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A libertação das colônias portuguesas tem características que lembram a Indochina e a Argélia, pelo menos no que se refere ao projeto independentista, à reação da metrópole e ao início da guerra. Tanto em Angola como na Argélia, a guerra eclode repentinamente, com uma série de ataques simultâneos a postos militares; no caso angolano, postos de Luanda, em 4 de fevereiro de 1961. (Marc Ferro. História das colonizações – Das conquistas às independências – século XIII a XX)Também caracteriza o processo de libertação colonial de Angola

A libertação das colônias portuguesas tem características que lembram a Indochina e a Argélia, pelo menos
no que se refere ao projeto independentista, à reação da
metrópole e ao início da guerra. Tanto em Angola como
na Argélia, a guerra eclode repentinamente, com uma série de ataques simultâneos a postos militares; no caso
angolano, postos de Luanda, em 4 de fevereiro de 1961.
(Marc Ferro. História das colonizações – Das conquistas
às independências – século XIII a XX)
Também caracteriza o processo de libertação colonial de
Angola

Resposta:

A alternativa correta é D)

O processo de libertação colonial de Angola, assim como ocorreu em outros contextos de descolonização, foi marcado por características complexas que envolviam tanto dinâmicas internas quanto interferências externas. O texto destacado compara a situação angolana com a da Argélia e da Indochina, ressaltando a semelhança na eclosão repentina da guerra e nos métodos de luta. No entanto, um aspecto fundamental que caracterizou a independência angolana foi a interferência de potências estrangeiras, que apoiaram diferentes grupos em conflito, ampliando as dimensões do processo.

A alternativa correta, D), aponta justamente para esse cenário de ingerência internacional, no qual os Estados Unidos apoiavam a UPA-FNLA, enquanto o MPLA recebia auxílio da União Soviética e de Cuba. Essa divisão refletia as tensões da Guerra Fria, transformando Angola em um palco de disputas geopolíticas. Diferentemente de outras colônias, onde a luta pela independência contou com maior unidade interna, em Angola a fragmentação dos movimentos de libertação e o apoio externo diferenciado contribuíram para um conflito prolongado e violento.

As demais alternativas não correspondem à realidade histórica. A maior parte dos colonos portugueses se opôs à independência (A), a Igreja Católica não condenou uniformemente as ações da metrópole (B), o isolamento do PCA não foi um fator determinante (C), e a África do Sul, longe de condenar o colonialismo português, manteve relações próximas com o regime de Lisboa (E). Portanto, a resposta D) é a que melhor caracteriza o processo de libertação angolano, destacando o papel crucial das potências estrangeiras no conflito.

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