído à África em que a natureza é predominante e não se produzia cultura e história; 2º: Uma distinção clara entre europeus e africanos e também a diferença que havia entre os próprios africanos; 3º: O africano da África subsaariana como sujeito sem vontade racional.

Gabarito: Letra D

 

Trata-se de uma questão específica retirada do livro da autora.

 

Leila Leite Hernandez afirma três pontos que caracterizariam a África na visão europeia a partir do século XIX.

 

1º ponto: O estado de selvageria do continente africano. Esse estado está ligado ao conceito de incivilizados. Estando nesse estado de selvageria, os africanos não possuem escrita, e, portanto também não teriam história. É a famosa frase de Hegel de que a "África não tinha história", pois o modo de ser fazer história naquele período era com fontes escritas.

 

2º ponto: Existência de uma distinção entre povos com vistas à hierarquização. Os europeus são superiores aos africanos. Dentro dos povos africanos, aqueles que dialogam com o mundo colonial seriam superiores aos que estão fora do mundo colonial.

 

3º ponto: Os africanos que viviam abaixo do Saara seriam os mais atrasados culturalmente e, portanto, sem possibilidade de ultrapassar a o estado de selvageria e de buscar mudar sua condição. Visão que reforça então a necessidade das missões civilizadoras e humanitárias europeia.

 

Por que as demais estão incorretas?

 

Letra A: o 1º: Status de selvageria atribuído à África Setentrional em que se produzia pouca cultura e história; 2º: Uma definição pouco clara entre europeus e africanos e também a justificativa de uma indiferença que havia entre os próprios africanos; 3º: O africano da África subsaariana como sujeito com vontade racional e na África Setentrional os africanos eram racionais, porém não eram católicos.

 

De acordo com a autora o status de selvageria atribuído pelos europeus aos africanos era generalizado e não restrito a uma parte do continente. Existia uma definição bem clara entre europeus e africanos e dentro dos povos africanos. O terceiro ponto diz que o africano subsaariano é um sujeito sem vontade racional.

 

Letra B: o 1º: Status de selvageria atribuído à África Setentrional em que se produzia mais escravos; 2º Uma definição pouco clara entre africanos brancos e africanos negros, que por sua vez justificava a barbárie de um africano para com o outro; 3º O africano da África subsaariana ou de qualquer outro ponto da África, eram racionais somente entre si, no entanto não eram católicos.

 

De acordo com a autora o status de selvageria atribuído pelos europeus aos africanos era generalizado e não restrito a uma parte do continente. Além disso, era na África Central que se obtinha o maior número de escravos nos séculos anteriores ao Imperialismo. Existia uma distinção e não uma definição bem clara entre europeus e africanos e dentro dos povos africanos. O terceiro ponto diz que o africano subsaariano é um sujeito sem vontade racional.

 

Letra C: o 1º: Relevância onde houvesse mais aquisição de escravos; 2º: A força e resistência para o trabalho entre africanos brancos e africanos negros, pois a renda per capita favorecia a produção europeia; 3º: Pontos em que houvesse mais submissão por parte dos africanos para com os europeus.

 

A autora não mencionou nenhum desses pontos.

  

Referência:

 

HERNANDEZ, Leila Leite. África na sala de aula: visita à história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2008.

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