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No Segundo Congresso internacional de Ciências Geográficas, em 1875, a que compareceram o presidente da República, o governador de Paris e o presidente da Assembleia, o discurso inaugural do almirante La Roucière-Le Noury expôs a atitude predominante no encontro: “Cavalheiros, a Providência nos ditou a obrigação de conhecer e conquistar a terra. Essa ordem suprema é um dos deveres imperiosos inscritos em nossas inteligências e nossas atividades. A geografia, essa ciência que inspira tão bela devoção e em cujo nome foram sacrificadas tantas vítimas, tornou-se a filosofia da terra”. SAID, E. Cultura e política. São Paulo: Cia. das Letras, 1995. No contexto histórico apresentado, a exaltação da ciência geográfica decorre do seu uso para o(a)

No Segundo Congresso internacional de Ciências
Geográficas, em 1875, a que compareceram o
presidente da República, o governador de Paris e
o presidente da Assembleia, o discurso inaugural
do almirante La Roucière-Le Noury expôs a atitude
predominante no encontro: “Cavalheiros, a Providência
nos ditou a obrigação de conhecer e conquistar a terra.
Essa ordem suprema é um dos deveres imperiosos
inscritos em nossas inteligências e nossas atividades.
A geografia, essa ciência que inspira tão bela devoção
e em cujo nome foram sacrificadas tantas vítimas,
tornou-se a filosofia da terra”.

SAID, E. Cultura e política. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.

No contexto histórico apresentado, a exaltação da ciência
geográfica decorre do seu uso para o(a)

Resposta:

A alternativa correta é C)

O trecho apresentado revela um momento histórico em que a geografia foi instrumentalizada para fins expansionistas e colonialistas, conforme evidenciado no discurso do almirante La Roucière-Le Noury durante o Segundo Congresso Internacional de Ciências Geográficas, em 1875. A fala exalta a geografia como uma "filosofia da terra", associando-a à ideia de conquista e dominação, características marcantes do imperialismo europeu do século XIX.

A alternativa correta, C, aponta para o uso da geografia como ferramenta de catalogação de dados úteis aos propósitos colonialistas. Isso se alinha perfeitamente com o contexto da época, em que as potências europeias buscavam justificar e facilitar a ocupação de territórios estrangeiros através do conhecimento científico. A geografia, nesse sentido, servia para mapear, classificar e controlar os espaços a serem dominados, legitimando a exploração sob o discurso de "conhecer e conquistar a terra".

As demais alternativas não se sustentam diante do contexto apresentado. A preservação cultural (A) e a formação humanitária (B) eram incompatíveis com os objetivos imperialistas. Embora o desenvolvimento de técnicas cartográficas (D) e a consolidação acadêmica da topografia (E) fossem relevantes, não representavam o principal propósito da exaltação da geografia naquele cenário. O texto deixa claro que a ciência geográfica era valorizada principalmente por seu potencial de servir aos interesses colonialistas.

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